Evento acadêmico sobre gênero marca com debates o Dia da Mulher em PG

Por Hellen Bizerra


Professora Paula Melani Rocha, organizadora do Colóquio, na abertura do evento.


Palestrantes do painel “Desigualdades de gênero e políticas públicas”

Na última sexta-feira, 8 de março, no Grande Auditório do campus Central da UEPG, aconteceu o 2º Colóquio Mulher e Sociedade. O evento, organizado pelo Grupo de Estudos Jornalismo e Gênero, com o apoio do Mestrado em Jornalismo, reuniu cerca de 350 pessoas durante todo o dia, marcado por depoimentos, debates e apresentações de trabalhos na área de gênero.

Em sua segunda edição, sob o tema “Questões de gênero: intersecção entre Estado e Sociedade Civil”, o Colóquio, realizado propositalmente no Dia Internacional da Mulher, mais uma vez relembrou as importantes lutas e conquistas das mulheres, bem como os desafios que ainda precisam ser superados.

A estudante de Serviço Social, Jéssica Ferreira Martins, participou das duas edições do evento e o classificou como “um importante espaço de discussão sobre as conquistas femininas e sobre temas que, no cotidiano, caem no esquecimento”. A integrante do Coletivo Corina Portugal, Gizah Salloum, disse que o Colóquio para além das discussões acadêmicas “permitiu relembrar o porquê do Dia Internacional da Mulher e a seriedade da data”.

Neste ano, houve a participação de profissionais e estudantes de outras cidades do Paraná, como a aluna de Ciências Sociais da UEM (Universidade Estadual de Maringá), Camila Carolina Hildebrand Gallett, que veio para prestigiar o Colóquio e apresentar seu trabalho no Encontro Científico sobre a área de gênero. “Infelizmente existe um senso comum sobre o feminismo e eventos como o Colóquio fazem com que as pessoas discutam mais e entendam melhor a luta das mulheres”. Segundo Camila, as discussões de gênero precisam ir além do academicismo e alcançar as parcelas da sociedade que realmente vivenciam problemas relacionados na área.

O 2º Colóquio Mulher e Sociedade também apresentou a exposição “Eu queria!”, do fotógrafo Rodrigo Czekalski. As imagens de mulheres comuns de Ponta Grossa vieram acompanhadas de um áudio em que as fotografadas diziam o que queriam para si e para a vida. “A ideia primária foi mostrar as mulheres como elas são, foi ouvir elas dizerem o que querem, serem o foco”, explicou o fotógrafo.

Durante o encontro ainda houve apresentação do documentário sobre a Marcha das Vadias em Ponta Grossa e painéis temáticos com a presença de participantes do Grupo Renascer/PG, Coletivo Corina Portugal, Emater, Prefeitura da Lapa/PR, MST, Núcleo de Estudos de Violência contra a Mulher (Nevicom), Secretaria Municipal de Saúde de PG e Movimento de Catadores de Materiais Recicláveis do Estado do Paraná.

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