Fenata: o personagem que testemunhou a história do teatro por quase 50 anos

Fenata: o personagem que testemunhou a história do teatro por quase 50 anos

Ele nasceu num período conturbado da história do Brasil, na década de 1970. Agora, perto dos seus 50 anos, em 2022, o senhor Festival Nacional de Teatro (Fenata) da Universidade Estadual de Ponta Grossa celebrou, com a família reunida – comunidade da UEPG, artistas de todo o Brasil e um público de mais de 25 mil pessoas – sua edição de número 50. A festa durou seis dias e foi animada por 26 grupos teatrais, que protagonizaram 85 apresentações por toda a cidade.

O Fenata é irmão gêmeo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Nasceram juntos e, desde aquele 07 de novembro, trabalham em dupla ininterruptamente. Mesmo na pandemia, o Fenata não parou – em 2022 ele marca o retorno definitivo do comparecimento em massa do público, que assistiu a espetáculos em 67 locais.

Como bom senhor de meia idade, o Fenata gosta de presentear. Para prestigiar atores, equipe técnica e grupos de teatro, ele entregou troféus para os melhores em 14 categorias. Para que ninguém ficasse de fora, companhias que já tinham retornado para casa puderam conferir a premiação ao vivo, por transmissão online, a qual foi transmitida por telão no Cine-Teatro Ópera.

De repente, na noite de sábado, o Fenata recebeu um visitante já conhecido de longa data. Era Fábio Freitas, que retornou a Ponta Grossa depois de quase 25 anos. Como já conhecia a casa do anfitrião, Fábio ocupou um dos quartos – o camarim – para se preparar para o espetáculo que aconteceria mais tarde. “A plateia aqui é um encanto, cheguei antes, na quinta-feira, e aí já fiquei encantado”, dizia enquanto se olhava no espelho e preparava o rosto para a maquiagem.

O olhar penetrante, que percorreu toda a plateia, testemunhou como é o público de Ponta Grossa em 1997, no Fenatinha, com a peça ‘Uma das de Pedro Malasartes’. Ao contrário da última visita, Fábio apresentou ao anfitrião uma peça para gente crescida: O Cão Chupando Manga é um texto nascido a partir de uma experiência real vivida pelo ator. “A gente coloca muito das nossas vivências, da nossa história na peça. E eu queria falar disso. Eu queria falar de coisas que me afligem, de ansiedades, anseios meus, da minha idade, do meu tempo na arte. E eu desenvolvi esse texto contando coisas às vezes engraçadas, às vezes duras e ácidas”.

E o Fenata ouviu com atenção à história de Fábio, tanto que permitiu que ele colocasse cadeiras até no palco, deixando que a plateia visse de perto cada ato do visitante. A visita rendeu mais que uma noite, pois Fábio não quis ir embora até que findassem as celebrações promovidas pelo velho amigo – foi o único dos atores de fora que ficou para a festa final. Na noite seguinte, foi a vez de receber os presentes que o Fenata lhe reservou: prêmios de Melhor Ator; Melhor Texto Original e Melhor Iluminação.

O costume de estar no palco, parte mais iluminada e observada da casa do Fenata, rendeu um momento cômico. Ao ser chamado para o palco, Fábio não sabia se poderia ficar para receber o prêmio e logo voltou para a plateia. Quando o Fenata lhe convidou a subir, como um convite de “é a sua vez de ganhar”, Fábio não escondia sorrisos. “Fiquei tipo pinto no lixo. Estou muito feliz. Hoje é um domingo muito especial na minha vida”, disse.

A distribuição de presentes não se restringiu a Fábio, mas se estendeu a outras categorias, como o prêmio de Melhor Espetáculo Adulto para Vereda da Salvação – Cia Beradeiro; e Melhor Espetáculo Infantil para PaPeLê – Uma Aventura de Papel, da Téspis Cia de Teatro. O Festival não saberia premiar sozinho às 85 apresentações que recebeu em 2022, por isso contou com 733 votos depositados pelo júri em cada noite, para dar o melhor prêmio especial concedido pelo Júri Popular à peça ‘Leões, Vodka e um Sapato 23’, com nota média de 9,31. “Estamos muito, muito felizes, é uma sensação incrível. O Júri Popular era o prêmio que mais queríamos ganhar, pois para a gente o mais importante é que o público curta”, comemorou Jean de Oliveira, produtor da peça.

