Exposições DAC
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EXPOSIÇÃO
CONEXÕES
"Exposição dos alunos dos cursos de Artes Visuais da DAC-Proex"
Texto Curatorial
A Divisão de Assuntos Culturais da PROEX tem a tradição em ofertar cursos do segmento cultural à comunidade, considerando a natureza extensionista da UEPG. Esse histórico faz parte da trajetória de diferentes gerações e que na atualidade se mantém como referência com a oferta de 22 cursos abertos para a comunidade.
Esses cursos vão para além do aprendizado específico, pois tratam de proporcionar o contato humano, de valorizar a sensibilidade do sujeito perante a arte, a cultura e a vida.
Na Mostra Conexões o objetivo é divulgar a produção dos alunos e aproximar o público dos professores e alunos DAC, promovendo a difusão da produção em busca da partilha dos conhecimentos culturais exercidos na PROEX.
A Galeria recebe aproximadamente 150 obras dos cursos de Gravura, Fotografia, Cerâmica, Pintura, Art Teen, Desenho, Desenho de observação de Anatomia Humana e Sumiê, além da produção do curso de Pintura da UATI que também compõem essa exposição, trazendo uma proposta imersiva nos varais estendidos no local e em suportes forrados com jornal e papel Craft, lembrando a atmosfera de produção de um ateliê.
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EXPOSIÇÃO
FENATA
"Uma história da dramaturgia em cena"
Curadoria Nelson Silva Junior e Patricia Camera Varella
Texto Curatorial de Nelson Silva Junior
Hora de vestir outras roupas...
Pisar outras terras...
Viver outras vidas...
Nenhuma outra arte nos aproxima tanto do artista como o Teatro e ao nos aproximar, nos transporta do escuro e do silencio das coxias para a boca de cena.
Nos coloca sob a luz escaldante dos refletores e faz escorrer, na face, o suor do personagem, que magicamente tomou o corpo do ator, da atriz.
Quando personagens e interpretes deixam o espaço cênico e as luzes se apagam, ficam as histórias, as emoções, os vestígios, de outras e muitas outras vidas, concebidas, criadas e interpretadas, em cada gesto, cada movimento, cada palavra ou em cada silêncio.
Assim acontece há mais de 50 anos, nos palcos do FENATA e como numa narrativa dramatúrgica, vemos surgir roupas, chapéus, sapatos, estandartes, máscaras, adereços, objetos, que representam e revivem a história do próprio Teatro.
Encontre seu personagem...
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EXPOSIÇÃO
ALFREDO ANDERSEN
"Nuances pictóricas do mate"
Curadoria Patricia Camera Varella
Texto Curatorial
“Alfredo Andersen: nuances pictóricas do mate” apresenta reproduções de obras do pintor que nasceu em 1860 na Noruega e faleceu em 1935 em Curitiba. A sua produção pode ser compreendida considerando a mescla de seu repertório pessoal e profissional. O olhar desse artista é de um estrangeiro, casado com Ana de Oliveira (1882-1945), descendente de indígena.
A sua produção dialoga com o estilo naturalista-realista e depois se impõe próximo aos retratos feitos por Almeida Júnior. Algumas obras estão em acervos como do Museu Sørlandet, Galeria Nacional de Oslo, Câmara Municipal de Paranaguá, Coleção Itaipu Binacional, Associação Comercial do Paraná, MON e coleções particulares no Brasil e exterior. A seleção das obras dessa exposição foi realizada pelo projeto Matte Cultural (PROFICE) e teve apoio da SETI e do Museu Alfredo Andersen.
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EXPOSIÇÃO
LINGUAGENS
"EXPOSIÇÃO DE POESIAS E RECITAL"
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EXPOSIÇÃO
CRUZADO(S)
Curadoria de Marco Antônio Vieira
Texto Curatorial
Cruzado(s), mostra individual de André Baía, para a Galeria da PROEX (PróReitoria de Extensão e Assuntos Culturais), vinculada à UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa) é, antes de tudo, sobre a viabilidade e a relevância da pintura no século XXI e, mesmo nos dois objetos não estritamente pictóricos que compõem a exposição, há um implícito entendimento da pintura como desdobramento expandido (Krauss, 1979).
Diante da constatação da sobrevivência contemporânea da pintura, mesmo após asincontáveis desestabilizações que transformaram a cena da arte, a partir do que se poderia definir como uma ‘crise representacional’, que tem lugar desde a segunda metade do século XIX e abala as certezas miméticas que haviam definido a história da pintura ocidental, cada novo trabalho pictórico no mundo configura-se como uma reafirmação da possibilidade e da força pictóricas entre os suportes e as mídias que povoam o terreno da arte na atualidade.
