O setor de digitalização do MCG ampliou o ritmo de trabalho sobre acervo que revela um século da história da imprensa nos Campos Gerais. Em breve, o repositório online Memórias Digitais começa a disponibilizar de forma online os primeiros resultados de tratamento dessa coleção cedida pela Casa da Cultura de Castro (PR), no ano passado.
O acervo possui ao menos 58 títulos jornalísticos editados em Castro, Ponta Grossa, Guarapuava, Telêmaco Borba, Jaguariaíva, Piraí do Sul e outras localidades. Os periódicos diários, semanais e quinzenais abrangem o período de 1895 a 1995 e dividem-se em publicações estudantis, comerciais, étnicas, culturais, educativas, políticas e de comunidades agrícolas.
Um dos segmentos expressivos é o de jornais religiosos, destaca o coordenador de digitalização do MCG, o doutorando em Geografia (UEPG/Capes) João Paulo Leandro de Almeida. Ele desenvolveu nos Arquivos Históricos Hugo Reis ao longo dos últimos meses um protótipo de scanner que permite fotografar páginas que ultrapassam as dimensões adotadas em padrões atuais de imprensa.
O diretor do MCG, Niltonci Batista Chaves, considera como um dos maiores ‘achados’ do acervo a edição de O Escalpello, de 1908. Ao lado de publicações como O Reclame, o jornal pertence ao mesmo período de surgimento de O Progresso, em 1907, em Ponta Grossa. Algumas das publicações em fase de digitalização aparecem na análise de Silvia Araújo e Alcina Cardoso no livro “Jornalismo e Militância Operária” (Editora UFPR, 1992).
Os trabalhos de digitalização contam com apoio logístico de Roberto Menezes Kowal, secretário geral do MCG, auxílios de arquivamento de Estanislava Viglus e da estagiária do curso de História da UEPG, Gabriele Alessandra Lima Pedroso. Os dados técnicos sobre o inventário do acervo fazem parte da pesquisa de iniciação científica júnior do estudante de ensino médio, João Franciso Prado, sob orientação do professor Rafael Schoenherr.
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