Oficina de Boas Práticas de Fabricação e Práticas de Higiene com membros da Rede SAPE – Palmital dos Pretos e Sete Saltos de Cima

No último domingo, dia 26 de maio de 2019, membros do Grupo de Pesquisa Interconexões-UEPG/CNPq, Fernanda de Arruda Paes (Técnica formada em Engenharia de Alimentos) e Tayna Cris Silva (Estagiária, acadêmica do curso Engenharia de Alimentos/UEPG), estiveram presentes na cozinha comunitária da Comunidade Quilombola Palmital dos Pretos (Campo Largo-PR) ministrando a oficina: “Boas Práticas de Fabricação e Práticas de Higiene para manipulação de alimentos” para os membros da Rede SAPE (Saberes agroecológicos de permanência) que incluem agricultores de Palmital dos Pretos e Sete Saltos de Cima (Ponta Grossa-PR).

Onze participantes da Rede SAPE na Oficina de Boas Práticas de Fabricação

A oficina pautou as boas práticas na fabricação de alimentos, elencando os principais perigos e veículos de contaminação durante o processamento de alimentos, assim como ferramentas de controle utilizadas em conjunto (como o binômio tempo x temperatura, pH, redução de atividade de água, etc.) para garantir a redução de riscos e um alimento seguro para o consumo.

A importância da higiene pessoal do manipulador, bem como a higiene do local, equipamentos e utensílios de produção, também foram abordados na oficina. Neste momento se realizou duas dinâmicas em grupo sobre a forma correta de se realizar a higiene das mãos, como fazer álcool 70% e os motivos de seu uso como bactericida.

Na dinâmica realizada para higiene das mãos as participantes foram vendadas e passaram tinta guache ao invés de sabonete para mostrar os locais de maior dificuldade na higiene
Dinâmica de passo a passo na higiene das mãos

De maneira interativa e participativa, o grupo participante levantou temas importantes sobre o processamento de alimentos no que diz respeito às práticas de segurança, como: o controle da água e saneamento nos locais de processamento, especialmente levando em conta se tratar de comunidades rurais; o uso de alimentos orgânicos sem conservantes e sua vida de prateleira; contaminação cruzada através de utensílios ou ingredientes distintos à receita original e rotulagem nutricional.

No sentido da rotulagem nutricional, o grupo levantou dúvidas sobre a necessidade do uso de rótulos e como se chega ao valor nutricional estabelecido para cada receita. Após o esclarecimento das dúvidas, novamente, foi dado ênfase na necessidade de não se modificar uma receita, sem que haja a devida alteração em seu rótulo, uma vez que a rotulagem traz consigo as informações seguras e confiáveis de toda listagem de ingredientes que contem naquele produto, ou seja, que a partir do momento que o produto está rotulado, não se deve adicionar ou retirar ingredientes de sua composição.

A oficina se encerrou com o grupo da Rede SAPE apresentando alguns alimentos processados que produzem e esclarecendo dúvidas pontuais sobre melhoras no processamento e rotulagem.

Uma segunda oficina já está programada para o mês de junho, dando continuidade as orientações quanto ao processamento correto de alimentos em conserva.

Skip to content