Nos dias 16 a 18 de junho de 2018, cinco integrantes da equipe do Grupo Interconexões-UEPG deslocaram-se até o município de Campo Largo e Ponta Grossa-PR, para mais um momento de imersão e observação-participante junto aos sujeitos quilombolas e faxinalenses, respectivamente da Comunidade Quilombola Palmital dos Pretos e Faxinal Sete Saltos de Baixo.
Trabalhou-se em duas frentes de pesquisa, uma com atividades no quilombo e faxinal, enquanto a outra centralizou suas pesquisas no quilombo (Figura 01).
Figura 01 – Esquerda: Membros do Grupo Interconexões-UEPG/Direita: Banco de Sementes.
Contamos com parte da equipe multidisciplinar – Tanize Tomasi Alves (Geógrafa e Pós-Doutoranda do PPG), Lorena Abrami Dantas (Assistente Social), Renato Pereira (Geógrafo e Doutorando em Geografia), Cleusi Teresinha Bobato Stadler (Historiadora e Doutoranda em Geografia) e Vanderlei Marinheski (Geógrafo e Doutorando em Geografia) -, para atuar conforme as potencialidades e as afinidades investigativas de cada um e dentro da problemática proposta pelos projetos de pesquisa e extensão: “Das Territorialidades Tradicionais às Territorializações da Agroecologia: Saberes, Práticas e Políticas de Natureza em Comunidades Rurais Tradicionais do Paraná”, e, “Sistema Participativo de Certificação Socioambiental da Agrofloresta Faxinalense: Da Diferenciação à Qualificação dos Produtos de Comunidades Rurais Tradicionais do Paraná”.
Deste modo, retomamos as pendências dos proponentes inclusos na Meta 01 (Figura 02) finalizando assim o Diagnóstico Rural Participativo e o Levantamento Etnoecológico de saberes tradicionais.
Figura 02 – Meta 01 dos Projetos de Pesquisa e Extensão de atuação do Grupo de Pesquisas Interconexões – UEPG
A ida às comunidades também proporcionou que debatêssemos com os sujeitos quilombolas e faxinalenses sobre a Disciplina ¨Saberes Geoecológicos Tradicionais e Diversidade Socioterritorial¨, sob a responsabilidade do Prof. Dr. Nicolas Floriani, do Programa de Pós-graduação em Geografia da UEPG, que ocorrerá no final de agosto deste ano, tendo como protagonistas sujeitos acadêmicos e sujeitos locais, na promoção de um diálogo de saberes científicos e vernaculares. Com espaços para a valorização de práticas e atividades culturais, exposição de produtos, saberes e sabores dos agroecossitemas tradicionais que possam projetar aos acadêmicos a interação face a face e uma observação-participante no cotidiano das comunidades. Para tanto, estimulou-se a organização destes momentos práticos da disciplina com a ajuda, colaboração e sugestão dos sujeitos locais.
Aos quilombolas de Palmital dos Pretos e faxinalenses de Sete Saltos de Baixo destaca-se a flexibilidade com que se adequam as necessidades e demandas dos projetos, da disciplina e das investigações acadêmicas de cada integrante da equipe. Também a abertura para o diálogo contínuo e recebimento em suas casas, propriedades, e, mais do que isso o compartilhamento de histórias de vida, do dia a dia e de suas resistências. Uma interação de mão dupla, onde a disposição de ir e vir tanto dos acadêmicos, quanto dos sujeitos locais possibilita muitos momentos e muitas formas de levantar informações e entender as distintas realidades e dinâmicas destas comunidades tradicionais paranaenses.
Gratidão!
Tanize Tomasi Alves