OSPG abre o ano com composições finlandesas

A Orquestra Sinfônica Cidade de Ponta Grossa (OSPG) realizou o concerto de abertura de suas atividades no ano de 2019 na noite desse sábado (02). Com repertório do compositor Jean Sibelius (1865-1957) e regida pelo maestro Rafael Rauski, a Orquestra apresentou ao público Finlandia Op. 26, Karelia – suíte – Op. 11 e Primeira Sinfonia Op. 39.

Com duração de uma hora e 15 minutos no total, o concerto abriu com o poema sinfônico Finlandia Op.39. Composta em 1899, a peça foi originalmente uma homenagem à imprensa e uma crítica à censura do Império Russo. Através de uma conversa fluida entre os metais, as madeiras e as cordas, a execução denota e transpassa o sentimento nacionalista finlandês e as turbulências melódicas da luta do povo da época. Ao fundo, a percussão auxilia nas marcações crescentes da música.

Seguindo para Karelia Suíte, Op. 11, composta em 1893, a música é dividida em três movimentos: Intermezzo, Ballade e Alla Marcia. Marcante e alegre, a composição é tipicamente folclórica, ainda seguindo as linhas políticas e culturais nacionalistas que influenciavam o compositor. Referência à região da província de Cárelia, localizada próxima à fronteira da Finlândia com a Rússia, a festividade é perceptível ao longo dos movimentos que se tornam cada vez mais alegres e dançantes.

Finalizando com a Primeira Sinfonia, Op. 39, composta em 1899 e revisada em 1900, é possível se surpreender com as sensações do ambiente finlandês. A música é executada em quatro movimentos: Andante ma non troppo (allegro enérgico), Andante ma non troppo lento, Sherzo (allegro) e Finale (quasi uma fantasia). Os instrumentos reproduzem, juntamente com o ritmo, o ambiente misterioso e frio do país, que pode estar calmo e repentinamente agitar-se.  A OSPG conseguiu transmitir todos esses sentimentos de volubilidade através de sua música e regência.

“A orquestra significa o inicio de uma era cultural e musical em Ponta Grossa. Acompanho ela há dois anos e cada vez mais vejo a casa cheia”, relata a estudante Rhulyanne Lee de Meira. Conectar culturas e criar conexões na cidade foram os principais objetivos apresentados pelo presidente da Fundação Municipal de Cultura, Fernando Durante.

 

Foto: Luana Caroline Nascimento / Assessoria

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