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EXPOSIÇÃO
PONTA GROSSA: OUTROS 200
Texto Curatorial
No contexto dos 200 anos de fundação da cidade de Ponta Grossa, a serem comemorados em 2023, os estudantes do 2º ano de Licenciatura em Artes Visuais da Universidade Estadual de Ponta Grossa refletem as subjetividades presentes nos espaços da cidade. São contemplados não somente os lugares representativos do ponto de vista sócio-cultural, político e econômico, mas principalmente aqueles que poderiam ser esquecidos ou invisibilizados, aqui observados pelos olhares sensíveis dos participantes. A seleção dos objetos de estudo, a pesquisa em Artes Visuais e a criação dos trabalhos apresentados são decorrentes de aspectos teóricos, metodológicos e poéticos integrantes das disciplinas do 2° ano do currículo do curso.
Acadêmicos/Artistas expositores: BRUNO DOS SANTOS FARIAS, DAVI RAFHAEL MARIANO, FABIELY INAE BENCK COBESKI, GABRIELA HRENTCHENCHEN, HELENA DA ROCHA FORNAZARI, ISABELA BRYK DE RAMOS, KAUANA CRISTINA DA SILVA, LEONARDO BUENO RASMUSSEN, LUCAS FERNANDES DE LIMA, MANUELLA MACIEL GONÇALVES, MERLYN CECILIA CAMARGO FAUSTIN, NICOLE KAYANUMA ANTUNES DA ROCHA, TALULA BOLDT RODRIGUES DE SOUZA, THAYSSA MUNIQUE DE SOUZA, VITHOR "TITO" BERNARDO PANICHI SANTOS e WANKLIN WILLIAN LEAL DOS SANTOS.
Disciplina: Projeto Articulador II
Professor responsável: Fábio de Castilhos Lima
OBRAS
Memórias de uma Pomba Grossa, 2023
85cm X 35cm
Técnica: Nanquim e aquarela sobre papel.
Bruno dos Santos Farias
Como diz a Lenda das pombinhas, um casal de pombas brancas foram soltas para decidir aonde seria construída a Igreja de Sant'ana, a qual seria o ponto inicial do povoado que viria a se tornar Ponta Grossa. Em nossa bandeira elas estão estampadas, porém podemos conviver com elas em qualquer lugar da cidade, principalmente no Centro, onde existe uma variedade imensa de plumagens e cores, indo muito além das pacíficas pombas brancas. Sem dúvidas esses pássaros fazem parte da história da cidade e carregam muitas de suas memórias.
Sem Titulo, 2022
Pentalogia 15cm X 21cm / 21cm x 15cm
Técnica: Fotografia.
Davi Rafhael, Fabiely Benck, Gabriela Hrentchenchen, Isabela Bryk e Leonardo Rasmussen
Detalhes:
Inevitavelmente, após uma pessoa estar familiarizada com determinada localidade, seja ela sua residência, seu bairro ou até mesmo sua cidade, é natural que pense que já conhece todos os "cantinhos" dos lugares que percorre durante sua rotina diária. Entretanto, é possível tomar posse do pensamento que “sempre há algo além daquilo que vemos” e é por este motivo que o nosso grupo resolveu desenvolver este trabalho.
O espaço nos proporciona diferentes maneiras de vivenciá-lo e observá-lo. Assim, os artistas propuseram se dispersar ao longo de toda a cidade (e em principal em seus lugares afetivos como o bairro onde moram) e capturar as pequenas subjetividades que estão ocultas por toda Ponta Grossa. De maneira que, mesmo um lugar muito famoso e conhecido, pudesse ser visto por outros ângulos e até mesmo causar estranhamento: “Onde fica esse lugar?”
A interferência humana nos espaços de convívio são uma transposição simbólica de sua relação com o meio, uma forma de eternizar, mesmo que inconscientemente, sua presença. De um modo ou de outro, direta ou indiretamente, marcamos e modificamos o espaço que fazemos parte. Quando olhamos de perto, podemos ver o reflexo de nossas relações com objetos/pessoas deixadas em rastros e desgastes do tempo. As treitas permanecem vivas em um mundo de pessoas transeuntes.
Gabriela Hrentchenchen
Nesta cidade de lugares memoráveis e históricos, onde diversas famílias já tiveram o privilégio de passear e aproveitar, temos lugares passageiros e pessoas passageiras. Aproveitamento cultural cotidiano e breve. Tantas experiências incríveis nesses lugares, mas apenas um lugar será pra sempre.
Fabiely Benck
Cartas para Ponta Grossa, 2023
Caixas de papelão c. 30cm
Técnica: Fotografia e Colagem.
Helena Fornazari e Nicole Kayanuma
Detalhes:
Estamos tão acostumados com o lugar onde vivemos que nunca paramos para pensar em cada momento que passamos. Lembranças que vivemos no passado e lembranças que estamos construindo no presente, as memórias são importantes, cada pedacinho da cidade marcando cada pessoa e deixando um legado em seus corações. Mesmo que o lugar já não exista mais e outro tomou seu lugar, podemos acreditar fielmente que eles permanecem vivos dentro de cada um.
Morada do tempo, 2023
60cm x 50cm
Técnica: Nanquim sobre papel e colagem sobre tela.
Kauana Cristina e Davi Rafhael
Ao longo do tempo mudamos, nos transformamos, nos reconstruímos, tornando-nos novos seres com novas memórias e novas perspectivas. Entretanto, essa característica não cabe apenas ao ser humano mas também a suas criações como no caso do espaço a sua volta. Nossas construções não servem apenas como refúgio mas também podem funcionar como símbolos sociais e culturais de nossas gerações, servindo como verdadeiros baús de memórias que remetem aos nossos mais internos sentimentos guardados em nossos abrigos mentais (BACHELARD, G. 2000).
Missa Patriota, 2023
50cm x 60cm
Técnica: Óleo e giz pastel sobre tela.
Lucas Fernandes de Lima
Uma missa patriota em frente a catedral /
Não tema, eles são mansos, não vão te fazer mal /
Você pode até achar que isso é algo ruim /
Mas quem iria suspeitar de criaturas tão majestosas /
Em frente a uma catedral assim?
Famosos Invisiveis, 2022/2023
20cm x 20cm
Técnica: P.V.A sobre tela.
Manuella Maciel Gonçalves
Detalhes:
Imagine-se agora no centro de Ponta Grossa, por quantos lugares você tem a possibilidade de passar? E qual deles te remete o nome da cidade? Se eu lhe pedisse para citar um símbolo de PG, você com certeza iria dizer a catedral ou a vila velha. Vamos sair do convencional, pense mais um pouco, o que realmente é Ponta Grossa?
Os principais pontos da cidade estão debaixo do nosso nariz, ao nosso alcance, do lado das nossas casas, lugares públicos ou na memória dos que já frequentaram os finados lugares marcantes. É neles que a verdadeira história acontece, que os pontagrossenses se deslocam e se conhecem, lá que se faz a vida na cidade, nas ruas, parques, restaurantes, igrejas, praças…
Com prazer que para esses lugares famosos chamo a atenção, para que deixem de ser invisíveis e seja lembrado o verdadeiro valor do cotidiano. O que mais a Princesa dos Campos Gerais pode nos oferecer?
Centopeia, 2023
10cm x 15cm
Técnica: Camex, Carvão, Flip Book e Stop Motion.
Merlyn Cecilia Camargo Faustin
Temos um impasse quando paramos para discutir sobre pichação. Centopeia tenta entender se a cidade seria a mesma sem as marcas humanas, pois, por mais que esse tipo de expresso seja vista como uma forma de sujar o ambiente, ainda está repleta de digitais de pessoas que fazem parte dela e talvez só assim conseguem mostram a revolta de um povo que não vê mais saída.
Pois, a cidade não é formada em sua grande parte por quem a habita? E essas marcas, não também fazem parte de sua história?
“Não se encontra o espaço, é sempre necessário construí-lo.” (Bachelard, 1884-1962)
Retrato em Ruínas, 2022/2023
61cm x 24cm x 30cm
Material: Diversos.
Talula Boldt e Wanklin Willian
Ruínas, marcas da passagem humana, fragmentos da passagem do tempo, lembranças de um retrato, registros de destroços. Esta estrutura foi arquitetada por tijolos de curiosidade excêntrica, imaginação e calos nos pés.
Princesa em Movimento, 2022
90cm x 14,5cm x 14,5cm
Técnica: Mista.
Talula Boldt
Memória Residual, 2023
1,4m x 2m
Técnica: Carvão sobre tecido.
Thayssa Munique
Peça de concreto em formato de exploração, 2023
16cm x 23cm
Material: concreto.
Tito
Este objeto é como um primo de segundo grau da arte, que odeia vegetais e faz homeschooling. A Peça de concreto em formato de exploração é uma afronta direta à natureza humana e digna de todo repúdio.
“De que vale dissecar, analisar e dar nomes se não chega a profundidade das causas?”
(Shalley, Mary. *Frankstein*. 1818)
Detalhes:
GALERIA DE OBRAS
(clicar sobre a imagem)
Vernissage da Exposição
Ponta Grossa: Outros 200
Dia 09 de Fevereiro de 2023, às 18h00, no Museu de Ciências Naturais (MCN-UEPG)
(clicar sobre a imagem)
Divulgação:
> Facebook Licenciatura em Artes Visuais UEPG: https://www.facebook.com/Licenciatura-em-Artes-Visuais-UEPG-114874710206486
> Facebook Oficial UEPG: https://www.facebook.com/oficialuepg
Organização/montagem: Fabio de Castilhos Lima e Acadêmicos do 2° ano de Licenciatura em Artes Visuais da UEPG.
Curadoria e montagem da exposição virtual: Davi Rafhael Mariano.
MUITO OBRIGADO PELA VISITA!
EXPOSIÇÃO
JACOBUS VAN WILPE
"O pintor dos Campos Gerais"
Texto Curatorial
Quem foi este artista que pintou os Campos Gerais?
Nesta Mostra apresentamos as obras do artista que sentiu, fruiu e registrou os Campos Gerais, terra que o encantou pela sua natureza, pelo seu povo, pela sua história.
Cada detalhe, visto, pensado, organizado e vislumbrado nas obras aqui expostas, nos faz ir além do tempo vivido. Podemos viajar ao passado, ao presente ou ao futuro. Viajar na história, na memória, simplesmente viajar. As obras presentes nesta exposição remetem ao conceito de ser e estar, ao conceito de espaço e lugar, do particular e compartilhado, através de traços marcados, outros nem tanto, com imagens que falam, que pensam, que existem.
Poéticas vividas, poéticas criadas, poéticas sonhadas, poéticas...
Nestas pinturas podemos vislumbrar paisagens, histórias, costumes da região dos Campos Gerais a partir do olhar iluminado do artista, levemente suave como a relva que cobre os campos. Nos permite sentir a poesia presente no campo, o saudosismo campeiro, riachos e araucárias frondosas. Nos propõe um encontro com a nossa história. Memórias de uma vida presente quase que banhada pela nostalgia, porém, as pinceladas e cores furtadas pelo encantamento dos Campos Gerais propõe uma bela viagem.
Foi um pintor que seguiu seu caminho, junto aos amigos/artistas que fizeram a história da Arte do Paraná. Esteve com Lange, Kurt Boiger, Curt Freyesleben, Estanislau Traple e Artur Nisio, e outros grandes nomes como Augusto Conte, João Turin e Guido Viaro.
Já escutou falar sobre estes artistas?
Então... Amigos que contribuíram paras as reflexões, fruições e técnicas das suas produções artísticas.
Este é o pintor que apresentamos nesta exposição, Jacobus van Wilpe.
Cadê seu nome na memória da Arte Paranaense?
Somos responsáveis por apresentá-lo, precisamos conhecê-lo.
Prazer!
Ao escutarmos sua história pela narrativa feita por seu neto Renato van Wilpe Bach, percebemos que a Arte do Paraná tem mais um nome importante na sua Arte. A história deste pintor que, em cada pincelada, registrou paisagens, natureza morta, desenhos com estudos sobre objetos, anatomia, de todas as formas e cores. Pintou em quatro mãos, quem sabe em seis mãos, "brincou " de pintar, levou a sério. Um estilo com características impressionistas/pós-impressionistas. Pintava ao ar livre, observando, se encantando pelo seu lugar.
Convidamos para que mergulhe neste mundo encantado dos Campos Gerais, que com maestria, Jacobus van Wilpe nos presenteou.
Sinta-se apaixonado, na completude da sua visão, se apaixone...
Boa fruição!
Adriana Rodrigues Suarez
Sandra Borsoi
ARTISTA
Jacobus van Wilpe
Biografia:
Jacobus van Wilpe, nascido em Haia, na Holanda, em 1905, foi pioneiro de Carambehy (os van Wilpe foram a sétima família a imigrar, em 1920), exerceu várias profissões até tornar-se pecuarista em Ponta Grossa: lavrador, peão, lenhador, serralheiro; trabalhou nas turmas de manutenção da ferrovia, e na abertura da estrada velha de Carambeí. Trabalhou ainda no matadouro de Leonardo Los, alicerce do desenvolvimento da colônia, antecedendo mesmo à criação da cooperativa.
No período em que morou em Castro (1927-1936) ficou conhecido por pintar cartazes para o cinema e para os circos de passagem — em troca de ingressos, fazia questão de frisar.
Foi aluno de Frederico Lange de Morretes, em Curitiba, onde expõe já em 1942, na Primeira Exposição da Sociedade Amigos de Andersen, em companhia dos amigos Kurt Boiger, Curt Freyesleben, Estanislau Traple e Artur Nisio, e de outros grandes nomes como Augusto Conte, o próprio Lange, João Turin e Guido Viaro. Os desenhos da presente exposição foram produzidos sob orientação de Lange, em 1935.
Seu quadro Acácia Mimosa receberia Menção Honrosa no Salão da Primavera do Club Concórdia, em 1962, e era considerado por Curt Freyesleben, professor de Pintura e co-fundador da Escola de Música e Belas Artes do Paraná, como a mais perfeita representação desta pequena flor, considerada “impossível de pintar”.
Morador de Ponta Grossa de 1946 até sua morte em 1986, sua obra inclui paisagens dos Campos Gerais, paisagens urbanas e marinhas do Litoral Paranaense, naturezas-mortas e um único retrato, da esposa e musa Ilse (Kindler) van Wilpe. Expôs em coletivas em Curitiba e Ponta Grossa, apesar de não fazer da arte, profissão. Era em sua casa, na Chácara Pitangui, que durante décadas, recebia os amigos Boiger, Freyesleben, Traple e outros para temporadas de pintura e debates sobre arte, cultura e filosofia.
Jamais realizou uma exposição individual em vida, por modéstia. “Quem não quer vender, não deve expor”, diria, coerente com a prática de presentear familiares e amigos com seus (melhores) quadros. Exposições póstumas, contudo, ocorreriam em 1986 (Galeria Banestado) e 2002 (Centro de Cultura Cidade de Ponta Grossa). Dispersa em acervos particulares, sua obra permanece pouco conhecida pelas novas gerações.
OBRAS
Natureza-morta, 1930
Óleo sobre tela e madeira
Natureza-morta, s/data
Óleo sobre tela
Acácia Mimosa, s/data
Óleo sobre tela
Natureza-morta com pincéis, s/data
Óleo sobre tela
Natureza-Morta com Acácia, 1953
Óleo sobre tela
Acervo de Francine Czelusniak e Irene Beatriz Czelusniak
Natureza-morta, 1930
Óleo sobre tela e madeira
Recanto, 1962
Óleo sobre compensado
Paisagem, 1960
Óleo sobre compensado de madeira
Lageado, s/data
Óleo sobre compensado
Lageado, s/data
Óleo sobre compensado
Lageado, s/data
Óleo sobre compensado
O quadro das vacas, 1956
Óleo sobre tela
Acervo de Francine Czelusniak e Irene Beatriz Czelusniak
Recanto, s/data
Óleo sobre tela
Desenho por Jacobus Van Wilpe, 1953
(pintura por Freyesleben)
Óleo sobre compensado
Sem título, 1956
Óleo sobre compensado
Sem título, 1953
Óleo sobre compensado de madeira
Sem título, s/data
Óleo sobre compensado
Capão de mato com espelho d'água, 1959
Óleo sobre compensado
Capão de Mato com Pinheiro, 1980
Óleo sobre compensado
Sem título, 1961
Óleo sobre tela
Sem título, 1961
Óleo sobre tela
Marinha, s/data
Óleo sobre compensado
Cartão-postal holandês (autoria desconhecida), 1980
Cópia em óleo sobre compensado
Cartão-postal holandês (autoria desconhecida), s/data
Óleo sobre compensado
Tela inacabada, última pintura de Jacobus van Wilpe
Maleta de pintura, paleta, pincéis e tintas de Jacobus van Wilpe.
GALERIA DE OBRAS
(clicar sobre a imagem)
DESENHOS
Em 1935. Jacobus foi apresentado ao mestre Frederico Lange de Morretes (1892-1954) por Kurt Boiger, que deu a ele aulas diárias de desenho, durante algumas semanas, em sua própria casa, entre abril e julho do mesmo ano. Os desenhos produzidos sob orientação de Lange foram expostos em Curitiba, em 1942, na Primeira Exposição da Sociedade Amigos de Andersen.
Sem título, 1935
Desenho sobre papel
Sem título, 1935
Desenho sobre papel
Sem título, 1935
Desenho sobre papel
Sem título, 1935
Desenho sobre papel
Sem título, 1935
Desenho sobre papel
Sem título, 1935
Desenho sobre papel
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Sem título, 1935
Desenho sobre papel
Sem título, 1935
Desenho sobre papel
Sem título, 1935
Desenho sobre papel
Sem título, 1935
Desenho sobre papel
Sem título, 1935
Desenho sobre papel
Sem título, 1935
Desenho sobre papel
Sem título, 1935
Desenho sobre papel
RETRATOS
Ilse van Wilpe, s/data
Óleo sobre tela
Jacobus van Wilpe
Ilse van Wilpe faria 98 anos hoje, com a doçura e a bondade que lhe eram características. Parabéns, Oma, pela luz de sua vida exemplar! Óleo sobre tela de Jacobus van Wilpe, o único retrato que ele pintou, em um desafio com o amigo, o artista Freyesleben.
Retrato de Ilse van Wilpe, s/data
Óleo sobre tela
Freyesleben
Waldemar Curt Freyesleben (Curitiba PR 1899 – idem 1970) pintor, crítico de arte e professor. Passa parte da infância em Istambul, Turquia, retornando à sua cidade natal em 1916, quando estuda com o pintor Andersen. De 1920 a 1925, faz vários cursos em São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro para aperfeiçoar-se. Realiza a sua primeira exposição individual em 1921, no Paraná, onde também leciona na Escola de Música e Belas Artes de 1948 a 1968. Vinha frequentemente a Ponta Grossa com os amigos Boiger, Traple e Nísio, quando pintavam juntos na Chácara Pitangui.
Retrato de Jacobus van Wilpe, 1945
Óleo sobre tela
Kurt Boiger
Retrato de Ilse van Wilpe, 1953
(Feito a quatro mãos por Kurt Boiger e Freyesleben)
Óleo sobre tela
Retrato de Helena Geertruida Kranendonk van Wilpe, s/data
Óleo sobre tela
Kurt Boiger
Kurt Boiger (Alemanha, 1909 – Guaratuba, 1974) foi um pintor alemão radicado no Brasil. Iniciou sua formação artística na cidade alemã de Wererzburg e aos dezenove anos de idade transferiu-se para o Brasil, fixando residência em Curitiba. Na capital do Paraná, tornou-se aluno de Lange de Morretes. Com seu estilo neo-impressionista, participou de vários eventos artísticos, como o Salão da Primavera do Clube Concórdia em Curitiba, Salão Paranaense de Belas Artes, entre outros. Casou-se com Helena van Wilpe, irmã de Jacobus, em 1935.
Entre poéticas e narrativas...
Jacobus van Wilpe
[...] “Meu pai ficou muito entusiasmado com as possibilidades no estado do Paraná, após a leitura da carta dos de Geus. Ele simplesmente não consegue parar de pensar nisso; “rapaz, rapaz, que País! (…) Carambehy está localizada tão favoravelmente, a apenas 20 quilômetros de Ponta Grossa e a 25 quilômetros de Castro. No meio da civilização, portanto. Mais perto de uma cidade, do que isto, quase não se pode esperar, no Brasil.”
Tela inacabada, última pintura de Jacobus van Wilpe
Maleta de pintura, paleta, pincéis e tintas de Jacobus van Wilpe.
[...] “Meu pai permite que eu pinte, com um pincel e esmalte preto, nosso nome e destino nas caixas. Depois que está escrito, parece-me um endereço muito estranho: “Estação de Carambehy, Estado do Paraná, Brasil”. Só espero que nossas caixas cheguem bem ao oeste distante, porque aquela estação, ninguém conhece.”
[...] “Comunico a meu pai, com humildade, que até que gostaria de ser pintor e jornalista. Ele já sabe que tenho jeito para estas profissões simples, que vão tão bem juntas. [...] Pensando bem, não sou nem um pouco apropriado para ser um emigrante, com todas essas ridículas fraquezas pelos quadros na Mauritshuis, por prédios antigos com uma história, pela prisão medieval de Gevangenpoor e pelos testemunhos mudos de nossa gloriosa história no Museu do Estado.” (Reflexões ainda na Holanda)
Cartão-postal holandês (autoria desconhecida), 1980
Cópia em óleo sobre compensado
[...] “No consulado brasileiro em Amsterdão, meu pai precisa perguntar se podemos ir. Eles não têm objeções e são muito amáveis. Papai até ganha um presentinho, um pacote grande de Herva Mate para ir se acostumando com o gosto do chá brasilleiro. Nós tentamos, em vão, ler as instruções na embalagem, mas que língua estranha, ninguém a consegue entender.”
[...] “Alguém que não tenha ido de mudança, como nós, da Rua Frederikstraat 56-B para a Colônia Carambehy, no estado do Paraná, no Brasil, em abril de 1920, dificilmente poderá imaginar o incômodo que isso dá. Quanta coisa aparece numa mudança tão radical! – porque não é apenas mudar-se. Meus pais moravam naquela morada agradável há quase vinte anos. No corre do tempo surgiu uma coleção de bugigangas indispensáveis, que agora deveriam ser triadas. O que fica na Pátria e o que gozará o privilégio de emigrar conosco, é a grande questão que ora exige resposta.” [...] “Já estamos chegando perto do fim da viagem. Ai diz os nomes das estações como se fossem velhas conhecidas, caras a ele. Algumas têm nomes que são quase impossíveis de pronunciar por nós, novatos. Jaguariahyva, por exemplo. [...] A paisagem é enorme em extensão. O campo não é monótono, fastidiosa planície, mas consiste em colinas e vales, pedregulhos, arroios, banhados, rios e florestas que servem para lhe dar variedade. Decididamente existirão pequenos lugares de rara beleza, escondidos entre todos esses campos, florestas leitos rochosos de rios.”
O quadro das vacas, 1956
Óleo sobre tela
Acervo de Francine Czelusniak e Irene Beatriz Czelusniak
[...] “As imensas colinas, povoadas com grandes rebanhos de gado, a luminosidade rara dessas alturas, a matas da Fazenda Areião com os poderosos pinheiros e os macacos-chorões, nas intermináveis noites chuvosas. O Rio Pitangui e o Rio São João, com suas cachoeiras e corredeiras, muralhas de pedra e orlas de mata beirando lagoas silenciosas, como um parque natural virgem, que o homem ainda não devastou.”