A desmaterialização da arte, como nos lembram Lucy Lippard e John Chandler (1968), dá-se como um dos efeitos tardios e longamente amadurecidos do interesse dadaísta pela precariedade material e até mesmo por uma espécie de desprezo pela materialidade e pela dimensão estética da obra de arte, uma questão que fora central para a ontologia (a definição) de arte no Ocidente, consagrando-se com a emergência da Estética no século XVIII, e se torna tão apenas incidental para o entendimento de arte, após as investidas de Marcel Duchamp, devidamente atualizadas, entre outros, por Andy Warhol, como nos lembra o argumento do filósofo da arte Arthur Danto (2020), instituindo de modo inalienável uma Filosofia da Arte, devidamente distinta do campo da Estética.
Ora, a pintura caracteriza-se de maneira crescentemente explícita pela afirmação de sua materialidade pictórica. Em sua fase clássica, ainda que as técnicas empregadas visassem ao apagamento de seus vestígios manuais (a pincelada não deveria ser notada), havia um vultuoso investimento nos pigmentos empregados (lápis lazúli, folhas de ouro e prata). Dão-nos conta disso os contratos assinados entre artistas e comandatários, nos quais se estabeleciam as quantidades dos pigmentos mais preciosos e raros a integrar as obras comissionadas.
Posteriormente, mesmo antes da afirmação da materialidade da pintura para além de seus efeitos ilusórios, artistas como Rembrandt Van Rijn (1606-69) já possuíam um entendimento da precípua materialidade bidimensional da pintura com vistas a atingir os efeitos retóricos e estéticos imaginados pelo pintor: sua afirmação dá-se assim como um objeto, cuja vinda ao mundo e existência encontram-se estreitamente atreladas, não apenas àquilo que alega representar, mas igualmente a como tal referencialidade se produz a partir do que sua constituição matérica implica.
Em sua longa e prestigiosa história ocidental, a pintura assumiu o protagonismo do sistema da arte acadêmica, cujo patamar intelectual adquirido na Renascença, a partir de um esforço concentrado de artistas e tratadistas, que concediam à arte da representação pictórica poderes retóricos (Baxandall,2018),
semelhantes àqueles que se haviam constituído como o apanágio da literatura e asseguraram-lhe a superioridade entre as manifestações artísticas, coroando uma lógica piramidal claramente segregacionista, que preconizava a divisão entre artes do intelecto e artes aplicadas ou decorativas.
É tão apenas a partir do esforço de teóricos como Lorenzo Ghiberti (1378-1455), Leon Battista Alberti (1404-72) e, posteriormente, Leonardo Da Vinci (1452-1519) e Albrecht Durer (1471-1528), para citar apenas os mais costumeiramente lembrados, que a pintura deixa de ser vista como um ofício meramente mecânico.
Cabe lembrarmo-nos ainda de que, da pintura histórica – o mais prestigioso dos gêneros pictóricos instituídos pelas academias de arte europeias-, as mulheres encontravam-se oficialmente banidas, uma vez que o desenho de nus lhes era interditado e, apenas de modo extraoficial, as mulheres pintoras poderiam frequentar estas aulas, tendo sua produção pictórica cerceada ou, muitas vezes, expropriada pelos homens à frente dos ateliês renascentistas, barrocos e neoclássicos (Nochlin, 2021).
Que seja a pintura o suporte majoritariamente eleito por André Baía para expressar-se (há um ou dois objetos nesta mostra que se poderiam conceber como desdobramentos expandidos da noção de ‘pintura’) articula-se, pois, como uma espécie de aporia, uma contradição, um impasse que acaba por instalar-se no próprio título da exposição: a pintura, nos limites de Cruzado(s), encontra-se literalmente em um cruzamento, em uma encruzilhada, em que, a um só tempo, reivindica sua força e potência expressivas, ao mesmo tempo que mantém um posicionamento crítico sobre o que a tradição pictórica no Ocidente representou como privilégio e consequente segregação sistêmicos.
