Os microfones que contam a história do futebol em Ponta Grossa

Os microfones que contam a história do futebol em Ponta Grossa

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Conheça as três rádios esportivas que cobrem o Operário Ferroviário e como estão ameaçadas de fecharem 

Há muitos anos a população tomou gosto pelo futebol esporte e os que não podiam acompanhar seus times de dentro dos estádios, acompanhavam pelo único meio que levava as informações das partidas até suas casas: o rádio. Neste ano, a história do rádio completa 100 anos, muito próximo da história do futebol e, por isso, futebol e rádio se mesclam. Então que tal sintonizar em algumas das mais tradicionais rádios esportivas de Ponta Grossa? Na cidade apenas três rádios realizam cobertura dos jogos do Operário Ferroviário: Rádio Clube, Lagoa Dourada e CBN, além da rádio oficial do clube, a Rádio OFEC, mas essa é filha temporã na história do rádio em Ponta Grossa. A reportagem foi atrás das experiências dessas rádios que trouxeram as partidas do estádio Germano Krüger para os ouvidos dos amantes de futebol.  

 

 

Rádio Clube Pontagrossense – 94.1 | A rádio mais antiga do Paraná

Situada na  Rua XV de Novembro, 344, no Centro, foi fundada em 1940, é a rádio mais antiga do Paraná em atividade e a rádio mais tradicional de esportes do Paraná  em atividade e, atualmente, 10 pessoas estão envolvidas na transmissão do jogo do Operário Ferroviário. Dentre eles dois narradores, um repórter de campo, comentarista, plantonista, produtora, mesas e apresentadores nas lives.

Na cobertura em campo, Leandro Rafael assume a posição para reportar os jogos. Ele entrou na área do rádio em 2019 e já passou por outras emissoras como Rádio Cescage, Itay e Lagoa Dourada. “A minha vida se resume a esse esporte. Meu padrinho foi jogador profissional até alguns anos atrás. Minha família respira futebol. Eu fui pro rádio através da TV porque sempre gostei muito do esporte e a rádio é minha vida”.

Ele enxerga a importância da rádio esportiva na história do futebol de Ponta Grossa. “A rádio presta um serviço para a comunidade há muito tempo, este ano está completando 100 anos. Se não fosse o rádio fazer a divulgação do dia a dia, o futebol não teria a importância que tem, não só em Ponta Grossa, mas no Brasil.”

No estádio, Leandro é acompanhado por Cândido Neto, o Candinho, o narrador da rádio há quase 32 anos. A sua história na rádio começou narrando os jogos dos irmãos com uma latinha de massa de tomate. “Quando eu tinha 16 anos, tive um almoço na empresa onde eles trabalhavam e eu estava lá narrando. Nesse dia, Osires Nadal, um grande narrador até hoje, também estava, na época eu nem sabia quem ele era ainda. Ele gostou, me levou para a rádio Clube. Tudo começou com uma brincadeira e se tornou a minha profissão.”

O narrador também escolheu o rádio esportivo devido a sua paixão pelo futebol. Cândido era de Itararé, interior de São Paulo, e quando chegou à cidade, se apaixonou pelo Operário Ferroviário, que conheceu pelo tio falecido. Ele trabalha em duas emissoras de rádio, apresenta um programa na TV e conta um pouco mais sobre a rádio Clube ser tradição no ramo esportivo. “Falar da Clube é falar da história do futebol e do esporte da cidade, uma rádio com mais de 80 anos, desde sempre acompanhou o futebol e é uma tradição muito grande. É a rádio que mais se identifica com o esporte, com o futebol e com o Operário. Falou de Operário, falou da Clube”, diz o narrador. 

Candinho acredita que a rádio esportiva movimenta muitos setores de PG. “Movimenta o mundo dos profissionais, economicamente e a área do jornalismo esportivo. Ela oportuniza novos jornalistas a irem ao mercado de trabalho. Além disso, acho que um dos maiores pontos positivos do rádio é a interação muito grande entre o público e a emissora. Ela está inserida em qualquer história, de qualquer cidade, que tenha uma equipe de futebol”.

Para saber mais sobre as histórias das rádios em Ponta Grossa, acompanhem na próxima edição da revista Nuntiare. 

Ficha técnica:

Reportagem: Tayna Lyra

Edição e Publicação: Tayna Lyra

Supervisão de produção: Muriel E. P. Amaral

Supervisão de publicação: Carlos Alberto de Souza, Cândida de Oliveira

 


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