Curso de Turismo da UEPG terá novos laboratórios para atividades práticas!!
O curso de Turismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) contará com novo espaço para desenvolvimento de atividades práticas. Os alunos terão aulas do Laboratório de Alimentos e Bebidas e Laboratório de Hospedagem no Campus Central, local onde funcionava cantina e livraria, o qual será reformado para o curso. Na última quinta-feira (24), professores do Departamento (Detur) receberam o projeto das instalações em reunião com equipe da Pró-Reitoria de Planejamento (Proplan). A previsão de entrega, segundo a Proplan, é até meados de 2023.
O projeto elaborado pela Proplan dispõe de um Laboratório de Hotelaria de 28 m²; Laboratório de Gastronomia de 40,5 m²; e uma lanchonete de 22,5 m² totalmente revitalizada, localizada ao lado esquerdo do espaço. Desde a implantação do curso de Turismo na UEPG, em 1998, existia a necessidade de um espaço de laboratório. De acordo com a chefe do Departamento, Rúbia Mascarenhas, a construção do local para aulas práticas atende uma demanda histórica de alunos e professores. “Os laboratórios irão atender as áreas de eventos, hotelaria e alimentos e bebidas, que no Turismo a gente chama de grande área da hospitalidade”.
Tudo o que diz respeito ao bem receber será trabalhado e operacionalizado no local, explica Rúbia. “Finalmente poderemos implementar disciplinas de laboratório que nunca puderam ser ofertadas. Para nós é um grande passo, tendo em vista que é a primeira vez que nos é dada a oportunidade de sentar e discutir o projeto, de sermos ouvidas, para entenderem a nossa necessidade”, comemora. Mais de 100 pessoas, dentre alunos e professores, serão beneficiados com o projeto. “Quem também irá se beneficiar fortemente é a comunidade externa e as empresas, pois poderemos atender às demandas da comunidade com nossos projetos de extensão”. O fato do espaço estar próximo de onde funciona o Departamento e as salas de aula do curso de Turismo também é um fator a se comemorar, segundo Rúbia. “Foi fundamental para dar unidade ao nosso curso, para que o aluno consiga enxergar a abrangência. Havia uma proposta de uma sala e um lugar mais distante, mas esse espaço é importante porque fica no ambiente do nosso curso”, informa.
“O curso tem mais de 20 anos e sempre lutamos por novos espaços dentro a instituição, para termos atividades teórico-práticas”, ressalta a professora Larissa Mongruel de Lara. A professora trabalha na disciplina de hotelaria com os acadêmicos. “Sempre fazemos visitas técnicas em hotéis da cidade, mas ter um Laboratório de Hotelaria vai agregar muito valor ao aprendizado do acadêmico”, pontua. A oportunidade de vivenciar o fluxo de funcionamento de uma unidade de hotelaria fará diferença no aprendizado dos alunos, de acordo com Larissa. “Acrescenta em como mostrar o que realmente acontece e não deixar que só em um momento de estágio eles tenham essa vivência”, adiciona.
A acadêmica Gislaine Rosas também destaca a vivência prática para além do estágio. “Poderemos simular algumas situações de eventos, hotelaria, alimentos e bebidas nos laboratórios antes mesmo da gente chegar em um estágio. Isso vai fazer com que a gente chegue no campo de trabalho mais preparados”, enfatiza. O fato de poder ter experiência prática ainda pode ampliar o conhecimento, para Gisele. “Acredito que será importante para a nossa formação acadêmica. Fico muito contente com essa conquista, pois creio que futuramente esses trabalhos retornarão para a comunidade”.
Projeto
O novo espaço do curso foi pensado, inicialmente, para acontecer no prédio anteriormente ocupado pelo Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos (Ceebja). “Este prédio encontra-se interditado pela Prefeitura Municipal de Ponta Grossa, desde janeiro de 2017, aguardando obra para canalização do arroio da Universidade e contenção do talude nos fundos do prédio, o que inviabilizou o uso deste espaço”, explica a pró-reitora de planejamento, Andrea Tedesco. Com o surgimento da pandemia e o consequente encerramento do contrato da empresa que ocupava a cantina, por falta de público a ser atendido, e a saída da livraria do local, surgiu a possibilidade de revitalização do espaço. “A elaboração do projeto, após a definição do local, foi realizada em conjunto com a equipe do Departamento de Turismo, em especial com as professoras responsáveis por esses laboratórios, que conhecem as especificidades deste tipo de espaço didático”, adiciona.
O principal ambiente proposto é o Laboratório de Gastronomia. “O espaço contém uma ampla bancada para preparo de alimentos e bancadas para os discentes, permitindo que as aulas sejam ministradas para até 15 alunos”, explica a arquiteta da Porplan, Emanuele Almeida, responsável pela concepção do espaço. O local conta com um espelho inclinado, sobre a bancada do docente, que possibilita que os alunos consigam observar e reproduzir os procedimentos ensinados. “O ambiente possui permeabilidade visual, sendo aproveitada a fachada principal do espaço para acesso, criando uma integração entre os discentes, docentes e pessoas que circulam pelo pátio central do Campus”, adiciona a arquiteta.
O Laboratório de Hotelaria possui um quarto modelo, além de um banheiro que possibilita a visualização interna por todos os alunos do laboratório. O espaço também tem um depósito de materiais de limpeza para apoio e uma área de recepção para controle dos dois laboratórios, que serão interligados. Além dos laboratórios, o local abrigará uma nova lanchonete. O local terá espaço para comercialização de alimentos e bebidas para os que frequentarem Campus Central. O espaço foi projetado para atender aproximadamente 17 pessoas sentadas simultaneamente.
Os engenheiros Matheus Carrer (diretor de planejamento físico da Proplan) e Rafael Braz (responsável pelos projetos complementares de engenharia) explicam que toda infraestrutura elétrica e hidráulica do espaço será revista na reforma, conforme projetos já elaborados, para atender ao novo uso. “Também estão previstas a retirada e troca de forro, instalação de divisórias em drywall e a pintura externa, esta última que já está em andamento pela empresa contratada para revitalização da pintura externa de todo o Campus Central, a qual foi desenvolvida junto com a Coordenadoria de Comunicação da UEPG”.
Tedesco ressalta a importância de atender a uma demanda histórica e poder aliar com a reforma de um ambiente que atenderá a todos os usuários do Campus Central. “A concepção do projeto buscou otimizar o aproveitamento do espaço físico, tão escasso no Campus Central, os recursos financeiros a serem aplicados na reforma, além de atender o maior número de usuários possível”, completa.
Texto e imagens: Jéssica Natal