A casa colaborativa Casulo cedeu o espaço para a artista Emanuelle Braz da Silva, da cidade de Jaguariaíva, mostrar técnicas e compartilhar a história da Mehndi, uma espécie de tatuagem temporária feita com a planta Henna e óleos de plantas, 100% natural. O evento aconteceu no dia 8 de março e teve início às 14 horas. Manu Braz também levou artes de temáticas feministas para tatuar no flash tatto em referência ao Dia internacional da Mulher.
Não se sabe ao certo a origem do Mehndi. Segundo a tatuadora e artista, há vestígios do produto em múmias no Egito Antigo e se acredita que Cleópatra utilizava o material. “A história da Henna foi muito apagada porque sempre foi considerado apenas algo feminino e portanto sem importância, ligada a rituais femininos como casamentos, por exemplo”.
Manu Braz conta que passa dois dias preparando a pasta utilizada para os desenhos. Os padrões variam para cada cultura e a artista diz ainda que estuda as diferentes formas de se fazer Mehndi. Existem padrões indianos, marroquinos e africanos, cada um com formas e objetivos diferentes de acordo com cada cultura.
No dia 7 de março, Manu Braz ofereceu uma palestra explicando as origens da Mehndi, suas propriedades medicinais, padronagens e formas, em pó, pasta e por fim o produto final. “Ela pode ser utilizada em gestantes e bebês, por ser 100% natural não faz mal algum. Meu objetivo com a palestra foi desmitificar essas questões”, explica. Os usos medicinais da Henna incluem o alivio das dores nos pés em mulheres em menopausa, fortalecimento de unhas e cabelos, além de envolverem diferentes propriedades dependendo do óleo essencial utilizado.
Casulo
A casa colaborativa Casulo está com uma programação especial para o março com eventos direcionados às mulheres. A casa conta com mais de 90% das marcas feitas por mulheres. O projeto Voa é uma iniciativa da casa que auxilia mulheres em vulnerabilidade. Segundo Tatyla Marques Barreto, o projeto visa auxiliar as mulheres com foco em empreendedorismo, empoderamento e independência feminina. “Dar autonomia a essas mulheres que poderão trabalhar nos seus próprios horários e nos moldes da casa, baseados em economias alternativas e a sustentabilidade”.
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