Dany Fran Gongora conta histórias através do jornalismo e da literatura

Dany entrou no curso de jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa em 1997 e se formou no ano 2000. Nascida em 1979,  atualmente mora em Maringá.

A jornalista, herdeira de uma linhagem de mulheres audaciosas, era uma garota de 17 anos cheia de vontades e sonhos.  Saiu de casa para estudar em uma universidade pública, movida pela curiosidade que sempre a acompanhou.  No curso,  ouviu que era proibido estagiar antes do último ano, mas ela não esperou.  Conseguiu seu primeiro estágio e, com  o  primeiro salário, comprou um livro, Olga – a vida de Olga Benario Prestes: judia comunista entregue a Hitler pelo governo Vargas, de Fernando de Moraes. Um gesto simples, mas que dizia muito sobre quem ela era.

Durante sua trajetória no curso, fez grandes amigos. Dany também lembra com carinho das matérias: teoria da comunicação, técnicas de reportagens e de conhecer grandes fotógrafos através das aulas de fotografia, como Sebastião Salgado.

Entre as atividades do curso, uma das que mais gostava de fazer era a leitura. Dany se encantou com a coleção inteira d’O Pasquim que a biblioteca da universidade possuía. “Na época eu não tinha essa noção tão nítida quanto agora. Mas olhando para trás e prestando atenção, posso sentir o quanto todos aqueles textos críticos, olhares diversos me transformaram”, lembra. 

Durante a graduação participou também das lutas e greves por melhorias no salário dos professores e da estrutura para os alunos. Faltavam equipamentos adequados nos laboratórios de TV e de rádio, porém, os professores se esforçavam para passar seus conhecimentos. “Na minha época a teoria crítica e a pesquisa eram boas e isso me deu um embasamento importantíssimo para desenvolver meu olhar jornalístico e pensamento crítico”. Para Dany, os professores que mais marcaram sua trajetória foram Sérgio Gadini, Kelly Prudencio e Irvana Chemin Branco, sua orientadora no TCC.

Dany e colegas na época da faculdade. Créditos: arquivo pessoal

No início da graduação, ela sonhava em contar histórias. Queria ouvir as pessoas, fazer entrevistas e narrar. Entretanto, não sabia ao certo se tinha vontade de trabalhar no impresso ou em outro tipo de veículo. Nunca tinha pensado em seguir carreira na TV, mas, como ela mesmo diz, a vida é cheia de surpresas. Depois de trabalhar como chefe de redação de um jornal impresso em Goiás chamado O Mercador, no ano de 2002, surgiu uma oportunidade na RPC, afiliada da Rede Globo. Dany retornou ao Paraná e passou quase 20 anos contando histórias na telinha. Seu último trabalho na TV foi como editora responsável pelo programa Caminhos do Campo

Depois de tantos anos vivendo a rotina da televisão, Dany decidiu que seria hora de dar uma repaginada em sua vida e se descobrir novamente. “Acredito que para continuar viva precisamos estar em movimento, em mudança”, destaca. Em 2015, lançou seu primeiro romance, chamado Dias nublados e, por anos, dividiu-se entre o jornalismo e a literatura. 

Quando se deu conta, já estava participando de bienais, da Flip e foi descobrindo outros mundos, até se redescobrir também como uma escritora de ficção, além de jornalista. Acabou saindo da vida nas redações em 2021 e, atualmente, está lançando um novo livro em conjunto com sua irmã Kelly Shimohiro, chamado Um lugar mágico.

 

Ficha técnica

Produção: Maria Eduarda Leme

Edição e publicação: Sabrina Waselcoski

Supervisão de produção: Aline Rosso

Supervisão de publicação: Aline Rosso e Kevin Kossar Furtado

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