Cruzado(s) ou sobre a pintura como aporia ‘Aporia’, conceito filosófico grego que define uma dificuldade, impasse, paradoxo, dúvida, incerteza, momento de contradição a impedir que o sentido de uma proposição seja determinado de modo categórico aparenta constituir-se como o modo mais exato de compreender o que a ‘pintura’ implica para André Baía em Cruzado(s) e sua significação política para um artista que produz arte na atualidade, a partir de uma tensão, a um só tempo irresolvível e produtiva, entre a sedução da pintura e sua complexa história como ferramenta ideológica na história da cultura de um país do Sul Global colonizado.
Empunhar um pincel significa, no âmbito discursivo de Cruzado(s), apontar um dedo, ou antes, uma arma poética, que se bifurca ambígua entre denúncia e estetização, valendo-se dos mecanismos figurativos de uma pintura, em larga medida devedora da herança acadêmica, para emular, por exemplo, a iconografia que caracteriza uma cédula e assim poder remeter à alegorização retórica que estrutura esta mostra, fazendo com que a fisicalidade pictórica presente nos trabalhos de Baía possa oscilar entre sua apreciação como objeto sensorial, investido de considerável virtuosismo pictórico, e seu entendimento como entidade de significação, em que se metaforiza o nefasto e nocivo poder que o dinheiro desempenhou e desempenha na criação e manutenção das perversas desigualdades e assimetrias que definem o Brasil.
Não à toa, a bala encapsulada em uma caixa de acrílico no centro da sala expositiva e a bandeira de madeira crivada de balas, ladeada por duas telas na parede no fundo da galeria, remetem ao mórbido cruzamento proposto entre determinadas vertentes religiosas, as armas e violências bélicas e o poder financeiro, como afirmações poéticas do tema que amarra a exposição.
Cruzado(s) vale-se da pintura para promover uma reflexão poética sobre a traumática história de nosso país, convertendo-a em uma espécie de pesadelo alegórico, que se desenha a partir de um figurativismo em que os signos reconhecíveis de uma cultura visual nitidamente brasileira emergem na superfície das telas como que a desafiar a linearidade temporal ou a aparente fixidez de seus contextos de origem, surtindo efeitos retóricos, que se irmanam aos princípios de um pensamento por ‘montagem’, ou ainda, por ‘colagem’.
É como se, na pintura de Baía, o contrassenso daquilo que irrompe no quadro reclamasse daquelas e daqueles que deparam com Cruzado(s) que se posicionem diante daquilo que estes embaralhamentos históricos representariam para uma visada crítica de nossa história, a partir da pintura.
Nesta mostra do trabalho de André Baía, temas atrelados aos signos da religiosidade de matriz afro-brasileira, cujo vínculo com a infância do artista se dá pela pertença de um terreiro de Umbanda à linhagem materna de sua família, e o poder de controle e destruição que o dinheiro assume, emergem a partir de um resgate visual que convoca os visitantes a (re)verem os traumas de nossa história como uma ferida pretérita que permanece aberta no presente.
Que seja precisamente a pintura a veicular mensagens que se ausentaram longamente de sua prática no Ocidente ou que, na pintura, se objetificaram de modo a manter uma ordem de privilégios sustentada por sua inconteste sedução, ao produzir simulacros suficientemente críveis e, portanto, tão mais perigosamente persuasivos como formas capazes de naturalizar verdades que visavam à ordem e ao progresso, muitas vezes necropolítico (Mbembe, 2018) e epistemicida (Santos, 2019), das elites brasileiras, assume, em Cruzado(s), a exatidão que só a mais complexa aporia pode atingir no campo poético: a pintura, nos limites dessa mostra, ao virar a própria pintura do avesso, pode talvez ambicionar torná-la minimamente capaz de uma espécie de acerto de contas poético com sua história, ela também, assim como aquela de nosso país, atravessada por incontáveis e violentos apagamentos, silenciamentos e ocultamentos.
Que a pintura em Cruzado(s) se apresente oscilatória, de algum modo instável em sua configuração sígnica e figurativa, que recorra a certo ‘tom academicista para fazer surgir na tela o que seria outrora impensável é prova do esforço de seu autor para que o amor pela pintura de um passado, por vezes intolerável, se possa justificar ao reter, deste passado, aquilo que, da arte ocidental, se fez experiência e fruição estéticas, para que, do intenso atordoamento que o arrebatamento estético produz, se possa, na esteira de Jacques Rancière (2023 a, 2023 b), finalmente fazer emergir o sentido mais profundo e resolutamente ‘político’ que só a arte pode instaurar.
