Cheiro de pipoca no ar

Cheiro de pipoca no ar

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Há 17 anos, Ademir do Rocio Correia, o Pipow, faz amizades vendendo pipoca em frente a um colégio em Ponta Grossa

Se formos pronunciar a palavra people, (pessoas, povo do inglês), o som sai pipow. E Pipow é o apelido de um simpático pipoqueiro que há 17 anos arrebenta os grãos de milho para se tornarem pipoca e fazer desse rito o sustento de sua vida. Ademir do Rocio Correira dá vez para Pipow, que conversa com a criançada com muito bom humor e sempre cuidadoso com a clientela na saída de um colégio em Ponta Grossa; um homem franzino, divorciado e pai de três filhos que entre uma panelada e outra tem muita história para contar.

Eu conheci o pipoqueiro quando passava de segunda à sexta-feira de ônibus na rua do Colégio Marista. Enquanto observava aquela cena, me despertava a curiosidade em saber como era a rotina e a vida daquele trabalhador que ali estava e, a partir daí, iniciava a minha trajetória para contar a história do vendedor de pipocas. O primeiro passo para entrar em contato com Ademir foi através de um número de telefone repassado por um colega de trabalho que tem a filha que estuda naquele colégio. Deixo uma mensagem por WhatsApp e o retorno não poderia ser outro: “Olá, muito prazer! Meu nome é Ademir, mas as pessoas me chamam de Pipow. A gente tem bastante bagagem, muitas experiências para o meu crescimento, para o seu crescimento e não para o nosso egoísmo. Colocando sempre a nossa personalidade, colocando sempre os princípios acima da nossa personalidade”. E personalidade é o que não falta.

Na primeira conversa que marcamos, ele me recebeu com um sorriso largo e como se fossemos amigos de longa data, já deixou claro que estava passando por um procedimento odontológico, onde está refazendo a arcada dentária (espero que não tenha sido causada por uma daquelas cascas soltas do milho que insistem em perfurar e se alojar na gengiva). 

Pipow é nascido e criado em Ponta Grossa, especificamente na região do bairro Nova Rússia, onde mora na Rua Minas Gerais com sua filha e seu neto. Ele inicia sua rotina no período da tarde, percorrendo o caminho da sua casa até o Jardim Carvalho para iniciar as vendas.

As pipocas de pipow têm dois tamanhos e custam de R$ 7 e R $10. No passado, deixou o emprego de conferente de depósito, ofício exercido há quatro anos, nas Casas Pernambucanas para ser autônomo para ter satisfação pessoal em outra atividade e reconheceu no comércio de saquinhos de pipoca uma possibilidade da vida tomar outros contornos. ”Nasceu a fé no meu coração e perto da minha casa tinha uma carroça de pipoca numa chácara, a carroça estava meio abandonada e comprei por 18 cruzados. E assim, iniciei a vida de pipoqueiro em um ponto perto da universidade.”, afirma.

Ficou curioso em saber como é a vida do Pipow? Leia a reportagem na íntegra na próxima edição impressa da Revista Nuntiare

 

Ficha técnica:

Reportagem e imagem: Luiza Nogueira

Edição e Publicação: Luiza Nogueira

Supervisão de produção: Marcos Zibordi

Supervisão de publicação: Candida de Oliveira e Muriel E. P. Amaral


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