Para endomingar com livros

Já cedo, perto das 9h, as primeiras famílias chegavam à estrutura montada em frente à Biblioteca Municipal Bruno Enei para aproveitar o segundo dia da II Flicampos. A programação do domingo (08/09) preencheu o tipicamente tedioso pós-feriado com música, literatura, teatro e interação.

O público que decidiu passar o dia no evento era formado principalmente por pais e filhos. Enquanto os pequenos se divertiam com histórias, fantoches e livros coloridos, os mais velhos puderam acompanhar o tributo musical a Vinicius de Moraes da banda curitibana Quarteto de Efeitos, além da exibição do filme de terror Nosferatu, organizada pelo projeto local Cinemas e Temas.

Miguel Martins trouxe a família toda para aproveitar o início da tarde na feira. Ele conta que tenta incentivar o hábito de ler nos filhos, e que eventos como a Flicampos ajudam nisso. “Se você não estimular cedo, as crianças não leem nunca mais. Uma feira como essa, que reúne várias editoras, traz variedade e ajuda a escolher uma obra legal”.

A partir das 15h, a tarde ficou ainda mais agitada para as crianças. A contação de histórias reuniu sucessivas turmas de pequenos, todos atentos à fantasia. O contador Alfredo Mourão, do grupo Na Companhia das Histórias, se apresentou no Espaço Vinicius de Moraes e enredou a criançada. Além dele, também houve apresentação do contador Phillip de Paula Gruber.

Alfredo afirma que não há dificuldade maior em trabalhar com crianças, e que o segredo para prender qualquer público é selecionar cuidadosamente a história a ser contada. “Todos os públicos são delicados, espectadores atentos e ouvintes”, diz.

Os estandes das livrarias, sempre movimentados, atraíram um público variado, composto por pessoas de todas as idades. Entre as obras disponíveis, alguns clássicos, exemplares em preços promocionais e muitos best-sellers da literatura internacional.

Luciana Ferreira, que passeava entre as prateleiras, assinalou que a variedade de obras é um ponto positivo, mas reclamou dos preços, que considera altos. “Na internet tudo é mais barato, é só adicionar ao carrinho de compras e pronto”, brinca.

Já para Jaqueliz Comin, o destaque da II Flicampos foi à estrutura. No ano passado, a primeira edição do festival aconteceu no Parque Ambiental, no centro, e as tendas sofreram com chuva e barro. “Esse ano está bem mais organizado, gostei”, diz ela.

todos os cantos. Ela se impressionou com a presença constante das crianças e com a atenção que os funcionários de cada estande davam para o público. “Ano passado eu também trabalhei, mas agora é tudo muito maior, e tem muito mais gente vindo”, afirma.

Francieli destaca também a participação das escolas públicas, que expõem trabalhos e diversos materiais. “Achei legal trazerem as escolas também. Pena um evento desses acontecer só uma vez por ano”, concluiu.

A II Flicampos continua até o dia 14 de setembro e o Cultura Plural vai acompanhar o evento diariamente, pelas redes sociais e pelo website.

Matéria de Hellen Bizerra e Rodrigo Menegat

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