Instituições e sujeitos: saberes e práticas
Da mesma forma que se busca pensar a relação entre cultura e identidades como um problema a ser colocado às investigações, Instituições e sujeitos: saberes e práticas – os termos definidores das preocupações desta linha – não são tomados como associações mecânicas ou causais, mas sim como elementos de problemáticas a serem debatidas teórica e empiricamente.
Busca-se, assim, problematizar a própria relação entre esses atores e as instituições, rompendo com as explicações que objetivam tão-somente os processos de sujeição/repressão que agem sobre o indivíduo, focando, também, o próprio caráter ambíguo e complexo das relações entre atores e instituições – relações que geram violências, conflitos, resistências, negociações e, não menos, identidades. Em outros termos, trata-se aqui de investigar as articulações e/ou relações possíveis (posto que culturais e, portanto, históricas) entre indivíduos/sujeitos/atores sociais e instituições e que se constituem como produtoras de identidade, imposta ou resistente, manifesta em diferentes práticas sociais/culturais e cujos códigos e regras de compreensão, consumo e apropriação são apreensíveis pela pesquisa e reflexão historiográficas.
Assim, órgãos oficiais, agregações da cultura tradicional, saberes médicos, práticas educacionais, festas religiosas, grupos étnicos, modelos de viver e/ou trabalhar na cidade e no campo, são, entre outras, algumas das possibilidades interpretativas que podem permitir empreender estudos sobre cultura e identidades no âmbito desta linha de pesquisa.
Docentes
- Edson Armando Silva
- Georgiane Garabely Heil Vázquez
- Ilton Cesar Martins
- Janaína de Paula do Espírito Santo
- Luis Fernando Cerri
- Maria Paula Costa
- Robson Laverdi
- Rosângela Wosiack Zulian
Discursos, representações: produção de sentidos
Esta linha de pesquisa agrega estudos sobre discursos e representações concebidos como práticas culturais indissociáveis dos modos de produção de sentidos. A cultura – no plural – é entendida como um processo ativo e dinâmico de significação do mundo social, natural e supranatural, o qual configura historicamente as identidades e diferenças individuais e coletivas nos planos da vida material e espiritual, das produções do ideário, do imaginário e do simbólico. A partir de variadas concepções teórico-metodológicas, as pesquisas enfatizam os processos vivenciados por diferentes sujeitos em suas trajetórias singulares e experiências heterogêneas; processos esses em que operam as diversas mediações constitutivas do “real”, quer dizer, as formas de sua percepção, enunciação e semiotização, apreendidas na contingência das relações de saber-poder. Assim, a pesquisa das lógicas de produção, circulação e recepção de discursos e representações sobre a natureza, o sagrado, a cultura escrita – entre outros temas observados a partir de variadas escalas espaço-temporais – permite a problematização de objetos situados no cruzamento de diferentes campos da história, em torno de um eixo comum e central: o das relações entre culturas e processos identitários.
Docentes:
- Alessandra Izabel de Carvalho
- Claudio Luiz Denipoti
- Erivan Cassiano Karvat
- Maria Julieta Weber Cordova
- Névio de Campos
- Niltonci Batista Chaves
- Patrícia Camera Varella
- Rosângela Maria Silva Petuba
Professores Colaboradores
Instituciones y sujetos: saberes y prácticas
De la misma manera que buscamos pensar la relación entre cultura e identidades como un problema a plantear a las investigaciones, Instituciones y sujetos: conocimientos y prácticas -los términos definitorios de la preocupación por esta línea- no se toman como asociaciones mecánicas o causales, sino como elementos de problemáticas a discutir teórica y empíricamente.
Se trata, pues, de problematizar la propia relación entre estos actores y las instituciones, rompiendo con las explicaciones que apuntan sólo a los procesos de sometimiento/represión que actúan sobre el individuo, centrándose también en el carácter tan ambiguo y complejo de las relaciones entre actores e instituciones, relaciones que generan violencia, conflictos, resistencias, negociaciones y, no menos importante, identidades. En otros términos, se trata aquí de investigar las posibles articulaciones y/o relaciones (dado que son culturales y, por tanto, históricas) entre individuos/sujetos/actores sociales e instituciones y que se constituyen como productores de identidad, impuesta o resistente, manifestada en diferentes prácticas sociales/culturales y cuyos códigos y reglas de comprensión, consumo y apropiación son aprehensibles por la investigación y reflexión historiográfica.
