Angel Salgado ingressou no curso de jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) em 2001 e se formou em março de 2005. Ele nasceu em 1981 e atualmente mora em Paranaguá. Salgado descobriu que queria ser jornalista aos 16 anos de idade. A grande causa da decisão? O seu time do coração, Vasco da Gama.
Tudo começou quando em 1997 o Vasco estava na final do Campeonato Brasileiro e, um dia antes do jogo, o jovem viajou de ônibus de Paranaguá até o Rio de Janeiro para assistir a final entre Vasco e Palmeiras. Na época, conseguiu o ingresso com a ajuda do setorista do time carioca .
Salgado contou uma mentira para o setorista, dizendo que iria com o tio até a Cidade Maravilhosa, somente com a garantia dos ingressos comprados. Ele pegou um dinheiro escondido da mãe e embarcou para o Rio ver a tão sonhada final do time do coração. Quando chegou, foi encontrar o setorista do clube no hotel onde a equipe vascaína estava hospedada. O jornalista então perguntou onde estava seu tio e Angel contou a verdade, dizendo que tinha fugido para assistir a final. Resultado: virou notícia do dia pois os familiares acharam que estava desaparecido. No jornal de Paranaguá foi manchete, deu entrevista para a Rádio Tupi e apareceu na Rede Globo no programa Domingão do Faustão. Enquanto dava entrevistas sobre sua fuga para realizar um sonho, percebeu a repercussão e achou incrível, nesse momento percebeu que queria ser jornalista esportivo.
Em 2001, ele deixou a cidade natal para ingressar na UEPG. Durante a graduação, descobriu que a vida não é fácil longe de casa. Em Ponta Grossa, morou em uma república e nesse período aprendeu a se virar. “Morar longe de casa me influenciou muito no crescimento enquanto pessoa, a trajetória da faculdade não me ensinou apenas em jornalismo mas também como indivíduo”.
Durante a graduação, o que mais gostava de fazer era entrevistas, as saídas de campos para produzir reportagens e a produção do Foca Livre no segundo ano. Contudo, também existiam dificuldades enfrentadas, como a precariedade na quantidade de equipamentos para todos e a limitação das partes técnicas para desenvolver alguns trabalhos e pautas. A capacidade intelectual dos professores era uma coisa que chamava muito sua atenção e da qual da muito valor a UEPG. “Tive professores que me chamavam atenção pela forma que pensavam naquela época e o quanto essa forma ainda tem relação com os dias atuais”. O professor que mais o marcou foi Marshall Mcluhan.

Angel e colegas em ano de graduação. Foto: arquivo pessoal
Seu TCC não podia ser outro tema que não fosse o futebol. Produziu um documentário sobre os times da categoria de bases do Atlético Paranaense, Grêmio, Internacional e Vasco. Após o término dessa trajetória universitária tinha o plano de ir embora para Londrina, que depois de Curitiba era um dos principais centros da área de comunicação no Paraná. Mas os planos mudaram depois de um mês em Paranaguá. Um jornal da cidade estava contratando novos jornalistas, ao visualizar a oportunidade de ganhar um dinheiro, pediu um mês de estágio até ir para Londrina. Quando entrou para trabalhar nesse jornal percebeu que havia uma carência em termos técnicos na forma de fazer o jornalismo, com seu conhecimento adquirido na graduação passou a entregar um modelo de reportagem que saía em canais maiores, o resultado foi uma promoção no jornal. Em 2010 criou um site onde fazia matérias de esporte, no mesmo ano foi para a Copa do Mundo da África e durante esse período fez coberturas que abasteciam as redes de comunicação da sua cidade e seu site.
Angel não está trabalhando como jornalista desde 2024, seu último trabalho foi como assessor de imprensa da Câmara Municipal de Paranaguá, atualmente tem um canal no youtube como hobby chamado Conversa Salgada, no qual entrevista diversas pessoas sobre vários temas.
Ficha técnica
Produção: Maria Eduarda Leme
Edição e publicação: Sabrina Waselcoski
Supervisão de produção: Aline Rosso
Supervisão de publicação: Aline Rosso e Kevin Kossar Furtado
