Tantos verbos,
tantos imperativos,
e as bocas se mordem
e os olhos se encontram
e as peles se arrepiam
e os corpos que sentem saudade
se espremem no silêncio vivo,
no intenso do encontro eterno
onde as nossas raízes
se encontram.
Um dia as flores
aparecem na janela,
a surpresa se acende
em mim.
O que me faz viver?
O que escreve em mim?
Linhas e traços
no espaço de um segundo,
olho, olho,
todas as direções
apontam para ti.
Perder?
Jamais.
Escolho o ponto
que escorre do azul,
prendo-me.
Voa comigo?
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