A egressa participa de evento em jornalismo
Foto: Arquivo pessoal Aline Rios
Atualmente professora de Jornalismo na Universidade Estadual de Ponta Grossa, Aline Rios de Oliveira, 41 anos, afirma que o curso foi fundamental para fechar cicatrizes da sua vida e redefinir sua trajetória. Entre as disciplinas mais significativas da graduação, destaca a Psicologia da Comunicação, que a ajudou a compreender melhor a si mesma.
Sua primeira experiência no ensino superior foi em Geografia, mas Aline não se identificou com o curso. Decidiu então entrar em contato com o departamento de Jornalismo e, em uma conversa com um professor, descobriu novos formatos para além da figura tradicional do repórter de TV. A escolha pelo jornalismo tornou-se consequência deste encontro. Embora tivesse interesse em direito e afinidade com química, foi na comunicação que encontrou seu caminho.

Aline palestrando sobre jornalismo em evento
Foto: Arquivo pessoal de Aline Rios
Durante a graduação, integrou a turma T-20 e participou do projeto de extensão Companheiro, um jornal impresso voltado à população idosa, em parceria com o Conselho Municipal da Pessoa Idosa. “Minha formação em Jornalismo na UEPG foi meu segundo nascimento”, afirma Aline. Para ela, o curso revelou um novo mundo e a ajudou a se moldar como cidadã. Embora não tenha seguido carreira no rádio, Aline sempre apreciou o formato. “O material que mais me marcou na vida acadêmica foi um documentário sobre a Mansão Vila Hilda” , recorda.
A trajetória acadêmica, porém, não foi fácil. Na época, o departamento possuía apenas um laboratório de computadores e, sem ter um notebook próprio, Aline realizava os trabalhos na casa de um vizinho, de quem se tornou grande amiga. “Sempre brinco, sem ele eu não tinha me formado”
Inicialmente, a jornalista pretendia atuar apenas no impresso, já que não gostava de aparecer diante das câmeras. Isso mudou após o documentário sobre a Mansão Vila Hilda, que despertou seu interesse pela televisão. Mais tarde, integrou a equipe que fundou a Rede Massa em Ponta Grossa. No teste de admissão, confessou não ter domínio em audiovisual, mas demonstrou vontade de aprender. Foi contratada como pauteira e, posteriormente, tornou-se editora-chefe do Tribuna da Massa. Deixou o cargo após um esgotamento profissional que resultou em um problema de saúde grave. Ao retomar as atividades, passou a atuar na direção do Sinjor Paraná.
Durante a gestação de seu primeiro filho, concluiu a especialização em Mídia, Política e Atores Sociais, área que a aproximou ainda mais da cobertura política. Sua carreira também incluiu passagens pelo Jornal da Manhã, Página Um, Diário dos Campos e pelo Sindicato dos Jornalistas, além de trabalhos em produtoras e editoras de Ponta Grossa.

Aline Rios atuando no Sindijor PR
Foto: Arquivo pessoal Aline Rios
O desejo de estudar sempre esteve presente. Foram várias tentativas até concluir o mestrado, inicialmente interrompido pela falta de tempo. Depois de finalizá-lo, avançou para o doutorado. Hoje, Aline encontrou na docência uma nova paixão. “É encantador e esperançoso formar os futuros jornalistas”, afirma.
Para Aline, as mudanças curriculares recentes foram fundamentais para dar maior visibilidade aos materiais produzidos dentro da universidade, sem deixar de lado a sólida formação teórica, essencial ao exercício da profissão.
A história de Aline Rios revela que o jornalismo, para além de uma profissão, tornou-se uma ferramenta de transformação pessoal e social. Das dificuldades enfrentadas na graduação às conquistas como repórter, editora e professora, sua trajetória mostra resiliência, coragem e paixão pelo conhecimento. Hoje, ao formar novas gerações de jornalistas, Aline reafirma que estudar e ensinar são atos de esperança capazes de renovar não apenas carreiras, mas também vidas.
Ficha técnica
Produção: Daniel Klemba
Edição: Anna Perucelli
Publicação: Juliana Emelly
Supervisão de produção: Aline Rosso
Supervisão de Publicação: Aline Rosso e Kevin Kossar Furtado