[...] “Cortar os cabelos em um barbeiro em Ponta Grossa significava um passeio a cavalo de trinta e seis quilômetros, ida e volta. Até Castro, mais alguns quilômetros. De trem era completamente impossível: primeiro uma boa caminhada de sete, oito quilômetros até a Estação Carambehy, (depois) passar a noite em um hotel em Ponta Grossa, voltar com o rápido do Rio Grande no dia seguinte, e de volta à estação, outra saudável caminhada até em casa.”
Natureza-morta, 1930
Óleo sobre tela e madeira
[...] ”As circunstâncias e a pobreza nos obrigam a ir em direção a uma profissão para a qual não temos qualquer inclinação, ainda que temporariamente, como charqueador, por exemplo, em um país estrangeiro. Nos primeiros dias no matadouro do senhor Los, eu fugia discretamente para fora, um pouco, quando chegava a hora. Quando mais um estava à espera no palanque. Mas os outros riam de mim, e se eu não quisesse perder meu emprego, precisava participar de tudo. Para mim era uma questão de ser ou não ser... “to be or not to be”. Meu consolo é que mesmo um grande artista como Rembrandt não sentiu vergonha por um dia ter trabalhado, como eu, aqui em Carambeí, num pequeno matadouro em Amsterdão.”
[...] “Hoje é domingo, e mesmo que nesta solidão provavelmente dê na mesma, ser domingo ou segunda-feira, porque não acontece nada de extraordinário e não se pode ir a parte alguma. Mas, mesmo assim, é diferente de um dia normal de trabalho.” [...] Faz um tempo tão magnífico, sem vento, com um céu azul tão bonito, com nuvens, que a natureza parece colaborar com uma espécie de disposição festiva.” [...] Depois do desjejum, que chamamos de “depois do café”, aqui, como os brasileiros, resolvo ir à igreja mais uma vez, porque não fui mais lá, faz algumas semanas. Para falar a verdade, prefiro ir caçar, pescar ou nadar no rio Areião.” […] talvez eu tenha que me contentar, para o resto de minha vida, em desempenhar um papel em uma terra estranha, do outro lado do mundo. Não conto com um papel principal, talvez com o de um figurante melhorzinho, que outorga seu desempenho, anunciado como são os atores atualmente: “Also starring Jacobus van Wilpe, guest star”. [...] “A noite insone é logo esquecida e nós vemos as primeiras paisagens do Paraná, um dos estados mais bonitos do Brasil e também habitat de uma das mais belas e notáveis árvores do mundo. O pinheiro só se encontra nos estados do Paraná e Santa Catarina com rebentos em São Paulo e Rio Grande do Sul.”
Recanto, s/data
Óleo sobre tela
[...] Com seu enorme tronco roliço e uma copa como um guarda-chuva armado, o gigante solene é um digno emblema do Paraná, único no mundo inteiro. Uma árvore que não é unicamente pitoresca, mas que fornece madeira excelente para construção e provê trabalho a milhares de pessoas. Em todas as estações pelas quais passamos, estão grandes pilhas de tábuas de pinho, pranchões e vigas aguardando transporte para São Paulo ou para a Argentina.” [...] “Os belos capões de mato à beira da linha, a longo prazo, decerto desaparecerão, porque não só o pinheiro tem valor para a indústria, como também as locomotivas devoram enormes quantidades de lenha. Desta forma, a beleza da paisagem se perderá justamente onde há maior movimento.” [...] Decididamente existirão pequenos lugares de rara beleza, escondidos entre todos esses campos, florestas leitos rochosos de rios.
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Vernissage da Exposição
Jacobus van Wilpe, pintor dos Campos Gerais
Dia 26 de Agosto de 2022, às 19h30, na Galeria de Arte DAC/ PROEX/ UEPG
(clicar sobre a imagem)
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Reportagem
"Talento escondido, artista Jacobus van Wilpe ganha exposição no Paraná"
Marina Ferreira e Claudia Meireles
Divulgação:
> Site oficial da UEPG:
> Facebook Galeria DAC/PROEX: https://www.facebook.com/PROEXUEPG
> Facebook Licenciatura em Artes Visuais UEPG: https://www.facebook.com/Licenciatura-em-Artes-Visuais-UEPG-114874710206486
> Facebook Oficial UEPG: https://www.facebook.com/oficialuepg
Curadoria: Adriana Rodrigues Suarez e Sandra Borsoi.
Organização/montagem: Adriana Rodrigues Suarez, Davi Rafhael Mariano, Isabela Bryk de Ramos, Kauana Cristina da Silva, Leonardo Bueno Rasmussen e Nicole Kayanuma.
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MUITO OBRIGADA PELA VISITA!
Enquanto visita a exposição virtual "Tempo.Ilusão" dos Professores/Artistas do Curso de Licenciatura em Artes Visuais da Universidade Estadual de Ponta Grossa, aprecie a coletânea de trilhas sonoras ambiente - Doctor Who, do compositor inglês Murray Gold.
EXPOSIÇÃO
Texto Curatorial
A Exposição dos Professores Artistas do Curso de Licenciatura em Artes Visuais da Universidade Estadual de Ponta Grossa sugere a poética sobre o tempo pandêmico. A pandemia de Covid-19 mudou completamente nossas vidas. Novas experiências foram vividas, adaptações foram necessárias em todos os contextos das nossas práticas pessoais e profissionais. Em muitos momentos da pandemia perdemos a noção do tempo. Que dia é hoje? reflexo de que todos os dias se parecem, se misturam. Sensações que existe somente o ontem, o hoje e o amanhã. Perdemos nossa rotina típica, parece que o final de semana não divide mais o início e o fim da semana. E o tempo? aceleramos, desaceleramos, estruturamos, reestruturamos de várias maneiras. Quando se perde a rotina precisamos de mais energia mental para nos reorganizarmos. Desenvolvemos, por bem ou por mal, de maneira fácil ou difícil, a capacidade de estruturarmos, gerenciarmos e manipularmos o nosso tempo, construindo assim, novos ritmos e novas estruturas temporais. Neste tempo pandêmico nos tornamos multifuncionais, tudo acontece no mesmo lugar e muitas vezes, ao mesmo tempo, aumentando nossa carga cognitiva. A partir destas reflexões, questionamos sobre como cada um estruturou seu tempo? Qual seu novo ritmo em tempo pandêmico? O que o tempo representa para você?
O TEMPO é real ou uma ILUSÃO?
Adriana Rodrigues Suarez
Sandra Borsoi
OBRAS
Tempo de Luz, 2021
Tríptico 52cm X 41cm
Técnica: Fotografia e Colagem.
Luz de velas, devoção! Quem sabe... muitas dores, desesperos, perdas, morte. Cura, alívio, encontros, reencontros, vida...Devoção, Fé. Quantas pessoas aqui. Quantas vidas aqui. Sorrisos, Choros...Desespero e Fé. Minha vida aqui. Quanta fé, energia Santa nesta luz de velas. Tempo de luz. Só entende, quem passa por aqui. Energia de Luz. Velas. Quem acredita sabe do que a Fé é capaz. Minha devoção... Já pedi saúde, agradeci a cura. Já implorei serenidade, exaltei conquistas. Já chorei a perda de um ente querido, já sorri pelos meus filhos, já chorei pelos meus filhos. Quando alguém que amava morreu... me perdi e em seguida me encontrei. Pela luz das velas. Pela minha devoção. Como é difícil, mas não impossível. Só pela Fé, consigo explicar, ou melhor, sentir...pois acredito sem ver, somente sentir. Agora....continuarei. Sempre continuarei, pois aqui me encontro Sempre aqui, pedindo e agradecendo Luz de velas Energia e Tempo de luz. Minha Devoção!
Adriana Suarez
Pós- doutora em Educação - PPGE/UEPG (2022). Doutora em Educação Programa de Pós Graduação em Educação – PPGE/UEPG (2018); Mestre em Comunicação e Linguagens (Cinema)- TUIUTI (2013); Especialização em Arte Educação- IBPEX (2012); Licenciatura em Matemática -UEPG (2003); Licenciatura em Artes Visuais UEPG (2010) Atualmente professora adjunta vinculada ao Departamento de Artes e atua no Curso de Licenciatura em Artes Visuais- UEPG, Orientadora de Iniciação Científica/Extensão - PIBIC/PROVIC/BIC/PIBIS. Membro da Federação dos Arte- Educadores do Brasil- FAEB. Membro do Grupo de Pesquisa em Artes Visuais, Educação e Cultura- GEPAVEC/CNPq. Chefe da Divisão de Arte e Cultura- DAC/PROEX/UEPG E Vice coordenadora do Curso de Licenciatura em Artes Visuais.
Eu controlo o tempo e não o tempo que me controla, 2021
540p - 356mb (7.02 minutos)
Técnica: Vídeo Digital (https://youtu.be/N89aIndXpP0)
Na nossa atual sociedade somos constantemente esmagados pelo tempo, sem conseguirmos nos permitir alguma pequena pausa em nossos dias, livres do sentimento de culpa. Mas se o tempo é uma ilusão, como fazer para sermos menos Chronos e mais Kairós? Precisamos ser mais agentes do nosso próprio tempo e menos reféns de todas essas imposições sociais que tentam nos controlar e ditar o nosso ritmo, é importante criar brechas e fazer o tempo se dobrar a nosso favor.
Arthur Amador
Doutor e Mestre em Estética e História da Arte pelo Programa Interunidades em Estética e História da Arte - PGEHA pela Universidade de São Paulo e Bacharel em Artes Visuais pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Atualmente é Professor Colaborador na Universidade Estadual de Ponta Grossa e colaborador na Arteducação Produções. Integrou a equipe de coordenação da Cia Teatral UEINZZ e foi artista visual na Fundação Faculdade de Medicina, no departamento de Fono, Fiso e T.O. para coordenar o Coletivo Preguiça. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Artes Visuais, atuando principalmente nos seguintes temas: escultura e história da arte.
Qualquer tempo que passou já pertence à morte I, 2022
21cm X 29,7cm
Técnica: Tijolo sobre papel.
Qualquer tempo que passou já pertence à morte II, 2022
22cm X 22cm
Técnica: Tijolo sobre papel.
Em uma de suas cartas à seu amigo Lucílio, o filósofo Sêneca diz que todas as coisas nos são alheias, só o tempo é nosso. Segundo ele, enquanto o adiamos, a vida se vai. Se observarmos o tempo escoar através dos grãos de areia de uma ampulheta, demarcando os segundos, minutos ou horas, veremos a representação do tempo em movimento: passado, presente e futuro, o tempo a morrer diante dos nossos olhos. Pois enquanto alguns consideram que a morte está no futuro, o autor nos diz que qualquer tempo que já passou, à morte pertence.
A obra “Qualquer tempo que passou já pertence à morte I”, é composta pelo desenho de uma paisagem árida. A rasura movida em linhas tortas e imprecisas, através da dureza tão sólida do tijolo sobre papel, surge do interesse em experimentar novamente alguns materiais utilizados na infância, quando havia o simples prazer gestual de deixar marcas pelo chão de cimento com cacos de tijolo.
Em busca de um outro tempo, um tempo cuja vida faça sentido, para acolher a morte diária ou para me permitir morrer todos os dias com mais leveza, para me fazer mais consciente da brevidade da vida e para ser menos dependente do amanhã, a minha travessia pessoal tem se dado em busca da recuperação do ser poético, do desenho, do traço e do gesto que ficaram perdidos em algum lugar da infância, nas paredes, nos muros e no chão das casas que habitei.
Em “Qualquer tempo que passou já pertence à morte II”, componho outra paisagem árida, agora apenas com o pó dos tijolos de paredes da casa onde resido atualmente, inspirada nas obras da artista Brígida Baltar. Se o tempo é também tambor de todos os ritmos, como cantou o poeta, ao passo acelerado em que nos encontramos, a terra lapidada e esculpida pelas mãos do tempo, “natureza tão sólida de tinta que o frágil atrito transporta”, a única coisa que restará será a ruína. Será possível então nutrir sonhos, eles que pertencem ao futuro, na aridez de um cenário desértico? Lembrar que do pó eu vim e ao pó retornarei, me fundir a essa paisagem, é tudo o que posso fazer para manter-me no aqui e agora.
Caroline Biassio
Graduada em Licenciatura em Artes Visuais pela Universidade Estadual de Ponta de Grossa (2016), e especialista em Educação Especial, com ênfase em deficiência intelectual, física e psicomotora pela Faculdade São Luís (2019). Atualmente é professora especialista de Artes Visuais no ensino básico, na etapa da Educação Infantil, em uma escola da rede privada de ensino da cidade de Ponta Grossa, e também é professora colaboradora do curso de Licenciatura em Artes Visuais, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (2020). Suas principais áreas de interesse são: Arte Educação, Educação Infantil e Cinema.
Oxum, 2021
40cm X 50cm
Técnica: Óleo sobre tela.
Xangô, 2021
40cm X 50cm
Técnica: Óleo sobre tela.
Iemanjá, 2021
40cm X 50cm
Técnica: Óleo sobre tela.
Oxóssi, Xangô e Iemanjá, três das sete pinturas que compõem a série Orixás, foram concebidas a partir de trabalhos em pontilhismo nos quais abordei a vontade de desenhar diante da possibilidade da morte. As preocupações geradas pela pandemia me fizeram retornar a um tempo quando desenhar ajudava a entender a vida. Mesmo acreditando na sobrevivência da alma após a morte do corpo físico, me apego à vida material com suas trocas afetivas e paisagens. Abstrações ou mandalas, os trabalhos que trago nesta mostra dão visibilidade a mundos que estão simultaneamente próximos e distantes de cada um de nós. O centro de cada pintura tem a cor de um Orixá: Oxóssi rege as matas, Xangô as pedreiras e Iemanjá é a rainha do mar. Os mitos primordiais, como os que existem no panteão afro-brasileiro, são cosmogonias que dilatam o tempo e criam pontes entre o sensível e o inteligível.
Cristina Mendes
Professora no curso de Licenciatura em Artes Visuais - UEPG e no PPG CINEAV - FAP – UNESPAR. Doutorado e Mestrado realizados no PPG COM – UTP; Especialização em História da Arte do Século XX e Bacharelado em Pintura na EMBAP. Foi docente do curso de Artes Visuais na UTP, onde coordenou o curso de pós-graduação lato sensu "Fotografia: Processos de Produção de Imagens". Coordena a pesquisa "Poéticas Artísticas: a criação da obra de arte e sua relação com a palavra escrita" e participa dos grupos de Pesquisa "Educação Estética, Trabalho e Sociedade" (UTP), "Interart - interação entre arte, ciência e educação: diálogos e interfaces com as Artes Visuais" (UEPG) e "Eikos: imagem e experiência estética" (UNESPAR).
Vontade, 1996 - 2022
Intervenção, Dimensões variáveis (detalhe)
Técnica: Monotipia e carimbos sobre papel japonês, gravação em metal e costura.
Vontade é uma intervenção não apenas no espaço expositivo, mas também no tempo. Composta por uma monotipia na técnica de “desenho pelas costas” sobre papel japonês, impressões de carimbos e uma pequena placa de metal gravada, produzidos entre os anos de 1996 e 2006, linha e agulha. A urdidura da memória que une suas diversas partes, contudo, é a do presente. A memória, é preciso lembrar, sempre se conjuga no aqui e agora, recolhendo lampejos e seus interstícios para os atualizar. “Onde está guardado aquele pensamento? Em que gaveta se abandona a si mesmo junto a seus planos? Onde trancafiam-se os desejos?”. Vontade é, portanto, uma colagem de diversas dimensões, nos lembrando que o tempo, fragmentário e não-linear, talvez seja apenas sua duração.
Cristiane Silveira
Professora colaboradora do Departamento de Artes da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), na área de Teoria e História da Arte. Doutora em História pela Universidade Federal do Paraná (UFPR, 2016), Mestre em Filosofia pela mesma instituição (UFPR, 2010), Bacharel em Gravura pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP, 1997) e Licenciada em Artes Visuais pelo Centro Universitário Claretiano (2020). Atua nas áreas de Filosofia da Arte e Estética e História da Arte, com destaque para as teorias e a crítica das artes visuais. Atuou como professora colaboradora na UFPR (2006-2008), na UNESPAR/Embap, (2014-2015), na UTFPR (2015-2017) e como professora dos cursos de Artes Visuais da Uninter (2017-2020).
Inefável 01, 2022
97cm X 29cm
Técnica: Escultura em metal.
A presente obra, intitulada “Inefável 01”, parte do princípio da inefabilidade da obra de arte, quando a consideramos como sendo uma tentativa de representação tangível da subjetividade do artista. Assim como uma sonata que não busca representar nada daquilo que já existe, ou que já tomamos conhecimento, mas que o compositor nos brinda com o seu ineditismo e beleza, oriundos do seu eu mais profundo. Neste sentido, o período pandêmico, possibilitou-nos introspecção e profundas reflexões sobre a vida e sobre a nossa caminhada aqui na Terra, sobre as relações que estabelecemos com os outros e com a natureza. A professora e artista Fayga Ostrower afirma que:
[...] criar representa uma intensificação do viver, um vivenciar-se no fazer; e, em vez de substituir a realidade, é a realidade; é uma realidade nova que adquire dimensões novas pelo fato de nos articularmos, em nós e perante nós mesmos, em níveis de consciência mais elevados e mais complexos. Somos nós a realidade nova. Daí o sentimento do essencial e necessário no criar, o sentimento de um crescimento interior, em que nos ampliamos em nossa abertura para a vida (OSTROWER, 2010, p.28).
Neste sentido, a obra surge como resultado da externalização de uma força interior do artista, ou seja, a obra pode ser considerada como sendo a tentativa de materialização da potência de vida. Herbert Marcuse (2016, p.20) afirma que a arte apresenta um caráter afirmativo que diz respeito ao Eros, tratase de uma “afirmação profunda dos Instintos de Vida na sua luta contra a opressão instintiva e social” e, ainda, a arte quando autônoma carrega um imperativo categórico que diz: “as coisas têm de mudar”!
Diego Divardim
Professor no Curso de Licenciatura em Artes Visuais/UEPG, Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Educação PPGE/UEPG, Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Ponta Grossa/UEPG (2015), licenciado em Artes Visuais pela Universidade Estadual de Ponta Grossa /UEPG (2012), Pesquisador no Grupo de Pesquisa em Artes Visuais, Educação e Cultura-GEPAVEC/CNPq/UEPG. Neto do artista plástico pernambucano Décio Antônio de Oliveira, o qual lhe deu as primeiras orientações de desenho com lápis grafite, se considera um eterno pesquisador em busca do esclarecimento (Aufklärung).
Trajetos, 2022
1920 X 1080 px
Técnica: Vídeo.
De que forma nos conectamos com o espaço percorrido e percebemos o tempo em nossos trajetos cotidianos? A obra Trajetos (2022) convida a indagarmos sobre a variabilidade de nossas percepções sobre a linearidade do tempo nos trajetos percorridos: dos desconhecidos aos reconhecidos. Nossas presenças nos espaços e os olhares que lançamos sobre estes podem distorcer a percepção do tempo de duração de nossos percursos.
Fábio de Castilhos
Fábio de Castilhos Lima é doutorando em Geografia na Universidade Federal do Paraná, com pesquisa no campo das Artes Visuais. É mestre em Poéticas Visuais pela Bauhaus-Universitãt Weimar, especialista em História da Arte Moderna e Contemporânea pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná e Licenciado em Desenho pela mesma instituição. Atualmente é Professor colaborador da Universidade Estadual de Ponta Grossa, no colegiado de Artes Visuais. Seus trabalhos em poéticas visuais são, em geral, localizados na esfera pública, ou se referem diretamente a esta por meio de linguagens diversas.
Atmo da vida na relação espaço tempo, 2022
60cm X 60cm
Técnica: Objeto-arte elaborado com cubos de acrílico, fotografias e espelhos.
A produção realizada iniciou-se a partir do tema TEMPO. A ideia foi construir um objeto-arte, tomando forma a partir de um hipercubo apresentado pelo astrofísico Carl Sagan na sua série COSMOS. A ideia concreta foi, então, a construção de uma caixa de acrílico: o cubo espaço-temporal.
O objeto escolhido se configura no espaço da 3ª dimensão (espaço D) que vivenciamos em nosso dia-a-dia. Buscamos, então, relacionar esse objeto ao tema TEMPO (T), transformando-o num cubo D x T.
Para representar essa relação elaboramos em um cubo menor e em cada uma de suas faces um período vivenciado (fotografia), da infância à idade adulta. Este cubo encontra-se suspenso no interior da caixa, sendo refletido em 5 espelhos (um no centro da face logo abaixo do cubo menor e os demais nos centros das faces laterais internas). Para o observador a noção espaço-temporal se dá pela visão múltipla das diferentes fases da vida posicionadas em espaços múltiplos.
Josie Silva
Professora do Departamento de Artes da UEPG. Graduada em Artes Visuais e Pedagogia. Mestre em Educação e Doutora em Educação para a Ciência e a Matemática. Atua no Programas de Pós-Graduação: Ensino de Ciência e Educação Matemática (PPGECEM) da UEPG e Educação para a Ciência (PCM) da UEM. Líder do Grupo de Pesquisa INTERART - Interação entre arte, ciência e educação: diálogos e interfaces nas Artes Visuais (CNPq). Desenvolve Projetos e Pesquisa com foco em Análise de Imagens e atua na tríade: Ensino, Pesquisa e Extensão com foco na relação entre Arte e Ciência.
Repositório de memórias, 2022
28,5cm X 33cm X 11cm
Técnica: Escultura em técnica mista.
Gosto de guardar fragmentos do passado comigo, de senti-los em mãos, de perceber os efeitos da vida em cada objeto. Então, coloco as flores secas de um buquê dentro de uma caixa, remetendo a beleza e a fragilidade da existência, bem como das relações que a preenchem. Sobre elas, repousa um boneco que possui seu âmago ligado à passagem do tempo. Por isso indago, esse passar me machuca ou preenche? Como não deixar que as memórias escapem?
Julia Souza
Mestre em Arte (UNESPAR), especialista em Habilidades e Competências Socioemocionais na Educação Básica (UP) e em Psicologia Educacional (FAVENI), licenciada em Artes Visuais (UEPG), com período sanduíche no curso de Estudos Artísticos (UC), por meio de bolsa concedida pelo programa Santander Universidades e graduanda em Pedagogia (UNINTER). Hoje, é professora colaboradora no curso de Licenciatura em Artes Visuais (UEPG) e também atua na educação básica na Escola Bom Pastor - Martinus. Seu foco de pesquisa está nas relações colaborativas e participativas da arte contemporânea, bem como nas metodologias de ensino de arte.
Recortes, 2022
44cm X 59cm
Técnica: Fotografia Digital.
A obra é composta por 21 fotografias digitais, recortadas, que representam recortes de cenas de um cotidiano, no qual a cor, a textura e a forma significam uma infinita fração de visões que se apresentam enquanto vivemos... no supermercado, num encontro social, na intimidade da casa, nos muros, nas paredes, no fundo de um copo azul, no universo de um aquário. Em qualquer lugar, em que a luz se revela num espectro de cores.
Nelson Junior
Nasceu em Ponta Grossa (PR), entre o final da década de 50 e início da década de 70, do século XX. Engenheiro Civil e Licenciado em Artes Visuais. Especialista em Educação, Mestre em Ciências Sociais Aplicadas e Doutor em Ensino de Ciência e Tecnologia. Publicou diversos artigos na área de Ensino de Artes Visuais e Cinema. Foi coordenador da Galeria de Artes da PROEX. Professor Adjunto do Departamento de Artes, da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Suas produções se concentram na Fotografia e na Cerâmica, em especial.
Gininha na coluna de comportamento social - Fotonovela (1959), 2019
85cm X 60cm
Técnica: Colagem e inscrições à nanquim.