Para que toda a família pudesse ver o gran finale, o Fenata disponibilizou entregou um troféu personalizado para cada vencedor. “Esse reconhecimento é uma possibilidade de pensar a criança como um ser inteligente com capacidade de construir abstrações e trabalhar linguagens que não são diretas, específicas. Que esse prêmio ajude a gente a circular bastante com nosso trabalho e atingir muito mais pessoas”, destacou Max Reinert, produtor do espetáculo PaPeLê.

Como se despedir de tantos visitantes com chave de ouro? Alguns oferecem café, jantar ou um singelo abraço. Mas o Fenata não é todo mundo e, na última noite, ofereceu teatro e música para a família e amigos, com a peça ‘O Grande Circo Místico’. Ele só não esperava que teria visitantes recém-chegados. Eram Alice Pizzaia Goltz e Naymer Schmidtke, vindos de Castro, pela primeira vez, para conhecer o Fenata.

Aquela noite foi como uma saga. Saíram às pressas de casa, sem saber do que se tratava o espetáculo, nem se seria necessário comprar ingressos. Mas era como se o destino quisesse unir o casal ao Fenata. “Quando a gente chegou na portaria, os ingressos tinham acabado e uma moça que estava na frente virou e entregou o ingresso”, conta Naymer. A fila daquele dia ultrapassava a quadra e, ao chegar na bilheteria, ambos já tinham dois ingressos. “Uma moça se disponibilizou a achar mais uma vaga pra nós”, complementa Alice.

E aquele encontro com o Fenata valeu pena. “A gente ficou bem vidrado e encantado com tudo, na iluminação, cenário, figurino. Não sabíamos que ia ser musical, então foi bem surpreendente. A gente fica muito feliz de poder ter assistido e poder participar, mesmo que seja nos 45 segundo tempo, foi muito lindo de sair nutrido de muita arte”, comemora Alice.

Uma pedra no caminho

A visita rendeu, pois o casal visitou dois “imóveis” do Fenata no mesmo dia: O Cine-Teatro Ópera e o Lago de Olarias. O senhor de meia idade ficou tão confiante pela amizade à primeira vista que até apresentou ao casal sua face mais polêmica. Naquela tarde, ele recebia a peça ‘Hi, Breasil’, apresentada pelo Grupo Olho Rasteiro, de Curitiba, com um manifesto-samba-enredo para o lago. Como bom amigo, o Fenata permitiu que os atores tivessem liberdade para manifestações teatrais, tanto que a trupe vestiu roupas cor da pele, com tarjas pretas nos locais próximos às partes íntimas e mamilos. O ato levantou discussão na internet sobre nudez em um local onde passavam crianças.

Sabe o que é navegar na internet e ver pessoas falando bem e mal de você? O Fenata sim. Pelas redes sociais, ele recebeu ataques, como de um usuário nos comentários da postagem das fotos no Facebook. “Se estavam pelados ou não é uma apresentação de arte horrível que tentam enfiar garganta a baixo [sic]…É ruim e só serve pra criar polêmica… Ou vai dizer que um ótimo espetáculo também? Se fosse bom não estavam fazendo de graça no parque… tanto é ruim que só estava assistindo quem estava envolvido na “arte” e um pessoal da UEPG”, escreveu. Uma usuária do Instagram também se disse insatisfeita com a apresentação. “A questão é o porquê. Por que em um local onde crianças estão? Por que em um local público onde o direito de um termina onde começa o do outro? Porém, a necessidade de polemizar, engajar e lacrar é maior. Entendi”, comentou ao se referir à suposta nudez da peça.

Quem é conhecido pelo seu bom trabalho acaba angariando defensores, como Gustavo Mayer, pelo Facebook, que descreveu a apresentação, em um comentário, como “perfeita em tudo”. Segundo ele, ela pontuou questões complicadas com sensibilidade artística. “Pude me sentir mudado com a mensagem tão bonita que essa peça traz. Aos patriotas críticos de arte e especialistas em nudez, deixo meu desejo de que um dia vocês consigam desenvolver um pouco mais de receptividade e que ela permita que a arte liberte vocês desses delírios”, disse. Na rede social Instagram, Angelo Rocha também defendeu a apresentação. “Uma pena que perdi a peça! Pela repercussão que teve deve ter sido muito boa! Resista, Fenata! PONTA GROSSA precisa de você!”.

