Que festa é esta? É seresta

por Keren Bonfim e Colaboração: Nábila Fernanda e Rafaela Oliveira

Melodia, harmonia, emoção e gritos de “bravo”. Foi assim que aconteceu, na última quinta-feira, dia 26, mais uma edição da Noite de Seresta, juntamente com o lançamento do selo do 25º FUC (Festival Universitário da Canção). O evento, promovido pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), ocorreu no Cine – Teatro Ópera e contou com a participação de artistas pontagrossenses e de outras localidades, que fizeram homenagens aos grandes nomes da velha guarda da música popular brasileira, além da presença de autoridades .
Para dar início ao evento, o reitor da UEPG, professor João Carlos Gomes, abriu as comemorações da noite com a assinatura de lançamento do festival. Dando continuidade à noite festiva, iniciaram-se as apresentações musicais dos grupos convidados a participarem da seresta, com o primeiro grupo, Seresta Reviver, formado por integrantes da UATI (Universidade Aberta para a Terceira Idade), vinculada à UEPG. O coral interpretou duas músicas, Eu sei que vou te amar, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, e Pastorinhas, de Noel Rosa e João de Barro. Mary Helena Mazec, uma das integrantes do Reviver, conta que o grupo começou há 20 anos e que participar é uma experiência muito boa, pois a faz sentir viva. Ela também relata que o grupo costuma participar de outros eventos, como missas e formaturas.
O evento prosseguiu com a participação de Gilmar Martins, no violão, tocando a música Fascinação, e Ismair Felde, na voz. Outros grupos também fizeram interpretações musicais, como o Novos Malandros, grupo formado por seis integrantes e que surpreendeu o público com as músicas Curitibana, uma reinterpretação de Candinho Pereira da Silva, e Onde Anda Você, feita por Toquinho e Vinícius de Moraes. A noite seresteira continuou com Eu Sonhei que Estavas Tão Linda, reinterpretada por Aecio Flavio Ferreira Leite, no violão, e Cezar Alberto Finger, na voz.
A surpresa da noite, porém, ficou por conta de Indaya Gaya Chistiano Nadal, na voz, e Cleon Costa, no violão. Eles cantaram as músicas A Noite do Meu Bem Malandrinha. Antes da apresentação, a cantora declamou poesias de Cecília Meireles, o que deixou o público emocionado. Ao final das músicas, aplausos em pé ecoaram pelo Ópera. Indaya, quando questionada, disse que não esperava uma aceitação tão grande do público, já que estava há 12 anos sem cantar. “Escolhi o repertório tentando chegar às pessoas pelo coração, mas não esperava tantos aplausos”, afirma.
Ao término da seresta, o palco ficou por conta do Grupo de Choro de Curitiba, que se destacou na música Felicidade, de Lupicínio Rodrigues e arranjo de Egberto Gismonti. Para Isabela Miró, que acompanhava pela primeira vez a solenidade, a experiência foi muito agradável. Já Márcio Buss acompanha a Noite de Seresta desde o ano passado e compartilha a mesma opinião: “Estava ótimo e eu adorei o astral dos músicos”.

 

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