Exposições

Atualmente, o Museu Campos Gerais têm três exposições em funcionamento. Saiba mais sobre cada uma:

Memórias entrelaçadas

Após dois anos de pandemia e de desafios aos espaços culturais, o Museu Campos Gerais e a Universidade Estadual de Ponta Grossa apresentam acervos de chegada recente à instituição e de certa forma inéditos à comunidade local e regional. São histórias cheias de novidades, seja do ponto de vista da incorporação ao museu ou de avanços de pesquisa.

A mostra apresenta acervos recentemente incorporados ao museu, frutos de cessão ou doação, e que estão em fase inicial de identificação e pesquisa. Os conjuntos perpassam trajetórias do teatro, da imprensa, da fotografia, da publicidade e da produção cultural. A exposição destaca os núcleos: Alvaro Augusto Cunha Rocha, primeiro retor da UEPG; os 50 anos do Fenata (cartazes, peças e documentos); Foto Carlos; Foto Elite; jornais impressos da Casa da Cultura de Castro de fins do século XIX e início do século XX; documentações e objetos das coleções do publicitário, ator e diretor teatral Fernando Durante (1958-2021). A tônica da mostra consiste nos pontos de contato e diálogo entre os acervos.

Os seis conjuntos em exibição contribuem para o reconhecimento de trajetórias no campo cultural em Ponta Grossa e região – pelo ângulo do teatro, da imprensa, da fotografia, da Universidade e de seus agentes. A exposição percorre eventos, atores, iniciativas organizadas, produtos culturais e seus condicionantes políticos, econômicos e tecnológicos, de período que vai do final do século XIX aos dias atuais.

Os acervos, pela primeira vez abertos ao público, chegaram ao MCG por doação de familiares e amigos, cessão institucional e aquisição. Espera-se que visitantes reconheçam nessas pistas um pouco de suas próprias vidas, que, quando entre- laçadas, se transformam em nosso maior patrimônio.

 

SALUS: Histórias da saúde em Ponta Grossa

Benzimentos, costuras, sangrias, rezas, influsões caseiras, cataplasmas… até o começo do século XX era assim que as pessoas tratavam suas dores, infecções e doenças. Essa realidade se modificou gradualmente a partir do avanço do conhecimento científico, mesmo assim, as práticas populares de cura resistiram ao tempo e ainda hoje são buscadas por pessoas de todas as classes sociais e níveis de instrução. Em Ponta Grossa a chegada das ferrovias, ocorrida na década final dos Oitocentos, possibilitou a abertura de estabelecimentos farmacêuticos, trouxe profissionais de odontologia, enfermagem, farmácia e medicina e contribuiu para que a cidade contasse com dois grandes hospitais já no começo do século XX: o Hospital Ferroviário 26 de Outubro (1906) e a Santa Casa de Misericórdia (1912). A partir desse momento os anúncios de jornais locais indicam a existência de um considerável número de farmácias, consultórios odontológicos e médicos, apontando para o avanço das ações sanitárias científicas na cidade. Ao longo do tempo, saberes e práticas populares de cura dividiram espaços com estabelecimentos e profissionais ligados a uma percepção científica de saúde. Nesta exposição abrimos espaço que contempla apenas o conhecimento técnico, acadêmico e científico. Provavelmente, qualquer pessoa que visite a exposição “Salus: Histórias da saúde em Ponta Grossa” vai encontrar objetos e espaços que parecem familiares, recordar histórias vividas ou narradas por algum amigo ou antepassado. Seringas, frascos, equipos, receituários, mobílias hospitalares, almanaques, balanças, entre outros objetos, estão presentes em nossas vidas desde que nascemos, mas é importante perceber que antes dos dentistas, farmacêuticos, médicos, enfermeiros e bioquímicos, havia os curandeiros, as parteiras, as benzedeiras e rezadeiras. As práticas terapêuticas científicas, portanto, não são naturais, mas foram concebidas e incorporadas a partir de um longo processo educacional, social e cultural.

 

INTELECTUALIDADES: A trajetória de Wilson Martins

Wilson Martins foi juiz de direito, jornalista, professor universitário, locutor de rádio, escritor, crítico literário e um dos maiores intelectuais brasileiros do século XX. Apesar de não ter nascido no Paraná, foi aqui que passou a maior parte da sua vida e elegeu o estado como objeto de uma de suas obras referenciais: Um Brasil diferente (1955). A exposição coloca o espectador dentro de um espaço privilegiado: o escritório onde o intelectual produziu boa parte de seus textos e deu vida às suas ideias transformando-as em artigos, colunas e livros.

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