A pergunta da teórica indiana Gayatri Spivak ‘Pode o subalterno falar?’ (2010) ecoa nas pinturas e objetos de Cruzado(s), não necessariamente respondida, mas antes como um incômodo lembrete de que a arte não pode ignorar o dever ético de constantemente submeter seus mecanismos de sedução retórica à mais pungente das reflexões, como esta em que Baía força a pintura que se mire no espelho da história e a imagem que o anteparo especular lhe devolve é a um só tempo monstruosa e irresistível, como a Medusa, que hipnotiza e amedronta, nos óleos de 1597 e 1598, de autoria de Caravaggio.
Mirar-se no espelho e encarar o monstro sedutor que é a pintura, eis o exercício poético que se propõe em Cruzado(s).
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EXPOSIÇÃO
PICADAS E MORDIDAS
"Uma jornada peçonhenta"
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EXPOSIÇÃO
TERRA EM TRANSE
Curadoria de Marco Antônio Vieira
Texto Curatorial
A crise climática que assola o planeta e nosso país, de maneira a um só tempo violenta e assimétrica, fornece a inspiração para esta exposição coletiva com obras dos professores da Licenciatura em Artes Visuais da UEPG. ‘Terra em Transe’, título inspirado pelo já clássico filme de Glauber Rocha, assume a forma de um libelo poético e ativista em nome da possibilidade de imaginar um futuro outro para a Terra. Marco Antônio Vieira, Curador da Mostra.
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EXPOSIÇÃO
EDUCAÇÃO FÍSICA NA UEPG
"Uma história de 50 anos"
Curadoria de Arthur Amador
Texto Curatorial
A presente exposição oferece aos visitantes uma breve, porém significativa, jornada pela história do curso de Educação Física da UEPG, que celebra seu 50º aniversário neste ano.
Por meio de uma cuidadosa seleção de fotografias, o público poderá vislumbrar momentos marcantes que permearam essas cinco décadas, desde as aulas, projetos de extensão, eventos científicos e o aprimoramento do espaço físico que abriga o curso hoje.
Além do registro visual, a exposição conta com cartazes de simpósios, evidenciando a dimensão teórica que complementa a prática. Materiais e troféus expostos convidam à nostalgia, recordando as aulas e competições que marcaram a trajetória do curso. Em suma, esta exposição é um convite para explorar a história da Educação Física na UEPG.
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EXPOSIÇÃO
PG GRAVADA
Coletivo Janela
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EXPOSIÇÃO
FRONTÕES E GABLETES PONTA-GROSSENSE
"Fragmentos da história arquitetônica"
de Carlos Fontes Neto
Texto Curatorial
Ao caminhar pela cidade nos deparamos com inúmeras camadas da sua história, percebidas nas fachadas das edificações, que apresentam o tempo que passou, o testemunho da história.
Carlos Fontes Neto direciona esse olhar para o alto, onde frontões e gabletes dão acabamento às fachadas. É na função de flâneur, de Walter Benjamin, no explorador urbano, que surgem ângulos inesperados, detalhes de uma riqueza construtiva, que não se percebem na vida frenética que levamos.
Suas fotografias são um registro da conexão entre o tempo e a história. Deixam ao espectador a função de reconhecê-las no urbano, de caminhar com calma e fruir a cidade multifacetada, inesperada.
Suas fotografias são um registro da conexão entre o tempo e a história. Deixam ao espectador a função de reconhecê-las no urbano, de caminhar com calma e fruir a cidade multifacetada, inesperada.
Esse trabalho é um convite para viver a cidade, para despertar o olhar e se deixar levar por caminhos ainda não percorridos.
Curadoria de Jeanine Mafra
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EXPOSIÇÃO
JACOBUS VAN WILPE
"O pintor dos Campos Gerais"
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Texto Curatorial
Quem foi este artista que pintou os Campos Gerais?
Nesta Mostra apresentamos as obras do artista que sentiu, fruiu e registrou os Campos Gerais, terra que o encantou pela sua natureza, pelo seu povo, pela sua história.
Cada detalhe, visto, pensado, organizado e vislumbrado nas obras aqui expostas, nos faz ir além do tempo vivido. Podemos viajar ao passado, ao presente ou ao futuro. Viajar na história, na memória, simplesmente viajar. As obras presentes nesta exposição remetem ao conceito de ser e estar, ao conceito de espaço e lugar, do particular e compartilhado, através de traços marcados, outros nem tanto, com imagens que falam, que pensam, que existem.
Poéticas vividas, poéticas criadas, poéticas sonhadas, poéticas...
