IESOL & USF –SETI: O Poder da União Solidária IIIº Capítulo

IESOL & USF –SETI: O Poder da União Solidária IIIº Capítulo

Com o final de ano chegando também é hora de alguns ciclos se encerrarem.

Em uma série de cinco reportagens, a IESOL orgulhosamente mostrará como nossas alunas deixaram sua marca na comunidade pontagrossense utilizando os princípios e valores da Economia solidária em seus projetos de intervenção em 2022. Os projetos integram a grade curricular do curso de Serviço Social da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e atendem os objetivos do programa Universidade Sem Fronteira (USF- SETI), idealizado para fortalecer os vínculos entre a academia e a comunidade.

Na reportagem de hoje iremos conhecer o projeto “Economia Solidária e Autogestão” da aluna Tamila Bruna Teixeira que se propôs a fazer uma formação para as integrantes do projeto “Mães Corujas”.

Concientizar é um esforço árduo… Mas sublime

No modelo de empreendimento da Autogestão se permite que um grupo de pequenos empreendedores trabalhem de modo que não existam verticalidades nas relações de poder e decisão. Algo que favorece a participação e engajamento de todos no objetivo de fazer o empreendimento prosperar. Tal modelo também se estende à decisão de cada sobre horários e tarefas dentro do empreendimento.

Toda essa gama de procedimentos diferentes do modelo de heterogestão- o tradicional pautado por chefes, horários e decisões que alienam os participantes subordinados- são as bases da Associação dos Feirantes da Economia Solidária (AFESOL) incubados pela IESOL e também do projeto de intervenção da iesolense Tamila Bruna Teixeira. Realizado no dia 26 de outubro com as participantes do projeto “Mães Corujas” na sede do Bairro Lua Nova da associação de mães vendedoras de artesanatos.

Tamila conta que mostrar as diferenças entre os modelos é oferecer uma alternativa ao modelo de negócio tradicional. “Essa opção, originada nos valores da economia solidária, oferece à essas mães uma opção com princípios de ação mais humanos de trabalho. Sem a cobrança de um chefe, de prazos, metas ou com foco limitado a apenas o lucro”, comenta Teixeira.

A estudante de serviço social comenta que o melhor exemplo passado para as integrantes foi a da própria AFESOL. “Nela realizamos semanalmente a FESU (Feira de Economia Solidária da UEPG) com a participação de feirantes. Entre eles também há oferta de artesanatos e outros manufaturados”.

Tamila conta que vendo a reação das ouvintes da formação, não falta vontade de ambas as partes para criar um vínculo. “Ao final da formação oferecemos o convite para o “Mães Corujas” para que, caso venham a precisar do serviço de incubação solidária, a IESOL sempre estará de portas abertas”.

Tamila Bruna Teixeira. Foto: Yuri A.F. Marcinik

O processo de formação esta longe de ser algo simples ou fácil. Teixeira descreve o processo de desenvolvimento de um projeto de intervenção como “uma relação de extremos”.

O caminho deste processo acaba sendo demandante por conta dos diversos documentos a serem entregues e refeitos dentro de prazos apertados. “Como isso demanda tempo e paciência, pode ser desgastante para nós, já que temos de conciliá-lo com as pendências da graduação. O que inclui, estágio, extensão e, no meu caso, o TCC”.

Mas tais dificuldades realçam o poder de conquista pessoal e comunitário quando deparados com os resultados alcançados. “Mesmo que seja complicado, tudo isso é importante para o meu desenvolvimento e amadurecimento na criação de projetos como futura assistente social”, conclui a iesolense.

Na próxima reportagem da série você ira conferir como o projeto “Educação Ambiental e Economia Solidária” de Maria Heloisa trouxe vigor e empolgação aos alunos do CAIC ao ministrar oficinas sobre reciclagem.

 

Por Yuri A.F. Marcinik

 

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