A obra “Gininha na coluna de comportamento social – Fotonovela (1959)” é resultante da colagem de uma foto de um rosto, que foi obtido em uma capa de revista de 1959. As inscrições, completam a obra, formando a silhueta do corpo feminino. Esses trechos, copiados da coluna de comportamento social, mostram a interlocução entre o colunista e Gininha, leitora dessa revista de fotonovela.
A ideia de construir a representação feminina, trazendo as inquietações comportamentais que marcaram a década de 1960, sugere refletir sobre os valores e os costumes atuais. O que mudou na identidade e no universo feminino com a instalação da pandemia (COVID-19)? O tempo social feminino é uma ilusão de questionamentos?
Patricia Camera
Professora de mestrado (PPGH) e Departamento de Artes (ambos na UEPG). Diretora da Seção Educativa do Museu Campos Gerais (2018-2022). Doutora em História (PUCRS) com pós-doutorado no Museu Paulista da USP. Mestre em Tecnologia e Sociedade (UTFPR). Possui graduação em Gravura pela EMBAP/ UNESPAR. Em 1996 iniciou seus estudos em fotografia na New England School of Photography (NESOP - EUA). Atua na área de história, museu, gravura e fotografia Participa de exposições individuais e coletivas. Recebeu o Prêmio João Pilarski de Artes Visuais em 2019.
Sem título, 2021
31,8cm X 14,2cm
Técnica: Fotografia.
Quando olhamos para uma porta, temos duas opções, uma é ficar do lado de fora e viver a vida com tudo que o mundo oferece, outra, é estarmos do lado de dentro e vivenciarmos o nosso mundo. Podemos dizer que o tempo de fora é diferente do tempo que ficamos do lado de dentro. No entanto, podemos inferir que o tempo é uma ilusão, pois, percebemos que ele é volátil e instável de acordo com o que vivenciamos. Essas portas, podem ser físicas ou psicológicas, podemos fazer uma analogia com o mundo interno que criamos e as vezes atravessamos portas e crescemos como pessoas e outras vezes, não ousamos abrir novamente uma porta que trancamos. Esta obra, é um convite à reflexão: O que e como você tem percebido o tempo dentro e fora das portas que você atravessa? Como você percebe cada mundo por traz das portas? Quais as portas que você tem batido para entrar?
Sandra Borsoi
Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (2016), Especialização: Criatividade Arte e Novas Tecnologias UNOCHAPECO (2009), Mestrado em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria (2004), e graduação em Educação Artística Habilitação em Artes Plásticas pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (2001). Diretora de Assuntos Culturais DAC/PROEX/UEPG. Experiência na área de Artes, com ênfase em Artes visuais, atuando principalmente nos seguintes temas: Artes Visuais, currículo em Artes Visuais, formação de professores em artes visuais, produções artísticas e Gestão Cultural.
Incomensurável, 2021
1m X 1m
Técnica: Impressão fotográfica sobre tecido.
“Incomensurável” trata sobre a dificuldade de aferirmos e/ou avaliarmos os caminhos que cada um teve que cerzir para criar novos processos de existência permeados pelas distorções temporais pandêmicas, principalmente durante o isolamento social mais acirrado. Tais distorções foram representadas tanto pela sobreposição da imagem em diferentes ângulos quanto pelo símbolo do infinito, remendado grosseiramente em uma junção não alinhada, evidenciando rupturas, dilatações e lapsos em meio a uma possível continuidade. O emaranhado de fios ao fundo anuncia um mar revolto no qual, por vezes, parecia que quase nos afogávamos e noutros momentos mergulhávamos e nadávamos com todas as forças por um período que aparentava ser infindável para darmos continuidade a nossa própria existência.
Valéria Metroski
Doutora e Mestra em Artes Visuais (UDESC). Graduada em Artes Visuais (Licenciatura e Bacharelado/UFPR). Atualmente leciona a disciplina de Arte na Secretaria do Estado da Educação (SEED/PR) e trabalha como professora colaboradora na UEPG no curso de licenciatura em Artes Visuais. Tem experiência com o Ensino Fundamental II, Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Ensino Superior. Tem interesse nas seguintes áreas/temas de pesquisa: formação do(a) professor(a) de arte, formação do formador, ensino de arte, artes visuais, políticas públicas educacionais e currículo. Esporadicamente atua como artista.
GALERIA DE OBRAS
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Divulgação:
> Site oficial da UEPG:
> Facebook Galeria DAC/PROEX: https://www.facebook.com/PROEXUEPG
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> Facebook Oficial UEPG: https://www.facebook.com/oficialuepg
Curadoria: Adriana Rodrigues Suarez e Sandra Borsoi.
Organização/montagem: Adriana Rodrigues Suarez, Isabela Bryk de Ramos, Davi Rafhael Mariano e Nicole Kayanuma.
MUITO OBRIGADA PELA VISITA!
Enquanto visita a exposição virtual "Nas Asas das Emoções" dos artistas plásticos Douglas Migliorini e Paula Schamne, aprecie a coletânea de trilhas sonoras - Estúdio Ghibli, do compositor Joe Hisaishi.
EXPOSIÇÃO
NAS ASAS DAS EMOÇÕES
Texto Curatorial
Vivemos recentemente um dos momentos mais difíceis e atípicos da vida. Enfrentamos um inimigo invisível, minúsculo, mas forte e, algumas vezes, invencível. Viver a e sobreviver à pandemia do coronavírus foi e continua sendo um desafio árduo e de muita luta. Além da doença, este momento nos mostrou o quanto somos frágeis e quanto nossas emoções nos dominam. Trabalhar com perdas, com o medo, com a insegurança, com a ansiedade e a angústia foram e são alguns dos desafios que enfrentamos ao longo desse período. E, na busca por paz e um pouco de lucidez, a arte se tora uma aliada, um oásis neste caos.
Fotografar tornou-se uma luta silenciosa de autocontrole, de busca pelo equilíbrio e pela lucidez. Tornou-se o caminho para minimizar os impactos desse momento e diminuir a sensação de impotência e de solidão que o isolamento provocou. Foi um momento de sentir as emoções através dos cliques, do olhar para o mundo, para a natureza. Captar e traduzir emoções na fotografia foi o grande objetivo desse trabalho.
Emoções captadas pelas lentes da câmera. Mais do que fotografias, estas imagens são a captação do próprio sentimento, a tradução das emoções. Fotografar é expor a alma. Fotografar é capturar a alma do ser fotografado. Desejamos que, neste passeio, possa refletir sobre suas próprias emoções e também te ajude a expressá-las. ‘Nas Asas das Emoções’ é um trabalho realizado ao longo da pandemia, entre 2019 e 2021, de captura de imagens das aves que habitam os Campos Gerais, especialmente na região de Itaiacoca, buscando contemplar e refletir as próprias emoções. Traduzir os sentimentos que me envolviam no momento da captura. Expressar as emoções através da fotografia foi um exercício de combate ao isolamento, distanciamento, de combate à preocupação e ao medo. É a terapia que a natureza nos oferece diariamente, da janela de casa.
ARTISTAS
Douglas Wellington Migliorini
Biografia:
Natural de Ponta Grossa, onde mora e trabalha desde sempre. Fotógrafo profissional desde 2013. Agente universitário da UEPG desde 1999. Graduando de Publicidade e Propaganda, na Faculdade Uninter. Trabalha na cobertura de provas do Rally Paraná desde 2018. Especialista em cobertura de competições de OFF Road. Cursou Fotografia no Centro Europeu em 2019. Participou do Concurso da Expoflor em 2019, Concurso de Fotografia da Polícia Militar em 2019. Participou do 14° Prêmio New Holland de Fotografia em 2021. Participou do Concurso de Fotografia Labtan, da UEPG, em 2021.
Paula Juliana Schamne
Biografia:
Jornalista formada pela UEPG em 2007. Mestranda em Jornalismo, também pela UEPG. Graduanda em Publicidade e Propaganda pela Uninter. Natural de Ponta Grossa, cidade onde atua e trabalha desde sempre. Estudante de Dramaturgia Teatral pelo Atteliê Criativo. Participou da Oficina de Cinema Cine Tela Brasil, na qual participou da produção do curta metragem “Estilingue”, participante do Festival CineCufa, em 2004. Participou do Concurso de Fotografia da Polícia Militar em 2019. Participou do Concurso de Fotografia Labtan, da UEPG, em 2021.
OBRAS
Surpresa, 2021
Técnica: Fotografia
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300 mm
Estranhamento, 2019
Técnica: Fotografia
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300 mm
Medo, 2019
Técnica: Fotografia
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300 mm
Indecisão, 2019
Técnica: Fotografia
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300 mm
Solidão, 2019
Técnica: Fotografia
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300 mm
Nostalgia, 2019
Técnica: Fotografia
Câmera NIKON D7500 e Lente NIKON 18-55 mm
Resiliência, 2019
Técnica: Fotografia
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300 mm
Propósito, 2019
Técnica: Fotografia
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300 mm
Empatia, 2019
Técnica: Fotografia
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300 mm
Inclusão, 2019
Técnica: Fotografia
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300 mm
Amor, 2019
Técnica: Fotografia
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300 mm
União, 2019
Técnica: Fotografia
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300 mm
Confiança, 2020
Técnica: Fotografia
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300 mm
Desejo, 2019
Técnica: Fotografia
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300 mm
Liberdade, 2019
Técnica: Fotografia
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300 mm
GALERIA DE OBRAS
(clicar sobre a imagem)
Entre poéticas e narrativas...
por Douglas Migliorini e Paula Schamne
Surpresa, 2021
Técnica: Fotografia
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300 mm
Foi em dezembro de 2019 que uma notícia mudaria para sempre nossas vidas. Um microrganismo minúsculo, invisível mudaria para sempre nossas vidas. E quem imaginava o que enfrentaríamos?
Estranhamento, 2019
Técnica: Fotografia
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300 mm
A vida nos levou a nos afastarmos de quem mais amamos. Em um dia, todo mundo junto. No outro, o vazio, a solidão, o isolamento. Para alguns, provisório. Para outros, perene. Que falta faz um abraço!
Resiliência, 2019
Técnica: Fotografia
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300 mm
Ao longo de dois anos, vivemos sentimentos muito complexos e até, em alguns casos, desconhecidos. Como seres humanos, o esgotamento nos consumiu, mas também fomos transformados. Acabamos nos descobrindo mais fortes do que pensávamos ser. A vida pede passagem, apesar das dificuldades. E seguimos. Aqui estamos, prontos para recomeçar. A vida nos espera a cada amanhecer. Ressignificar tudo o que vivemos é nossa missão.
Liberdade, 2019
Técnica: Fotografia
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300 mm
Nunca mais seremos os mesmos. As marcas das experiências vividas nos acompanharão para sempre. Ressignificá-las é nossa missão. Valorizar as pequenas coisas, o dia a dia, os pequenos prazeres presentes em nossa rotina, muitas vezes engolidos pela correria. Repensar nossa vida, nossos valores, o que nos é importante é o que fica. Ouvir, sentir e compreender nossas emoções é nosso maior aprendizado. E para você, o que esse momento trouxe de ensinamentos? De tudo o que você viveu, o que fica?
Divulgação:
> Site oficial da UEPG:
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Curadoria: Adriana Rodrigues Suarez e Sandra Borsoi.
Organização/montagem: Isabela Bryk de Ramos e Davi Rafhael Mariano.
MUITO OBRIGADA PELA VISITA!
Enquanto visita a exposição virtual "Paisagens Noturnas" do artista plástico Renato Torres, aprecie a coletânea de lofi hiphop e jazzhop dos musicistas Kendall Miles, Didi Crazz, Samwise e Johto.
EXPOSIÇÃO
PAISAGENS NOTURNAS
Texto Curatorial
A exposição intitulada: “Paisagens Noturnas”, tem como proposta refletir sobre o conceito de paisagem urbana através de um conjunto de obras de arte, desenvolvidas em diversas técnicas, como: pintura, linóleo, xilogravura, serigrafia, água tinta, entre outras. De acordo com Nelsom Brissac Peixoto, nas paisagens urbanas, “tudo é abarrotado, as superfícies profusamente ocupadas, os espaços tomados por objetos esparramados e quebrados. Como se houvesse o temor de que do vazio pudesse surgir uma ameaça” (PEIXOTO, 2004, p. 175). Nesse sentido, trabalhar com tal temática se coloca como um desafio para a atualidade. Não sendo apenas questões estéticas, a paisagem urbana abrange indagações políticas, sociais e psicológicas. Assim, a organização espacial de uma cidade reflete sua estrutura social. A opção por paisagens noturnas implica no enfrentamento de certa ambiguidade da imagem. A luz que encanta está ao lado da escuridão que gera medo. Portanto, a percepção das imagens pode ocasionar tanto o deslumbramento quanto a insegurança. Soma-se a essas questões as decisões tomadas durante o processo de criação, que em diversos momentos flerta com a abstração, ou melhor, com composições desvinculadas de uma representação fiel da realidade e comprometidas com a construção de uma linguagem estética própria, que simplifica as imagens e gera, em alguns momentos formas ficcionais, resultando em espaços urbanos imaginários. Decorrente desse processo, a luz se destaca em contraste ao preto predominante das imagens, induzindo o observador a encontrar espaços entre a opacidade das formas. O olhar precisa percorrer todos os trabalhos para descobrir detalhes, ângulos, perspectivas, vazios, solidão e talvez... um pouco de afeto... em um constante diálogo com questões latentes na contemporaneidade.
ARTISTA
Renato Torres
Biografia:
Atualmente vive e trabalha na cidade de Curitiba/PR. Em sua formação acadêmica é formado em Licenciatura em Desenho, Escola de Música e Belas Artes do Paraná - UNESPAR (1997), Bacharelado em Gravura, Escola de Música e Belas Artes do Paraná - UNESPAR (2000), Mestrado em Educação - Universidade Tuiuti do Paraná (2008), e Doutorado em Educação - UFPR. Além disso participou em exposições individuais como: "Paisagem (Des)Construída" - Galeria Iberê Camargo (2008), Porto Alegre/RS, "Paisagem Construída" - Pinacoteca do Clube Curitibano (2006), Curitiba/PR, "Pausa" - Museu Metropolitano de Arte (2005), Curitiba/PR, "Pausa" - Museu de Arte de Joinville (2005), Joinville/SC, "Incisões" - Fundação de arte de Montenegro (2004), Montenegro/RS. E coletivas como: "Exposição Internacional Objetos que aproximam: Dentro de casa, mostra virtual" - Museu das coisas banais (2020), Pelotas/RS, "Exposição Internacional Coletiva do Clube de Gravadores" - Museu Florestal Octávio Vecchi (2019), São Paulo/ SP, "Intercâmbio Portfólio" - Museu da Gravura Cidade de Curitiba (2018), Curitiba/PR, "Biennale Internazionale per l’Incisione 2011" - Participação na bienal internacional de gravura - “Premio Acqui” - X Edizione, Acqui Terme /Itália, "Autorretrato" - Exposição Coletiva Casa Andrade Muricy (2010), Curitiba/PR, "Planos Espaços" - de arte Contemporânea do Paraná (2004), Curitiba/ PR.
Obras em acervos:
Centro Estadual de Capacitação em Artes Guido Viaro - Curitiba/PR, Museu Casa da Xilogravura - Campos de Jordão/PR, Museu de arte da UFPR - Musa - Curitiba/PR, Museu de arte de Joinville - MAJ - Joinville/SC, Museale del Comune di Acqui Terme, Castelo dei Paleologi - Acqui Terme /Itália, Intercultural Galeria de Arte - Curitiba/PR, Fundação Cultural de Ponta Grossa, Estação Arte - Ponta Grossa/PR e Galeria da PROEX, Universidade Estadual de Ponta Grossa - Ponta Grossa/PR.
OBRAS
AS04817, 2017
50cm x 65cm
Técnica: Nanquim sobre papel.
AS00917, 2017
50cm x 65cm
Técnica: Nanquim sobre papel.
AP03317, 2017
50cm x 65cm
Técnica: Nanquim sobre papel.
AP13417, 2017
50cm x 65cm
Técnica: Nanquim sobre papel.
São Paulo, 2018
75cm x 119cm
Técnica: Nanquim sobre papel.
Cidade Pulsante, 2019
160cm x 315cm
Técnica: Látex sobre Brim.
Ap100621, 2021
50,2cm x 64,8cm
Técnica: Linóleo.
Noite adentro, 2021
42cm x 59,5cm
Técnica: Serigrafia.
Linhas de Luz, 2021
21,3cm x 15cm
Técnica: Linóleogravura.
Luz e sombra no atelier, 2021
75cm x 110cm
Técnica: Serigrafia sobre nanquim.
Fim de tarde na Estação das Docas, 2021
59,4cm x 41,9cm
Técnica: Serigrafia.
Paisagem Interna, 2021
25cm x 22cm
Técnica: Serigrafia.
Entre Luzes, 2022
30cm x 55cm
Técnica: Água Tinta.
AS10017, 2017
78cm x 107cm
Técnica: Nanquim sobre papel.
LÁ, 2017
50cm x 65cm
Técnica: Nanquim sobre papel.
GALERIA DE OBRAS
(clicar sobre a imagem)
Entre poéticas e narrativas...
por Renato Torres
Cidade Pulsante, 2019
160cm x 315cm
Técnica: Látex sobre Brim.
As obras que compõem a série “Apanhador de sonhos”, surgiram de caminhadas por montanhas. Vocês já tiveram a oportunidade de ver a cidade à noite de um local alto? A cidade transforma-se em pequenos pontos de luz. Um mirante, um voo noturno, um prédio alto ou mesmo o pernoite em uma montanha? E foi assim... Sentindo o vento no rosto, o cheiro do mato e a empolgação por chegar ao cume das montanhas que fizeram a caminhada ganhar um lugar especial em minha vida. Na obra “Cidade pulsante” procurei pensar um espaço urbano que não para, que tem sucessos e desencantos e ao mesmo tempo se reinventa. Qual sua percepção da paisagem noturna? Qual lugar chama sua atenção? O que você sente quando está em meio a escuridão? Você percebe as formas que as luzes estão organizadas? O momento de descanso seria também um momento de perigo? Todas essas questões se apresentam no momento da criação das imagens. O contraste entre o branco e o preto podem também induzir à reflexões sobre a urbe, em especial sobre as oportunidades que a cidade nos oferece.
São Paulo, 2018
75cm x 119cm
Técnica: Nanquim sobre papel.
A segunda obra que trago pra reflexão é a obra “São Paulo”. Aqui eu entro na cidade. Em meio à noite, observo tudo que me rodeia. Faço parte dela, mas tento entender como funciona. Olhar pela sacada é também assumir um papel crítico. Você já teve a oportunidade de pensar sobre o fluxo de pensamentos que movem uma cidade como São Paulo? Durante a elaboração desse trabalho, procurei imagens das cidades mais populosas do mundo. Contudo, tendo acabado de chegar da capital paulista, não conseguia esquecer o que tinha vivenciado. Ruas largas, confusas, movimentadas. Prédios altos, residenciais e comerciais, elegantes e abandonados, uma realidade ambígua e diversa. Percebi também que durante a noite as cores sumiam e aos poucos tudo se tornava parecido, virando só luz e escuridão. Em um olhar distante, precisava de um tempo para reconhecer cada prédio. O olhar percorria os volumes e as formas urbanas. Nessa busca, as irregularidades das luzes deixavam a paisagem noturna muito mais atraente.
Divulgação:
> Site oficial da UEPG: https://www.uepg.br/exposicao-paisagens-noturnas/
> Facebook Galeria DAC/PROEX: https://www.facebook.com/PROEXUEPG
> Facebook Licenciatura em Artes Visuais UEPG: https://www.facebook.com/Licenciatura-em-Artes-Visuais-UEPG-114874710206486
> Facebook Oficial UEPG: https://www.facebook.com/oficialuepg
Curadoria: Adriana Rodrigues Suarez e Sandra Borsoi.
Organização/montagem: Isabela Bryk de Ramos e Davi Rafhael Mariano.
MUITO OBRIGADA PELA VISITA!
Enquanto visita a exposição virtual "Etnobotânica" do artista plástico Adilson Lopes, aprecie a música: "Inquietação Constante - Música Relaxante Para Acalmar as Angústias e Tranquilizar o Espírito". (https://www.youtube.com/watch?v=yQqjZAqNf9Y)
EXPOSIÇÃO
ETNOBOTÂNICA
Texto Curatorial
MERGULHO NO BRASIL PROFUNDO
Adilson Lopes, no Projeto Etnobotânica, volta seu olhar para desenhos sobre tela e papel como formas de expressão caracterizadas pelo desenvolvimento de uma inteligência peculiar na maneira de olhar para o mundo. O nome da exposição lida com três instâncias complementares nos trabalhos realizados: as plantas, as pessoas e o mundo. Assim a técnica, aliada ao pensamento, oferece a discussão de problemas tanto estéticos como existenciais. Seus trabalhos envolvem uma atitude perante a própria arte. Cada um manifesta, à sua maneira, um gesto, uma marca digital, um movimento da mão e uma visão de mundo.
O artista apresenta um raciocínio visual que pode assumir as mais diversas características e dialoga com os mais variados materiais. O uso do preto e branco aponta para questões plásticas relacionadas com a luz, e as formas conduzem o desenho ao não-lugar em que a arte se realiza como espaço de diversos mistérios e de saberes criativos. As riquezas dão-se no jogo visual e em um progressivo adensamento da consciência do uso do espaço. O essencial está no êxito de desenvolver uma pesquisa visual que exija do observador reflexão atenta sobre como são utilizadas e trabalhadas as linhas, as formas, as cores e as suas tonalidades.
Não há, nesse processo, certo ou errado, mas indagações internas constantes. As imagens do artista se debruçam sobre microcosmos que, justamente por terem como foco o detalhe, permitem a ampliação das relações que levam a uma visão mais completa e complexa daquilo que constitui cada ser humano, o ambiente natural e o universo como um todo. Pesquisar o que é intrínseco a uma planta conduz a um mergulho nos seus usos na alimentação e na medicina tradicional. Significa penetrar em uma jornada simbólica pela ancestralidade do artista e suas matrizes indígenas e africanas. O projeto perscruta assim um Brasil profundo, mergulhado em histórias, narrativas e tradições muitas vezes sepultadas.
Escrito por Oscar D’Ambrósio (Pós-Doutor e Doutor em Educação, Arte e História da Cultura, Mestre em Artes Visuais, jornalista e crítico de arte).
ARTISTA
Adilson Lopes
Biografia: Atualmente vive e trabalha na cidade de São Paulo/SP. Em sua formação acadêmica é formado em Artes Visuais pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo e estudou desenho com os seguintes artistas: Evandro Carlos Jardim, Dudi Maia Rosa e Edith Derdyk. Além disso participou em exposições coletivas e individuais como: Museu de Arte Contemporânea – MAC/USP – Pavilhão da Bienal – São Paulo /SP, SESC Pompéia/SP, Galeria da Universidade de Ponta Grossa - Divisão de Artes Visuais/PR; Galeria da Universidade Estadual de Londrina - Divisão de Artes Visuais/PR, Museu de Arte de Londrina/PR; Museu de Arte de Blumenau/SC, Fundação Cultural de Ubatuba/SP, Museu de Arte Contemporânea – Jataí/ GO, Museu de Arte de Santa Maria/RS, Galeria Augusto/Augusta – SP, entre outras.
Obras em acervos: Fundação Bradesco, Museu de Arte Contemporânea – Jataí/GO, Museu de Arte de Marília – SP e Museu de Arte de Londrina – PR.
OBRAS
Desenho X, 2020
110cm x 180cm
Técnica: Caneta permanente s/tela.
Desenho XIX, 2020
55cm X 74cm
Técnica: Caneta Permanente s/papel
Desenho III, 2020
55cm x 74cm
Técnica: Caneta permanente s/papel.
Desenho VIII, 2020
55cm x 74cm
Técnica: Caneta permanente s/papel.
