Músculos femininos

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Para se prepararem para as competições de fisiculturismo, mulheres mantém dieta rígida

Enquanto muitos priorizam acordar tarde e tomar um café da manhã com um pão na chapa, Ana Carolini Afani inicia seu dia por volta das cinco e meia da manhã com exercícios de LPF, Low Pressure Fitness, sigla em inglês para designar a prática que auxilia na postura e respiração, além de contribuir com a silhueta da cintura e a digestão. Ela tem uma rotina regrada e marcada pelo relógio quanto à alimentação e aos treinos para manter as atividades cardíacas em dia e o desempenho do fisiculturismo. Há sete anos, ela dedica-se aos treinos, mas há apenas dois anos a paixão pelo fisiculturismo a fez mudar os hábitos. Ela inspirou-se em mulheres que desbravaram a área como as estrangeiras Étila Santiago e Lauralie Chapados, e as brasileiras Elisa Pecini e Maria Julia Lemos, atletas e campeãs. 

A dedicação que atletas destinam ao esporte é diária. Para ela não é diferente. Ana Carolini vivencia o fisiculturismo 24h por dia e em dias de competições o esforço é redobrado. Para ela, os resultados não são apenas musculares, mas também emocionais. “Eu me tornei uma pessoa muito comprometida e com uma mente muito forte”. Em julho, Ana ingressou no mundo das competições e no seu primeiro campeonato, o Musclecontest, em Curitiba, garantiu vaga para o Olympia Amateur, em São Paulo. Ana conquistou o primeiro lugar competindo na categoria bikini, e na sua segunda competição, no Olympia, não obteve o resultado esperado.

Ana Carolini treina há sete anos

Segundo o atleta e personal trainer, Izael Pedro Schaicouski, para que os competidores tenham bons resultados nas competições, é necessário seguir um protocolo rígido de treinos. “A maior diferença de um atleta para um praticante avançado na musculação, é que o avançado treina o que ele quer, o atleta treina o que ele precisa, mesmo não sendo a vontade dele. Um atleta não tem muitas regalias, ele treina independente do dia, do horário”.

Além da categoria bikini, em que Ana compete, em que as atletas precisam ser magras e esculpidas em músculos, há outras modalidades. De acordo com o banco de dados da Paraná Fisiculturismo e Fitness (PR-FF), na categoria Figure, é recomendado às mulheres terem físico atlético, treinarem e levarem uma vida saudável.A categoria Wellness é recomendada àquelas que desenvolvem corpo musculoso e com baixo percentual de gordura. A Fitness Coreográfico é destinada a atletas que querem apresentar movimentos que demonstram resistência, força, flexibilidade e ritmo. Por fim temos a Women’s Physique. Nessa categoria, as mulheres precisam desenvolver e definir ao máximo o físico, além de serem julgadas em quatro critérios: simetria, proporção, volume e definição.

Para saber mais sobre o regime dos atletas e a história do fisiculturismo, confira a quarta edição da revista Nuntiare.

 

Ficha técnica:

Reportagem e fotografias: Larissa Godoi
Edição e Publicação: João Gabriel Vieira e Larissa Godoi
Supervisão de produção: Muriel E. P. Amaral
Supervisão de publicação: Cândida de Oliveira e Carlos Alberto de Souza


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