#5 Revisitando trabalhos do FASCA – Plantas Daninhas & Café
O café representa um importante produto para a economia mundial. Trata-se de um grão amplamente consumido por inúmeros países do mundo. O Brasil é o maior produtor de café do mundo, sendo responsável por mais de 30% da produção internacional. Por este motivo, é importante o estudo de práticas agrícolas que mantenham a qualidade dos grãos de café, mas também do solo e dos recursos hídricos onde os grãos são produzidos.
Danos na estrutura do solo, devido ao seu mau manejo, irão afetar as áreas onde o café é produzido aumentando a possibilidade de danos, como processos erosivos, compactação e perda de matéria orgânica. O uso de produtos químicos (agrotóxicos) também pode causar sérios problemas quando utilizados em excesso, principalmente envolvendo a possibilidade de contaminação dos recursos hídricos.
Por este motivo, o estudo de métodos alternativos de controle de plantas daninhas, em áreas onde o café é produzido, pode minimizar tanto danos a estrutura do solo como evitar que os recursos hídricos sejam afetados. Neste sentido, a manutenção da cobertura do solo proporcionada pela diversidade de plantas daninhas pode atuar protegendo a superfície do solo contra a erosão hídrica (impacto direto das gotas de chuva e impermeabilização da superfície) e a compactação, provocando aumentos no teor de matéria orgânica e nos estoques de carbono.
Em dois artigos recentes e intitulados: Soil physico-hydrical properties changes induced by weed control methods in coffee plantation, publicado na Agriculture, Ecosystems and Environment e Weed control methods effect on the hydraulic attributes of a Latosol, publicado na Acta Scientiarum Agronomy, os autores trazem uma análise detalhada do efeito de diferentes métodos de controle de plantas daninhas nas propriedades físico-hidráulicas do solo. Os artigos foram assinados pelos Dr. Luiz F. Pires, Dr. Cezar F. Araujo-Junior (Iapar), Dra. Nivea M.P. Dias (UEPG), Dr. Moacir S. Dias Junior (UFLA), Dr. André C. Auler (UFPR) e Dr. Elifas N. de Alcântara (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais).
Os estudos foram financiados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por meio do projeto No. 303726/ 2015-6, FAPEMIG e Fundação Araucária.