Desenho XXII, 2020
94cm X 130cm
Técnica: Caneta Permanente s/tela
Desenho II, 2020
55cm x 74cm
Técnica: Caneta permanente s/papel.
Desenho V, 2020
55cm x 74cm
Técnica: Caneta permanente s/papel.
Desenho XVI, 2020
55cm x 74cm
Técnica: Caneta permanente s/papel.
Desenho XXV, 2020
83cm x 115cm
Técnica: Caneta permanente s/tela.
Desenho IV, 2020
55cm x 74cm
Técnica: Caneta permanente s/papel.
Desenho XIII, 2020
55cm x 74cm
Técnica: Caneta permanente s/papel.
Desenho VII, 2020
55cm x 74cm
Técnica: Caneta permanente s/papel.
Desenho XXIV, 2020
60cm x 70cm
Técnica: Caneta permanente s/papel.
Desenho VI, 2020
55cm x 74cm
Técnica: Caneta permanente s/papel.
GALERIA DE OBRAS
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Entre poéticas e narrativas...
por Adilson Lopes
Desenho XIX, 2020
55cm x 74cm
Técnica: Caneta permanente s/papel.
Quando criança, eu ajudava minhas avós, a recolher folhas de diversas plantas, que eram utilizadas para propósitos ritualísticos e uso medicinal. As minhas memórias afetivas de infância e a observação de células, maximizadas por microscópio, levaram a criação de um vocabulário visual ou um ecossistema imaginário. A minha pesquisa formal, está voltada para a linha como elemento estruturante do desenho, bem como a utilização do preto e branco como estratégia para captar e revelar a luz. Algumas questões estão presentes em meu trabalho, como a ligação entre o homem e a natureza, bem como a importância da nossa ancestralidade.
Curadoria: Adriana Rodrigues Suarez e Sandra Borsoi
organização/montgem: Isabela Bryk de Ramos
Divulgação:
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MUITO OBRIGADA PELA VISITA!
Enquanto visita a exposição virtual "Memórias Poéticas" do acervo da Galeria DAC/PROEX/UEPG, aprecie a música: Chopin - Nocturne op.9 No.2 (https://www.youtube.com/watch?v=9E6b3swbnWg)
EXPOSIÇÃO
MEMÓRIAS POÉTICAS
Texto Curatorial
A Exposição Memórias Poéticas, exposição coletiva do Acervo da Galeria DAC/PROEX, reúne obras de arte que representam situações cotidianas, memórias, culturas, lugares, através da perspectiva do olhar de cada artista.
Independentemente do que a obra nos revela materialmente, ou técnica usada, a póiesis do artista junto com a práxis é um dos meios vistos dentro de uma curadoria de arte, que revela a imensidão do sentido/significado do objeto arte para com o contemplador.
Cada detalhe, visto, pensado, organizado e vislumbrado nas obras, nos faz ir além do tempo vivido. Podemos viajar ao passado, ao presente ou ao futuro. Viajar na história, na memória, simplesmente viajar. O conjunto de obras presente nesta exposição, remete ao conceito de ser e estar, ao conceito de espaço e lugar, do particular e do compartilhado, através de traços marcados, outros nem tanto, com imagens abstratas, outras impressionistas, a representação objetiva e subjetiva das composições.
Poéticas vividas, poéticas criadas, poéticas sonhadas, poéticas...
Encontramos na Arte diversas formas de interpretações, a partir da leitura imagética chegamos mais próximos das reflexões críticas sobre o que observamos, sobre o que sentimos, vivemos e sobre o que desejamos.
Ao contemplar estas obras, recordamos o que Berger (1999) declara: “A maneira como vemos as coisas é afetada pelo que sabemos ou pelo que acreditamos [...] Só vemos aquilo que olhamos. Olhar é um ato de escolha.”
Olhar é um ato de escolha?
Sim... Permita-se!
Pense em suas memórias, pense em sua história...
Converse com as imagens, escute-as, questione-as, provoque-as, contemple-as.
“Voe” em seus pensamentos, a liberdade nos permite ir até onde nosso coração nos levar.
Profª Drª Adriana Rodrigues Suarez
Profª Sandra Borsoi
É na arte, por meio de sua enorme diversidade e abertura, que a possibilidade de expressão e transmissão dos sentimentos aflora naqueles que se permitem expressar e sentir. A composição, suas formas, linhas e cores são as oportunidades de abrirmos aos olhos e as mentes dos contempladores para suas vivências e memórias. É por isso, que a exposição do acervo da galeria DAC propõe o encontro do contemplador com os mais variados temas, estilos, ideias e técnicas. Permeando entre movimentos artísticos, entre eles o impressionismo, o abstracionismo e o realismo, entre outros. Pinturas, esculturas e fotografias compõem toda a exposição “Memórias Poéticas”, a qual busca desenvolver habilidades sensoriais, fruições e a educação visual do visitante. Basta apenas que você, leitor imagético e observador, permita-se preencher e transbordar todas suas expressões junto da arte.
Escrito por Isabela Bryk de Ramos
OBRAS
Sem nome, 2009
Lina, Iara
Sem nome, 2010
Lina Iara
Visões de Sinhara I, s/data
Fabiana Guedes
Fotografia (20x30)
Visões de Sinhara II, s/data
Fabiana Guedes
Fotografia (20x30)
A Ferro e a Fogo, 2001
Aidê Zorek
Técnica Mista (80x100)
Passagens, 2010
Aidê Zorek
Técnica Mista (80x100)
Sem nome, 1994
Luisiana Pellizzari
Óleo sobre Tela (150x200)
Cama, 2010
Emerson Persona
Acrílica sobre Tela (120x145)
Espera, 1976
Suzana Villela
Óleo sobre Tela (90x108)
Represa de Alagados, 1962
Horst Schenepper
Óleo sobre Tela (65x120)
Arredores de Curitiba, 2005
Laura Tereza Mercer
Óleo sobre Tela
Vila Velha, na Rota dos Tropeiros, 2008
Veraliz Regina Cominato
Óleo sobre Tela (70x100)
Rua Baldupino Taques, 2018
Saulo Pfeiffer
Óleo sobre Tela (55x65)
Série "Ipês", s/data
Ruth Yumi
Infogravura
Marinha com pintor, crianças e gaivotas,2019
Zunir de Andrade
Óleo sobre Tela (40x60)
GALERIA DE OBRAS
(clicar sobre a imagem)
Entre poéticas e narrativas...
Sem nome, 1994
Luisiana Pellizzari
Óleo sobre Tela (150x200)
“[...] século XX – aparecimento de uma nova síntese, início do emprego dos elementos. Avaliação cada vez mais consciente das forças intrínsecas da imagem, tensões. A materialização da imagem é considerada portadora de uma força interior e digna de um novo raciocínio. A força só é importante e significativa vista deste ângulo” (KANDINSKY. 1987, 37).
E ainda nesse mesmo contexto
arte é um emocional que altera um referencial, um referencial alterado por um emocional que produz um objeto estético (ECO, H. 1982, 286).
A materialização de uma forma através do abstrato, nos revela o mais íntimo do íntimo de um artista. Pois ali está estampado os
pensamentos, cores e formas que ele nos proporciona diante de um contexto existente. Podemos ter diversas formas e elementos estampados na pintura onde o artista buscou defini-las, estas formas, como tinha em mente, e que, de acordo com a nossa observação vamos enxergando o que queremos, o que desejamos e o que procuramos encontrar.
O porquê não fazer da arte um modo de proximidade a imaginação?
Sendo que essa é uma das funções da arte.
Ao observar esta obra:
Considera a Arte Abstrata como algo estranho?
Você gosta de Arte Abstrata?
Quando contempla uma imagem abstrata, você busca um reconhecimento imagético?
Quais formas consegue “achar” nesta obra?
E a composição das cores? O que te representa?
“O artista deve treinar não apenas seus olhos, mas principalmente sua alma.” (Wassily Kandinsky)
A Ferro e a Fogo, 2001
Aidê Zorek
Técnica Mista (80x100)
Passagens, 2010
Aidê Zorek
Técnica Mista (80x100)
O senso comum talvez pense inicialmente: “pintura cheia de rabiscos” ou até mesmo “nossa, desta arte até eu faço” e se questionará “isto é arte”.
SIM, isto é arte!
Independentemente do que a obra nos revela materialmente, ou técnica usada, a poiesis do artista junto com a práxis é um dos meios vistos dentro de uma curadoria de arte, que revela a imensidão do sentido/significado do objeto arte para com o público.
O abstracionismo, que usa as formas abstratas em detrimento das figuras, vem de encontro a forma mais humana de interagir com o material, seja pintura, escultura, gravura, entre outras artes.
O artista expressa suas emoções diante da tela sem estar completamente focado nas formas reais, mas, com princípios e argumentos para a criticidade da obra. A imagem desconstruída do abstracionismo, arte “não representacional”, faz parte do sentir, trazendo a subjetividade e permitindo ao expectador, liberdade de “ver” aquilo que seus anseios procuram. O Abstrato é um movimento que apresenta uma ruptura artística, tendo como precursor o artista russo Wassily Kandisnky. Pintor interessado em estudar os efeitos da cor e da criação aliada à música. Surge no final do século XIX. (STANGOS, 2000)
Abstração, abstrato, abstracionismo são termos que designam o intangível, o incompreensível, o indefinido. Na pintura e na escultura, se acumula à essas qualidades o sentido de abstrair enquanto subtrair, retirar, da figura. A arte abstrata surge como desdobramento e/ou ruptura com a arte figurativa.
Podemos, então, olhar para as aproximações ou para os distanciamentos entre o figurativismo e o abstracionismo.
Contemplando uma obra Abstrata, tente fruir:
O que você enxerga nestes “rabiscos”?
Você é capaz de fazer uma obra abstrata?
Você se acha expressivo?
Compreende o que abstracionismo tenta nos revelar?
O que consegue ver? Sentir? Contemplar numa obra que desconstrói as imagens?
Você tem facilidade para enxergar a subjetividade da obra?
As cores e os movimentos das pinceladas das obras abstratas, desperta em você, sentimentos?
Espera, 1976
Suzana Villela
Óleo sobre Tela (90x108)
Para Aumont (2004), aprender olhando, aprender a olhar é o tema da descoberta do visual por meio da arte, da similitude entre ver e compreender. Com isso, precisamos cada vez mais aprender a ver, compreendendo aquilo que vemos a nossa frente.
Nossos sonhos, nossa realidade, nossas emoções, nossas indignações diante do mundo em que vivemos podem ser resultados de uma vida constante em que desejamos ter ou que já temos. As diferenças que nos movem e que nos tiram de uma realidade constante e acomodada faz ressurgir emoções que há tempos não sentíamos.
Vamos observar juntos a obra Espera, da artista Suzana Villela do ano de 1976.
Quais as cores conseguem observar na obra?
E as expressões destas mulheres, o que consegue sentir?
Seria a mesma mulher, ou seriam três mulheres?
Quais os sentimentos podem decifrar ao contemplar a obra?
E como ela se comporta diante da sua visão/observação?
O que será que a obra Espera, pode representar atualmente?
Você acha realmente que a espera traz emoções corporais que você há tempo não sentia?
Será que nossa espera, diante aos acontecimentos da vida, pode resultar em algo bom para o nosso crescimento?
Série "Ipês", s/data
Ruth Yumi
Infogravura
Você já teve a sensação de estar num lugar ermo e silencioso, onde parece ser o único lugar que você já esteve, talvez em outras vidas?
Aquele lugar que te deixa calmo, alegre e ao mesmo tempo pensante sobre o que acontece depois que partirmos desta vida?
Para você, a sensação é de solidão? ou mesmo tendo a árvore como vida, apresenta uma solidão, um silêncio que pode nos causar uma série de reflexões.
O que somos, como nos comportamos e para onde vamos?
Quando algo não dá certo em nossa vida, temos sempre uma "árvore" que nos iluminará com suas gamas de cores e deixará nosso caminho mais belo?
São apenas algumas reflexões...
Causar sentimentos e emoções perante a observação e leitura de uma imagem, seja ela qual for é um fator relevante para que o fazer artístico se torne significativo. O artista tem, muitas vezes, a intenção de alcançar pessoas que observem sua obra e assim tenham a vontade de expressar o que sentem. A obra fala por si só, mas o fruidor tem o direito de expressar seus sentimentos e emoções.
Não existe o certo ou o errado na leitura de uma imagem.
Existe um diálogo entre o fruidor e a imagem.
Na obra Série Ipês, temos uma absorção total de 2 cores que se complementam diante das paisagens. O cinza com suas variações de tonalidades, sejam elas do mais claro para o mais escuro, apresentam um degradê. O amarelo em destaque, dá alusão de que a árvore é o principal elemento da obra. A Série é uma Infogravura técnica de ir além da gravura, junção de materiais e técnicas que enriquecem o trabalho, como xilogravura, metal e litogravura.
“Por meio da Arte é possível desenvolver a percepção e a imaginação, aprender a realidade do meio ambiente, desenvolver a capacidade crítica, permitindo ao individuo analisar a realidade percebida ao desenvolver a criatividade de maneira a mudar a realidade que foi analisada.” (BARBOSA, A. M. Inquietações e Mudanças no Ensino da Arte. - 2. Ed. – São Paulo: Cortez, 2003, cap 1o)
Você lê uma imagem?
Quais são suas cores preferidas? O que elas representam para você?
Se você fosse o artista, com quais elementos você completaria a composição?
Ao contemplar esta obra você lembra de algum lugar que já esteve?
Represa de Alagados, 1962
Horst Schenepper
Óleo sobre Tela (65x120)
No Acervo DAC/PROEX/UEPG têm muitas obras interessantes, para que juntos possamos fruir sobre elas. A fruição é a capacidade de interpretar a partir do olhar individual. Sentimentos que devem ser despertados, isto é, quando o expectador se permite “viajar” pela criação artística.
Nossa visão está continuamente ativa, em movimento, captando coisas num círculo à sua própria volta. Toda imagem incorpora uma forma de ver. (BERGER, 1999)
Observem esta pintura de paisagem, feita a algumas décadas atrás retratando o Alagados de Ponta Grossa, mais precisamente, o interior do Paraná...observem sua textura, a luminosidade entre as Araucárias, o último plano.
No seu ponto de vista esta obra representa o amanhecer ou entardecer?
Quais elementos você observa na obra?
Quais as cores que identifica na obra? Gosta de estar em lugares como este?
Artista HORST SCHNEPPER
Natural de Curitiba, começou a dar vazão aos seus impulsos vocacionais aos oito anos de idade, quando pela primeira vez reproduziu uma paisagem em aquarela. Aos treze anos seus trabalhos passaram a ser feitos a óleo e desde então a arte tem sido constante em sua vida. Autodidata, passou a optar pela tinta acrílica, com a qual retrata e se identifica, principalmente com temas regionais. Suas telas vêm alcançando grande aceitação pública, não só no Brasil como em outros países, como: Estados Unidos, Canadá, Holanda, Alemanha e Japão, para onde são vendidas grande parte de suas obras. Em 1972 realizou sua primeira exposição individual na Galeria DAC/PROEX em Ponta Grossa, ocasião em que vendeu todas as telas expostas. A partir daí, a aceitação de seus quadros foi crescendo a ponto de hoje ter mais de seis mil telas espalhadas em nossa Cidade
Vila Velha, na Rota dos Tropeiros, 2008
Veraliz Regina Cominato
Óleo sobre Tela (70x100)
Segundo Manguel (2001), as imagens como a história nos informam, por isso a importância de saber “ler imagens”. Nossa existência se passa em um rolo de imagens que se desdobra continuamente, imagens capturadas pela visão e realçadas ou moderadas pelos outros sentidos.
Imagens cujo significado varia constantemente, configurando uma linguagem feita de imagens traduzidas em palavras e de palavras traduzidas em imagens, por meio das quais tentamos abarcar e compreender nossa própria existência.
Para ler uma imagem precisamos “resgatar” nossas memórias, ativando nosso (s) olhar (es), provocando nossos sentimentos, e assim, permitir a nossa fruição estética. Portanto, quando nos deparamos com lugares diferentes em nossa vida, podemos sentir sensações diferentes dependendo do contexto em que nos encontramos.
Reconhecer lugares onde passamos e onde ainda passaremos, nos serve intrinsicamente, como evolução do nosso ser e dos nossos sonhos que poderemos ter. Ver a imagem de lugares que conhecemos e pensando sobre estes “lugares” que já passamos, moramos, nascemos e até sonhamos, e que nos marcam, pensemos por um minuto:
Quais lugares interessantes você conhece?
Ou sonha em conhecer?
Quais lugares desperta em você, sensações boas e tranquilas?
Entre tantos lugares que já passou, conheceu, qual gostaria de
voltar?
Se você fosse um artista, qual lugar você representaria em sua
obra de arte?
Observe o quadro: Vila Velha, na Rota dos Tropeiros, da artista Veraliz Regina Cominato.
Você conhece este lugar?
Conhece o Parque de Vila Velha, em Ponta Gossa/Paraná?
Será que a viagem dos tropeiros foi tranquila e calma como representada na obra pictórica, Vila Velha, na Rota dos Tropeiros de
2008?
Qual sua narrativa sobre esta imagem?
Divulgação:
> Facebook Galeria DAC/PROEX: https://www.facebook.com/PROEXUEPG
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> Facebook Oficial UEPG: https://www.facebook.com/oficialuepg
Curadoria: Adriana Rodrigues Suarez, Alberto Mikoski, Sandra Borsoi, Isabela Bryk de Ramos, Mario Opuchkevitch Junior
Organização: Adriana Rodrigues Suarez, Alberto Mikoski, Sandra Borsoi, Isabela Bryk de Ramos, Mario Opuchkevitch Junior
Enquanto aprecia a Mostra Virtual Internacional de Fotografias Brasil- Moçambique, escute Percusiones Afriacanas- Sorsomet acessado em 26/09/2021- (https://www.youtube.com/watch?v=qA8QPuEyCvw)
I Seminário Internacional de Educação Brasil- Moçambique
Tema: A educação e os caminhos para a Internacionalização
06 a 08 de outubro de 2021
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA e a UNIVERSIDADE DE RAVUMA DE MOÇAMBIQUE, através da PRÓ REITORIA DE EXTENSÃO E ASSUNTOS CULTURAIS buscam fortalecer as parcerias e cooperação Sul-Sul, implementando uma política de internacionalização adequada às realidades tanto do Brasil quanto de Moçambique no campo educacional, respeitando as dimensões históricas, sociais, políticas, econômicas, educacionais e culturais. Com esta parceria, as instituições propõem aos seus professores, acadêmicos, participantes do evento a realização de uma I Mostra Virtual Internacional de Fotografias, destinada a apresentar, de maneira imagética, suas riquezas culturais/educacionais de seus territórios. O tema “A educação e os caminhos para a Internacionalização” será norteador para os olhares fotográficos. Os documentos relacionados a seguir fazem parte integrante desta Mostra Virtual.
Constitui objeto da I Mostra Virtual Internacional de Fotografias, a selecão de fotografias com o objetivo de fomentar e valorizar os registros fotográficos que apresentem a poética sobre o tema: “A educação e os caminhos para a internacionalização", para compor o evento I Seminário Internacional de Educação Brasil- Moçambique com uma Mostra Virtual, apresentando momentos significativos sobre olhares culturais e educacionais. Buscamos através da fotografia a representação histórica, social, política, econômica, educacional e cultural do seu território, apresentando cada país, através de olhares críticos, para que as culturas se entrelacem, possibilitando uma internacionalização da Educação em todos os âmbitos.
MOSTRA VIRTUAL DE FOTOGRAFIAS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA
UILLIAN TRINDADE OLIVEIRA (CARAVELAS - BAHIA)
- Título da Fotografia: Carranca no Rio Corrente
- Ano: 2020
- Local da fotografia: Santa Maria da Vitória - BA
Descrição poética: A imagem mostra uma carranca à beira do Rio Corrente na cidade de Santa Maria da Vitória – BA. Esta cidade recebeu um Centro Multidisciplinar da Universidade Federal do Oeste da Bahia com dois cursos de graduação: Publicidade e Propaganda, e Artes Visuais. Tais cursos trouxeram grande valorização da cultura local, como potencializa a Educação em Arte, a produção cultural e visual da cidade de Santa Maria da Vitória.
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
MARTIN MOREIRA ALVES (PONTA GROSSA- PARANÁ)
- Título da Fotografia: sem título
- Ano: 2021
- Local da fotografia: “Praça do Expedicionário”. Ponta Grossa, PR.
Descrição poética: Escolhi sem me importar com o seu nome. “É na Praça do Expedicionário que o Monumento das Três Armas está situado”. Consigo vê-la da janela do prédio, o fluxo é intenso. Por vezes acolhe desabrigados, seja os que pedem dinheiro no semáforo, os que recolhem lixo, ou os que só precisam de algum lugar. Imagino que não muito tempo atrás era um ponto de encontro de jovens estudantes. A natureza segue seu curso, mas o monumento não caiu ao chão, a luz ainda brilha, e todos retornarão.
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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE- FACULDADE DE EDUCAÇÃO
ÂNGELO CORREIA NHANCALE (MAPUTO- MOÇAMBIQUE)
- Título da Fotografia: Membros do Clube Ambiental Escolar Escola Primária Completa Unidade 22 da Mafalala no fim de uma jornada de plantio de árvores.
- Ano: 2019
- Local da fotografia: Escola Primária Completa (EPC) Unidade 22 da Mafalala – Cidade de Maputo.
Descrição poética: Alunos dos clubes ambientais escolares das EPC Unidade 22 e 23, no Distrito Municipal de Ka Maxakeni, sensibilizados sobre a preservação ambiental e gestão dos resíduos sólidos urbanos sensibilizam seus colegas e famílias sobre a necessidade de depositar o lixo em locais próprios, e promovem acções de limpeza de lixo no recinto escolar, contribuindo para a uma cultura de higiene colectiva e individual nas suas escolas. Como resultado, os restantes alunos das escolas supracitadas aderem e participam nas jornadas de limpeza no Distrito Municipal Ka Maxakeni, contribuindo para a limpeza dos bairros e consciencialização pública sobre a higiene colectiva. Alunos das escolas EPC Unidade 22 e EPC Unidade da 23 da Mafalala participam nas palestras e sensibilizados sobre (i) a importância da preservaçäo ambiental, ii) a saúde pública e recolha de resíduos sólidos urbanos; e iii) a poluição do ar.
- Título da Fotografia: Jornada de limpeza e recolha de resíduos sólidos numa vala de drenagem de águas no Distrito Municipal Ka Maxakeni.
- Ano: 2019
- Local da fotografia: Bairro da Mafalala – Cidade de Maputo.
Descrição poética: A deficiente recolha de resíduos sólidos urbanos na cidade de Maputo, fez com que as organizações da sociedade civil e o sector privado apoiassem o Município no processo de gestão de resíduos sólidos urbanos, implementado por via de actividades de Educação Cívica Ambiental, que incluem a participação dos clubes ambientais escolares. É neste contexto que a KUWUKA JDA no âmbito do programa de educação cívica ambiental tem levado acabo acções que visam a preservação ambiental bem como para a consciencialização cívica do cidadão sobre um ambiente são para o bem-estar. Assim, foi implementado um micro projecto denominado Melhoramento das Condições do Meio Ambiente Através da Sensibilização e Limpezas no Bairro em que os activistas fazem visitas domiciliárias, aconselhando as pessoas sobre as boas práticas e gestão dos resíduos sólidos; sensibilização e consciencialização sobre a importância da conservação e preservação ambiental; e disseminação de informação através de conversas informais com as comunidades identificadas no local, como forma de consciencialização cívica do cidadão sobre um ambiente são, para o bem-estar de todos.
