No último dia 22, se apresentaram as duas primeiras bandas selecionadas pelo edital de 2022 do projeto Sexta às Seis. Como a abertura do festival ficou por conta de um grupo de fora da cidade, essas também foram as primeiras bandas locais a tocar no Parque Ambiental neste ano.
A apresentação que abriu a edição do evento ficou por parte da banda A Coisa, que teve início em 2008. A banda havia se apresentado no Sexta às Seis em 2019, antes que o festival tivesse que paralisar as atividades por conta da pandemia do coronavírus. A condução segura e confiante dos músicos ilustra os mais de dez anos de experiência da banda. A escolha de colocar A Coisa para abrir o novo ano do Sexta às Seis foi acertada enquanto banda de prestígio local, apesar de divergir em estilo quanto à segunda apresentação da noite. Os vocais de Jessé Vandoski trazem semelhanças com os de Ney Matogrosso, criando paralelos entre o grupo ponta-grossense e Secos & Molhados, banda paulista da década de 1970. As semelhanças não param por aí, com comparações possíveis entre a musicalidade dos grupos.
A Coisa em apresentação no Sexta às Seis | Foto: Yuri A. F. Marcinik
O segundo grupo a se apresentar foi a banda instrumental Hoovaranas, criada em 2018 e entrevistada pela equipe do Cultura Plural em maio deste ano. Fãs fiéis usando camisetas da banda se reuniram com aqueles que estavam interessados em conhecer música nova, criando um público diverso. Hoovaranas apresentou músicas do novo álbum, intitulado Alvorada, além de músicas de projetos anteriores e já conhecidos pelos fãs mais antigos.
A apresentação foi marcada pela interação da banda com o público, com um fã que chegou a subir ao palco e interagir com os músicos durante o show. Destaca-se a apresentação de “Ressaca”, canção que fez com que a parte do público que estava mais próxima do palco se reunisse em um mosh-pit, tipo de dança em que os participantes se empurram no ritmo da música. A recepção por conta da plateia demonstra o poder de influência da música instrumental em Ponta Grossa.
Foto: Yuri A. F. Marcinik
Para a banda, que acompanha as edições do festival há anos, tocar no Sexta às Seis é um sonho realizado. Os integrantes reforçam que, desde o começo, reconhecem o evento como uma oportunidade de conhecer pessoas novas e bandas e artistas locais. Jorge Bahls, baixista da Hoovaranas, afirma que o festival foi um ponto importante para a formação do grupo. “Acho que o Sexta às Seis nos uniu como banda, e tocar no festival é muito louco, depois de tudo”, afirma.
Quem estava na plateia não saiu do evento decepcionado. Micael Rodrigues, que mora em Guarapuava, destaca o quanto o ambiente estava agradável: “Foi a minha primeira vez no festival, gostei bastante de como foi. O ambiente estava legal de ficar, o público estava animado e as apresentações foram muito boas”. Para Jamile Chueire, estudante, a experiência de ver A Coisa e Hoovaranas ao vivo foi melhor do que assistir à banda cover que abriu o festival no dia 8 de julho. “Minha experiência foi muito divertida e as bandas eram muito legais. A única coisa que poderia melhorar é a segurança”, afirma.
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