Nestas pinturas podemos vislumbrar paisagens, histórias, costumes da região dos Campos Gerais a partir do olhar iluminado do artista, levemente suave como a relva que cobre os campos. Nos permite sentir a poesia presente no campo, o saudosismo campeiro, riachos e araucárias frondosas. Nos propõe um encontro com a nossa história. Memórias de uma vida presente quase que banhada pela nostalgia, porém, as pinceladas e cores furtadas pelo encantamento dos Campos Gerais propõe uma bela viagem.
Foi um pintor que seguiu seu caminho, junto aos amigos/artistas que fizeram a história da Arte do Paraná. Esteve com Lange, Kurt Boiger, Curt Freyesleben, Estanislau Traple e Artur Nisio, e outros grandes nomes como Augusto Conte, João Turin e Guido Viaro.
Já escutou falar sobre estes artistas?
Então... Amigos que contribuíram paras as reflexões, fruições e técnicas das suas produções artísticas.
Este é o pintor que apresentamos nesta exposição, Jacobus van Wilpe.
Cadê seu nome na memória da Arte Paranaense?
Somos responsáveis por apresentá-lo, precisamos conhecê-lo.
Prazer!
Ao escutarmos sua história pela narrativa feita por seu neto Renato van Wilpe Bach, percebemos que a Arte do Paraná tem mais um nome importante na sua Arte. A história deste pintor que, em cada pincelada, registrou paisagens, natureza morta, desenhos com estudos sobre objetos, anatomia, de todas as formas e cores. Pintou em quatro mãos, quem sabe em seis mãos, "brincou " de pintar, levou a sério. Um estilo com características impressionistas/pós-impressionistas. Pintava ao ar livre, observando, se encantando pelo seu lugar.
Convidamos para que mergulhe neste mundo encantado dos Campos Gerais, que com maestria, Jacobus van Wilpe nos presenteou.
Sinta-se apaixonado, na completude da sua visão, se apaixone...
Boa fruição!
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Adriana Rodrigues Suarez
Sandra Borsoi
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ARTISTA
Jacobus van Wilpe
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Biografia:
Jacobus van Wilpe, nascido em Haia, na Holanda, em 1905, foi pioneiro de Carambehy (os van Wilpe foram a sétima família a imigrar, em 1920), exerceu várias profissões até tornar-se pecuarista em Ponta Grossa: lavrador, peão, lenhador, serralheiro; trabalhou nas turmas de manutenção da ferrovia, e na abertura da estrada velha de Carambeí. Trabalhou ainda no matadouro de Leonardo Los, alicerce do desenvolvimento da colônia, antecedendo mesmo à criação da cooperativa.
No período em que morou em Castro (1927-1936) ficou conhecido por pintar cartazes para o cinema e para os circos de passagem — em troca de ingressos, fazia questão de frisar.
Foi aluno de Frederico Lange de Morretes, em Curitiba, onde expõe já em 1942, na Primeira Exposição da Sociedade Amigos de Andersen, em companhia dos amigos Kurt Boiger, Curt Freyesleben, Estanislau Traple e Artur Nisio, e de outros grandes nomes como Augusto Conte, o próprio Lange, João Turin e Guido Viaro. Os desenhos da presente exposição foram produzidos sob orientação de Lange, em 1935.
Seu quadro Acácia Mimosa receberia Menção Honrosa no Salão da Primavera do Club Concórdia, em 1962, e era considerado por Curt Freyesleben, professor de Pintura e co-fundador da Escola de Música e Belas Artes do Paraná, como a mais perfeita representação desta pequena flor, considerada “impossível de pintar”.
Morador de Ponta Grossa de 1946 até sua morte em 1986, sua obra inclui paisagens dos Campos Gerais, paisagens urbanas e marinhas do Litoral Paranaense, naturezas-mortas e um único retrato, da esposa e musa Ilse (Kindler) van Wilpe. Expôs em coletivas em Curitiba e Ponta Grossa, apesar de não fazer da arte, profissão. Era em sua casa, na Chácara Pitangui, que durante décadas, recebia os amigos Boiger, Freyesleben, Traple e outros para temporadas de pintura e debates sobre arte, cultura e filosofia.
Jamais realizou uma exposição individual em vida, por modéstia. “Quem não quer vender, não deve expor”, diria, coerente com a prática de presentear familiares e amigos com seus (melhores) quadros. Exposições póstumas, contudo, ocorreriam em 1986 (Galeria Banestado) e 2002 (Centro de Cultura Cidade de Ponta Grossa). Dispersa em acervos particulares, sua obra permanece pouco conhecida pelas novas gerações.