No meio da agitação, o Fenata recebeu ajuda de um de seus defensores. “A UEPG contrata, a cada Festival, uma equipe de especialistas que faz a seleção das peças e entende que todas as selecionadas condizem com o nível artístico”, diz o reitor da UEPG, professor Miguel Sanches Neto. “Imagens e interpretações descontextualizadas, usadas com fins políticos para causar confusão na comunidade, apenas demonstram que a arte é cada vez mais necessária para celebrar a vida e fortalecer a informação correta”, afirma.

E foi também no Lago de Olarias que o Fenata recebeu uma visita de honra – Guta Stresser, jurada do Festival. Apesar do papel de “julgadora” das peças, ambos são amigos íntimos, com aquela amizade que só gerações que são próximas têm. “Sabia que neste ano eu faço cinquenta anos?”, dizia sorrindo a atriz. Guta percorreu atividades que o amigo promoveu por toda a cidade, sempre com um sorriso no rosto, palpites afiados sobre o teatro e, às vezes, pedindo licença para sair fumar.

A meia idade de ambos fez Guta se sentir como se ela caminhasse lado a lado do Fenata. “É um barato estar aqui, tanto no palco quanto na plateia, porque a cada dia você assiste a um espetáculo único, que foi só aquele dia, daquela forma, daquele jeito. Então é uma experiência única”, disse. O jeito único de viver o teatro não veio somente das peças, mas também do público, para Guta. No primeiro dia, sentada na terceira fileira a partir do palco, teve gente que a chamou de Bebel (sua personagem da série A Grande Família), teve quem a abraçasse forte pelas costas, a confundindo com outra pessoa, quem elogiasse seus grandes brincos vermelhos, até teve quem a segurasse para uma selfie rápida com flash no meio da peça.

“É claro que tiro uma foto com você. Opa, acho que você me confundiu com outra pessoa, eu sou a Guta, prazer. Oi, sou eu mesma, a Bebel. Meu brinco é grande porque preciso passar uma boa impressão de que sou chique”, respondia a cada uma das interações.

Muito trabalho, mas sem burnout

Dizem que quem trabalha demais tem burnout, uma síndrome do esgotamento físico e mental. Mas como é viciado em fazer um bom trabalho, o Fenata já estava na lida antes do Festival de fato começar, sem reclamar. Como gosta de entradas grandiosas, o Fenata convidou a companhia de teatro do Centro de Estudos Cênicos Integrado (Ceci), para fazer de intervenções teatrais em locais da cidade, como forma de divulgação. Nada de convite impresso, com laço e perfume. O convite do Fenata é feito com arte. “Nós fizemos um workshop com voluntários para passar a noção do que é o teatro, do que estão representando e, a partir disso, começamos todo o trabalho dos atores e elaboração dos figurinos”, explica Heloísa Frehse Pereira, diretora do Ceci, umas das ajudantes na elaboração do convite.

A partir da reunião, o grupo pensou em três elementos artísticos para a intervenção – um ator representando o Fenata como um homem de 50 anos, um palhaço como figura circense e um casal de atores relembrando Shakespeare. Desde 27 de outubro a 07 de novembro, foram quatro intervenções diárias a locais, empresas e instituições parceiras. Mas nada é pequeno ou singelo para o Fenata. A cada início de apresentação, a trupe chegava a todo vapor, buzinando com seu fusca azul, e cumprimentando os presentes. Durante a apresentação, ficavam a cargo de recitar versos de Shakespeare com os principais gêneros do teatro – comédia, drama e romance.

Na abertura

Entre o Museu Campos Gerais e o Cine-Teatro Ópera, são 200 metros a pé. Foi assim que o Fenata começou a sua festa: na rua, com convidados ilustres. Um deles é a atriz Levi Hilgembergerg. O Fenata é artista há quase 50 anos e, como o Gepeto, famoso personagem que dá a vida a Pinóquio, ele trouxe à vida a sua ilustração do 50º Festival, em que uma mulher de cabelos coloridos e rosto pintado traz o palco com cortinas abertas no peito.