Así, los organismos oficiales, las agregaciones de cultura tradicional, los saberes médicos, las prácticas educativas, las fiestas religiosas, los grupos étnicos, los modelos de vida y/o trabajo en la ciudad y en el campo, son, entre otras, algunas de las posibilidades interpretativas que pueden permitir emprender estudios sobre cultura e identidades en el ámbito de esta línea de investigación.
Discursos, representaciones: producción de sentidos
Esta línea de investigación agrega estudios sobre discursos y representaciones concebidos como prácticas culturales inseparables de los modos de producción de sentidos. La cultura -en plural- se entiende como un proceso activo y dinámico de significación del mundo social, natural y supranatural, que configura históricamente las identidades y diferencias individuales y colectivas en los planos de la vida material y espiritual, de las producciones de lo imaginario y lo simbólico. Desde diversas concepciones teóricas y metodológicas, la investigación enfatiza los procesos experimentados por los distintos sujetos en sus singulares trayectorias y heterogéneas experiencias; procesos en los que operan las diversas mediaciones constitutivas de lo “real”, es decir, las formas de su percepción, enunciación y semiotización, aprehendidas en la contingencia de las relaciones de saber-poder. Así, la investigación de las lógicas de producción, circulación y recepción de los discursos y representaciones sobre la naturaleza, lo sagrado, la cultura escrita -entre otros temas observados desde diversas escalas espacio-temporales- permite la problematización de objetos situados en la encrucijada de diferentes campos de la historia, en torno a un eje común y central: las relaciones entre culturas y los procesos de identidad.
Institutions and individuals: knowledge and practices
In the same way that we seek to think of the relationship between culture and identities as a problem to be posed to investigations, Institutions and subjects: knowledge and practices – the defining terms of concern for this line – are not taken as mechanical or causal associations, but rather as elements of problematics to be discussed theoretically and empirically.
Thus, we seek to problematize the very relationship between these actors and the institutions, breaking with explanations that focus only on the processes of subjection/repression that act upon the individual, focusing also on the ambiguous and complex character of the relationships between actors and institutions – relationships that generate violence, conflicts, resistance, negotiations, and, not least, identities. In other terms, it is a matter here of investigating the articulations and/or possible relations (since they are cultural and, therefore, historical) between individuals/subjects/social actors and institutions, and which constitute themselves as producers of identity, imposed or resistant, manifested in different social/cultural practices and whose codes and rules of understanding, consumption, and appropriation are apprehensible by historiographical research and reflection.
Thus, official bodies, aggregations of traditional culture, medical knowledge, educational practices, religious festivals, ethnic groups, models of living and/or working in the city and in the countryside, are, among others, some of the interpretative possibilities that may allow us to undertake studies on culture and identities within the scope of this line of research.
Discourses, representations: production of meanings
This line of research aggregates studies on discourses and representations conceived as cultural practices inseparable from the modes of sense production. Culture – in the plural – is understood as an active and dynamic process of signification of the social, natural and supranatural world, which historically shapes the individual and collective identities and differences in the plans of material and spiritual life, of the productions of the imaginary and symbolic. From various theoretical and methodological conceptions, the research emphasizes the processes experienced by different subjects in their singular trajectories and heterogeneous experiences; processes in which the various constitutive mediations of the “real” operate, that is, the forms of its perception, enunciation, and semiotization, apprehended in the contingency of the relations of knowledge-power. Thus, the research on the logic of production, circulation and reception of discourses and representations about nature, the sacred, the written culture – among other themes observed from various space-time scales – allows the problematization of objects located at the crossroads of different fields of history, around a common and central axis: the relations between cultures and identity processes.