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OBRAS
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Natureza-morta, 1930
Óleo sobre tela e madeira
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Natureza-morta, s/data
Óleo sobre tela
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Acácia Mimosa, s/data
Óleo sobre tela
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Natureza-morta com pincéis, s/data
Óleo sobre tela
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Natureza-Morta com Acácia, 1953
Óleo sobre tela
Acervo de Francine Czelusniak e Irene Beatriz Czelusniak
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Natureza-morta, 1930
Óleo sobre tela e madeira
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Recanto, 1962
Óleo sobre compensado
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Paisagem, 1960
Óleo sobre compensado de madeira
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Lageado, s/data
Óleo sobre compensado
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Lageado, s/data
Óleo sobre compensado
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Lageado, s/data
Óleo sobre compensado
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O quadro das vacas, 1956
Óleo sobre tela
Acervo de Francine Czelusniak e Irene Beatriz Czelusniak
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Recanto, s/data
Óleo sobre tela
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Desenho por Jacobus Van Wilpe, 1953
(pintura por Freyesleben)
Óleo sobre compensado
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Sem título, 1956
Óleo sobre compensado
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Sem título, 1953
Óleo sobre compensado de madeira
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Sem título, s/data
Óleo sobre compensado
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Capão de mato com espelho d'água, 1959
Óleo sobre compensado
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Capão de Mato com Pinheiro, 1980
Óleo sobre compensado
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Sem título, 1961
Óleo sobre tela
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Sem título, 1961
Óleo sobre tela
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Marinha, s/data
Óleo sobre compensado
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Cartão-postal holandês (autoria desconhecida), 1980
Cópia em óleo sobre compensado
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Cartão-postal holandês (autoria desconhecida), s/data
Óleo sobre compensado
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Tela inacabada, última pintura de Jacobus van Wilpe
Maleta de pintura, paleta, pincéis e tintas de Jacobus van Wilpe.
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GALERIA DE OBRAS
(clicar sobre a imagem)
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DESENHOS
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Em 1935. Jacobus foi apresentado ao mestre Frederico Lange de Morretes (1892-1954) por Kurt Boiger, que deu a ele aulas diárias de desenho, durante algumas semanas, em sua própria casa, entre abril e julho do mesmo ano. Os desenhos produzidos sob orientação de Lange foram expostos em Curitiba, em 1942, na Primeira Exposição da Sociedade Amigos de Andersen.
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Sem título, 1935
Desenho sobre papel
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Sem título, 1935
Desenho sobre papel
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Sem título, 1935
Desenho sobre papel
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Sem título, 1935
Desenho sobre papel
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Sem título, 1935
Desenho sobre papel
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Sem título, 1935
Desenho sobre papel
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Sem título, 1935
Desenho sobre papel
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Sem título, 1935
Desenho sobre papel
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Sem título, 1935
Desenho sobre papel
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Sem título, 1935
Desenho sobre papel
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Sem título, 1935
Desenho sobre papel
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Sem título, 1935
Desenho sobre papel
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Sem título, 1935
Desenho sobre papel
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RETRATOS
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Ilse van Wilpe, s/data
Óleo sobre tela
Jacobus van Wilpe
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Ilse van Wilpe faria 98 anos hoje, com a doçura e a bondade que lhe eram características. Parabéns, Oma, pela luz de sua vida exemplar! Óleo sobre tela de Jacobus van Wilpe, o único retrato que ele pintou, em um desafio com o amigo, o artista Freyesleben.
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Retrato de Ilse van Wilpe, s/data
Óleo sobre tela
Freyesleben
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Waldemar Curt Freyesleben (Curitiba PR 1899 – idem 1970) pintor, crítico de arte e professor. Passa parte da infância em Istambul, Turquia, retornando à sua cidade natal em 1916, quando estuda com o pintor Andersen. De 1920 a 1925, faz vários cursos em São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro para aperfeiçoar-se. Realiza a sua primeira exposição individual em 1921, no Paraná, onde também leciona na Escola de Música e Belas Artes de 1948 a 1968. Vinha frequentemente a Ponta Grossa com os amigos Boiger, Traple e Nísio, quando pintavam juntos na Chácara Pitangui.
