Mostra de história regional marcou retorno e ampliação do público após a pandemia
O público tem até o próximo sábado (22) para conhecer ou rever a mostra Memórias Entrelaçadas, em cartaz desde março no Museu Campos Gerais, da Universidade Estadual de Ponta Grossa. A exposição pode ser vista de forma gratuita das 9h às 11h30 e das 13h30 às 17h. O museu funciona de terça a sábado. Mais de 3,5 mil pessoas de diferentes cidades e estados já passaram pela exibição que traz documentos e peças que destacam momentos importantes da produção cultural local e regional desde início do século XX.
Dividida em seis núcleos temáticos, a exposição apresenta parcialmente acervos que chegaram ao museu ou começaram a ser pesquisados e organizados no período de pandemia. É o caso de câmeras, negativos fotográficos, livros de controle e imagens do Foto Elite e do Foto Carlos. A trajetória do teatro em Ponta Grossa ganha relevo na documentação dos acervos do Fenata (Festival Nacional de Teatro de Ponta Grossa) e do publicitário Fernando Durante, falecido no ano passado. A história da imprensa se revela em exemplares de periódicos advindos da Casa da Cultura de Castro e que remetem ao jornalismo praticado nos Campos Gerais desde a virada para o século XX. A exposição presta, ainda, homenagem ao primeiro reitor da UEPG, professor Alvaro Cunha Rocha.
Visitação diversificada
Memórias Entrelaçadas não tem limite de idade para visitação. Com sete meses em cartaz, já participaram de visitas mediadas escolas, colégios, grupos sociais, estudantes e pesquisadores da UEPG e de outras instituições. Em setembro, a mostra recebeu crianças dos Centros Municipais de Educação Infantil. Já em outubro foi a vez de estudantes do Colégio Estadual do Campo Professora Fabiana Pimentel, de Castro. Em junho, sotaques vindos de países como Peru, Venezuela, Espanha e Haiti se misturaram às informações sobre história local, com visita de grupo de migrantes e refugiados organizado pela Caritas Diocesana. Em maio, foi a vez de pessoas assistidas pelo Asilo São Vicente de Paulo compartilharem memórias com o museu.
Um dos aspectos que facilita e incentiva o contato com as informações para um público cada vez mais diversificado foi a instalação na exposição de vídeo e de QRCode em vários dos painéis, o que permite acesso a conteúdo audiovisual e textos complementares. Nesta última semana em cartaz, passa a ficar disponível também, em fase experimental, o acesso a áudio para visita guiada – tecnologia desenvolvida por estudantes de Jornalismo do projeto de extensão Ações Culturais no MCG.
Doações e montagem coletiva
A exposição ressalta o papel das pessoas e instituições que procuram o MCG para doação, guarda ou aquisição de acervos. Os materiais em exibição chegaram pelas mãos de Edite Franke e Roberto Jendreieck (Foto Carlos); Domingos Silva Souza e Elaine Javorski (Foto Elite); Ronie Cardoso Filho (jornais da Casa da Cultura de Castro); Suzane Maria do Prado (Alvaro Cunha Rocha); Maria Fernanda, Fernando, Clara e Marina Durante, Casa da Memória Paraná (Fernando Durante) e Dac/Proex (Fenata).
A produção da mostra envolveu trabalhos compartilhados de pesquisa, seleção e expografia. A coordenação da montagem ficou por conta dos então professores do Departamento de Artes da UEPG, Arthur Calheiros Amador e Marcio José Campos Monteiro. A equipe contou com estudantes de ensino médio (bolsistas Pibic Jr./CNPq), residente técnico (Gestão Cultural/Unespar), estagiários, extensionistas, pesquisadores de iniciação científica (Fundação Araucária) e voluntários dos cursos de História, Jornalismo e Artes Visuais, além de pesquisadores do Mestrado Acadêmico em História e do doutorado em Geografia (bolsa Capes). Em todas as etapas, participaram também agentes técnicos da equipe do MCG.
Serviço:
Exposição Memórias Entrelaçadas no Museu Campos Gerais
em cartaz até 22 de outubro
Horário: de terça a sábado, das 9h às 11h30 e das 13h30 às 17h.
Endereço: Rua Engenheiro Schamber, 686.
Contato: museucamposgerais@uepg.br
Telefone: (42) 3220-3470.
Visita gratuita.
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