Professor de História, Ilton Martins, é entrevistado às 14h do dia 29 de março por estudantes de Jornalismo da UEPG
Quarta, 29, o professor do curso de História da UEPG, Ilton Martins, tem uma entrevista coletiva sobre “Escravidão e presença negra nos Campos Gerais”. Martins é graduado em História (2000) e especialista em História do Brasil (2003) pela Faculdade Estadual de Filosofia Ciências e Letras de União Vitória. Mestre (2005) e Doutor (2011) em História: Cultura e Poder pela Universidade Federal do Paraná. Foi professor adjunto na Universidade Estadual do Paraná (Unespar), campus de União da Vitória e é Pós-Doutor pelo programa de pós-graduação em História da UEPG com bolsa da CAPES.
Ilton participa do grupo de pesquisa “Escravidão, mestiçagem, trânsito de culturas e globalização – séculos XV a XIX”, estuda a escravidão negra na Província do Paraná, em especial a criminalidade, a lei e a justiça no século XIX, leciona na UEPG desde 2021, compõe a diretoria do MCG desde 2022 e pesquisa os tropeiros como mediadores culturais nos Campos Gerais.
Para o docente, na medida em que o estado assumir plenamente o enfrentamento da política racial, isso deve ser um pacto social para vigorar. “É importante discutir racismo e democracia, porque não existe democracia numa sociedade racista. Se o Brasil é uma democracia em que ainda existe racismo, então nós somos uma democracia incompleta”, explica o professor.
O diretor declara que quando o Estado negou o acesso de terras aos negros, em 1888, negou tambem a educação, o direito dos negros produzirem mais cultura e o acesso a liberdade sem a estrutura necessária. “Se a gente acompanha um pouco da trajetória histórica do estado brasileiro, nós vemos que ele foi capaz de gerar políticas raciais e que tiveram profundas consequências para a população negra no território brasileiro”, diz.
A quarta edição do Ciclo Descomemorar Golpes debate os desafios das relações democráticas, da educação e dos direitos humanos por meio dos vestígios de regimes totalitários no Brasil. Além disso, essa edição pauta os 200 anos de Ponta Grossa.
O evento, promovido pelo curso de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), iniciou segunda, 27, com a exposição fotográfica “Cidade em Curso: arquivos de reportagem (Ponta Grossa, 1980-2000)” e vai até o dia 31 desse mês. Terça (28), às 19h, os palestrantes Lorena Zomer, Pedro Miranda e Volney Campos comentam a “Intentona golpista da extrema-direita de 08/01 contra a democracia brasileira”, no mini auditório de Humanas, no campus central.
Quinta, 30, às 17h, o projeto Cultura Plural apresenta uma mostra de documentários no laboratório de telejornalismo. No mesmo dia, às 19h, o professor Evanir Pavloski debate o tema “Revisitando a distopia golpista em: Não verás país nenhum”, livro de Ignácio de Loyola Brandão.
Na sexta, 31, os jornalistas Osni Gomes e Neomil Macedo discutem a “História da Mídia Regional”, às 9h. O encerramento da quarta edição do Ciclo Descomemorar Golpes acontece às 19h, no hall do bloco B, com o lançamento da Olaria Cartonera e do livro “Uma casa em PG”, de Antonio Paulo Benatte.