Participantes ousados: oficina de pêssankas

Alguns ovos, tintas e risadas. Os momentos do curso no SESC, desde os pequenos acidentes até a produção dos ovos coloridos, tornaram a atividade descontraída. Ao todo, três turmas realizaram a oficina de pêssankas nos meses de março e abril. A oficina durou cinco dias, com 20 horas de carga horária.

O 1º dia: esvaziar ovos. Alguns acidentes de percurso animaram a atividade, como ovos no chão. Ovos perfurados. Estouros. “É uma terapia”, afirma a oficineira Bernadete Cardozo Santos. No primeiro dia, cada pessoa esvaziou de seis a sete ovos para utilizar durante a oficina. O procedimento dura em média 20 minutos. Nesse momento, retira-se o líquido do ovo por meio de uma seringa.

Fazer pêssankas é uma atividade que requer paciência, segundo a oficineira. “A primeira parte foi fácil”, conta a participante Ivonete de Jesus Schechtel. Uma preocupação recorrente durante a primeira etapa foi o desperdício do conteúdo dos ovos esvaziados. Ivonete adiantou a primeira etapa e esvaziou os ovos em casa. “Eu fiz um omelete com eles”, revela.

Após o esvaziamento dos ovos, a produção de pêssankas conta com mais três etapas. No segundo momento, risca-se os desenhos no ovo. Em seguida, a terceira etapa é a pintura. Passa-se cera nos desenhos. A pêssanka é pintada por camadas de cores. Depois da última cor, o fogo derrete a cera e a pêssanka está pronta.

Entre os participantes, os motivos de realizar a oficina foram diversos. Ivonete, por exemplo, soube sobre pêssankas pela televisão. “Achei muito bonito. Quero fazer bastante para dar para os amigos”, diz. O relojoeiro Marcelo Podolian Quadros, de ascendência ucraniana, resolveu fazer a oficina por causa da família. “Minha vó fazia e eu tive interesse de fazer”. Bordado, crochê e miçanga são os artesanatos que Anisia Ciniuk produz. Além do interesse comercial, Anisia afirma fazer a oficina pelas “raízes” ucranianas da família. “Vamos ver se voltamos a tradição”, conta.

Reportagem de Giovani Celinski

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