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
ARTHUR CAVALHEIROS AMADOR (SÃO PAULO- BRASIL)
Tttulo da Fotografia: O professor para os alunos
Ano: 2021
Local da fotografia: São Paulo
Descrição poética: Esta fotografia busca representar a disponibilidade do professor em estar presente para os alunos, em compartilhar com eles os seus conhecimentos de forma acolhedora.
Tttulo da Fotografia: Em um mundo sem fronteiras
Ano: 2021
Local da fotografia: São Paulo
Descrição poética: : Esta fotografia complementa a primeira e vem a acrescentar que independente de onde esteja e também de como esteja, o professor busca utilizar de todos os recursos para aproximar o aluno e proporcionar o melhor ensino posstvel, transformando sua própria casa em um espaço para os alunos, rompendo qualquer barreira posstvel, inclusive a distância.
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
VERA LUCIA MARTINIAK (PONTA GROSSA- BRASIL)
- Título da Fotografia: Minha terra tem araucárias
- Ano: 2020
- Local da fotografia: região rural de São José dos Pinhais
Descrição poética: O Paraná é conhecido como a terra das araucárias e essa árvore é o símbolo do estado. A sua beleza está no formato da árvore, quando pequena tem a aparência de um cone, mas quando torna-se adulta, seus galhos se estendem para o alto em direção ao céu azul.
- Título da Fotografia: Tons da natureza
- Ano: 2020
- Local da fotografia: região rural de São José dos Pinhais
Descrição poética: A exuberância da natureza está na simbiose de suas cores que se misturam de forma harmônica. Suas cores se complementam e inspiram a leveza de uma vida, a beleza na simplicidade do aconchego do abraço entre céu e a terra.
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ (UNESPAR)
JOANA D ARC VAZ (CURITIBA- BRASIL)
Fotografias tiradas em uma viagem a Moçambique para pesquisa de campo realizada em 2016 para o Doutorado em Educação.
- Título da Fotografia: Escola Secundária Muecate Sede
- Ano: 2016
- Local da fotografia: Muecate, província de Nampula
Descrição poética: É uma imagem onde as crianças estão tendo aula debaixo de uma robusta árvore. Realidade de muitas escolas. Salas de aulas. A pesquisadora juntamente com as crianças em sala de aula.
- Título da Fotografia: Museu histórico
- Ano: 2016
- Local da Fotografia: Nampula
Descrição poética: Museu Histórico, vários instrumentos utilizados pelos grupos étnicos da região norte de Moçambique.
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UNIVERSIDAD NACIONAL MAYOR DE SAN MARCOS- PERU
ANA CECILIA CANALES CUADROS (LIMA-PERÚ)
- Título da Fotografia: Artesania de Cuzco
- Ano: 2010
- Local da fotografia: Cuzco -Perú
Descrição poética: Foto tomada en mi primer viaje a la ciudad del Cuzco-Perú. Ciudad Inca donde ofrecen a los visitantes la oportunidad de comprar o ver sus productos de artesanía incaica hechos a manos por los artesanos cuzqueños las cuales tienen diseños, colores y formas únicas característica propias de la cultura inca.
- Título da Fotografia: Observando exposición de Arte
- Ano: 2018
- Local da fotografia: Pasillo de la Facultad de Letras y Ciencias Humanas de la UNMSM- Perú
Descrição poética: Foto tomada por mí en la Inauguración del I Gran Salón Nacional de Artes Plásticas-Perú 2018 en homenaje a los "100 años del inicio de la Enseñanza Pública de las Bellas Artes en el Perú" exposición realizada en el Pasillo de la Facultad de Letras y Ciencias Humanas de la UNMSM- Perú Setiembre 2018.
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
LETÍCIA LUPEPSA (PONTA GROSSA- BRASIL)
- Título da Fotografia: Estação Noturna de Ponta Grossa
- Ano: 2021
- Local da Fotografia: Estação Saudade
Descrição poética: O anoitecer da cidade de Ponta Grossa compõe-se por luzes de casas, prédios, carros, bicicletas, pessoas com celulares. Mas em um vislumbrar de um caminhar deparamos com a Estação Saudade, um ponto forte de memórias, lembranças e um passado com passagens de trem, palco do século XIX. Agora, se tornou um encontro de lembranças, amores, encontros, histórias assim como quando vivemos em um anoitecer solitário de reflexões.
- Título da Fotografia: O reflexo da Memória
- Ano: 2021
- Local da Fotografia: Casa da Memória
Descrção poética: A atual Casa da Memória é um ponto de encontro ao conhecimento da Cidade de Ponta Grossa, antigamente vista como uma Estação Ferroviária de Ponta Grossa, servindo como embarque e desembarque de passageiros. A fotografia compõe juntamente do famoso trem da cidade: ‘’Maria Fumaça’’, um símbolo ferroviário da cidade. Porém, em um dia chuvoso, fácil de se registrar fotografias, olhamos por reflexos, passamos distante de entender o que um dia aconteceu aqui, um passado, memóriascaracterísticas regionais, nossa vida, nossos familiares
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
ADRIANA RODRIGUES SUAREZ (PONTA GROSSA- BRASIL)
- Título da fotografia: Pôr do Sol
- Ano: 2021
- Local da Fotografia: Uvaranas- Ponta Grossa/Pr
Descrição poética: Tão bom poder enxergar este momento do pôr do sol, momentos únicos que temos o privilégio de apreciar nos Campos Gerais. São momentos que nos cobrem de energia e de serenidade. São cores únicas, breve momento de contemplação divina. Nossa região tem o pôr do sol mágico, um presente de Deus. Pintura que a natureza apresenta sem limites, com cores esplêndidas. No caminho que percorro, recebo este presente.
- Título da Fotografia: Fé, Amor e Espiritualidade
- Ano: 2019
- Local da Fotografia: Avenida Vicente Machado em Ponta Grossa/Pr.
Descrição poética: Procissão de Corpus Cristi na Avenida Vicente Machado, no ano de 2019. Cultura vivida em nossa cidade todos os anos quando são produzidos tapetes de materias diversos, que retratam a vida de Jesus Cristo. É uma comemoração litúrgica das igrejas católicas, que ocorre na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade que, por sua vez, acontece no domingo seguinte ao de Pentecostes. Muitas pessoas se encontram para juntos testemunhar publicamente a adoração e a veneração para com a Santíssima Eucaristia.
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
VALÉRIA METROSKI DE ALVARENGA (CURITIBA-PARANÁ)
- Título da Fotografia: Profusão esmaecida
- Ano: 2021 (montagem final) – as fotos de base foram tiradas em diferentes anos
- Local da fotografia: Piraquara e Curitiba (Paraná)
Descrição poética: Essa fotomontagem é resultante de uma profusão de trabalhos artísticos (performances, livros de artista, videoarte, instalações artísticas, gravuras, desenhos, pinturas etc.) realizados pelos discentes da autora, a qual atua como professora de Arte na Educação Básica no Paraná (Brasil). Inserimos, ainda, elementos que indicam as possíveis fragilidades desse ensino em meio as políticas educacionais associadas a reforma do Ensino Médio, da BNCC e seu projeto internacional / neoliberal de educação
- Título da fotografia: Transmutação débil
- Ano: 2021
- Local da fotografia: Curitiba- Paraná
Descrição poética: As recentes políticas educacionais brasileiras (Reforma do Ensino Médio e a BNCC) têm fragilizado o ensino de Arte na educação básica. A Arte foi incorporada ao itinerário formativo “Linguagens e suas tecnologias” e, nessa junção, identificamos uma vulnerabilidade da Arte nos documentos curriculares da área, assim como nos livros didáticos, implicando no esvaziamento/esmaecimento do ensino de Arte (metodologias, história da arte, leitura de imagens, teorias da arte experimentações estéticas)
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
LUCIANA KUBASKI ALVES (PONTA GROSSA- PARANÁ)
- Título da Fotografia: Terra alagada
- Ano: 2021
- Local da fotografia: Colônia Guaraúna, Teixeira Soares
Descrição poética: a imagem retrata área alagada em função das chuvas, próxima ao Rio Guaraúna, na área rural, localidade de Colônia Guaraúna, Teixeira Soares. Na imagem percebe-se a beleza do sol, seu reflexo nas águas das terras alagadas, a natureza mostrando sua imponência.
- Título da Fotografia: Caminho rural
- Ano: 2021
- Local da fotografia: Colônia Taquari dos Palocos, Ponta Grossa-PR
Descrição poética: As recentes políticas educacionais brasileiras (Reforma do Ensino Médio e a BNCC) têm fragilizado o ensino de Arte na educação básica. A Arte foi incorporada ao itinerário formativo “Linguagens e suas tecnologias” e, nessa junção, identificamos uma vulnerabilidade da Arte nos documentos curriculares da área, assim como nos livros didáticos, implicando no esvaziamento/esmaecimento do ensino de Arte (metodologias, história da arte, leitura de imagens, teorias da arte e experimentações estéticas)
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Q.A U/C MUHALA EXPANSÃO, CIDADE DE NAMPULA
FELISMINA JOÃO BAPTISTA VANTITIA (MOÇAMBIQUE)
- Título da Fotografia: Museu Nacional de Etnografia de Nampula
- Ano: 2021
- Local da fotografia: Cidade de Nampula
Descrição poética: Museu Nacional de Etnografia de Nampula é único localizado fora da Capital de Moçambique. Foi desenhado por Arquitecto Mário de Oliveira em 1955, cuja inauguração foi a 23/08/1956, com a finalidade de mostrar ao mundo as expressões do povo primitivo, especialmente as artes, costumes e culturas indígenas, por isso, no tempo colonial tinha diferentes áreas como de história, arqueologia, mineração, etc. Em 1993 foi transformado em Museu Nacional com a missão específica de Etnografia.
- Título da Fotografia: Sé Catedral de Nampula
- Ano: 2021
- Local da fotografia: Cidade de Nampula
Descrição poética: A primeira Catedral do Mundo dedicada a Nossa Srᵃ de Fátima. Criada em 1940 e sagrada a 23/08/1956, pelo Sr Cardeal D. Teodósio Clemente de Gouveia. Depois do Acordo Geral de Paz de Moçambique de 04/10/1992, passou a chamar-se Catedral de Nossa Srᵃ de Fátima, Mãe da Paz a 07/07/1993. De estilo barroco, apresenta duas torres na fachada e um alpendre com arcada. No exterior tem um painel de azulejos com a imagem da Nossa Srᵃ de Fátima, que lhe dá um toque bastante elegante.
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
ANA LUIZA RUSCHEL NUNES (PONTA GROSSA- PARANÁ)
- Título da Fotografia: Arte, tempo, transição
- Ano: 2021
- Local da fotografia: Universidade Estadual de Ponta Grossa, Arte no Campus- Paraná.
Descrição poética: Poética, Escultura, O quê diz de mim? Diz tudo... mas silencio (?) Uma arte visualizada... No imaginário... Não revela? Não diz tudo? Tempo....transição poética!!! Transitoriedade, momentos, memórias! Arte... UEPG...arte... visualidades... Transição....! Gratidão...!! Grita dentro de mim!!!
- Título da Fotografia: Escultura Azul e Lugar identitário
- Ano: 2021
- Local da fotografia: Prédio Curso de Arte, UEPG, Ponta Grossa- PR
Descrição poética: Curso de Artes Visuais. Per-cursos...educação! Seu perfil escultórico AZUL. Sobre terra, pedras e verdes
Monumental! Gente, intervenção, trans-formação. Sensível, crítica e objetiva. Escultura AZUL... visível... viva! Gigante seu perfil...AZUL. Gigante seu saber CRIAÇÃO. Curso de Artes Visuais. És escultura AZUL!!! Têm nome e identidade... Escultura AZUL...minha fruição te abraça! Resiste ao tempo... é resistência dessa gente... Professor...artista...discente. Lugar identitário com Arte. Re-existência...e docência. ESCULTURA AZUL!! Curso de Artes Visuais, virou poesia...virou Arte... virou ESCULTURA AZUL!!
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GALERIA DAS FOTOGRAFIAS
Aprecie as fotografias em formato original
> Site do evento: https://siseve.apps.uepg.br/pt_BR/isemintereduc
> Comissão Organizadora
> Curadoria: Profª Drª Adriana Rodrigues Suarez e Profª Drª Ana Luiza Ruschel Nunes
> Organização e montagem: Amanda Franczak da Silva, Letícia Lupepsa e Smailen Kauê de Oliveira (acadêmicos do Curso de Licenciatura em Artes Visuais/UEPG)
EXPOSIÇÃO AUTORRETRATO SUBJETIVO
O QUE É UM AUTORRETRATO?
O artista gaúcho Iberê Camargo relata que: "Como modelo me transmuto em forma. Sou, então, pintura. Ao me retratar, gravo minha imagem no vão desejo de permanecer, de fugir ao tempo que apaga os rastros. O autorretrato é uma introspecção, um olhar sobre si mesmo. É ainda interrogação, cuja resposta é também pergunta. Essa imagem que o pintor colhe na face do espelho, ou na superfície tranquila da água, – penso no Narciso de Caravaggio – revela como ele se vê e como olha o mundo. […] O autorretrato é ainda o encontro do pintor consigo mesmo. […] Não tenho presente quantos autorretratos pintei. Se retratar-se revela narcisismo, todos os pintores o são. Na sucessão de minha imagem no tempo, ela se deteriora como tudo que é vivo e flui. […]” (Referência: LAGNADO, Lisette. Conversações com Iberê Camargo. São Paulo: Iluminuras, 1994. p. 31-32.)
Diante desta citação, os acadêmicos foram provocados a pensar sobre como poderiam se representar no contexto subjetivo. Falar de sí, mostrando suas subjetividades através de seus sentimentos, usando cores, imagens, lápis de cor, tintas, recortes, isto é, a construção imagética a partir da representação ilógica de si.
Tarefa difícil? Sim, mas não foi impossível aos acadêmicos do 1º ano de Licenciatura em Artes Visuais/ UEPG.
Na sequência dos pensamentos, reflexões, referências bibliográficas, tivemos contato com a produção artística, vida e obra do artista italiano Guiseppe Arcimboldo. Artista que apresentou uma capacidade criadora impecável, rompendo com tudo o que para seu tempo era provocativo (conheça obras do artista: https://www.youtube.com/watch?v=kxf1bz-13fc ). Viveu na época conhecida como Renascimento, contemporâneo de Leonardo da Vinci e outros importantes artistas do período. Suas obras mais famosas são as várias Cabeças Compostas, onde retratava perfis humanos a partir da reunião de bichos, pessoas, plantas e diversos objetos. Suas pinturas eram vistas, na época, como uma brincadeira em reuniões de pessoas nobres para decifrarem uma espécie de jogo contemplativo.
Com isso, os acadêmicos foram convidados, a partir dessas referências bibliográficas e imagéticas, a produzirem seus autorretratos subjetivos. Para essa produção artística foram lançados alguns questionamentos para que os ajudassem no pensar criativo da construção do seu "EU", uma análise pessoal, resignificando sentidos por imagens/símbolos-poética.
Como: Quais são meus valores éticos? O que eu quero para minha vida? Qual é o meu sonho? O que eu não gosto? O que amo ...e quero para minha vida... Cores que me representam... Qual a importância do Curso de Artes Visuais para minha vida? Família? Sociedade? Medo? Amor?
Temos então, em Mostra, as produções artísticas desta proposta provocativa, reflexiva e instigante. Afinal, parar por alguns instantes para se autoanalisar, não é nada simples e confortável.
Voce já fez isso?
Cada acadêmico envolvido apresentou o processo de produção, o produto final e uma narrativa textual poética sobre suas percepções.
Acadêmicos expositores: AMANDA FRANCZAK DA SILVA, PAOLA URIEL DE MESQUITA CHEMIN, GABRIELA RASINSKI COUTINHO, LETICIA KOSSATZ CORREIA, MARILINE SCHAB, KEYLA RODRIGUES DOS SANTOS, NATANAEL RICARDO TOMASSEWSKI, GABRIELA COSTIUK DO CANTO SAKS, EMILY NAYANE BLUM, ANA JULIA PRANDEL DE OLIVEIRA, TAMIRIS PODOLAN TABELLA, SHELLY LEAH DOS SANTOS VIEIRA, CHAQUELLE ONEAL ALMEIDA, RAFAEL MAURICIO OESTERREICH DOS SANTOS, EVELYN BIANCA GONÇALVES, RAFAEL SEMKIW DOS SANTOS, MURILO MARTINS.
> VÍDEO COM O PROCESSO E A PRODUÇÃO ARTÍSTICA: https://www.youtube.com/watch?v=dYc_ATIxxOk
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ACADÊMICOS ARTISTAS
AMANDA FRANCZAK DA SILVA
Produção Artística - FINAL
Processo da produção
Narrativa textual poética
"No momento em que comecei a pensar “quem sou eu?” chorei. Revisitar-se e permitir-se reviver cada memória foi algo muito profundo. Eu vivo comigo há tantos anos e mesmo assim, não sei definir qual coisa que mais me machuca ou me alegra. Sou, como diria Raul Seixas, uma metamorfose ambulante. E que delícia ser assim. Poder mudar meus pensamentos e meus gostos, redefinir minha playlist não só de música, de amigos, de lembranças, transformar-me e evoluir. Ao refletir com meus botões, deparei-me em um abismo de questionamentos. De um lado seguia “o que eu sou?” e do outro “quem eu acho que sou?”, e no meio de tudo ficava a parte que me questionava “ se eu gosto do que sou?”. Às vezes eu acho que sou astronauta e que o meu lugar é no espaço viajando entre o vácuo e o infinito. Por vezes, vejo-me como os filmes de infância que eu assisto até hoje; sou detetive que caça monstros com o Scooby-Doo, mas também sou a Alice que todo dia pelo café da manhã, pensa em sete coisas impossíveis, ou ainda, sou a turma da Mônica inteira. Outrora, não passo de uma mera escritora que culpa a caneta por seus sentimentos. “Eu sou”, que termo forte para falar. Eu sou eu e ponto. Mas, será que eu sou eu? Tem dias que nem sei se sou. Olho-me no espelho e não me reconheço. Eu sou a parcela de culpa que carrego todos os dias. Sou as risadas mais sinceras dos meus amigos. Sou as músicas antigas que eu sei de cor. Sou o carinho e a força do meu namorado. Sou meus medos (principalmente os mais bobos como os dos fantoches e marionetes). Sou o meu desejo mais profundo de viver na praia e o meu amor por mar. Sou todos os pedidos que faço a meia noite. Sou a minha independência e lutas. Eu sou todas as lágrimas que eu já derrubei no silêncio da noite. Talvez, eu seja apenas um aglomerado de lembranças, gostos, fé ou de sentimentos. Sou resultado das minhas escolhas e de tudo que sinto. Eu não sei, na verdade quem eu sou. Eu sou um ser livre que não admite ser
objetivo. Sou do mundo. Sou minha. Só sei que quem quer que eu seja eu amo ser assim." (FRANCZAK , S. A, 2020)
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PAOLA URIEL DE MESQUITA CHEMIN
Produção Artística - FINAL
Processo da produção
Narrativa textual poética
"É difícil pensar em si mesmo quando se tenta fugir dos teus piores pensamentos, como cada detalhe significa algo único de seu mundo que ninguém poderia chegar perto da interpretação correta, e mesmo assim, cá está minha melhor tentativa de orgulhar a Uriel do futuro, ao começar com a Uriel do passado. As pétalas e os recortes voando pelo tempo, formando um corpo infantil para o de uma jovem que pode se lembrar de acontecimentos e de suas próprias memórias, as pétalas mudam de cor conforme o
tempo passa, conforme cada paixão vem e vai, conforme cada folha de caderno gira por ela, conforme tudo isso se vai, não obstante tudo isso a forma, não define-a, apenas soma. Uma cor para cada amante, uma pequena observação sobre mim que havia passado despercebido há muito tempo, a primeira, vermelha, apenas uma paixão demasiado curiosa, a segunda, rosa, inocente e ingênua, a terceira, azul, pouquíssimas pétalas distantes uma da outra, e a última, branca, novamente a inocência, com todos os aspectos positivos e negativos, e entre ela, um fio dourado que escapa pelos dedos. A corrente de sangue saindo de meu braço conta atentamente sobre o peso que cada ser humano está fadado a segurar, mesmo que para alguns seja menos pesado, uma benção, ou algo insuportavelmente doloroso, porém se a tela fosse maior, poderia mostrar como o braço direito permanece intacto. A barriga dourada reflete meus tempos no coral, e como um nunca mais cantei as músicas de meu musical favorito da mesma maneira, como meu maestro dizia para não cantar com a garganta, mas com o estômago, e raise a glass to freedom. O grande X em meu peito, insegurança, ao lado de meu pingente vermelho que fielmente protege meu coração. O pescoço galáctico representa toda a magia que minha Mãinha vem me ensinando, como cada conhecimento que possuo hoje sobre esse tema está diretamente conectado a ela, incluindo a astrologia que amo e ainda tenho dificuldade de compreender totalmente. Por fim, meu rosto que não se decide em ser uma fantasia ou a realidade, que intermedeia entre estar no mundo das nuvens ou na vida real, o desejo de viver como as ficções relatam suas história e ter apenas um gosto de seus infames clichês, e de ser como as personagens, tal qual o cabelo preto de lã e os olhos grandes mostram a que ponto eu teria que mudar meu ‘eu’ inteiramente para chegar nisso, enquanto meu olho esquerdo é puramente o amor, que vê milhões de defeitos em mim e nunca em outras pessoas, e mesmo assim, as patas de cada um de meus gatos, junto com os pelos que vivem cobrindo minhas roupas, me asseguram que sou amada. Ao final, é difícil dizer se essa bagunça de emoções e detalhes é meu auto retrato, todavia posso afirmar que qualquer um que veja esta obra estará me vendo, vulnerável e aberta, ao mesmo tempo que abstruso, ainda assim, lhe dou as boas-vindas para conhecer uma fração de mim." (URIEL, M, C. P., 2020)
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GABRIELA RASINSKI COUTINHO
Produção Artística- FINAL
Processo da Produção
Narrativa textual poética
"Olhos com a esclera negra e a íris de um vermelho quase sangue. Pele rosa, quase roxa, e cabelos azuis como uma pedra turquesa, acompanhados de chifres de galhos de arvore. O que significa? É incomum, as cores escolhidas fazem contraste uma com as outras, e o desenho em si pinta um retrato meio macabro, com os olhos e boca escorrendo. Bem, esse era o objetivo. No começo não sabia muito bem o que fazer. Quem sou eu? Do que eu gosto? Não deveriam ser questões difíceis mas no final acabaram sendo. Após um bom tempo pensando e chegando a lugar nenhum com a pintura, decidi simplesmente seguir o meu instinto. E alias, acabou dando certo. A pele rosa e o cabelo azul, duas cores que além de serem minhas favoritas (depois do preto, mas esse já era o fundo), são opostas uma da outra. Um pouco como minha personalidade e interesses, coisas fofas e coisas macabras, fofa e assustadora, azul e rosa, preto e branco, coisas opostas parecem combinar comigo, e o contraste sempre tende a atrair mais os olhos. Falando em olhos, e essas escleras negras? Não acho que seria uma pintura mais pessoal, principalmente um retrato meu, se não tivesse pelo menos um detalhe macabro. Gosto de coisas assustadoras, gosto de pintar e criar coisas assustadoras, esconde-las em um lugar e obrigar o observador a achar, para então levar um susto. Está um pouco difícil de ver, mas a parte de cima da boca, e as íris dos olhos são morangos, de um tom muito vibrante de vermelho. Morango é uma das frutas que mais gosto, e deixa a impressão de que os lábios e os olhos são doces. Os chifres de galho de arvore são simples; cresci em um lugar rodeado de arvores e de natureza, não me imagino em um lugar onde não tivesse galhos e folhas para todo o lugar que olhasse. E aliás, os galhos parecem muito com os chifres do veado, meu animal favorito. O fundo; à noite. O horário do dia que mais gosto, mas que também mais temo. Eu tenho uma relação complicada com a noite. Às vezes ela é aterrorizante e escura, e às vezes ela é linda e cheia de vida. Independente da minha incerteza, se me perguntarem minha hora preferida do dia, sempre vou escolher a noite. O retrato não pega todas as partes da minha personalidade, mas pega as partes mais importantes, com certeza." (COUTINHO, R, G., 2020)
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LETICIA KOSSATZ CORREIA
Produção Artística- FINAL
Processo da produção
Narrativa textual poética
"Quando falamos de nós, buscamos sempre afirmações, sejam nossas ou feitas por outros, sobre nós. Pra mim foi sempre uma segurança, quando alguém afirmava algo sobre mim, sobre minha personalidade, ou uma impressão, era como se meu lugar no mundo estivesse sendo afirmado, como se eu estivesse ali mesmo, sendo vista. Falo sobre as afirmações porque durante tempos foi algo que eu buscava sempre alimentar, em todas as minhas ações, pouquinho que fosse era sempre pensando no que as pessoas iam pensar sobre mim a partir daquilo. Talvez isso seja natural pra todos nós, mas eu me sentia frustrada em estar sempre precisando de alguém me provando que minha existência realmente era algo. Eu fui crescendo e essa necessidade de me sentir existente em algum espaço foi sendo substituída por uma necessidade de dar sentido a tudo que eu faço, como se cada ação precisasse de um motivo pra existir. Encontrei na natureza uma forma equilibrada de justificar essas ações, porque
na natureza tudo está justificado, nada está sem objetivo ou sem razão. Aquela famosa dança da vida onde tudo se encaixa. Quando eu percebi que não conseguiria fugir do mundo da arte (tudo que eu fazia me levava a ele) eu senti a necessidade de justificar o que estava sendo feito, e por um tempo até pensei ser vazio todo resultado que eu obtive. E mais uma vez, encontrei na natureza uma forma equilibrada de dar sentido à essas ações. Eu penso que o ser humano produziu muito e se retratou muito, temos histórias contadas de inúmeras épocas lugares culturas, e assim como a arte mudou e se desenvolveu, também se desenvolveram indústrias, cidades, países, e sabemos como e onde fica a natureza no meio disso. Acredito que todos nós deveríamos sentir a necessidade de justificar o que está sendo feito, e encontrar na natureza uma forma equilibrada de dar sentido à todas essas ações." (CORREIA, K.,L.,2020)
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MARILINE SCHAB
Produção Artística- FINAL
Processo da produção
Narrativa textual poética
"Dentro de mim carrego o muito que vivi e o pouco que conheço. Sou forte. Meio doce e meio ácida. Em alguns dias acho que sou fraca. Quase sempre tenho a sensação que não caibo mais aqui dentro, por isso encontro formas de levar pra fora todos esses meus “eus”. Nesses momentos que a arte e a música me abraçam e me amparam. Sou gente. Sou humana. Sou assim. Posso ser uma explosão de cores e, após um suspiro, transformar meu mundo em cinzas, calmo e até um pouco melancólico. Porque a vida
é assim mesmo, ambíguo e inconstante. Mesmo assim, quero que meus erros não me impeçam de continuar olhando para a frente. E quero continuar errando, pois jamais serei perfeita (ainda bem!). Tampouco quero ser comum e normal. Quero ser simplesmente eu. Aprecio as coisas simples e quero continuar descomplicando o que parece complicado. Se der pra resolver, vamos lá! Se não dá, deixa pra lá. A vida não é complicada e nem difícil, tudo depende de como a gente encara e se impõe. A
felicidade não está no fim da estrada e sim em cada curva do caminho que percorremos. Cada pequeno prazer que a vida nos proporciona se torna gigante quando sabemos valorizar." (SCHAB, M.)
