História

             HISTÓRIA DA GRADUAÇÃO

              O curso de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa foi criado em abril de 1985 e iniciou suas atividades em agosto do mesmo ano. Estruturado inicialmente dentro de um regime de crédito semestral com dois ingressos anuais, o Curso de Jornalismo recebeu, até 1990, nove turmas. A falta de uma estrutura adequada e a ausência de investimentos em equipamentos caracterizaram os primeiros anos de atividade. No início da década de 1990, o curso passa para o regime seriado anual, com apenas um ingresso de 40 alunos. Algumas mudanças passam a modificar, desde então, o perfil do Jornalismo UEPG.

             Em 1991, o curso lança aquele que seria o seu produto com mais tempo de existência: o impresso Foca Livre. Com mais de 220 edições produzidas, o jornal circula por Ponta Grossa e região, sendo produzido de forma laboratorial pelos estudantes e traz notícias de interesse público para a comunidade local há mais de 30 anos, inovando nos modelos de diagramação e acompanhando a evolução do jornalismo impresso.

             A partir de 1996, inicia-se uma série de contratações através de concursos públicos. A pesquisa passa a ser encarada como um fator importante, provocando um salto qualitativo na formação acadêmica (em agosto de 96, a graduação registra os primeiros quatro projetos de iniciação à pesquisa científica da história de Jornalismo na UEPG).

             No novo milênio, ao seguir as movimentações do mercado de trabalho no jornalismo, a graduação iniciou a adequação de acordo com as novas demandas, tendo a parte prática cada vez mais presente na vida dos acadêmicos. Houve a criação de novos produtos como base para a produção jornalística na vida dos acadêmicos e acessíveis para toda a comunidade, como o telejornal Correspondente Local, o radiojornal Ponto da Notícia, o programa de entrevistas Papo Periódico, o programa Crítica de Ponta, a revista Nuntiare e o site Periódico UEPG, onde circulam todas as produções do curso.

             Além dos produtos jornalísticos do Jornalismo UEPG, também há a oferta de projetos de extensão, que envolvem o acadêmico em atividades extracurriculares que incentivam a produção jornalística, como o Foca Foto e o Lente Quente, projetos de fotojornalismo, criados no início da 2010, além do Jornalismo e Gênero, Cultura Plural e ELOS (projeto voltado aos direitos humanos).

             Também já foram feitos programas especiais como a cobertura de eleições, realizada desde 2006 e o Boletim Covid-19, que auxiliou na informação sobre a doença na pandemia. 

             Os eventos também fazem parte do ano letivo do Jornalismo UEPG, como a Semana de Comunicação, com palestras e visitas para aprofundar o conhecimento em diferentes áreas do jornalismo e a Semana de Integração e Resistência, com debates sobre direitos humanos, racismo e questões sociais.

             Em relação à estrutura, o curso sempre buscou junto à administração a ampliação dos investimentos, o que na maioria das vezes não aconteceu. Jornalismo UEPG se caracteriza por lutas pontuais, objetivando laboratórios, contratações de professores, compra de equipamentos e incentivo à produção acadêmica, esta última sofrendo desgastes com más gestões de governos estaduais e da própria Universidade.

             Mesmo com dificuldades em alguns momentos, a graduação de Jornalismo UEPG recebeu diversos prêmios na última década, como o prêmio Luiz Beltrão, na categoria Inovação, em 2012. Além disso, acadêmicos foram premiados e reconhecidos por pesquisas produzidas no curso. Prêmios como o Sangue Novo, Intercom, Evento Anual de Iniciação Científica, prêmios na área de Folkcomunicação, Prêmio Marques de Mello, Prêmio Adelmo Genro Filho e Prêmio Pão de Açúcar, são algumas das premiações recebidas por graduandos de Jornalismo UEPG. 

            Até 2023, o curso já formou mais de 800 jornalistas. Alguns nomes que possuem relevância no jornalismo regional e até mesmo nacional são formados na UEPG como Eduardo Ribeiro (apresentador da RecordTV), Katia Brembatti (presidente da ABRAJI e repórter investigativa), Rodrigo Menegatti (repórter especializado em jornalismo de dados), Roberto Benti (cartunista); José Tramontin (fotógrafo esportivo), Thaís Belleze (apresentadora de telejornais estaduais); Sandro Carrilho (diretor do impresso Página Um), Bruna Bronoski, André Salustiano, Maharra Laurindo e Janaína Castilho (repórteres), Raylanne Martins (apresentadora da Rede Massa), dentre outros.

            O curso, desde seus primórdios, também possui forte atuação e reconhecimento na área de Pesquisa e Extensão, com a participação em diversos projetos e instituições de pesquisa como a FENAJI, Rede Folkcomunicacao, SPPJOR, Intercom, entre outros, sendo o curso uma importante referência em pesquisas acadêmicas de jornalismo nacionalmente.

            Vários nomes formados no Jornalismo UEPG, hoje possuem um currículo extenso na área de pesquisa como Débora Lopes (pesquisador de rádio), Emerson Cervi (pesquisador), Michele Massushin (coordenadora do PPGCOM/UFPR); Karina Janz Woitowicz (folkcomunicação e direitos humanos), Cintia Xavier e Graziela Bianchi, dentre tantos nomes.

            A cada ano, cerca de 30 a 40 calouros adentram ao curso. Esses estudantes vêm não só de Ponta Grossa, mas de todo o Paraná, da região Sul e de outros estados brasileiros. As produções científicas e laboratoriais de professores e alunos têm destacado o curso da UEPG em diversos espaços e iniciativas da área em nível local, estadual e nacional, sendo o curso nota 4 no ENAD, uma das maiores da Universidade Estadual de Ponta Grossa e do Paraná.

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