A simbologia proposta pela NFPA (NFPA 704-11) tem sido adotada para representar clara e diretamente os riscos envolvidos na manipulação de insumos químicos. Sugere-se usá-la para identificação dos recipientes (rotulagem) também nos laboratórios.
O diamante colorido representa os riscos em termos de inflamabilidade, (vermelho), riscos à saúde (azul), reatividade (amarelo) e informações especiais em branco. Às vezes a classificação numérica pode variar dependendo da fonte consultada e os números podem também aparecer na seqüência: saúde (azul) – inflamabilidade (vermelho) – reatividade (amarelo) após o nome da substância. Exemplo: acetileno (1 4 3).
Os riscos são classificados de 0 (risco mínimo) a 4 (risco máximo), segundo os critérios abaixo descritos.
Diagrama de Hommel ou Diamante do Perigo
Risco à Saúde ou Toxicidade (Azul):
4. Substâncias que são capazes de produzir a morte ou danos sérios ou seqüelas sérias em exposição muito curta.
Exemplos: acrilonitrila, cianogênio, dimetil sulfato, cianeto de hidrogênio, etc.
3. Substâncias que são capazes de produzir danos físicos sérios temporários ou seqüelas.
Exemplos: ácido acrílico, amônia (gás), azidas, cianetos, sódio e amálgama de sódio, ácido sulfúrico, fósforo branco, etc.
2. Substâncias que em exposição intensa ou contínua mas não crônica, podem causar incapacidade temporária ou possível seqüela.
Exemplos: anidrido acético, benzeno, tetracloreto de carbono, éter dietílico, clorofórmio, etc.
1. Substâncias que podem causar irritação mas seqüelas menores.
Exemplos: acetileno, nitrato de amônio, dimetilformamida, fósforo vermelho, etc.
0. Substâncias que em incêndios não oferecem risco maior além do representado pelo material combustível comum.
Risco de Inflamabilidade (Vermelho):
4. Substâncias que podem vaporizar rápida ou completamente à pressão e temperatura ambientes, ou que são rapidamente dispersas no ar e queimam com facilidade.
Exemplos: acetileno, peróxido de benzoíla, tert-butil hidroperóxido, cianogênio, éter dietílico, formaldeído (gás), cianeto de hidrogênio, sulfeto de hidrogênio, triclorosilano, cloreto de vinila, ácido pícrico, fósforo branco, etc.
3. Líquidos e sólidos que podem sofrer ignição na maioria das condições de temperatura ambiental.
Exemplos: acrilonitrila, acroleína, benzeno, éter dibutílico, éter diisopropílico, dioxano, metanol, metil-hidrazina, potássio, piridina, tetraidrofurano, xilol (xileno), sódio e amálgama de sódio, etc.
2. Substâncias que devem ser aquecidas com moderação ou expostas a temperaturas relativamente altas para sofrerem ignição.
Exemplos: anidrido acético, ácido acético glacial, anilina, azidas, dimetil sulfato, solução de formaldeído, solução de hidrazina, nitrobenzeno, fenol, azida sódica, nitrito de sódio, etc.
1. Substâncias que devem ser pré-aquecidas antes de ocorrer a ignição.
Exemplos: dicromato de amônio, solução ou gás de amônia, cádmio, diclorometano, dietil sulfato, anidrido maléico, 1-naftilamina e sais, fenantreno, resorcinol, fósforo vermelho, etc.
0. Materiais não combustíveis.
Risco de Reatividade (Amarelo):
4. Substâncias que são intrinsecamente capazes de detonação ou decomposição explosiva ou reação em condições normais de temperatura e pressão.
Exemplos: peróxido de benzoila, tert-butil hidroperóxido, ácido peracético, ácido pícrico, etc.
3. Substâncias que são intrinsecamente capazes de sofrer detonação ou decomposição explosiva ou reação, mas requerem uma fonte para essa reação acontecer, ou que devem ser aquecidas em confinamento antes da reação, ou que reagem explosivamente com a água.
Exemplos: acetileno, acroleina, nitrato de amônio, diborano, peróxido de hidrogênio (>52%), 2-nitropropano, silano, ácido sulfâmico, etc.
2. Substâncias que sofrem mudanças químicas violentas em temperaturas e pressões elevadas ou que reagem violentamente com a água, ou que podem formar misturas explosivas com a água.
Exemplos: brometo ou cloreto de acetila, ácido acrílico, acrilonitrila, azidas, ácido clorosulfônico, cianogênio, lítio, metil-hidrazina, percloratos, fosfina, potássio, sódio e amálgama de sódio, hidrosulfito de sódio, ácido sulfúrico, cloreto de vinila, etc.
1. Substâncias que são normalmente estáveis, mas podem se tornar instáveis quando submetidas a temperaturas e pressões elevadas.
Exemplos: anidrido acético, dicromato de amônio, brometo de cianogênio, éter dibutílico, éter dietílico, éter diisopropílico, 1,1-dimetil-hidrazina, dioxano, perclorato de Mg, magnésio, anidrido maleico, fósforo vermelho, hidróxidos de Na e de K, tetrahidrofurano, etc.
0. Substâncias estáveis ainda em condições de incêndio, e que não são reativas com a água.