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KEYLA RODRIGUES DOS SANTOS
Produção Artística - FINAL
Processo da produção
Narrativa textual poética
"Nascemos nú, e com o tempo transparece que gostamos e nos importamos. Somos como um jogo infantil de peças, cada pecinha é um conhecimento, um gosto, um erro, um acerto, um “se importar com o outro”, etc., tudo nos compõe... Em meu trabalho escolhi por retratar o melhor de mim, o meu amor pela natureza. O sentimento escolhido para ser retratada é o tédio; Tédio é algo ruim, nos deixa desanimado, nos deixa sem graça, mas é tendo esse sentimento que procuramos fazer algo, procuramos sair desse tédio e com isso colocamos nossa criatividade para funcionar. Ao realizar esse trabalho tive de conviver e refletir sobre a pessoa que mais me destrói, eu mesma. Foi difícil chegar até o fim, e assim como não me agrado comigo mesma posso dizer que esse trabalho não ficou de todo o meu prazer, mas foi o máximo de mais belo que consegui extrair e ter coragem para mostrar." (SANTOS, R., K., 2020)
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NATANAEL RICARDO TOMASSEWSKI
Produção Artística - FINAL
Processo da produção
Narrativa textual poética
"Lente de uma câmera no lugar da córnea, ¼ do rosto aberto e o crânioexposto, faixa e placas e obras no crânio, pescoço de rolo de filme, chama no lugar do cabelo e uma fita crepe tampando a boca. Mas o que tudo isso significa? A córnea como uma lente de contato mostra a minha paixão pela fotografia, onde para todo lugar que olho, consigo imaginar uma foto incrível sendo tirada. Trabalhar com fotografia é uma das melhores experiencias que tenho, pois, posso trazer a autoestima de alguém de volta. O crânio exposto simboliza o meu eu interior e as faixas e placa de obras significam que estou em constante construção, seja social ou da minha personalidade, nossa evolução e aprendizado nunca terá um fim. O rolo de câmera mostra o meu interesse pelos filmes e séries que assisto, e também pelo cinema em si, pois era um lugar onde eu ia quase todo final de semana, mas agora com a pandemia o que me resta é saudade e ver os filmes em casa. Chamas no lugar do cabelo, além de fazer alusão a cor dele, que passou de um laranja e agora está vermelho, também representa a fênix, pois ele “ressurgiu das cinzas” após quase 18 anos da minha vida deixando ele liso, aceitei os cachos naturais dele. Eu sempre tinha vergonha do meu cabelo e passava horas tentando deixar o mais “normal” para mim, mas durante a quarentena descobri o quão melhor eu fico de cabelo cacheado e não preciso passar horas no banheiro alisando ele e nem se preocupar se ele vai continuar do jeito que estava quando eu sair na rua. E por fim a fita crepe na minha boca mostrando os momentos quem que fiquei calado, não por obrigação mas sim por não ter coragem de discutir, dar opiniões e mostrar meus pontos de vista, mas com o inicio da faculdadeaprendi a importância de impor e discutir os assuntos mesmo que sejam polêmicos." (TOMASSEWSKI, R., N., 2020)
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GABRIELA COSTIUK DO CANTO SAKS
Produção Artística- Final
Processo da produção
Narrativa textual poética
"Eu me sinto muito mais pronta para fazer esse trabalho do que eu me sentia no começo do ano quando ele foi proposto. O trabalho de Gaston Bachelard ajudou muito nesse sentido. Ainda me sinto confusa e perdida sobre quem sou, mas eu confio no tempo. Não sei dizer se as coisas que eu inclui no auto retrato são as coisas que mais me representam, mas são coisas que fazem parte da minha vida de uma maneira forte, e talvez coisas que estão aparecendo frequentemente nos meus questionamentos sobre mim mesma. O Escotismo está muito presente na obra, com o lenço do meu grupo no pescoço, o lugar que liga coração e mente, a fogueira, que tem um significado muito grande para mim pois significa conexão, o meu colar de nó da amizade, que nunca me verão sem ele, e os artigos da Lei Escoteira, representados por sinais manuais, com destaque ao oitavo artigo, que escolhi como o meu artigo. O coelho é o meu bichinho de estimação, Choji, um grande amor, a Terra me lembra do meu amor pela humanidade, os animais, as plantas, e todo o planeta em que vivo, e o meu desejo de deixar ela melhor do que quando a encontrei. Ainda há coisas que não consegui representar visualmente, como meu amor por Deus e a vontade de te-lo sempre na minha vida. Por fim vou listar os artigos da Lei Escoteira que eu prometi seguir e que guia a minha vida. Lei Escoteira: 1° O escoteiro é honrado e digno de confiança; 2° O escoteiro é leal; 3° O escoteiro está sempre alerta e pratica diariamente uma boa ação; 4° O escoteiro é amigo de todos e irmão dos demais escoteiros; 5° O escoteiro é cortês; 6° O escoteiro é amigo dos animais e das plantas; 7° O escoteiro é obediente e disciplinado; 8° O escoteiro é alegre e sorri nas dificuldades; 9° O escoteiro é
econômico e respeita o bem alheio; 10° O escoteiro é limpo de corpo e alma." (SAKS, G.C.C, 2020)
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EMILY NAYANE BLUM
Produção Artística - Final
Processo da produção
Narrativa textual poética
"Cara Emily,
Eu sei como tem sido difícil olhar pra dentro de você enquanto o mundo pega fogo e ninguém parece se importar. Eu sei como tem sido difícil parar por alguns minutos e se olhar no espelho, contando as cores individuais que se misturam no seu cabelo. Eu sei que tem sido difícil encontrar aquele brilho dourado que você enxergava em si mesma. Eu sei que tem sido difícil olhar nos olhos das pessoas depois de ver os maus tratos aos animais escancarados na cidade. Sabe o que eu também sei? Eu sei que tem tentado mais que tudo manter-se em pé, lutando. Sei que tem fugido da realidade através dos seus livros favoritos e se escondido em universos irreais que lhe confortam. Sei que tem focado no corpo físico e se distanciado do mental pra não pensar nos problemas que se escondem ai dentro. Acontece, que o que eu mais sei com certeza é que você desabrocha todos os dias um pouquinho, que ai dentro vive uma mulher forte e cíclica, que renasce todos os meses sem falta – e que preocupação você tem quando esse renascimento atrasa um ou dois dias. Seus ciclos são seus, querida, só seus, suas dores são suas, mas sua força também é sua – e que força – não deixe nada disso se perder; olhe-se no espelho, conte suas cores, abra seus olhos
para o que vem de dentro de você. Saiba que eu te amo. Carinhosamente, Emily." (BLUM, N., E., 2020)
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ANA JULIA PRANDEL DE OLIVEIRA
Produção Artística- Final
Processo da produção
Narrativa textual poética
Eu - Nunca vi isso parar de girar. Ela apenas continua seu destino final. Como o tempo que é preciso para o ponteiro chegar no
doze. É tão normal que nem se percebe a última volta. Imagine se contassem qual o último momento. Se eu soubesse, eu iria falar ou apenas iria chorar? Será que eu iria ver a mancha em rosa no meu último pôr do sol. Eu não sei se eu iria viver se eu soubesse que seria minha única chance. Será por isso a vida ser assim? Não sei o que é escrever. Outro devaneio que invento para mim. Talvez, só talvez, mais um dos meus não - eu. (OLIVEIRA, P., A.,J., 2020)
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TAMIRIS PODOLAN TABELLA
Produção Artística- Final
Processo da Produção
Narrativa textual poética
"Inconstante, mutável, líquido, assim como muitas coisas da vida... É por meio destas palavras que eu explicaria o que esse autorretrato subjetivo significaria. O resultado tido foi buscando reproduzir tudo que se passa pela minha mente quando faço a mim mesma questões do tipo “quem eu sou?” ou “o que me representa?”, questões essas que são quase constantes para mim, mas que continuam sendo extremamente difíceis de se responder, de encontrar uma resposta única ou que perdure por grande tempo. Após tanto tempo pensando, a única resposta que posso afirmar é a de que, para mim, não somente eu mas todos nós somos de certa forma como líquido, estamos em constante mudança, a cada momento, a cada nova interação que temos, seja ela qual for, estamos sempre nos transformando e descobrindo coisas novas, e é isso que faz com que as coisas se tornem interessantes, acabando com a monotonia que seria a vida sem essa inconstância." (TABELLA, T, P., 2020)
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SHELLY LEAH DOS SANTOS VIEIRA (Leah)
Produção Artística- Final
Processo da produção
Narrativa textual poética
"-Eu, eu e quem? Uma das coisas mais difíceis, se não A mais difícil, na minha vida sou eu mesma. É quase impossível me entender, lidar comigo, saber o que acontece dentro da minha cabeça. Minha mente sempre está a todo vapor produzindo milhões de pensamentos e nem eu mesma consigo acompanhar. É muito difícil fazer um autorretrato quando todo dia eu sou uma pessoa diferente e todo dia eu esqueço quem eu sou. É algo muito complexo pra mim, ter uma identidade, eu acho
que nunca vou conseguir dizer quem eu sou. Sempre penso nos meus gostos, mas as vezes eu vejo que não gosto mais das mesmas coisas, ou até mesmo esqueço do que eu gosto. O que eu consigo pensar agora é que eu gosto de toda arte. Música, pinturas, séries, desenhos, animes, jogos, tudo mesmo, é a arte que me compõe, ela é a minha identidade. É nela que eu consigo encontrar meu lugar no mundo, e é por ela que eu sobrevivo." (VIEIRA, S. L. S., 2020)
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CHAQUELLE ONEAL ALMEIDA
Produção Artística- Final
Processo da produção
Narrativa textual poética
"É presença e percepção
Seu cabelo chama atenção
Pra quem julga aparência
Prova viva de que não vê coração
É junção de várias cores, se portando como tal
É zumbi e brasileiro, ancestrais antes de Cabral
É desde pequeno um guerreiro
Mas um dia escolheu mal
Optando por prazeres alimentou seu lado mal
Sua escolha foram refeitas, para dar o exemplo atual
Retirando-se da margem,
Redenção de um marginal.
Através de sua produção conseguiu se encontrar.
Sua maior obra de vida foi poder se desenhar
Com lápis e caneta cores vivas à demonstrar
Com sorriso e alegria hoje é capaz de se gostar." (ALMEIDA, C. O., 2020)
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RAFAEL MAURICIO OESTERREICH DOS SANTOS
Produção Artística- Final
Processo da produção
Narrativa textual poética
"Um autorretrato é nada menos que um espelho da nossa alma, do estado que estamos por dentro, da maneira em que se sentimos, de quem a gente é naquele momento, de quem nós achamos ser, mas realmente somos aquela pessoa refletida? Ver sua imagem refletida num espelho pode ser dificil, não se encontrar, não se reconhecer naquela imagem, é algo doloroso, rezar para que aquele não seja você, mas no fundo você sabe que é, com um autorretrato eu consigo descrever quem eu realmente sou, quem é o verdadeiro Rafael, penso eu, que não sou o que muitas vezes as pessoas enchergam, não apenas visualmente mas também por dentro. Antes eu odiava me olhar no espelho e pensar que ao meu ver era tudo desproporcional desejando que só eu e o espelho vissemos aquela imagem, mas com o tempo consegui compreender que como toda boa obra de arte aquilo deveria ser valorizado e apreciado da maneira que é, agora consigo me olhar e ver alguém agradavel... finalmente estou em casa? Agora estou pronto para mostrar quem eu sou, porque finalmente agora eu não odeio o espelho. O mesmo com a minha arte, mas isso consegui aperfeiçooar e caminhar junto com a minha autoestima, coloquei tinta no meu coração partido. A coisa mais poderosa que você pode fazer é tornar-se a imagem de sua própria imaginação e eu consegui com esse autorretrato, agora estou pronto para brilhar minha luz, agora é diferente porque eu amo o espelho, espero que gostem de me conhecer." (SANTOS, R.M.O., 2020)
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EVELYN BIANCA GONÇALVES
Produção Artística- Final
Processo da produção
Narrativa textual poética
"Evelyn Bianca Gonçalves, essa sou eu, e eu gosto de ser quem eu sou, já passei muito tempo me perguntando do que eu gostava, quais eram meus pontos positivos e negativos e por que eu nunca conseguia chegar em uma resposta para essas perguntas, hoje sendo um pouco mais madura acredito que não chegava em lugar nenhum porque eu não aceitava as respostas que eu recebia, eu achava muito bobo ter rosa como cor preferida e eu não queria que achassem que eu era boba, sempre fui um pouco insegura com as coisas que eu gosto, mas agora não tenho tanto problema em admitir elas, gosto de rosa e coisas com uma estética fofa, coisas assim fazem com que eu me sinta bem, então vou usar elas sem medo nenhum, e eu agradeço todas as minhas amigas e pessoas da minha família (meus anjinhos) que passaram por todo meu processo de aceitação, que sempre me empurraram pra frente e em momento nenhum me julgaram, elas me fizeram acreditar que eu conseguiria entrar em uma faculdade um dia e esse dia chegou e mais anjos apareceram para mim e eu sou muito feliz por ter todas essas pessoas comigo. O meu cabelo, sobrancelha e alguns detalhes do meu rosto brilham porque são as coisas que mais gosto em minha aparência, as pintinhas do meu rosto que só eu tenho, cada detalhe meu é único e eu me sinto bem sendo assim. Ainda no rosto, pintei ele com pó de maquiagem, gosto de me arrumar e tirar fotos. Também tem morangos porque essa é a minha fruta preferida e porque eu queria de alguma maneira falar sobre a minha alimentação, que não é muito boa mas que tento melhorar ela um pouco todo dia. Junto com os anjos tem algumas notas musicais porque amo música, acho que a maior parte do meu dia eu passo ouvindo música, gosto de ouvir várias coisas, de dançar na frente do espelho ouvindo, me sinto livre fazendo isso. O fundo não tem muita coisa mesmo assim tem muito nele, acho que o preto vazio representa todas as coisas que ainda vou gostar, músicas que vou ouvir, pessoas que vão chegar, detalhes em mim que vou perceber, aceitar e me amar ainda mais." (GONÇALVES, E.B., 2020)
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RAFAEL SEMKIW DOS SANTOS
Produção Artística- Final
Processo da produção
Narrativa textual poética
Sou riso, um nó, uma cor
Na minha caminhada vejo amigos e o refletir
Refletir nos outros a alegria de ser quem sou
Sou fio, sou bordado, sou cor
Sou arco-íris
No meu estudo singular, vejo o design
Vejo o móvel, a cadeira, o pesar
O pesar de perder aqueles que um dia amei
Sou pássaro que voa, que viaja, que administra
Na árvore me abraço, em suas raízes me deleito
Sou quem vai além, México
Marcado na pele
My Universe will never be the same
No meu animal de estimação
Encontro amor, cuidado e fraternidade
Me percebi defensor
Sou riso, sou estudo, quero ser professor
Serei cor e arte, tom e textura, história
Quero criar, amar mais e celebrar
Amigos aqui e amigos lá
Eu quero dançar e confortar
Quero acalmar a alma, inspirar e expirar
Namastê
Quero o conforto do coração e
O conforto do lar
Na minha cama, relaxo, durmo e vou além
Posso ser muito mais
Sou Rafa, sou filho, amigo, irmão
Vou além
Com cílios, sombra e batom sou Bete
Risos
Bete ComTeagá Munique
Por onde for quero levar paz, amor e alegria
Sou Rafa, sou riso, sou amor
Por onde for...
Serei
Eu sou." (SANTOS, R. S., 2020)
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MURILO MARTINS
Produção Artística- Final
Processo da produção
Narrativa textual poética
"Estou perdido?
Quando vou me encontrar?
No que quero me encontrar?
Angustia
Medo
Dor
Fim
NÃO
Recomeço
Nostalgia, aprendizado, felicidade
Novos horizontes, a arte e o amor por ela
Eu vou me encontrar?
Desafios, dores, satisfação
SALVAÇÃO
Sim, eu me encontrei." (MARTINS, M., 2020)
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Curadoria: Adriana Rodrigues Suarez
Organização: Adriana Rodrigues Suarez, Letícia Lupepsa.
OBRIGADA PELA VISITA!
Enquanto visita a exposição: ENREFAEB SUL – 2020: FORMAÇÃO E ENSINO DAS ARTES EM TEMPO DE PANDEMIA escute a música Only Time de Enya: https://www.youtube.com/watch?v=7wfYIMyS_dI
Link da página do evento: https://wp.ufpel.edu.br/petartesvisuais/2020/11/27/v-enrefaeb-sul/
FORMAÇÃO E ENSINO DAS ARTES
EM TEMPO DE PANDEMIA
Tema: Enfrentamento ao novo cotidiano, potencializando a discussão sobre o tempo que vivemos.
A II Exposição Virtual do ENREFAEB SUL, junto ao evento V ENREFAEB SUL tem como objetivo ativar o debate junto às associações da Região Sul, alcançando professoras(es), artistas, estudantes de Arte, pesquisadoras(es) e demais interessadas(os) nas áreas de Artes Visuais, Cinema, Dança, Música e Teatro, além de suas intersecções, para retomar espaços de luta, reflexão, organização e mobilização contra a precarização da educação, exacerbada pela pandemia.
A Exposição: A FORMAÇÃO E ENSINO DAS ARTES EM TEMPO DE PANDEMIA, a partir das produções artísticas, apresenta desafios que buscam ressignificar nossas ações pedagógicas, transformadas poeticamente, assumindo um lugar crítico no pensar pedagógico, para além da sala de aula. Na contemporaneidade, pensar arte na escola é uma luta cotidiana, primordialmente política e poética pela sua amplitude e contribuição no sentido da fruição, do mais potente da produção humana.
Texto Curatorial:
Ao iniciar esse texto curatorial, se faz necessário destacar um ponto importante sobre o olhar, escrito por John Berger (1999) : “Ver precede as palavras [...] A maneira como vemos as coisas é afetada pelo que sabemos ou pelo que acreditamos. Para o apaixonado, a visão da pessoa amada possui uma completude com a qual nenhuma palavra ou abraço pode competir [...] Só vemos aquilo que olhamos. Olhar é um ato de escolha...” As palavras do escritor nos faz pensar que, se aquilo que olhamos, estamos contemplando? Nos permitimos ir além da imagem vista? Esta imagem fala realmente mais que mil palavras? Questões que podemos ficar horas e horas analisando para então perceber que precisamos, cada vez mais, estimular nosso olhar. Com isso, a II Exposição EnreFAEB SUL 2020 apresenta em sua narrativa o testemunho do nosso tempo, apresenta outros olhares revisitando este tempo de Pandemia. Um tempo encharcado de contradições, desafios, resistências, fissuras. Ao contemplar os trabalhos, muitas sensações foram sentidas. As produções artísticas não estavam envoltos em camadas de plásticos bolhas disfarçados de membranas, o espaço expositivo perdeu a tridimensionalidade, mas, de maneira virtual abriga narrativas visuais tão importantes para nossas reflexões, ocupa um lugar que não se chega, um lugar sem espaço físico, sem coordenadas geográficas que conduza o nosso corpo a um determinado lugar, estamos num espaço virtual. A exposição contempla uma diversidade de propostas, poéticas, técnicas, lugares e seres. Uma mesma diversidade que trouxe para a produção artística, num período inédito de isolamento, as possibilidades de dizer o que não havia sido dito, imagens sobre a intolerância, sobre a fragilidade humana, sobre a percepção, a inocência, o rito, o contraste, o território, o corpo, o espaço. Enfim, elementos que tomam formas e cores, em diferentes suportes para ressignificar, não só produção artística, mas também o artista e o fruidor, ambos imersos nas contradições e inquietações que o momento nos apresenta. Assim esta exposição se constitui no lugar onde, como diria René Magritte, “nem tudo é o que parece ser”. Sinta-se apaixonado, como nos diz Berger (1999), na completude da sua visão, se apaixone!
Bem vindos a esse lugar...
