Waking Life (2001), do diretor estadunidense Richard Linklater, foi exibido neste sábado na estreia de 2019 do Projeto Fissura, às 16 horas. Antes da exibição, o Grupo Asterisco Cênico fez uma leitura dramática do texto “Fim”, do autor João Agner, às 15 horas no auditório B do Cine Teatro Ópera. Neste ano, o Projeto agregará manifestações artísticas e musicais antes da exibição dos filmes.
Waking Life aborda temas de cunho psicológico, trazendo reflexões sobre a vida por meio dos diálogos dos personagens que vão sendo apresentados ao longo do filme. Em alguns trechos, os personagens, feitos por meio de animações, se transformam em imagens mais caóticas, representando a tensão que se instalou, analisa Luan Henrique Tavares, organizador do projeto. “Waking life trata de aspectos existencialistas, em que o personagem está concentrado em uma realidade eterna, não se sabe ao certo se é um sonho ou uma espécie de regressão”, observa Tavares.
O debate acontece sempre após o filme e todos são convidados a expressar o que sentiram na exibição. Segundo Ramon Mendes, organizador do projeto, as discussões não têm um direcionamento específico, permitindo que a plateia se manifeste sobre o filme. “Waking life é um filme mais artístico e filosófico, às vezes passamos filmes de terror e é importante saber quais são as sensações que o público teve”, comenta Mendes.
Adriane Grossi, estudante do curso de História, já conhecia o projeto e se impressionou com o filme. “É um filme que faz a gente pensar na vida, principalmente na questão da realidade, até que ponto estamos vivendo realmente? Com certeza virei nas próximas exibições”.
As exibições acontecem todo mês no Cine Teatro Ópera, às 16 horas, desde 2015, com o objetivo de levar filmes que não são acessíveis ao público. O projeto Fissura emite um certificado de 3 horas para todos os participantes.
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