O Departamento de Jornalismo (Graduação e Mestrado em Jornalismo) repudia a ação policial impetrada contra dirigentes e ex-dirigentes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ocorrida na quarta-feira, 6/12, através de condução coercitiva ilegal, ilegítima e covarde.
A ação policial gratuita contra membros da comunidade universitária, que se constitui no ataque direto a pessoas em sua individualidade e à Universidade Pública, espaço da produção do conhecimento e da ampla manifestação do pensamento, repete o doloroso episódio ocorrido na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que conduziu à morte o então reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo há dois meses.
Não são fatos isolados. Outras duas grandes instituições de ensino superior também sofreram ações da Polícia Federal em um ano, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em 9 de dezembro de 2016, e a Universidade Federal do Paraná (UFPR), em 13 de fevereiro deste ano.
Não se pode calar, nem aceitar a naturalização de ações judiciais e policiais arbitrárias, próprias do Estado ditatorial e fascista, que atacam o real papel de todas as instituições do Estado Democrático de Direito. O País não pode permitir medidas judiciais impetradas de forma arbitrária para atender a interesses escusos e midiáticos, como se tem assistido nos dois últimos anos. Ao contrário, precisa retomar o processo democrático, conquistado a duras penas e que se vê em xeque agora, levando a sociedade ao clima de medo, não de segurança.
Retroceder, jamais!
Ponta Grossa, 07 de dezembro de 2017