(Adriana R. Suarez, Luiza Renata Yamazaki e Nelson Silva Junior)
Entre Narrativas e Poéticas
- DA PERCEPÇÃO- PERFORMANCE Nº1
Pâmela Fogaça Lopes e Tais Galindo
Poética: Três fotografias, registros de “Da Percepção – performance nº1”, por Ana Gonzalez. A Performance aconteceu na abertura da exposição “Pandora”, do VI Simpósio de Gênero, Arte e Memória, promovida pelo Programa de Pós-graduação (Mestrado) em Artes Visuais, da Universidade Federal de Pelotas (PPGAVI/UFPEL), em frente ao Centro de Artes, na rua Almirante Tamandaré, em Pelotas, Rio Grande do Sul. Essa performance aborda as potências e (re)existências, gestadas no encontro sensível entre mulheres. Em um ato, onde se abraçam por longo tempo, as atuantes observam e experienciam seus corpos, em relação ao hostil espaço público. Sua ação é provocada por processos de enfrentamento do sistema cultural patriarcal e capitalista, enfrentamento este, levantados por muitas mulheres, através do afeto e da ação política. Data: 20/11/2019 - Duração: 1h20min.
Galeria:
Por
Pâmela Fogaça Lopes: Arte Educadora, Atriz e Performer. Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais, da Universidade Federal de Pelotas (PPGAVI/UFPel, 2019). Desenvolvendo a Pesquisa “Poner el Cuerpo – Mulheres e Dissidências Latino Americanas em Atos Performáticos” (Bolsista CAPES/2020), com investigação acerca de ações performativas realizadas por mulheres. Licenciada em Teatro pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (2017). Participante dos Grupos de Pesquisa "Caixa de Pandora: estudos em Gênero, Arte e Memória" (UFPel/CNPq), desde 2018 e "Visualidades Tecidas Pelos Corpos Poéticos na Contemporaneidade" (UFPel/CNPq), desde 2019. Co-fundadora e atuadora do Grupo Treta Teatro desde 2014.
Tais Galindo: Professora de Teatro, graduada pela UFPel (2016). Em formação no curso de Especialização em Arte pela linha de “Poéticas visuais” e mestranda em artes visuais, pela linha de “Educação em artes e processos de formação estética”, (PPGAVI/UFPEL). Como atriz, já atuou junto da “Cia. de Teatro Aurora” e “Você Sabe Quem cia de teatro” (2015). Atuou e dirigiu “O incrível mistério de Honorato o Rato” (2015 e 2017). Atuou nos curtas “Ester” (2013) com direção de Mateus Gomes e no curta “Nua por dentro do couro” (2013) de Lucas Sá. Atualmente, vem desenvolvendo performances, como “Da percepção nº1”, exposta no evento SIGAM (UFPel), em 2019, e atuou como atriz no projeto “Elas por elas” (2020) do Coletivo Meiaoito de teatro.
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INOCÊNCIA
Danielle Ramos
Poética: A força representativa da obra nos remete aos imaginários recorrentes a nosso passado africano. Carregado de lirismo singular a aquarela surge com fluidez que a cerca que ao mesmo tempo lembram uma certa organicidade. É referente ao passado africano que as imagens de Dani Ramos estão impregnadas.As energias insolúveis que emanam a cultura africana. É da ludicidade , axé e todas energias ancestrais que a artista quer nos revelar e ligar. O imaginário artístico encontra-se impregnado de africanidade e de amor às cores e forças animicas do continente negro. Dimensão- 21cm X 29,7 cm. Material: Aquarela sobre celulose rugoso de 300gm. Ano: 2020.
Galeria:
01 Inocência
Por
Danielle Ramos: Licenciatura em Educação Artística – Habilitação em Artes Plástica -Escola de Belas Artes –Universidade Federal do Rio de Janeiro. Pós-Graduação em Ensino da Arte –Veiga de Almeida-em andamento. 2018- Cargo efetivo /professora de artes visuais prefeitura de Mesquita –em exercício. Participação em exposições: 2018 – “ Semana da Visibilidade Negra “-Centro de Artes Luiz Januário/Tijuca. 2018 –Memórias Imagéticas - Ateliê dos Artífices /Santa Teresa. 2017 –Primavera dos Museus –Instituto Histórico Municipal de Duque de Caxias. 2010 – “ O imaginário Infantil “- Centro de Artes /Nova Friburgo. 2007 – “Expressões Híbridas “- Curadoria / Sesc Rio de Janeiro. 2007-“ O Imaginário Infantil “- Espaço Cultural CEDIM-Rio de Janeiro 2006 – “Para despertar o olhar “- Coletiva graduando da Escola de Belas Artes /SESC, Rio de Janeiro. Cursos: 2017 – Oficina de Estética Negra – Mesquita Em Ação –SME. Mesquita/monitoria. 2011- Oficina de Desenho – CEFET –Semana de Extensão 2011 do Departamento de Assuntos Comunitários –DEAC/monitoria-Nova Friburgo. 2013 – Curso Básico de animação para professores /Projeto Anima. Escola –Rio de Janeiro, entre outros.
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RITO DE PASSÁ
Bárbara Cezano
Poética: Inspirada em frases de dois curtas de cineastas negras brasileiras: Do que Aprendi com Minhas Mais Velhas, de Susan Kalik e Julia Onisajé que marcou com a frase: O axé é esse dar força, é ter força para dar força e o curta-ficcional de Mariana Luiza, Casca de Baobá, com a frase: Nossa memória é igual ruína da casa grande, se a gente não cuida, o tempo despedaça. Bebendo destas fontes, me inspiro no lavar-se em ervas sagradas como busca de se limpar do que não nos serve mas nos é imposto por uma lógica de vida neocapitalista. Mergulhe você também em seu próprio Rito de Passá. Modelo: Taís Soares. Consultoria: Eliane Rubim. Material: Fotografia. Dimensão: 1920px. Ano: 2020.
Galeria:
Por
Bárbara Cezano: tem 28 anos é artista, arte-educadora, produtora cultural, cineasta e pesquisadora. Integra o Negada Produções como diretora de fotografia e produtora. Lançou, em 2020 como diretora o curta-metragem PRELÚDIO, no concurso Impulso Cultural – WAWA ABA, da Mostra Itinerante de Cinemas Negros Mahomed Bamba e o curta-metragem ÂNSIA no Festival Estudantil de Artes Cênicas da Bahia. Atuou como produtora e montadora no Programa Conexões, 2020, transmitido pelo canal comunitário TV Kirimurê, em Salvador - BA e produtora e diretora de fotografia da websérie Lute como umx artista, na plataforma Youtube, em 2019-2020. Ingressou no mestrado em Artes Visuais UFPEL, em 2018, tornando se bolsista Capes Cotista entre os anos 2019 e 2020. Produziu o vídeo-performance Corpos Vibráteis, apresentado na Exposição ANTE/VER/TER no Museu Leopoldo Gotuzzo, em Pelotas - RS, em 2019, colaborou 2018, como assistente de direção do clipe “Por que Não?”, do rapper Mano Rick, em Pelotas-RS. Instituição: Mestrado em Artes Visuais da Universidade Federal de Pelotas.
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CONTRASTE
Priscila Anversa
Poética: O olho insiste em que há algo ali. Os dias passam e as frestas de luz vem e vão. Tempo presente: a realidade é reflexo. O íntimo interior da geometria e das formas. A casa é ao mesmo tempo aconchego e prisão. Há vestígios de coisas, projeções para lembrar do que um dia foi. Aquela casa, aquela luz, aquela fresta. Tudo foi. Tudo é. E será. Fotografia 01: Lírio da paz/Tamanho: 1.85 MB. Fotografia 02: Desenhos de luz/Tamanho: 1.06 MB. Fotografia 03: Desenhos de sombra/Tamanho: 2.32 MB.
Galeria:
Por
Priscila Anversa: Licenciatura em Artes Plásticas pela Universidade do Estado de Santa Catarina/UDESC (2009), mestrado em Artes Visuais pelo PPGAV - UDESC (2011) e é doutoranda em Artes Visuais no mesmo programa. Atua como professora colaboradora do Departamento de Artes Visuais/UDESC e no Ensino Médio em Florianópolis. Tem experiência na educação básica como professora de Artes desde 2005. Participa do grupo de pesquisa Arte e Formação nos Processos Políticos e Contemporâneos (UDESC) e é membro da equipe editorial da Revista Educação, Artes e Inclusão. Desenvolve estudos sobre fotografia no projeto extensionista Clube de Fotografia, além de ser vice coordenadora do LIFE - Laboratório Interdisciplinar de Formação de Educadores -, atuando principalmente na Coordenação Pedagógica do Projeto Família no Museu.
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POR QUE FRÁGIL? (Portfólio)
Angela Waltrick
Poética: A partir do momento em que as pessoas encontram na rua alguém plastificado, com um rótulo: “FRÁGIL”, passam a se perguntar: Por que FRÁGIL? O oculto está na mente das pessoas que passam, olham, e nada dizem ou mesmo daquelas que ousam dizer alguma coisa sem pensar. Hoje, mais do que nunca, a humanidade está frágil, sem saber o que será o dia de amanhã. A pesquisa em Arte do Corpo surgiu em 2000. Sendo que em 2002, tendo como base a escultura teatral foi lançada a primeira performance: Guerreira do Sol (SESC). Deste período em diante o trabalho foi evoluindo e desencadeando várias discussões sobre o corpo como suporte e as possibilidades de interação deste corpo em lugares e situações diferentes. As abordagens são temáticas sociais acompanhadas de Arte Conceitual. Enquanto figurino são utilizadas peças cor da pele e insulfilm. Ficando apenas sem plastificar pés e mãos. O personagem é mudo, porque durante o percurso observa e memoriza as impressões de toda a trajetória. O Diário do performer é escrito posteriormente incluindo as várias narrativas. FRÁGIL, trata-se de uma cartografia percorrida no espaço urbano de Lages em 2012. A performance foi selecionada para a 6ª BIENAL DO ESQUISITO, em Atibaia – SP, com curadoria do Dr Paulo Cheida Sans, do Museu Olho Latino, para fazer parte das apresentações de abertura do evento, permanecendo no espaço enquanto videoarte durante toda a temporada de exposição. A obra foi reconhecida como destaque do evento e continua em evidência no site do Museu Olho Latino, no Catálogo impresso e no canal do Youtube da artista. Participou de circuitos de exposição do SESC, enquanto videoarte e Mostra Fotográfica.
Galeria:
> Portfólio completo do Projeto- Por que Frágil?: PORTFÓLIO POR QUE FRÁGIL?
> Destaque do Projeto- Por que Frágil na 6ª Bienal do Esquisito: a face oculta de um acéfalo: http://www.olholatino.com.br/6bienaldoesquisito/
> Ver playlists : Frágil. Obra completa: são 27 vídeos curtos: Angela Waltrick - YouTube
> Registros fotográficos da Performance (arquivo completo): PERFORMANCES (angelawaltrickperformances.blogspot.com)
Galeria:
Por
Angela Waltrick: Mestra em Educação pela Universidade do Planalto Catarinense (2018), licenciada em Educação artística, com habilitação em artes plásticas (2003-UNIPLAC), com aperfeiçoamento em Fundamentos Estéticos e Metodológicos do Ensino da Arte (2016- FURB) e bacharel em Administração Geral de Empresas (1990-UNIPLAC). Cursou pósgraduação em Artes Visuais (UNIASSELVI). É Arte Educadora, Educadora teatral, escritora, pesquisadora, performer e artista visual (Contemporânea). Aposentada na Rede Estadual de Ensino (Fundamental I, II e Nível Médio). Atualmente continua como professora efetiva no sistema municipal de educação de Lages (Ensino Fundamental I e II). Seleções e prêmios em performance: 2018 – Desconstruindo Amélias . Lages-Sc. 2017 – Lugar De Mulher É Onde Ela Quiser. Florianópolis-Sc (Salão Nacional Victor Meirelles *). Coletivo Nacasa. 2017 - Talitha Kum. Florianópolis (Salão Nacional Victor Meirelles *) . Coletivo Nacasa. 2017 – Lugar De Mulher É Onde Ela Quiser. Lages-Sc. 2017 – Metamorfoses- Lages-Sc. 2017 – Cartografando Identidades. Lages-S. 2017 – Assim Que Retornem Os Pássaros. Nova Veneza-Sc. 2017- Metamorfoses. Criciúma-Sc. 2017- Corpo Em Trânsito. Criciúma-S. 2017 – Simbioses. Criciúma-Sc. 2017 – Talitha Kum. Criciúma-Sc (Exposição Úvula De Ísis). 2017 – Corpo Em Trânsito. Criciúma-Sc. 2017 – Assim Que Retornem Os Pássaros. Criciúma-Sc. 2017 - Corpo Em Trânsito. Lages-Sc. 2017 – Talitha Kum. Lages-Sc. Outros prêmios podem ser vistos no portfólio em anexo PORTFÓLIO POR QUE FRÁGIL?
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ENSAIO EM ÉPOCAS DISTÓPICAS
Josiane G. Fonseca
Poética: Nessas mal traçadas linhas delineiam-se os descaminho do ano que “não” existiu..., que vivemos nos traços entravados, destinados ao abismo, ao buraco e ao nada! mas que mesmo assim, furtivas linhas que se encontram acabam por formar figuras, dispersas e fugazes, na força do olhar que tentas enxergar... como a vida nos tempos de hoje. Desenho em Nanquim com Bico de Pena sob papel cansom 300mg. Tamanho A3
Portfólio: Josiane Gomes Fonseca exposição
Galeria:
Por
Josiane G. Fonseca: Artista plástica autodidata com vários cursos em oficinas e ateliers de desenho pintura e escultura. Membro da Associazone Internacionale del Mosaico –Ravena Itália; Participa do coletivo da Galeria BB Arte Ipanena RJ. Membro do Conselho Municipal de politica cultural de florianópolis SC titular na setorial de Arte Educação e no Conselho Estadualn suplente na setorial de artes plásticas. Mestre em Saúde Coletiva. Sempre utilizou-se da arte para exercer a educação popular em saúde. Exposição individual Serie Símbolos 2016 e Plenitude 2018. Obra doada ao Parque Nacional da Serra dos Órgãos CMBIO para o projeto Capsula do Centenário em mosaico . Exposições coletiva : MPERMANÊNCIAS no Festival de Inverno SESC 2108. 49º e 50º Salão de Belas Artes do clube Naval RJ. Exposição comemorativa dos 35 anos da SOARTE RJ asa de Cultura Adolpho Bloch RJ; Exposição do Festival Internacional de Cinema de Teresópolis. Galeria Samir Mattar RJ. 26ºSalão da primavera SOARTE Casa de cultura Adolph Bloch RJ com premiação.
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SÉRIE CANDIDA NAVI
Claudia Brandão
Poética: A série alude, alegoricamente, ao naufrágio da embarcação de mesmo nome (1120) e ao afogamento dos filhos do rei inglês Henrique I, que estavam a bordo. Isso, num alerta para a morte simbólica das infâncias na contemporaneidade, “afogadas” por um sistema escolar ultrapassado ou, mais recentemente, pelo não acesso às práticas remotas. Trata-se de um repúdio ao apagamento de subjetividades, padronizadas por modelos excludentes e retrógrados. Obras: Candida Navis #1, colagem fotográfica analógica, 23x12 cm, 2020. Candida Navis #2, colagem fotográfica analógica com intervenção têxtil, 11,5x7 cm, 2020. Candida Navis #3, colagem fotográfica analógica com intervenção têxtil, 11,5x7 cm, 2020.
Galeria:
Por
Cláudia Mariza Mattos Brandão: professora do Centro de Artes, da Universidade Federal de Pelotas (RS), atuando no curso de Artes Visuais-Licenciatura e no PPG Mestrado em Artes Visuais. É doutora em Educação, com pós-doutorado em Criação Artística Contemporânea, Universidade de Aveiro (PT), e líder do PhotoGraphein - Núcleo de Pesquisa em Fotografia e Educação (UFPel/CNPq) e pesquisadora do ARTE, ECOLOGIA E SAUDE (UFPel/CNPq). É membro do Instituto de Investigação em Design, Media e Cultura [ID +] (Portugal), colaboradora do grupo Praxis e Poiesis: da prática artística à teoria da arte (Universidade de Aveiro). É pesquisadora da área de Fotografia e das Imagens, privilegiando as Teorias do Imaginário e os Estudos Decoloniais, com ênfase nas narrativas (auto)biográficas poéticas/simbólicas. Como artista visual já participou de várias exposições coletivas, nacionais e internacionais, apresentando exposições individuais. A obra DO OUTRO LADO DA RUA / ON THE OTHER SIDE OF THE STREET, de sua autoria, integra o acervo da Artists' Books Collection Dundee, do University Dundee Museum (Dundee, Escócia). Desenvolve, principalmente, os seguintes temas: Artes Visuais, Fotografia, Imagem, Educação Ambiental e Formação Docente.
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LUA CHEIA NAS MATAS DE OXÓSSI
Luiz Alberto Rodrigues
Poética: Esse trabalho é a expressão através da cor do meu sentimento sobre o Orixá OXÓSSI, Rei de Keto, no Candomblé, Irradiador do Mistério do conhecimento na Umbanda. Uma pintura expressionista com tendência ao abstrato. Estilo livre. Influência do impressionismo, expressionistas e do abstracionismo. Uso forte da cor como expressão. Sentimento guardado das pessoas, provocando erupção, através de nus femininos, formas abstratas e da mitologia afro-brasileira, os orixás. A arte e a cultura como movimento de libertação do homem e da natureza. Este trabalho em Óleo sobre tela foi doado ao TEOC – Tenda Escola Oxóssi Caçador, Lauro de Freitas, BA
Galeria:
01 Lua Cheia nas matas de Oxóssi
Por
Luiz Alberto Rodrigues: Iniciou sua formação como autodidata. Em 1974, fez curso livre de pintura no Liceu de Artes e Ofícios no Rio de Janeiro. Curso de teoria das cores com Bruno Tausi, no Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro em 1975. Continua, desde então, uma trajetória de aprendizados como autodidata.
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SEM TÍTULO
Loran Andrade
Poética: Pensando no mundo a fora qual no momento atual é nada convidativo, está pintura de 2019 da rua do onde eu moro, evoca e traz consigo um pouco dasensação do suburbano, e de que diferente do grande centro urbano que apesar de grande parece não haver espaço para a pausa e o estar, um local de apenas locomoção. O subúrbio é pouco do exterior qual podemos usufruir devido ao estado atual , e que de forma excessivamente expressiva com uma luz que transborda a noite na rua se conecta com a casa aumentando a nossa percepção territorial e poético do lar. Ano: 2019. Técnica: Tinta óleo sobre tela. Dimensões: 30 x 20 cm.
Galeria:
01 Sem título
Por
Loran Andrade: Nascido em 1998, Ponta Grossa, Paraná, Ingressei no curso de Licenciatura em Artes Visuais em 2017, na Universidade Estadual de Ponta Grossa . Desde 2018, participa do curso de extensão do projeto Grimpa, onde desenvolve sua pesquisa e produção artística como artista visual nas variadas linguagens, como a fotografia e principalmente na linguagem plástica como gravura , escultura, desenho, e pintura. Essa pesquisa resultou no artigo publicado “ Paisagem Gravada” e exposições advindas do projeto grimpa como exemplo “ Matriz Poética, realizada no ano de 2019 em Guarapuava, entre outras pelo próprio projeto.
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TRÍPTICO: FENDAS DE AR
Cristina Rosa
Poética: A proposta aborda os espaços de respiro da professora, que em suas múltiplas tarefas de mãe, professora, administradora, artística, mulher, ser político, etc, etc. busca espaços de pausa, de respiração e de aconchego na pandemia. Mas esse espaço convive com uma tensão, algo que parece tranquilo, mas não é. Assim é a proposta do tríptico intitulado Fendas de ar. Técnica: Fotografia. Dimensões Impressas: 1.20x 2.10.
Galeria:
01 Trípticos Fendas de Ar
Por
Cristina Rosa: Em 1988 – Curso de Educação Artística – Artes Plásticas – UDESC. Desde 1992 – Docente do Departamento de Artes Visuais da UDESC. FONSECA da SILVA, M. C. R.. CEART no MASC. 1992. Gravura. Florianópolis. Em 1998 – Mestrado em Educação – UFSC. Fez em 2004 – Doutorado – Mídia e Conhecimento - UFSC, 2011 – Pós- doutorado – Departamento de Crítica – Universidad Nacional del Arte – Buenos Aires Argentina. - Pesquisa desenvolvida no Museo de Arte Latinoamericano
de Buenos Aires – Malba. Atuação como artista Visual: 2012 – Criação do Grupo artístico, Sopro Coletivo. Florianópolis. 2013. Instalação. Espaço Expositivo de Arte – Museu de Antropologia – UFSC. Florianópolis. Caminho dos Sonhos. 2014. Instalação. Maratona Cultural de Florianópolis. MESC, Florianópolis. Recalculando a rota. 2016. Instalação. Espaço Expositivo – CEART. Florianópolis. Tire sua memória: Instalação proposta na exposição PORQUE AS PALAVRAS NÃO CONSEGUIAM ESVAZIAR-ME... de 06 de setembro a 02 de outubro. 2016. Instalação. Galeria de Arte do MESC. Florianópolis. CRISTINA ROSA. R.; REZENDE, I. . Instalação O que dizem as cartas na exposição PORQUE AS PALAVRAS NÃO CONSEGUIAM ESVAZIAR-ME.... 2016. Instalação. Florianópolis. Fotografia: A Liberdade guia o povo...cego. 2017. Fotografia. Galeria Municipal Pedro Paulo Vechetti. Florianópolis. Polípto fotográfico. Ítaca, 2018. Galeria de Arte – UNESC, Criciúma. Instalação. Desmedidas, 2018. Átrio do MESC. Florianópolis. Edital Púbico Fundação Cultural de Itajaí. Título da Exposição RETRATOS INCOMPLETOS. Participação com dois trabalhos: a) Entre velados, 2019. B) Caixa de Delicadezas, 2019.Itajaí. Publicação Livro de fotos. Título: [entre] meio. Coleção SOPRO COLETIVO, 2019. Feira Arte Foto, 2020.Título: Entrevelados, 2020.Exposição com catálogo.
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CONECTA
Daniella Nery
Poética: “CONECTA é um experimento de diálogos, do dentro e fora, do habitar. É uma investigação do Grupo de Dança Guido Viaro nesse momento de distanciamento a provocar novas conexões: entre estados, entre casas, entre mundos. Emerge de experimentações realizadas nos encontros remotos, nas breves tentativas de entendimentos, encurtamento de distâncias e cuidado de si e do outro”. Criação: Daniella Nery, Nicole Santos e Simone Moraes. Performance: Nicole Santos e Simone Moraes. Edição de imagens: Nicole Santos. Duração 3’01 Julho de 2020 – Curitiba/Paraná.
Galeria:
Link do vídeo "CONECTA"- https://www.youtube.com/watch?v=xfM92oZCf80
01 Conecta
Por
Daniella Nery: O Grupo de Dança Guido Viaro iniciou sua proposta em 2015, na cidade de Curitiba (Paraná), com o objetivo de promover o encontro de quem quer trocar, compartilhar ideias, dúvidas e vontades, dançando. É um espaço de investigação e criação em dança de corpos singulares e potentes, da arte e da diferença. Ter no seu elenco sujeitos de diferentes idades, profissões e vivências enriquece o processo e potencializa o fazer/pensar Dança. Com um repertório de trabalhos que trazem a investigação do corpo, suas relações e aproximações, encurtamentos na relação artista/obra e público, este coletivo de corpos dançantes, enfatiza o trabalho colaborativo em criações compartilhadas. O grupo é um dos grupos artísticos do Centro Estadual de Capacitação em Artes Guido Viaro, um departamento da Secretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná. O CECA Guido Viaro é responsável pela formação continuada em Arte dos profissionais da educação do Estado do Paraná e tem
também como uma de suas frentes os grupos artísticos. O Grupo de Dança Guido Viaro é coordenado pela artista/pesquisadora/docente Daniella Nery.
