Formação qualifica participantes em Tecnologia Social da Memória
Começa na segunda-feira, 13 de junho, a formação de Educação a Distância (EAD) em Tecnologia Social da Memória (TSM) para integrantes da equipe técnica e de apoio do Museu Campos Gerais. Isso porque o MCG foi selecionado em edital do Museu da Pessoa, sediado em São Paulo, com oferta de vagas para a cidade de Ponta Grossa.
O curso ocorre nos meses de junho e julho e propõe o ensino de metodologia de trabalho que possa ser aplicada em outras instituições. O objetivo é que as organizações participantes criem Núcleos Museu da Pessoa, iniciativas independentes que, a partir da aplicação da TSM, promovem ações locais e ininterruptas de produção, preservação e disseminação de histórias de vidas.
A expectativa é de que, com a capacitação, o Museu Campos Gerais possa avaliar criação de um Núcleo Museu da Pessoa a fim de democratizar a memória social, utilizando acervos e histórias de vida para promover ações colaborativas com a comunidade. Participam do curso o residente técnico da UEPG no MCG Giuvane de Souza Klüppel, a pesquisadora e graduanda em História Gabriele Alessandra Lima Pedroso, a estagiária no MCG e graduanda em História Andriéli Gmach e a bolsista do projeto de extensão Ações Culturais no MCG e graduanda em Jornalismo Lívia Souza Santos.
Museu da Pessoa
Fundado em 1991, o Museu da Pessoa é um espaço virtual e colaborativo de histórias de vida que aceita a cooperação de qualquer pessoa. Conforme a própria organização, o propósito do museu é permitir que todas as pessoas tenham o direito e a possibilidade de que sua história de vida seja socialmente reconhecida como fonte de conhecimento e eternizada na instituição. Com programações culturais de exposições, mostras colaborativas, podcasts e cursos, a instituição apresenta diversos pontos de vista sobre diferentes temas a partir das mais de 18 mil histórias de vida em seu acervo.
O Museu da Pessoa já recebeu 16 prêmios nas esferas de memória empresarial, inclusão digital e educação. Além disso, dados levantados entre 2018 e 2020 com usuários de sua plataforma digital e pessoas formadas na Tecnologia Social da Memória mostram que o contato com diferentes histórias de vida pode contribuir para o combate à intolerância. Segundo o levantamento, 98,9% dos usuários atribuíram ao contato com histórias de vida do Museu da Pessoa a ampliação de sua empatia com outras pessoas, enquanto 98% relatam ter percebido sua relevância social e se sentido motivado a combater a intolerância.
Tecnologia Social da Memória
A Tecnologia Social da Memória foi desenvolvida em 2005, em uma parceria entre o Museu da Pessoa, a Fundação Banco do Brasil e a AbraVideo. Criada para incentivar pessoas e organizações a efetuarem projetos coletivos de memória a partir de histórias de vida, a metodologia visa auxiliar o enfrentamento de problemas comunitários por meio da promoção de impacto social utilizando como recurso educativo e acessível as histórias de cada pessoa. A partir dos projetos coletivos de memória, a TSM tem como objetivo estimular processos de mudança nas relações sociais por meio da elaboração, organização e socialização de histórias de vida, as compreendendo enquanto fonte de conhecimento.