No sábado (14), o coletivo Varal das Mina realizou a última edição do ano. O evento ocorre mensalmente na praça Faris Michaele, anexa ao Centro de Cultura e neste ano teve apoio da Fundação Municipal de Cultura. O coletivo reúne mulheres que possuem interesse em expor seus trabalhos e vendê-los. Os produtos são variados e compreendem peças de roupas, calçados, livros, suculentas, assessórios, entre outros.
Neste ano foram oito edições do Varal das Mina e nesta última estavam presentes 42 varais com produtos a serem vendidos ou trocados.
Para Marina Mendonça Silva, uma das organizadoras do evento, o que resume o ano de 2019 é a palavra resistência. “Não foi um ano fácil, nem para a gente que participa, nem para o público. É difícil você lidar porque por mais que os valores sejam muitos baixos, não é mais uma prioridade gastar com as coisas. A gente compra comida, a gente vive, dá umas voltinhas para se divertir”.
O apoio da Fundação Municipal de Cultura de Ponta Grossa permitiu que o projeto conseguisse um local para a realização. Marina destaca a importância desta parceria. “Na época que a gente não tinha para onde ir, eles apoiaram nossa causa e ajudaram a achar um lugar, porque sem um local grande para abrigar todas as meninas não tem como fazer o evento”.
Giulia Paolla Ferreira Santos participa do Varal das Mina desde 2018. Para ela, o evento não visa somente o lucro. “As mulheres se empoderam muito vendendo, trocando experiências, porque o varal não é uma questão de dinheiro, é uma oportunidade de conhecer pessoas novas, ter acesso a roupas e objetos que às vezes a gente não teria pelo valor”. Para ela, a iniciativa representa a troca de experiências e a intenção de fazer com que as pessoas pensem sobre a sustentabilidade.
Para o ano que vem, a realização de dois encontros mensais do Varal das Mina vai depender da quantidade de pessoas para participar. Atualmente são 75 meninas integrantes do coletivo e 15 na lista de espera.
Em janeiro de 2020, a organização do evento fará uma reunião com as participantes para discutir a experiência de 2019 e pensar em melhorias para em fevereiro retomar as atividades.
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