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DEDO NA FERIDA
Rosana Bortolin
Poética: A obra aqui apresentada, representa a dificuldade para ministrar aulas práticas à distância, enquanto professora de Cerâmica do DAV/UDESC. A nova realidade nos obriga a ministrar aulas remotas, mesmo para aqueles discentes que não têm espaço físico, materiais, condições físicas e emocionais. O dedo que compõe a peça, representa o “dedo na ferida” do sistema, que mais uma vez exclui os menos favorecidos. Data: 2020. Dimensões: 26 cm X 25 cm X 19 cm. Materiais: Argila marrom e vermelha. Técnica: Modelagem à mão. Queima: Monoqueima, forno elétrico 1000 C.
Galeria:
Por
Rosana Bortolin: Licenciada e Bacharel em Desenho e Plástica; e, Especialista em Cerâmica (Latu Sensu) - Universidade de Passo Fundo-RS; Mestre em Poéticas Visuais (Strictu Sensu)- Escola de Comunicação e Artes - ECA /USP; Doutoranda em Investigación y Creación en Arte Contemporâneo, na Universidade do País Vasco-UPV; estágio doutorado europeu FBAULLisboa; Professora no Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC; Possui obras em acervos de Museus no Brasil, Cuba, Espanha, Eslovênia, Itália, Letônia, Portugal, Rússia, Ucrânia, Argentina, República Dominicana, entre outros. Expõe regularmente desde 1984. Realiza micro intervenções pelos lugares por onde anda. Coordena o Espaço Oficina - Galeria Estúdio em Florianópolis/SC/ Brasil; Coordena o Programa de Extensão Universitária NUPEART Pro... Move do Centro de ArtesCEART da Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC; Coordena o Laboratório institucional de Cerâmica - LIC/ UDESC. Série Artísticas Desenvolvidas com a realização de Exposições Individuais: Ovóides, Guardiões,
Alguidares, Habitar Ninhos, Profano-Sagrado e Organismos.
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UBICACÍON
Cristiane Dalzoto
Poética: O díptico Ubicación reflete a relação entre o corpo e o espaço no contexto de isolamento social. As percepções de si e do ambiente ultrapassam um sentido de habitação, onde os limites do ser e do corpo se confundem no espaço que é constante e intensamente vivido e observado. O espaço e seus objetos, além de utilitários, são elementos que interferem nas percepções de si e do mundo. Fotografia Digital. Ano 2020
Galeria:
Por
Cristiane Dalzoto: Acadêmica de Licenciatura em Artes Visuais na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) com período sanduíche na Universidad Nacional de San Martin (UNSAM), Buenos Aires, Argentina. Possui pesquisa através do
Programa Institucional de Iniciação Científica (PIBIC) na área de Fotografia no Fundo Foto Bianchi, Casa da Memória Paraná (2017-2018). Foi acadêmica bolsista e voluntária no Programa Institucional de Extensão Universitária (PIBEX) no projeto Organização, diagnóstico e pesquisa dos negativos em chapa de vidro do Fundo Foto Bianchi (2017-2019), onde participou da organização de oficinas de fotografia e, em parceria com o setor Educativo do Museu Campos Gerais, oficinas de fotomontagem, livro de artista e desenho. Atualmente participa do Programa Voluntário de Iniciação Científica (PROVIC) na área de Poéticas
Artísticas (2019-2020). Participou de exposições coletivas no Museu Campos Gerais, Galeria de Arte – PROEX UEPG e Galeria Lucio Ribeiro. Atualmente, a produção artística é voltada principalmente aos temas relacionados ao corpo e espaço que são desenvolvidos através da fotografia e escultura.
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MORADA
Livia Nagao
Poética: Morada é composta por três imagens – I, II e III - que configuram uma fotoperformance sobre a solidão e a busca por diferentes refúgios durante o isolamento social. Por viver em um ambiente rural, cercado de plantas, tocas e cantos inexplorados, resolvo inserir o meu corpo nesses espaços na tentativa de me encaixar, de alguma forma, em algum lugar. Fotografia Digital. Ano: 2020.
Galeria:
Por
Livia Keiko Nagao de Medeiros: Nascida em 1993 na cidade de Castro, Paraná, Brasil. Sou acadêmica do quarto ano de Licenciatura em Artes Visuais, pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Em 2017, atuei no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), no qual pude me dedicar ao ensino de artes dentro de uma escola pública no município de Ponta Grossa, Paraná. Em 2018, iniciei no Programa Voluntário de Iniciação Científica (PROVIC), no projeto denominado Arte Digital, Hibridismo e suas Potencialidades no Ensino das Artes Visuais, cujo principal objetivo foi tecer reflexões acerca da videoarte e suas possibilidades no âmbito das artes contemporâneas. Em 2019, participei do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), no projeto A Produção de Animação por Artistas Mulheres: o Hibridismo na Contemporaneidade, investigando técnicas e processos de criação e poéticas desenvolvidas por artistas mulheres que trabalham majoritariamente com animação. Atualmente desenvolvo um projeto pessoal de desenvolvimento de poéticas visuais, a partir da autorrepresentação do artista na obra de arte, especialmente no vídeo, abordando aspectos de autorreflexão, busca de memórias e identidade. Minha pesquisa ocorre principalmente na área de cinema e audiovisual, no entanto, também busco me expressar através do desenho, da pintura, da gravura, da fotografia, entre outras técnicas mistas.
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O MARUJO E A SEREIA
Jean Louiss
Poética: Série de pintura que fala do mar, de seus mistérios e encantos. Também é uma homenagem a esses seres mitológicos da cultura Afro-brasileira, ligados ao Camdomblé e a Umbanda (Marujo e Yemanjá). Os personagens, também afro-descendentes, se encontram ora em um mundo telúrico (E. do M. I) ora em um mundo metafísico (E. do M. II). A escolha cromática, de contrastes fortes, reforça também esses dois mundos. Título: Encantos do Mar I e II. Técnica: óleo sobre tela. Dimensões (Encantos do Mar I): 60x60cm. Dimensões (Encantos do Mar II): 60x40cm. Ano: 2016/2017.
Galeria:
Por
Jean Louiss: Sua jornada como profssional do campo visual se nutre da paixão desde criança por cores, formas, harmonia de interações, diversidade e plasticidade na expressão do que vemos na natureza, do que criamos como humanos: uma atração irresistível por uma estética que nos convida a aprofundar o olhar perante a beleza do manifesto e do ainda não manifesto. De designer gráfco a criador e diretor de arte em agências publicitárias, de admirador da natureza e da cultura humana pelo globo a então artista plástico e pesquisador-mediador no campo da criatividade, hoje me permito expansões de atuações profssionais integrando toda essa experiência a novos convites onde esse fo estético-lúdico-criativo-visual se entrelace a outras tessituras. Carreira exercida dentro e fora do Brasil, ao longo de 25 anos. Assim, para além de cargos e campos de atuação pré-defnidos, se coloca à disposição onde sua expressão possa contribuir e junto a esta eu possa interceder novos fios em redes colaborativas. Atua profssionalmente com encomendas de obras de arte - pintura em telas, criou a marca Eu Soul Art (www.eusoulart.com), , gerando produtos que integram Arte, Design e Autoconhecimento. Também cofundador do Criar-Te (www.criar-te.art) – Conectando à vida criativa, cocriando programas de despertar do potencial criativo na vida através da arte, junto a adultos e crianças, cursos e workshops presenciais e também online,
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ENSINO EM PANDEMIA
Janine Alessandra Perini
Poética: Por conta da Pandemia de coronavírus, com o distanciamento social necessário, a educação precisou se reinventar. Uma das maneiras encontradas foi o ensino remoto, mas dessa forma muitas crianças ficaram sem estudar por não ter acesso aos recursos tecnológicos para acessar a aprendizagem remota. Esse trabalho, se propôs a interpretar o ensino nesse período de pandemia, onde os livros ficam jogados. Ficha técnica: Ensino em pandemia. Fotografia. 2020.
Galeria:
01 Ensino em Pandemia
Por
Janine Alessandra Perini: Doutora em Artes Visuais pelo PPGAV/ UDESC. Professora de Artes Visuais da Universidade Federal do Maranhão, Campus São Bernardo. Integrante do clube de fotografia Sopro Coletivo do grupo de pesquisa Educação, Artes e Inclusão, da UDESC.
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ENDLESS OU ESQUECI DE LEMBRAR
Maria Fonseca Falkembach (Tatá - Núcleo de Dança-Teatro)
Poética: Hoje, esqueci de lembrar que o universo é imenso. A dança pode alinhar corpos a outras estrelas? Respirar no gesto e tracejar nosso próprio infinito? Na parte do infinito que nos cabe, o movimento pinta, entre os gestos, a ponte, a pele. “Endless - ou esqueci de lembrar” traz pro dia-a-dia a nossa relação com os mistérios. Corpos se movem na busca pela conexão com o imenso. A dança teima em corporificar o infinito, mesmo sendo tarefa impossível. "Endless - ou esqueci de lembrar" é o primeiro videodança do grupo Tatá, sendo produzido totalmente à distância. Criado de modo colaborativo, com a atuação de 15 pessoas, em 10 cidades,de 7 estados diferentes, é efeito desse momento de pandemia em que distância e proximidade ganham novos significados. Nasce da necessidade e do desafio do grupo em manter espaços de afetividade e criação coletiva. A obra, que tem cerca de 6 minutos, é a síntese do trabalho do grupo ao longo do ano, de ensaios através de videoconferências e explorações de movimento individuais. Material: vídeo-dança. Dimensões: 6 minutos. Ano: 2020. Texto e Direção: Maria Falkembach. Demais integrantes nos créditos do vídeo.
Galeria:
Link do vide-dança "Endless- ou esqueci de lembrar" : https://www.youtube.com/watch?v=SH7zwXOFSBo&feature=emb_logo
01 Endless ou Esqueci de Lembrar
Por
Maria Fonseca Falkembach: artista do corpo, professora do Curso de Dança – Licenciatura e da Pós-Graduação em Artes - Latu Sensu, da UFPel. Doutora em Educação pela UFRGS, com doutorado sanduiche na Exeter University, e mestre em Teatro pela UDESC. Integra os grupos de pesquisa CNPq: GETEPE Grupo de Estudos em Educação, Teatro e Performance (UFRGS) e OMEGA Observatório de Memória, Educação, Gesto e Arte (UFPel). É coordenadora do Projeto de Extensão Tatá – Núcleo de Dança-Teatro, desde 2009, onde atua como diretora e coreógrafa. É autora, com Taís Ferreira, do livro Teatro e Dança nos Anos Iniciais (Editora Mediação, 2012), selecionado pelo Plano Nacional Biblioteca na Escola - Acervo do Professor (PNBE 2013, MEC). O grupo Tatá foi criado em 2009, sob a coordenação de Maria Falkembach, como um espaço de criação cênica para os alunos dos cursos de Dança e Teatro da UFPel. Suas obras anteriores marcam a cena artística de Pelotas e região: “Tatá Dança Simões”, “Terra de Muitos Chegares” e “Quando Você me Toca”.
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Link (YouTube) do vídeo da EXPOSIÇÃO: FORMAÇÃO E ENSINO DAS ARTES EM TEMPO DE PANDEMIA: https://www.youtube.com/watch?v=j4ENd3OY7Bo&t=10s
GALERIA DAS PRODUÇÕES ARTÍSTICAS
Revisite as produções artístícas clicando na Imagem
Curadores: Adriana Rodrigues Suarez, Luiza Renata Yamazaki, Nelson Silva Junior.
Organizadores: Adriana Rodrigues Suarez, Ana Luiza Ruschel Nunes, Consuelo Schlichta, Luzia Renata Yamazaki, Nelson Silva Junior.
ONTOLOGIA DA ARTE
(16 de setembro de 2020)
DIVERSOS FILÓSOFOS já tentaram chegar a uma definição de arte, sem nunca entrar em um consenso, assim após estudar as diversas correntes de pensamento e ao perceber a difícil resolução lógica dessa questão, os acadêmicos do 1º ano do curso de licenciatura em Artes Visuais - UEPG, foram convidados representar esse conceito imagéticamente. Isso significa pensar através dos sentidos e experiências causados pela arte, criando conexões de ordem estética e repensando os conceitos já estabelecidos para criar uma concepção íntima da arte.
O CARÁTER expressivo ganha destaque na exposição, aqui o artista é visto como alguém que materializa seus sentimentos em obras, assim a sensação de liberdade de criação se contrapõe à invasão de privacidade quando a obra é posta ao mundo. Deste modo, se demonstra uma relação emocional da turma com a arte, até mesmo porque ela deixa de procurar transmitir apenas o belo e o ideal, passando a simbolizar também as feridas, sendo que essa produção passa a ser compreendida enquanto meio de autoconhecimento e cura, assimilando-se a própria vida.
É VÁLIDO ressaltar ainda, que as obras exploram a imensidão do conceito de arte, construindo analogias com o mar, o céu e o universo. Aqui, arte adquire a dimensão do desconhecido e o artista ilumina possibilidades para esse caminho, tornando possível o compartilhamento de sensações através de mensagens abertas. As obras de arte se constituem enquanto produtos culturais carregados de criticidade e cada escolha do artista é possibilidade de significações, assim convidamos vocês através dessa exposição visual a repensarem a ontologia da obra de arte e a registrarem as reflexões alcançadas nos comentários da exposição.
Acadêmicos/Artistas: AJP, AMANDA FRANCZAK, CHAQUELLE ONEAL, FLORA MAROCHI, GABRIELA SACKS, KEYLA SANTOS, MARILINE SCHAB, MURILO MARTINS, NAYANE BLUM, RAFAEL OESTERREICH, RAFAEL SEMKIW, SHELLY LEAH.
Orientação: Profa. Esp. Julia Pereira Souza
Disciplina: Introdução às Artes Visuais
Curadoria virtual: Profa Dra Adriana Rodrigues Suarez
Convite da Exposição:
GALERIA DAS PRODUÇÕES ARTÍSTICAS
GALERIA DAS PRODUÇÕES ARTÍSTICAS
POÉTICA DO ISOLAMENTO
(19 de Agosto de 2020)
AS OBRAS foram realizadas pelos acadêmicos/artistas do 1º Ano do Curso de Licenciatura em Artes Visuais 2020 da UEPG. A proposta consistiu em apresentar o processo de criação/poética, a partir dos encontros realizados no período da transição (PANDEMIA COVID-19).
AS PRODUÇÕES foram pautadas nos textos: "Feio na Arte" (Ariano Suassuna) e a "A casa. Do porão ao sótão. O sentido da cabana" (Gaston Bachelard), discussões, pesquisas e reflexões. Dentre algumas reflexões destacamos que para Suassuna (2011) [...] "a Arte do Feio é Arte da Beleza tanto quanto a Arte do Belo, é tão legítima quanto esta última. Diante dessas ásperas formas de Arte que lidam com o Feio, o contemplador experimenta um choque, uma espécie de fascinação misturada de repulsa, e a impressão causada por obras desse tipo é inesquecível [...]". E ainda para Bachelard (2000) ..."quando se sonha com a casa natal, na profundidade extrema do devaneio, participa-se desse calor primeiro, dessa matéria bem temperada do paraíso material. É nesse ambiente que vivem os seres protetores. Teremos que voltar a falar sobre a maternidade da casa. No momento, gostaríamos de indicar a plenitude essencial do ser da casa. Nossos devaneios nos levam até aí. E o poeta bem sabe que a casa mantém a infância imóvel ”em seus braços” [...]"
COM ISSO, cada acadêmico/artista retratou seu olhar sobre si, sobre o momento vivido, revisitando-se e podendo, através da arte, expressar seus medos, angústias, incertezas, amores, entre outros sentimentos subjetivos vividos neste tempo de isolamento. Nas obras foram usadas técnicas variadas, a escolha do acadêmico/artista.
Acadêmicos/Artistas: AMANDA FRANCZAK, MARILINE SCHAB, GABRIELA RASINSKI COUTINHO, NATANAEL RICARDO TOMASSEWKI, RAFAEL SEMKIW DOS SANTOS, URIEL SCHYLER, CHAQUELLE O’NEAL, GABRIELA COSTIUK, EVELYN BIANCA GONÇALVES, MDOG , AJP, TASHA KATSU, KEYLA RODRIGUES, TAMIRIS PODOLAN, EMILY BLUM.
Orientação/Curadoria Virtual: Profa Dra Adriana Rodrigues Suarez, Profa Esp. Julia Pereira Souza e Profa Dra. Sandra Borsoi.
Disciplinas: Pintura I, Introdução às Artes Visuais e Fundamentos Teóricos da Linguagem Visual.
GALERIA DAS PRODUÇÕES ARTÍSTICAS
POÉTICAS - citações artistas/acadêmicos
01) AMANDA FRANCZAK
Obra: "Ressignificação de autorretrato' (Grafite sobre papel.)
“Somos seres peculiares com fenótipos parecidos com os de nossos progenitores, entretanto não somos eles. (…) Possuímos um vínculo e um laço inconsciente que conecta as atitudes dos nossos antepassados com as nossas, como se fosse um ciclo e acabássemos reproduzindo a conduta daqueles que nos colocaram no mundo. E esse laço deve ser cortado. Eu não sou meus pais...” (FRANCZAK, A.,2020)
02) MARILINE SCHAB
Obra: "Essência" (Tinta acrílica sobre papel)
“Esta obra traz três elementos principais que dizem muito sobre mim, que são: a natureza, a música e arte. De forma surrealista me retratei como personagem central que absorve, se nutre e se funde aos demais elementos da obra. Os tons pastéis escolhidos tem objetivo de remeter a aura sonhadora, também como forma de mostrar uma idealização de mundo. A personagem não traz rosto, já que meu objetivo é que o espectador não me reconheça pela aparência e sim por aquilo que trago como essência...“ (SCHAB, M., 2020)
03) GABRIELA RASINSKI COUTINHO
Obra: "Gaiola de Vidro" (Pintura com Guache sobre papelão)
“Mas a gaiola (…) está começando a rachar, e a menina, assim como nós, não vai poder se esconder por muito tempo. (...) Podemos ver o que há lá fora, e talvez não haja garantia ou sinal de que ficará tudo bem. Assim como a personagem, só podemos observar e esperar que a gaiola eventualmente se quebre...” (COUTINHO G.R., 2020)
04) NATANAEL RICARDO TOMASSEWKI
Obra: "Esperança" (Óleo sobre tela)
“A simbologia da borboleta amarela significa uma nova vida que ainda virá, nos dando esperança de , que apesar de todo esse momento difícil passando, algum dia isso vai melhorar..." (TOMASSEWKI, N.R., 2020)
05) RAFAEL SEMKIW DOS SANTOS
Obra (série)- 05a/05b
05a) "As linhas em que me arramo"(Mista - fotografia, costura e crochê)
“Envolver-se na teia de novos fatos, essas cores que me amarram, que me compõem, que me formam (...) estamos num emaranhado de emoções, ficar em casa é um convite a se conhecer, o que te amarra, o que te deixa preso? O que te liberta? Essas mesmas linhas que me amarram fazem quem eu sou, reproduzem a minha face em perfil”. (SANTOS, R.S., 2020)
05b) Obra: "De mãos atadas" (Mista - fotografia, costura e crochê)
06) URIEL SCHYLER
Obra: "Descanso ou Procrastinação?" (Pintura com acrílica e nanquim sobre papel)
“Conforme a monotonia apresentada diante da quarentena, podemos observar, vários fantasmas que saem de dentro da garota sentada na cama, que mexe em um celular conectado à um carregador, que também está conectado a ela (...) é possível entender que a garota está sendo devorada lentamente pelas três espécies apresentadas, em que uma delas é carnívora. Ela poderia levantar e expulsar tudo em sua volta, entretanto sua tela parece mais interessante”. (SCYLER, H., 2020)
07) CHAQUELLE O'NEAL
Obra: "Imóvel' (Pintura com lápis de cor, tinta e caneta sobre papel)
“...um ser humanoide representando nosso ser e essência, que está imóvel (...) essa “criatura” se encontra sentado em um sofá com a janela refletida em si próprio. Assim como estamos atualmente, imóveis dentro de nossos lares, de maneira que tudo que está acontecendo lá fora vem ao nosso encontro, um simples espiar pela janela...” (O'NEAL, C.,2020)
08) GABRIELA COSTIUK
Obra: ''Aqui" (Marcador e aquarela)
“(…) estive lidando com a pergunta "quem eu sou?" já faz um tempo, e talvez a única conclusão que tenha chegado é a de que se trata de uma fase de transição, então resolvi demonstrar exatamente isso na obra, a incerteza, a intimidade do pensamento, mas ainda, a felicidade.” (COSTIUK, G., 2020)
09) EVELYN BIANCA GONÇALVES
Obra: "Cores que sentem" (Acrílica sobre tela e aquarela)
“...não sou a única pessoa perdida em um mar de sentimentos e sei que quando vemos algo que nos identificamos isso causa um certo alívio por saber que não estamos sozinhos (...) uma maneira de mostrar que eu sei que tudo vai ficar bem, que tenho que seguir em frente mesmo que sinta medo... (GONÇALVES, E.B., 2020)
10) MDOG
Obra: "Dog Universe" (Aquarela)
“...eu desenhei vários dados de RPG pois é uma temática que faz parte da minha vida... meus refúgios durante a quarentena, o lápis significa o meu amor pela arte e como ela salvou a minha vida, mais de uma vez...” (MDOG, 2020)
11) AJP
Obra: "Mar estrelado" (Pintura em tela)
“...mistério em como a vida é complexa e incrível ao mesmo tempo (...) a infinitude do mar, junto ao universo, mostra o mistério da vida, a sensação de não saber me entrego (...) no final, não importa o quanto a gente viveu, mas sim como”. (AJP, 2020)
12) TASHA KATSU
Obra: "Excessivo" (Aquarela sobre papel cartão)
“...no isolamento fiz uma arte que traz à inspiração a ansiedade e pensamento excessivo na quarentena, lembrei-me que não importa qual, toda casa (que sei que é minha nova moradia) é minha zona de conforto...” (KATSU, T., 2020)
13) KEYLA RODRIGUES
Obra: "Segurança" (Lápis de cor e caneta esferográfica sobre papel)
“[...] a morte é o problema pelo qual estamos passando, muitas pessoas estão perdendo suas vidas e outras estão apavoradas com tudo isso - tais sentimentos de horror são presentes nessa obra, onde se busca retratar os sentimentos, a verdade e não o belo.” (RODRIGUES, K., 2020)
14) TAMIRIS PODOLAN
Obra: "Instantes" (Tinta acrílica sobre papel)
“Eternizamos momentos, criamos memórias que nos fazem sentir como se permanecêssemos no tempo, mesmo que ao fim, cada instante que se passa transforma-se em passado, se tornando frágil e escorrendo pelos nossos dedos. O passado não nos pertence, porém ainda assim somos propensos a contemplá-lo, nos refugiando naquilo que já nos é conhecido, que já é certo, que já passou...” (PODOLAN, T., 2020)
15) EMILY BLUM
Obra: 'Dédalo- autorretrato" (Acrílica e grafite sobre tela)
“Como num dédalo, vários caminhos se cruzam em uma espiral infinita, onde a saída é a passagem mais difícil de ser encontrada. Quando traduzida para a vida real, a obra narra a dificuldade de sair de um lugar de conforto e enfrentar um novo espaço, até então desconhecido, para então perceber que talvez esse também não seja o ambiente ideal.” (BLUM, E., 2020)
OBRIGADO PELA VISITA!