Um tour pelos projetos esportivos gratuitos de Ponta Grossa

Um tour pelos projetos esportivos gratuitos de Ponta Grossa

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As iniciativas, oferecidas por Associações de Moradores, tem o objetivo de proporcionar estímulos físicos e mentais para a população

 

Todos sabemos que a prática de exercícios físicos é essencial para o bem-estar do ser humano. Em Ponta Grossa, opções de atividades esportivas não faltam, principalmente aquelas que demandam investimentos financeiros, como academias e as escolas particulares de esportes coletivos. Mas, como a maioria das atividades na cidade ainda apresenta um caráter “elitizado” e se concentra no centro, algumas Associações de Moradores desenvolveram projetos esportivos gratuitos para incluir a prática de atividades físicas no dia a dia das comunidades.

Em praticamente todos os dias da semana é possível realizar exercícios diferentes, nos mais distintos bairros de Ponta Grossa. Sem ter o custo de mensalidade ou taxa de inscrição para participar, as atividades são oferecidas aos moradores de todas as faixas etárias e apresentam horários flexíveis, de acordo com a disponibilidade dos grupos que frequentam as turmas. Além do mais, as aulas ocorrem nos próprios bairros, em ginásios e nas sedes de cada associação.

Nessa reportagem, apresentamos um percurso de projetos esportivos, com o objetivo de mostrar possibilidades esportivas que os bairros de Ponta Grossa oferecem.

Ginástica corporal

A sugestão para iniciar a semana são as aulas de ginástica que ocorrem nas segundas e terças-feiras, das 08h às 09h, na vila Santa Mônica, no bairro do Jardim Carvalho. O projeto foi criado em 2015 e faz parte de uma parceria entre a Associação de Moradores e a Unidade Básica de Saúde (UBS) da região, sendo oferecido para mulheres da terceira idade. Nos oito anos de projeto, as aulas sempre ocorreram na própria sede da associação.

Segundo Márcia Correia, agente comunitária de saúde e uma das responsáveis pelo projeto, as mulheres descobrem a iniciativa por meio de visitas domiciliares. Para participar das aulas não é preciso realizar inscrição, basta fazer parte da comunidade. “O projeto tem o papel de auxiliar no combate ao sedentarismo, estresse e depressão, e ajuda, por meio dos alongamentos e interações realizadas em aula, a fugir da rotina, visto ser um dos únicos momentos de lazer que essas mulheres têm”, afirma.

Taekwondo

Para além das aulas de ginástica, uma boa opção é o projeto de taekwondo que ocorre no núcleo Santa Maria, nas terças e quintas-feiras, às 19h30. As aulas são abertas ao público de cinco a 30 anos, e o único requisito para participar é estar com boas condições de saúde. “O projeto desperta ao aluno a superação, disciplina, o estudo e o esforço de conseguir seus próprios méritos, fugindo dos caminhos das drogas e do crime”, explica Paulo Fernando Araújo, professor responsável pela iniciativa.

As aulas de taekwondo, para além do núcleo Santa Maria, também ocorrem em outras Associações de Moradores parceiras. A divulgação do projeto acontece através dos presidentes das associações e até mesmo pelos próprios alunos. A participação é gratuita e as demandas financeiras que surgem ao longo da prática, como a aquisição de roupas para treinos, tatames, entre outras, são supridas por doações de amigos e empresários da cidade que contribuem com o andamento das atividades.

Futsal 

O futsal, esporte mais requisitado pelas crianças e adolescentes, também apresenta iniciativas que promovem a prática. A escolinha “Só craques do ABEC (Associados do bairro Esporte Club)” é uma parceria entre a vila Santa Mônica e a Santa Lúcia e existe há 24 anos. As aulas acontecem aos sábados, das 09h às 12h, no Santa Mônica, para crianças de cinco a 11 anos, e no período da tarde, das 15h às 17h na Santa Lúcia, para adolescentes de 13 a 15 anos. Além disso, nas quartas-feiras, às 19h, também ocorrem atividades para jovens de 17 anos, na vila Santa Lúcia.

Atualmente, cerca de 75 crianças participam do projeto nas categorias masculinas ou femininas. Sobre as despesas que surgem através de competições e a necessidade da compra de novos uniformes, os próprios responsáveis da iniciativa, assim como os pais de alguns jovens, arcam com os custos. A escolinha não requer nenhuma taxa de inscrição e para participar, basta chegar em um dos dias de treinos e relatar o interesse.

Time infantil do “Só craques do ABEC (Associados do bairro Esporte Club)” em amistoso | Foto: Acervo pessoal

Para Antônio Marcos, responsável pelo “Só craques do ABEC”, vários pais que já participaram do projeto ao longo desses 20 anos, hoje levam seus filhos. “O lado mais gratificante do projeto é obter o reconhecimento e respeito que temos dos adultos de hoje, que foram as crianças de ontem, e que hoje com mais de 30 anos ainda me chamam de professor”, destaca.

 

Ficha técnica

Reportagem: Ana Luiza Bertelli Dimabarre
Foto e áudios: Acervo pessoal
Edição e publicação: Leriany Barbosa
Supervisão de produção: Luiza Carolina dos Santos
Supervisão de publicação: Cândida de Oliveira e Muriel E.P. Amaral


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