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Retrato de Jacobus van Wilpe, 1945
Óleo sobre tela
Kurt Boiger
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Retrato de Ilse van Wilpe, 1953
(Feito a quatro mãos por Kurt Boiger e Freyesleben)
Óleo sobre tela
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Retrato de Helena Geertruida Kranendonk van Wilpe, s/data
Óleo sobre tela
Kurt Boiger
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Kurt Boiger (Alemanha, 1909 – Guaratuba, 1974) foi um pintor alemão radicado no Brasil. Iniciou sua formação artística na cidade alemã de Wererzburg e aos dezenove anos de idade transferiu-se para o Brasil, fixando residência em Curitiba. Na capital do Paraná, tornou-se aluno de Lange de Morretes. Com seu estilo neo-impressionista, participou de vários eventos artísticos, como o Salão da Primavera do Clube Concórdia em Curitiba, Salão Paranaense de Belas Artes, entre outros. Casou-se com Helena van Wilpe, irmã de Jacobus, em 1935.
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Entre poéticas e narrativas...
Jacobus van Wilpe
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[...] “Meu pai ficou muito entusiasmado com as possibilidades no estado do Paraná, após a leitura da carta dos de Geus. Ele simplesmente não consegue parar de pensar nisso; “rapaz, rapaz, que País! (…) Carambehy está localizada tão favoravelmente, a apenas 20 quilômetros de Ponta Grossa e a 25 quilômetros de Castro. No meio da civilização, portanto. Mais perto de uma cidade, do que isto, quase não se pode esperar, no Brasil.”
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Tela inacabada, última pintura de Jacobus van Wilpe
Maleta de pintura, paleta, pincéis e tintas de Jacobus van Wilpe.
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[...] “Meu pai permite que eu pinte, com um pincel e esmalte preto, nosso nome e destino nas caixas. Depois que está escrito, parece-me um endereço muito estranho: “Estação de Carambehy, Estado do Paraná, Brasil”. Só espero que nossas caixas cheguem bem ao oeste distante, porque aquela estação, ninguém conhece.”
[...] “Comunico a meu pai, com humildade, que até que gostaria de ser pintor e jornalista. Ele já sabe que tenho jeito para estas profissões simples, que vão tão bem juntas. [...] Pensando bem, não sou nem um pouco apropriado para ser um emigrante, com todas essas ridículas fraquezas pelos quadros na Mauritshuis, por prédios antigos com uma história, pela prisão medieval de Gevangenpoor e pelos testemunhos mudos de nossa gloriosa história no Museu do Estado.” (Reflexões ainda na Holanda)
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Cartão-postal holandês (autoria desconhecida), 1980
Cópia em óleo sobre compensado
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[...] “No consulado brasileiro em Amsterdão, meu pai precisa perguntar se podemos ir. Eles não têm objeções e são muito amáveis. Papai até ganha um presentinho, um pacote grande de Herva Mate para ir se acostumando com o gosto do chá brasilleiro. Nós tentamos, em vão, ler as instruções na embalagem, mas que língua estranha, ninguém a consegue entender.”
[...] “Alguém que não tenha ido de mudança, como nós, da Rua Frederikstraat 56-B para a Colônia Carambehy, no estado do Paraná, no Brasil, em abril de 1920, dificilmente poderá imaginar o incômodo que isso dá. Quanta coisa aparece numa mudança tão radical! – porque não é apenas mudar-se. Meus pais moravam naquela morada agradável há quase vinte anos. No corre do tempo surgiu uma coleção de bugigangas indispensáveis, que agora deveriam ser triadas. O que fica na Pátria e o que gozará o privilégio de emigrar conosco, é a grande questão que ora exige resposta.” [...] “Já estamos chegando perto do fim da viagem. Ai diz os nomes das estações como se fossem velhas conhecidas, caras a ele. Algumas têm nomes que são quase impossíveis de pronunciar por nós, novatos. Jaguariahyva, por exemplo. [...] A paisagem é enorme em extensão. O campo não é monótono, fastidiosa planície, mas consiste em colinas e vales, pedregulhos, arroios, banhados, rios e florestas que servem para lhe dar variedade. Decididamente existirão pequenos lugares de rara beleza, escondidos entre todos esses campos, florestas leitos rochosos de rios.”
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O quadro das vacas, 1956
Óleo sobre tela
Acervo de Francine Czelusniak e Irene Beatriz Czelusniak
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[...] “As imensas colinas, povoadas com grandes rebanhos de gado, a luminosidade rara dessas alturas, a matas da Fazenda Areião com os poderosos pinheiros e os macacos-chorões, nas intermináveis noites chuvosas. O Rio Pitangui e o Rio São João, com suas cachoeiras e corredeiras, muralhas de pedra e orlas de mata beirando lagoas silenciosas, como um parque natural virgem, que o homem ainda não devastou.”
