por Gabrielle Rumor Koster
Teatro, contação de histórias, palestras, música e apresentações culturais embalaram a tarde dessa sexta-feira 13 no Flicampos. À noite, o destaque foi o bate papo com a escritora e jornalista presidente da Academia Brasileira de Letras, Ana Maria Machado. A sessão de autógrafos com o autor de literatura juvenil mais vendido no Brasil, Pedro Bandeira, foi pela manhã. Confira a entrevista com o escritor:
Cultura Plural: Escrever literatura infantil e infanto-juvenil mudou muito nos últimos tempos?
Pedro Bandeira: Existiu a base da literatura que nunca se modificou, porque a literatura sempre trata de emoções humanos. O que Shakespeare falou sobre amor, sempre existiu. O que ele falou sobre ciúme vale até hoje. Atualmente, os enredos mudam. Na época que escrevia Droga da Obediência não tinha celular, nem Internet, não tinha nada. E até hoje as crianças leem numa boa. Os personagens ligavam de telefones públicos, por exemplo. E continua funcionando. Se eu fosse escrever uma história dos Karas agora, como eu faria? Essa é a minha dificuldade de fazer o texto livro. Eu não sei como fazer! Hoje em dia, para escrever, você tem que usar a magia, como em Harry Potter, porque se for fazer da realidade, ela muda muito. Na Droga da Obediência, se houvesse uma mensagem de texto, estragava todo charme do momento. Agora querem fazer um filme, sempre quiseram na verdade. Mas, agora, talvez saia.
CP: O que o senhor está achando da Flicampos, o que o senhor destaca sobre o evento?
PB: Está lindo, emocionante. Eu não esperava uma estrutura tão grande, que fosse tão diversificada. Nõs temos diferentes atividades ao mesmo tempo, para designers, psicólogos, jornalistas, sociólogos. A cidade está efervescente. Ontem tive mais de 2 mil professores na minha frente para conversarmos. As coisas estão acontecendo neste país. Em Brasília não, mas o resto do Brasil de verdade está crescendo, indo para frente. Aquela Ilha da fantasia não vai impedir o meu país e os meus querido de Ponta Grossa e ir em frente.
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