Ouço, somente

Ouço, somente

A chuva escorrendo em meu olhar
é um sinal da minha solidão
a nuvem paira em mim
sou um instante de escuridão
sou a força sem saber.

O sol que tudo arrebata
está diante da minha janela
tudo não passa de
cheiro da terra molhada
meu coração disparado
será que não posso morrer em paz?

O calor no rosto
sinto-me vivo
um último instante de desilusão
para essa vida de idas
de partidas
de saudades.

O azul acolhedor
é o indício
do meu desprendimento
uma falta de egoísmo
sinto…

Estou livre para sonhar
livre para ser livre
tomo
um café e umas lágrimas
sei que posso repousar
adormecer tranquilo.

A vida passa
sob meus olhos
o que fica
é o infinito
que sempre esteve aqui.
Ouço somente.

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