ONG atua no resgate e cuidado de gatos vítimas de maus-tratos em Ponta Grossa

Grupo de Auxílio aos Resgatinhos (GAR) trabalha no tratamento, castração e encaminhamento de felinos para adoção responsável. Foto: Larissa Oliveira

O Grupo de Auxílio aos Resgatinhos (GAR)  foi instituído para atender o caso de uma acumuladora de animais que possuía cerca de 400 gatos na sua residência em situação de maus-tratos. A organização não governamental (ONG)  surgiu da necessidade de abrigar os felinos abandonados. Fundada em 2020, a entidade é resultado de uma ação que envolveu voluntários, o Ministério Público do Paraná e o Centro de Referência para Animais em Risco (CRAR). 

O Grupo em Defesa dos Direitos Animais e Ambientais em Ponta Grossa (Grupo Fauna) acompanhou o caso da acumuladora e atuou no resgate dos animais. No primeiro resgate, foram recolhidos 60 gatos por meio de  mobilização que envolveu a comunidade. Os animais chegaram com problemas de saúde, tanto físicos quanto emocionais, que afetaram sua ressocialização. Pelo trabalho de voluntários, até o final de 2021 cerca de 300 gatos foram tratados e muitos deles receberam uma nova família. 

Os voluntários do Grupo de Auxílio aos Resgatinhos dedicam suas vidas à preservação da saúde e bem-estar de  felinos em situação de vulnerabilidade. O GAR é uma entidade independente que sobrevive com doações da comunidade, ajuda das pessoas, e o apoio do Grupo Fauna.   

Solange da Silva, voluntária, explica que o objetivo do GAR é ser, apenas, uma casa de passagem. “Nosso intuito não é que os gatinhos fiquem permanentemente aqui, mas que sejam tratados, castrados e medicados”, explica.

A ONG, além de contar com doações e o apoio da comunidade, realiza ações para arrecadar fundos, como bazares solidários, rifas, além de campanhas como a do quinto dia útil, que incentiva a doação de R$ 5 para custear a alimentação, os remédios e  tratamento dos felinos.  

Maurício Iensen, também voluntário, aponta que as principais necessidades do GAR hoje são alimentação, medicamentos e cuidados veterinários. “Atualmente, cuidamos de cerca de 40 gatos e novos estão para chegar”, revela. O voluntário também conta que, além da ração, os gatos precisam de 200 quilos de granulado higiênico para manter o local dos felinos limpo e seco.

Mensalmente, cerca de 80 quilos de ração são destinados aos gatinhos

Processo de apadrinhamento 

As pessoas que se interessam pela causa podem ajudar não só se voluntariando para o trabalho, mas também por meio de adoção ou apadrinhamento de um gato. Isto pode ser feito com uma contribuição mensal de R$ 20, valor que será utilizado para a compra de ração, areia  e despesas veterinárias. O padrinho irá receber fotos e vídeos do gatinho e saberá tudo sobre ele. 

Para aqueles com disponibilidade de tempo para se voluntariar, os coordenadores explicam que há muitos trabalhos a fazer no GAR. Podem ajudar na limpeza do local, na reposição de comida e das caixas de areia, além de contribuir na coordenação das atividades diárias. O voluntário pode escolher o dia e horário livre para  se inscrever. É só preencher o formulário disponível  aqui ou acessar o Instagram @garpgoficial. 

Como adotar um gatinho

Para adotar um gato é necessário seguir as seguintes etapas: entrar em contato com o GAR, via redes sociais, agendar uma entrevista e ir ao abrigo na data marcada. Os requisitos são: residências sem rotas de fuga para a rua, vacinação em dia, castração em idade certa (adoção de filhotes) e caixa de transporte no dia de buscar o gatinho. O grupo  preza sempre por uma adoção responsável. A entidade convida os adotantes a olharem com carinho especial para os felinos pretos e para os mais velhos.

O grupo faz trabalhos de conscientização sobre a importância da castração, e considera isso um ato fundamental para evitar a proliferação descontrolada de animais pelas ruas, além decontribuir para a redução  do sofrimento causado pelo abandono. Todos os gatos acolhidos pelo GAR são castrados antes de serem colocados para adoção. 

Como contribuir com o GAR

Quem tem interesse em ajudar a ONG, pode levar para a entidade produtos como sachês, papel higiênico, granulado de madeira, papel toalha, pano de chão, saco de lixo de 50 e 100 litros, sabão em pó, detergente, amaciante e esponja de lavar louça. Para que o grupo  possa prestar atendimento de qualidade aos animais, ela depende dessas doações em seus vários pontos de coleta, espalhados pela cidade:  AgroMathias – Avenida Visconde de Taunay, 1575 – Ronda; Agropet Colônia – Rua Santos Dumont, 1039 – Centro;  Âncora Agropet- Rua 15 de setembro, 1567- Uvaranas; Casa Pet – Rua Francisco Ribas, 542 – Centro, e  Sal da Terra Agropecuária – Rua Rio de janeiro, 1447 – Nova Rússia.

Ficha técnica

Produção: Larissa Vitoria de Oliveira da Silva 

Edição e publicação: Gabriele Proença e Anna Perucelli

Supervisão de produção: Carlos Alberto de Souza

Supervisão de publicação: Aline Rosso e Kevin Kossar Furtado

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