IESOL & USF –SETI: O Poder da União Solidária Vº Capítulo

IESOL & USF –SETI: O Poder da União Solidária Vº Capítulo

Com o final de ano chegando também é hora de alguns ciclos se encerrarem.

Em uma série de cinco reportagens, a IESOL orgulhosamente mostrará como nossas alunas deixaram sua marca na comunidade pontagrossense utilizando os princípios e valores da Economia solidária em seus projetos de intervenção em 2022. Os projetos integram a grade curricular do curso de Serviço Social da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e atendem os objetivos do programa Universidade Sem Fronteira (USF- SETI), idealizado para fortalecer os vínculos entre a academia e a comunidade.

Na reportagem de hoje iremos conhecer o projeto de intervenção “Economia Solidária Expandindo os Horizontes para Jovens da Socioeducação pelas Lentes da Arte” da aluna Maria Eduarda Solano Baptista.

Educar é devolver a humanidade

Origamis produzidos pelos jovens do CENSE. Foto: Luiza Benck

O Centro de Socioeducação Regional de Ponta Grossa (CENSE) localizado na rua Olavo de Paula Barbosa abriga vários jovens definidos legalmente como “privados de liberdade”. Os meninos encaminhados para lá em decorrência de infrações cometidas são cerceados de boa parte do que entendemos como uma vida normal.

Com um projeto de três partes que culminou em show de talentos para os participantes, a iesolense Maria Eduarda Solano Baptista escolheu o caminho da arte para promover de maneira prática e divertida os princípios da economia solidária a esses adolescentes que cumprem medidas socioeducativas no CENSE.

Para planejar as dinâmicas do projeto, Baptista partiu de um princípio simples, mas com um poder imenso: a empatia. “Para evitar uma postura didática e convencional na maneira de passar o conteúdo, o que poderia dispersá-los, pensei em como eu gostaria de receber esses princípios. O que me levou ao potencial interativo da música e da arte como um todo”, compartilha a aluna de Serviço Social.

Entre o final de outubro e o começo de novembro, os encontros no CENSE foram divididos entre a introdução aos princípios da economia solidária, elaboração das performances artísticas baseadas nesses princípio, ensaios e o grande dia das apresentações no show de talentos.

“Me surpreendeu muito como eles captaram as idéias de uma forma quase intuitiva. Eles ficaram muito gratos por ter a oportunidade de poder se expressar através das dinâmicas e aproveitaram cada parte do projeto para usar essa pulsão criativa”, comenta Baptista ao lembrar dos dias no CENSE.

Maria Eduarda Solano Baptista. Foto: Yuri A.F. Marcinik

Ver como a teoria se comporta na prática fez Maria Eduarda considerar essa experiência como algo indispensável para a formação de assistente social. Especilamente levando em conta as avaliações dos participantes. “Um deles mencionou como o projeto havia devolvido a ele a esperança de seguir em frente e de ser ele mesmo”.

Baptista descreve o sentimento de troca de experiência com os jovens do CENSE foi mutuamente gratificante. “Vendo a criatividade que eles demonstraram eu vejo que, ainda que oficialmente eu que estivesse lá para ensinar a eles os princípios da economia solidária, ao final eu sinto que eu que aprendi com eles”, conclui sorridente Maria Eduarda.

O projeto “Economia Solidária Expandindo os Horizontes para Jovens da Socioeducação pelas Lentes da Arte” encerra nossa série de reportagens “IESOL & USF –SETI: O Poder da União Solidária”. Você pode conferir os capítulos I, II, III e IV (colocar hiperlinks) clicando nos links.

Por Yuri A.F. Marcinik

 

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