O cinza da escadaria da igreja da Praça Barão de Guaraúna foi tomado pelas cores da diversidade, como parte do protesto “LGBT não é doença”. Organizado por coletivos acadêmicos e produtoras de entretenimento, o evento aconteceu no último sábado (23) contra a liminar que possibilita a utilização de terapias de reversão sexual.
A manifestação começou com a produção de cartazes e faixas, que reuniu cerca de 80 pessoas. “O processo de organização foi muito rápido, grande parte já estava mobilizada com a questão. De todos os eventos que cada coletivo organizou, acredito que este foi o que teve maior visibilidade”, comenta Clara do Prado, integrante da organização do protesto.
O evento teve continuidade com o espaço para discursos. Eles foram feitos por pais de homossexuais, psicólogos contra a liminar e representantes de grupos sociais e de entretenimento. Após as falas, o público presente tomou a Avenida Vicente Machado e seguiu em direção a Estação Saudade, levantando fachas e bandeiras.
“A manifestação mostra o quanto precisamos ocupar os espaços, do quanto devemos nos inserir em atos políticos e não ficar limitados a festas ou discussões em quatro paredes. A sociedade precisa saber que existimos”, declara Guilherme Portela, membro do Grupo Universitário de Diversidade Sexual e Identidades de Gênero (GUDI), da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).
Nas atividades culturais do evento, João Augusto apresentou um monólogo sobre vivências para os presentes, além de celebrações e discursos sobre o Dia da Visibilidade Bissexual. A manifestação teve um setlist de música pop, apresentada pela produtora de entretenimento Podecê.
Guilherme Grando Armstrong, que participou das ações do protesto, acredita ser importante este tipo de evento acontecer mais vezes em Ponta Grossa. “A presença de famílias aqui hoje é impressionante, porque parece que as pessoas só valorizam aquilo que está na novela e não enxergam que isso também existe aqui”, ressalta Armstrong.
O evento foi organizado pelo GUDI, os coletivos Sapataria, Marrie Currie, as produtoras de entretenimento Podecê, Leauê, Frente Feminista Malalas, a gestão do Diretório Central dos Estudantes Desatando Nós da UEPG e Centro Acadêmico de Serviço Social.
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