Levi estava com cabelos verdes, rosto pintado e roupas vermelhas, pronta para ir à rua.  “É uma comemoração, né? Então tinha que ser pra cima, tinha que ser animado, tinha que ser convidativo”, disse a boneca viva. Antes da alegria, um pouco de tensão. Assim como Levi, os artistas convidados para a intervenção receberam do Fenata um alerta: cuidado ao passar pelas manifestações na Praça Marechal Floriano Peixoto. Como a preparação aconteceu no prédio da Proex, o trajeto até o Museu Campos Gerais foi silencioso e calmo.

Passados os momentos de tensão, foi a vez de colocar a música Dancing Queen, para atravessarem a Rua XV de Novembro, aos olhos das pessoas que estavam na fila para entrar no teatro. Todos estavam com roupas coloridas e rostos pintados – alguns com pernas de pau. O músico e compositor Cláudio Chaves aguardava na fila para entrar quando foi surpreendido pela performance. “Foi lindo, a arte sempre acha um jeito de se manifestar, de mostrar que estamos vivos. Ela é necessária a vida inteira. Isso aqui é aliviante e, neste momento, é muito mais”, afirmou.

Teatro por toda parte

O Fenata gosta de crianças e não deixa de visitá-las durante seu grande evento. No auditório do Centro de Atenção Integral à Criança e Ao Adolescente (Caic), as crianças se sentavam nas cadeiras. O dia ensolarado na parte de fora, convidativo para brincadeiras ao ar livre, não tirou a atenção dos pequenos à Fada Maria, criatura mágica que passa por aventuras para chegar ao mundo dos humanos. A cada revelação, diálogo e elementos incluídos à peça, os olhos vidrados das crianças conseguiam brilhar mais.

Depois da aventura vivida em conjunto, entre elenco e espectadores, ninguém escapou dos abraços apertados dos alunos. O meio ambiente, assunto discutido na peça, foi levado para dentro da sala de aula. “O teatro apresenta para a criança um aprendizado em outra linguagem, trazendo questões que tratamos em aula, mas de outro modo”, explica a diretora geral do Caic, Rosiane Silva. “Quando temos um teatro, também tem o recurso da imaginação e da criatividade, e o mais importante é que as crianças estão aprendendo”, conta. A apresentação rendeu materiais feitos pelas crianças, contando sobre o que cada um aprendeu com a peça.

Merda

Muita “merda” aconteceu no Fenata. Foram cerca de 25 mil pessoas que assistiram às peças promovidas pelo Festival. Os palcos, praças e ruas de Ponta Grossa receberam companhias das cidades de Afogados da Ingazeira, Curitiba, Itajaí, Itapira, Limeira, Londrina, Manaus, Rio de Janeiro, Santos, São José do Rio Preto, São José dos Campos e São Paulo.

Falar “merda” significa sucesso no teatro. A tradição está relacionada ao período Elisabetano (1558-1625), em que as pessoas iam de carruagem assistir às peças. Quanto mais pessoas, mais cavalos – consequentemente, mais animais fazendo necessidades fisiológicas. Daí o termo para o teatro, como uma mensagem de boa sorte.

E não faltou o desejo de “merda” a cada início de espetáculo, dado pelas equipes de apoio, atores e espectadores. No último dia, o Fenata trouxe o espetáculo O Grande Circo Místico, como peça de encerramento. “É uma honra estar aqui nesse momento histórico, encerrar esse Festival que é tão especial, tão importante. Estamos muito emocionados e felizes de participar”, disse Thay Lopes, com sua filha no colo.

Mesmo com o encerramento da edição, o fechamento das cortinas é temporário – o Fenata é um senhor de meia idade que gosta de trabalhar e não quer parar. Como disse a pró-reitora de Extensão e Assuntos Culturais da UEPG, Maria Salete Vaz, “o Fenata 51 já começa na próxima semana”. Como um ator que se curva diante do seu público, o Fenata diz, em alto e bom som: “Até 2023!”.

