IESOL & USF –SETI: O Poder da União Solidária Iº Capítulo
Com o final de ano chegando também é hora de alguns ciclos se encerrarem.
Em uma série de cinco reportagens, a IESOL orgulhosamente mostrará como nossas alunas deixaram sua marca na comunidade pontagrossense utilizando os princípios e valores da economia solidária em seus projetos de intervenção em 2022. Esses projetos integram a grade curricular do curso de Serviço Social da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e atendem os objetivos do programa Universidade Sem Fronteira (USF- SETI), idealizado para fortalecer os vínculos entre a academia e a comunidade.
Na reportagem de hoje iremos conhecer o projeto “Economia Solidária no CAIC: Uma Abordagem com Crianças do 9º Ano” da aluna Gabrielle Gomes. O projeto se propôs a criar uma forma de rentabilidade solidária para que os alunos do 9º ano do Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente (CAIC), conseguissem custear a sua formatura.
Uma Alternativa que criou um Legado
Em 28 de setembro de 2022 a estudante Gabrielle Gomes decidiu mediante os presentes da Reunião de Planejamento do programa Universidade Sem Fronteiras (USF-SETI) que faria de seu Projeto de Intervenção algo voltado para a integração do CAIC. “Mesmo sendo um órgão ligado a UEPG, o CAIC por vezes padecia por conta de projetos da universidade que acabavam não chegando até ele”, comenta Gomes.
A proposta de Gomes era fomentar os princípios da econômica solidária entre os estudantes para que pudessem gerar uma participação mais consciente e ativa em seu meio, seja social ou economicamente. Tais ensinamentos deveriam culminar na elaboração da Feira Solidária do CAIC, ao fim do projeto de intervenção em novembro.
O caminho do projeto de Gomes fluiu dentro do planejamento, o que não quer dizer que não passou por algumas adaptações no caminho. “Durante o processo, o CAIC passou por uma mudança na gestão. Algo que implicou em reiniciar a comunicação com a administração, alterar algumas abordagens e adaptar outras”.
Algo que apenas favoreceu o processo de aprendizado e amadurecimento da iesolense em seu ramo, o Serviço Social. “Estamos constantemente em contato com imprevistos que pedem por mudanças em nossos projetos de intervenção. É algo que ajuda na formação da gente para quando já estivermos fora da universidade”.
Com o fim da graduação, Gomes irá levar, além da bem vinda experiência, o orgulho de deixar um legado por onde passou. “Os alunos que antes estavam no 8º ano, que passarão para o 9º no ano que vem, já demonstram interesse em manter a Feira Solidária. O que prova o sucesso da adesão aos princípios da economia solidária como uma alternativa a economia tradicional”.
Gomes finaliza contando que conta como o projeto exemplifica a máxima de do conhecimento como meio para a libertação individual de Paulo Freire, uma de suas referências acadêmicas. “Acredito na educação como uma porta de entrada para tudo. Mostrar a eles o poder da economia solidária e fazê-los colher os frutos dela é algo que fortalece um ciclo de continuidade e rentabilidade tanto para o CAIC quanto para o a formação humana deles.”
Na próxima reportagem da série você ira conferir como o projeto “Sororiedade & Economia Solidária 17 anos da IESOL/UEPG” de Camila Albach conscientiza sobre a importância da ligação entre economia solidária e a união entre as mulheres dentro da IESOL.
Por Yuri A.F. Marcinik