A presença da imigração holandesa está marcada na cidade de Carambeí, principalmente na arquitetura e gastronomia, como as deliciosas tortas. Os jardins floridos, as réplicas de moinhos e as cortinas tipicamente holandesas levam o visitante a um passeio pela Europa.
Quem esteve em Carambeí nos dias 8 e 9, pode conferir um pouco da cultura holandesa no 2º Festival de Tortas, realizado no Parque Histórico e promovido pela Prefeitura Municipal de Carambeí, através do Departamento de Turismo e da comunidade local.
Foram montados 14 stands de empresas e entidades da cidade, onde 25 torteiras aguardavam o público. Além de tortas, também foram preparados pratos salgados como algumas variedades de empadões e ainda a exótica culinária indonesiana. A programação contou com uma exposição de artes com obras em óleo sobre tela e aquarela da artista plástica Jacoba Bosch, que nesta oportunidade homenageou o Centenário da Imigração Holandesa.
Também foram expostos stands de artesanato local. Segundo Pamela Silva Ribas, do Departamento de Turismo de Carambeí, o festival ultrapassou as expectativas. Passaram pelas catracas 7.500 pessoas de várias cidades da região dos Campos Gerais e foram vendidas 1.800 tortas, 20 mil pedaços.
Quem compareceu ao 2º Festival de Tortas de Carambeí saboreou tortas ao som do Quarteto de Cordas, Álvaro Bueno, Raynner, Novos Malandros, Banda e Rainhas da München Fest, Borô, Zé Maria e Quitandeiros, Joãozinho e Saxofonista, entre outras atrações culturais.
Cultura e memória dos holandeses
Toda a história de trabalho e sucesso da imigração holandesa está preservada na Casa da Memória e no Parque Histórico, que é um projeto de caráter sociocultural que pretende eternizar a saga dos pioneiros holandeses e a evolução da história que contribuiu para o desenvolvimento de Carambeí e região.
O Parque Histórico foi instalado em um terreno de 100 mil m² através de parceria entre a Associação do Parque Histórico de Carambeí e a Cooperativa Agroindustrial Batavo. Está composto de equipamentos culturais integrados, retratando temáticas ambientadas na cultura histórica da imigração, no cooperativismo, na agroindústria, no meio ambiente e no turismo.
Foram construídas obras que retratam a saga dos imigrantes e outras que mostram a cultura e o espírito empreendedor dos pioneiros holandeses no Brasil. O Parque conta com milhares de itens utilizados pelos imigrantes, desde utensílios, equipamentos, fragmentos, representações imagéticas, livros, ferramentas e etc. Esse acervo guarda, ainda, artefatos da cultura indígena, tropeira e, especialmente a colonizadora, permitindo ao visitante ter contato com essa história de perseverança e sucesso.
Reportagem por Roseli Stepurski
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