Trabalharam no 50º Fenata

Diretoria de Assuntos Culturais: Nelson Silva Jr, Leila Freire, Luciane Tessaroli Dezonet, Francisco Acildo Souza, Ariadene Caillot, Emerson José Barbosa.  Eduardo Godoy – Coordenação da Categoria Teatro Adulto A; Natasha Dias – Coordenação da Categoria Teatro Infantil; Alfredo Mourão – Coordenação da Categoria Teatro de Rua; Daniel Frances – Coordenação da Categoria Telmo Faria; Rafaela Prestes – Coordenação da Mostra Especial; Dájila Munhoz – Coordenação das Intervenções e Contrapartida Social; Domitila Gonzalez – Coordenação da Abertura; Fernando ‘Abba’ – Coordenador técnico de som e luz; Luiz Fernando de Souza – Turismólogo; Alisson Nascimento – Ilustração; Chaquelle Oneal Almeida – Criação do troféu; Diego Divardim – Produção do troféu; Carlos Clarindo – Imprensa Universitária; Neomil Macedo – Diagramação do livreto; Mauri Serenato – Intérprete de Libras; Ana Maria de Fátima Piloto Coimbra – Intérprete de Libras; Heloísa Frehse Pereira – Diretora do CECI; Kaio Armando Gomes Bergamin – palestrante; (contrapartida social); Gabriel Vernek – palestrante (contrapartida social); Zek Ramos – palestrante (contrapartida social); Ligiane Ferreira – palestrante (contrapartida social).

Ações de intervenção do Ceci: Paulo Napoleão Ramos de Oliveira Guimarães – diretor, ator e professor de cursos de Teatro no Ceci; Atores e atriz: Amanda Alberge da Rocha Leal, Glayson Cintra de Souza e Hiago Wonsowicz Padilha.

Coordenadoria de Comunicação: Aline Jasper, Amanda Graziely Santos, Gabriel Miguel, Fábio Ansolin, Jéssica Natal, Julio César Prado, Luciane Pereira da Silva Navarro, Sandrah Guimarães, William Clarindo. Apoio: Mauriane Aparecida Monteiro Camargo, Lindamir Aparecida Martins, Aparecido Benedito Paulino.

FAUEPG: Sinvaldo Baglie, Karina Aparecida Soares, Mônica do Rocio Stadler, Elenita Godoy, Aline M. Tkaczuk, Michelle Fagundes Alves.

Coordenadoria de Cerimonial: Leandro Baptista.

Grupo de Teatro de Ponta Grossa: Direção atual: Emerson Rechemberg; Iluminação: Bya Paixão; Cenografia: Nessandra Cordeiro; Figurinista: Evlin Frandoloso; Assistente de direção: Camila Leria; Elenco: Ana Claudia Gambassi, Ana Almeida, Dajila Munhoz, Gustavo Mayer, Juliana Pereira, Levi Hilgemberge, Mariana Boá, Mariele Zanin, Makaullen Padilha, Michella França, Nadhine de Assis Rios, Phayga Gruber, Terezinha Musardo; Vivian Chemin Bueno e Viviane Oliveira.

Coro Cidade de Ponta Grossa: Regência atual: Édi Marques; Sopranos: Andresa Lino, Beatriz Malkut, Deisi Horn, Luciana Cristina de Souza, Náiade Bourguignon e Pollyanna Cristielli de Souza Hemisdorff Contraltos: João Luiz Gomes, Claudete Oberg de Oliveira, Gisele de Lara, Juliana Cristina de Souza do Carmo, Mariene de Souza Lima e Vivian Bueno. Tenores: Augusto Aguieiras Duarte, Cássio Viante, Diego Willian, João Paulo Biscaia, Paulo Kincheski e Vini Piralinda. Baixos: Anthonny Felipe, Cezar Kapp, Thiago Venancio, Halisson Kedrovski, Naton Joly Botogoske e Rudson Puchta. Pianista: Luís Eduardo Corbani.

Voluntários: Amanda Franczak da Silva, Ana Julia Prandel de Oliveira, Camile Sandrino, Evelyn Bianca Gonçalves, Gabriella Goles Furda, Murilo Martins, Rafael Maurício Oesterreich dos Santos, Shelly Leah dos Santos Vieira, Kamila Premebida Ferreira, Edival José Prestes Neto, Tatiane Goncalves da Silva, Sabrina da Silva Rocha, Jade Elenice Majior do Prado, Lívia Ricz Cayres, Luana Santos Silva, Maria Helena Denck Almeida, Milena Kauana Neitzel, Tamires Limurci dos Santos, Ana Carolina Barbato Dias, Emelli Schneider Pereira da Silva, Isadora Ricardo, Anna Caroline Neri, Barbara Monique dos Santos, Camile Franco Camargo, Carolina Aparecida da Silva, Gabriel Pedro Brigola, Nathalia Ellen dos Santos, Pamela Cristina Rodrigues, Tamires Podolan.

Texto: Jéssica Natal

 

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