Os “Touros de Basã”, da metáfora bíblica, representam uma ameaça. É uma expressão que fala do mal do mundo ou do perigo. É assim que Marco Aurélio de Souza, professor de História, pesquisador e escritor, apresenta seu primeiro livro de contos.
Aos trinta anos, o autor natural de Rio Negro (PR), entre romances e livros de poesia, já tem cinco publicações. A quinta, “Os Touros de Basã”, reúne 13 histórias com personagens e práticas sociais marginalizadas ou até criminosas, mas que existem. Afinal, “não se proíbe aquilo que ninguém faz”, explica.
“Nesse mesmo livro eu juntei coisas muito antigas e coisas mais recentes, porque não é todo dia que você senta e escreve um conto inteiro”, ele conta. A diferença da prosa para a poesia, para o autor, é o tempo.
Os contos mais antigos do livro foram escritos por volta de 2013, segundo Marco, e dois deles foram enviados para concursos da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa, que nunca publicou a prometida antologia com os textos premiados.
Uma característica marcante do livro é o uso da animalização, ou bestialização, do ser humano. O recurso, segundo Marco, serve para chocar o leitor. As influências, que ficam mais claras em alguns momentos, são: Ítalo Calvino, Dalton Trevisan, Julio Cortázar, Guimarães Rosa, entre outros.
A obra foi publicada pelas editoras Patuá, de São Paulo, e Kotter, de Curitiba. O livro já foi lançado em Rio Negro, no último dia 18, e o lançamento em Ponta Grossa é nesta sexta-feira (7), às 19h30, no Venom Bar.
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