Alana durante o curso em prática de telejornalismo
Crédito: Arquivo Alana Fonseca
Entrar no curso de Jornalismo da UEPG foi, para ela, o início de uma caminhada marcada por descobertas, desafios e reinvenções. Ainda durante a graduação, experimentou diferentes espaços como o rádio, projetos de extensão, programas experimentais, mas carregava a convicção de que jamais trabalharia com televisão. “Telejornalismo? Que pressão, eu não vou aguentar”, pensava. A vida profissional, no entanto, tratou de provar o contrário.
Formada pela turma de 2010, atualmente, Alana Fonseca é editora e apresentadora de telejornal. Divide as manhãs entre o fechamento de pautas, cortes de sonoras, espelho de reportagem, e o estúdio, de onde conduz a informação com naturalidade e leveza. “Basicamente a minha manhã é dividida assim: até às 11h00min, sou editora. Depois, passo a apresentar o jornal Meio Dia Paraná, na RPC TV. No fim, faço um pouco de tudo”, resume.
A rotina, intensa e desafiadora, começou a ser construída ainda nos tempos de universidade. Apesar das boas lembranças, ela aponta uma diferença fundamental entre o curso de sua época e a formação atual: a prática. “A gente saía sem muita experiência para o mercado de trabalho. Hoje, vejo que o curso está investindo mais nisso, principalmente em edição, que não é só importante para TV, mas também para redes sociais, assessoria, ou qualquer outro caminho que o jornalismo possa levar”, avalia.
No início da carreira, ainda recém-formada, assumiu funções de apoio na televisão, onde começou a compreender a engrenagem da redação. Foi quando se desafiou a experimentar o vídeo. Essa provocação mudou sua trajetória. “Sempre tentei pensar no que eu poderia fazer de diferente, de mostrar versatilidade. E isso fez diferença. Hoje o mercado valoriza quem é curioso e se arrisca.”
As marcas da graduação, no entanto, continuam presentes. Ela lembra com carinho das aulas de redação e da disciplina rigorosa com o texto, algo que até hoje aplica nos roteiros que escreve e edita.

A egressa reuniu imagens que recordam a época da graduação
Crédito: Arquivo Alana Fonseca
Ela admite que a pressão do hard news e o acúmulo de funções pesam, especialmente na saúde mental. “A gente emenda finais de semana, às vezes trabalha 12 dias seguidos. É puxado. Eu não faço terapia, mas correr me ajuda a manter o equilíbrio. Jornalismo é correria, mas é uma correria que a gente gosta.”
Mesmo em meio às críticas do público, encontra força no reconhecimento dos telespectadores e no carinho de quem acompanha seu trabalho. Ela deixa um conselho para quem começa agora sobre não ter medo de experimentar. “Nem sempre você vai ter experiência, mas precisa estar disposto a aprender. É isso que faz diferença.”
A história da jornalista mostra que a trajetória no jornalismo é feita de coragem, reinvenção e, acima de tudo, paixão pelo que se faz.
Ficha técnica
Produção: Gabrieli Mendes
Edição: Giovana Guarneri
Publicação: Juliana Emelly
Revisão: Eloise Silva e Fernanda Matos
Supervisão de produção: Aline Rosso
