
A programação do 28º Seminário de Inverno em Estudos da Comunicação ocorre até sexta-feira (6), com apresentações e debates de trabalhos entre docentes, estudantes e pesquisadores da área. Na última terça (3) e quarta-feira (4), os participantes focaram nas transformações provocadas pela tecnologia digital na prática jornalística.
Debates sobre inovações no Jornalismo e desafios contra a desinformação
Com o tema “Inovações no Jornalismo: Som, Texto e Imagem”, a primeira mesa, realizada na terça-feira (3), contou com trabalhos que abordaram desde a produção de podcasts brasileiros até o uso da inteligência artificial na criação de conteúdos jornalísticos. As pesquisas também exploraram o papel das newsletters na curadoria de notícias e a influência das métricas digitais nas decisões editoriais das redações.
Na sequência, a mesa “Desinformação, Plataformas e Ecossistemas Digitais” discutiu os desafios do jornalismo no ambiente online. Foram apresentadas análises sobre o uso de palavras censuradas em vídeos sobre criminalidade no YouTube, estratégias de mídia nas redes sociais de um projeto de extensão voltado ao combate à desinformação e as tensões entre velocidade e apuração na produção jornalística. Também foi avaliada a cobertura midiática de um caso de espionagem envolvendo Brasil e Paraguai.
História do Jornalismo brasileiro e trajetórias científicas
Já na quarta-feira (4), o destaque foi para a mesa “Histórias e Trajetórias do Jornalismo Brasileiro”, que integrou as comemorações do tema central do evento: “Quatro décadas de formação superior em Jornalismo nos Campos Gerais”. A seção abordou conteúdos fundamentais para compreender o papel da UEPG na formação de jornalistas e na consolidação da pesquisa na área.
Entre as pesquisas apresentadas, destacou-se uma análise histórica da produção acadêmica do curso de Jornalismo da UEPG, que mapeou temas, abordagens e contribuições de Trabalhos de Conclusão de Curso e dissertações de mestrado ao longo de quatro décadas. O estudo permitiu uma reflexão sobre a trajetória formativa e científica da instituição. Também foi discutido o papel de entidades científicas, como a Associação Brasileira de Pesquisadores de Jornalismo, na consolidação da área como campo de conhecimento no país.
Outros trabalhos complementaram essa perspectiva histórica ao abordar as transformações no perfil profissional dos egressos dos cursos de Jornalismo, evidenciando como as exigências do mercado impactam a formação acadêmica. Análises sobre a cobertura política na imprensa regional e sobre o pioneirismo do radiojornalismo esportivo no Paraná reforçaram a importância das mídias locais na construção da memória, da identidade profissional e da democratização da informação nos Campos Gerais. Esses temas reforçam o papel da Universidade na articulação entre ensino, pesquisa e contexto sociocultural regional ao longo de seus 40 anos de trajetória.
O crescente uso de IA também foi tema de pesquisas
Encerrando o terceiro dia, a mesa “Inteligência Artificial (IA) e Ética na Prática Jornalística” debateu o uso de IA em redações brasileiras e as implicações éticas envolvidas. Os trabalhos analisaram as políticas editoriais sobre IA de grandes veículos, os limites do uso de programas como o ChatGPT por jornalistas e as adaptações profissionais no ecossistema digital.

Mesa de debate sobre Inteligência Artificial e Ética na prática jornalística | Foto: Pablino Cáceres
O Seminário de Inverno segue até sexta-feira (6), com apresentações presenciais e remotas. O evento é organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Jornalismo (PPGJor) e pelo Departamento de Jornalismo da UEPG, com apoio dos projetos Combate à Desinformação nos Campos Gerais e Agência de Jornalismo UEPG.
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