Pegaí apresenta cordel e restauração de livros no Parque Ambiental

Visitantes da Feira do Livro podem encontrar o espaço do projeto até dia 15

   Quem visitar o espaço do Pegaí na Feira do Livro, até o dia 15, das 8 às 18 horas no Parque Ambiental, pode aprender como funciona a restauração de livros e a impressão manual dos cordéis elaborados pelo projeto. O visitante também pode retirar um livro para a leitura. A impressão do cordel, feita a base de placas de madeira ilustradas e tinta, remete à xilogravura, ou nas palavras do restaurador William Starke, a “um grande carimbo”.

            William explica a forma como são restaurados os livros seguindo um passo a passo. “O miolo do livro muitas vezes se descola e então fazemos uma nova capa. O processo é recortar a capa antiga do livro, limpar e fazer uma nova com cartolina, colar a capa antiga e aí o miolo. Por último as etiquetas com o nome do restaurador”, explica. Como o projeto sobrevive de doações de livros, é importante que esta restauração seja feita, pois assim mais livros entram em circulação em condições de uso. Todo o trabalho de restauração, do início ao fim, é realizado dentro da Penitenciaria Estadual de Ponta Grossa (PEPG). A cada três dias trabalhados no Hospital de Livros, um é diminuído da pena.

            Mais de seis mil livros já foram restaurados desde o início do Hospital de Livros. William fez um curso de restauração para trabalhar no Hospital de Livros e assim diminuir sua pena. “Fiquei seis anos na penitenciária e esse trabalho com o Hospital de Livros foi o que me fez sair de lá e conseguir um bom emprego”. Hoje, William trabalha com restauração de livros, peças antigas e ilustrações e ainda é um voluntário do projeto. “Sempre vou ser voluntário. Foi esse projeto que me encaminhou para as oportunidades que tenho hoje. Antes eu era reconhecido de uma forma ruim, por ter sido preso e hoje sou reconhecido pelo meu trabalho como restaurador e ilustrador”, observa.

            Janaina dos Santos Correia, 22 anos, estava visitando a Feira do Livro e passou pelo espaço Pegaí. “Eu não conhecia o projeto Pegaí, mas pude ver que é um projeto muito legal, com o trabalho que eles fazem de distribuir livros gratuitos para todos”. Há diversos pontos de troca e de coleta de doações espalhados pela cidade.

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