
Palestra e Aula Técnica de Balística na UEPG reúne acadêmicos e especialistas
Na última sexta-feira, dia 23 de maio de 2025, os acadêmicos da disciplina de Medicina Legal do curso de Bacharelado em Direito da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) participaram de uma palestra e aula técnica com o tema: “Balística: armas de fogo, munições e suas nuances jurídicas”, ministradas pelo Coronel Edgar Marcelo de Oliveira Pereira, perito em balística e instrutor de tiro das Forças Armadas.
Com vasta experiência na área, incluindo participações em campeonatos de tiro e atuação como especialista em perícias balísticas, o convidado especial proporcionou aos estudantes uma vivência prática e altamente especializada sobre um dos temas mais complexos das Ciências Forenses. A atividade foi realizada no Pequeno Auditório do Campus Central da UEPG e contou com a presença de 60 estudantes, que lotaram o espaço, demonstrando grande interesse pelo tema.
A palestra e aula técnica foram marcadas por uma condução divertida, extrovertida, com uso de recursos multimídia, além de manterem um elevado rigor científico e aprofundamento técnico, tornando a experiência dinâmica, acessível e instigante para os participantes.
Durante a exposição, o Coronel Edgar apresentou diferentes tipos de armas e munições, esclarecendo aspectos técnicos e jurídicos envolvidos nas perícias criminais que lidam com armamentos. Demonstrando o manuseio dos materiais e contextualizando o uso forense das evidências balísticas, a aula aprofundou o conhecimento dos discentes sobre temas como identificação de projéteis, trajetórias balísticas e interpretação de vestígios em cenas de crime.
O Coronel Edgar também compartilhou sua percepção sobre a importância de eventos como esse para os futuros operadores do Direito:
“Levar o conhecimento técnico da balística para o meio jurídico é fundamental. Muitas vezes, uma perícia balística bem conduzida pode ser decisiva para a elucidação de um caso. Ver estudantes de Direito interessados em compreender esses aspectos demonstra que estamos caminhando para um Judiciário mais preparado para lidar com a prova técnica de forma crítica e consciente.”
A acadêmica Gabriela Melo, que acompanha assiduamente as atividades da disciplina, comentou sobre a importância da experiência:
“Foi uma experiência incrível. A forma como o conteúdo foi apresentado, de maneira clara, dinâmica e aprofundada, fez com que todos nós conseguíssemos visualizar como a balística é aplicada na prática forense. A presença do Coronel Edgar nos mostrou o quanto esse conhecimento é essencial para quem deseja atuar com seriedade e preparo no Direito Penal ou na área pericial.”
A acadêmica Maria Luiza Mello Fontoura de Souza também destacou a relevância do evento para sua formação jurídica:
“Vivenciar uma aula como essa é perceber que o Direito não se limita aos livros. O contato com a prática forense nos mostra o quanto é necessário compreender aspectos técnicos para interpretar corretamente as provas nos processos judiciais. A balística, por exemplo, envolve muito mais do que imaginamos, e entender como funcionam as armas e os projéteis amplia nossa capacidade crítica e jurídica. Foi uma oportunidade valiosa para todos nós.”
O acadêmico João Eudes Cruziniani, estudante assíduo da disciplina e presente em todas as aulas práticas, compartilhou sua visão:
“Sou um admirador e estudioso do tema das armas e munições, e vejo com muita clareza o quanto esse conhecimento técnico contribui para a formação do bacharel em Direito. Entender os fundamentos práticos da balística permite que compreendamos melhor os laudos periciais e reforça o papel do advogado ou jurista na interpretação da prova técnica.”
Além dos acadêmicos, o evento contou com a presença da Técnica de Perícia da Polícia Científica do Paraná e egressa do Curso de Direito da UEPG, Dra. Gabriela Lippel, que compartilhou sua experiência profissional e destacou a relevância da disciplina de Medicina Legal voltada para as Ciências Forenses:
“Tudo o que é trabalhado nesta sistemática é de extrema importância para a atuação profissional no campo da perícia. Essa disciplina deveria ser valorizada desde o início da graduação, pois traduz, na prática, o que o Direito tantas vezes precisa compreender em profundidade.”
O Professor Dr. Everson Manjinski, responsável pela disciplina, destacou o valor da atividade como um elo entre teoria e prática:
“A presença do Coronel Edgar foi uma oportunidade única de imersão no universo da balística forense. Ao demonstrar as técnicas utilizadas na análise de munições e armas de fogo, ele contribuiu significativamente para a formação crítica e técnica dos nossos acadêmicos.”
A iniciativa reforça o compromisso do curso de Direito da UEPG com uma formação jurídica interdisciplinar e conectada com a realidade pericial, ampliando a compreensão dos estudantes sobre os diversos campos das Ciências Forenses aplicadas ao Direito.