[...] “Cortar os cabelos em um barbeiro em Ponta Grossa significava um passeio a cavalo de trinta e seis quilômetros, ida e volta. Até Castro, mais alguns quilômetros. De trem era completamente impossível: primeiro uma boa caminhada de sete, oito quilômetros até a Estação Carambehy, (depois) passar a noite em um hotel em Ponta Grossa, voltar com o rápido do Rio Grande no dia seguinte, e de volta à estação, outra saudável caminhada até em casa.”
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Natureza-morta, 1930
Óleo sobre tela e madeira
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[...] ”As circunstâncias e a pobreza nos obrigam a ir em direção a uma profissão para a qual não temos qualquer inclinação, ainda que temporariamente, como charqueador, por exemplo, em um país estrangeiro. Nos primeiros dias no matadouro do senhor Los, eu fugia discretamente para fora, um pouco, quando chegava a hora. Quando mais um estava à espera no palanque. Mas os outros riam de mim, e se eu não quisesse perder meu emprego, precisava participar de tudo. Para mim era uma questão de ser ou não ser... “to be or not to be”. Meu consolo é que mesmo um grande artista como Rembrandt não sentiu vergonha por um dia ter trabalhado, como eu, aqui em Carambeí, num pequeno matadouro em Amsterdão.”
[...] “Hoje é domingo, e mesmo que nesta solidão provavelmente dê na mesma, ser domingo ou segunda-feira, porque não acontece nada de extraordinário e não se pode ir a parte alguma. Mas, mesmo assim, é diferente de um dia normal de trabalho.” [...] Faz um tempo tão magnífico, sem vento, com um céu azul tão bonito, com nuvens, que a natureza parece colaborar com uma espécie de disposição festiva.” [...] Depois do desjejum, que chamamos de “depois do café”, aqui, como os brasileiros, resolvo ir à igreja mais uma vez, porque não fui mais lá, faz algumas semanas. Para falar a verdade, prefiro ir caçar, pescar ou nadar no rio Areião.” […] talvez eu tenha que me contentar, para o resto de minha vida, em desempenhar um papel em uma terra estranha, do outro lado do mundo. Não conto com um papel principal, talvez com o de um figurante melhorzinho, que outorga seu desempenho, anunciado como são os atores atualmente: “Also starring Jacobus van Wilpe, guest star”. [...] “A noite insone é logo esquecida e nós vemos as primeiras paisagens do Paraná, um dos estados mais bonitos do Brasil e também habitat de uma das mais belas e notáveis árvores do mundo. O pinheiro só se encontra nos estados do Paraná e Santa Catarina com rebentos em São Paulo e Rio Grande do Sul.”
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Recanto, s/data
Óleo sobre tela
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[...] Com seu enorme tronco roliço e uma copa como um guarda-chuva armado, o gigante solene é um digno emblema do Paraná, único no mundo inteiro. Uma árvore que não é unicamente pitoresca, mas que fornece madeira excelente para construção e provê trabalho a milhares de pessoas. Em todas as estações pelas quais passamos, estão grandes pilhas de tábuas de pinho, pranchões e vigas aguardando transporte para São Paulo ou para a Argentina.” [...] “Os belos capões de mato à beira da linha, a longo prazo, decerto desaparecerão, porque não só o pinheiro tem valor para a indústria, como também as locomotivas devoram enormes quantidades de lenha. Desta forma, a beleza da paisagem se perderá justamente onde há maior movimento.” [...] Decididamente existirão pequenos lugares de rara beleza, escondidos entre todos esses campos, florestas leitos rochosos de rios.
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Vernissage da Exposição
Jacobus van Wilpe, pintor dos Campos Gerais
Dia 26 de Agosto de 2022, às 19h30, na Galeria de Arte DAC/ PROEX/ UEPG
(clicar sobre a imagem)
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Reportagem
"Talento escondido, artista Jacobus van Wilpe ganha exposição no Paraná"
Marina Ferreira e Claudia Meireles
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Divulgação:
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> Site oficial da UEPG:
> Facebook Galeria DAC/PROEX: https://www.facebook.com/PROEXUEPG
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Curadoria: Adriana Rodrigues Suarez e Sandra Borsoi.
Organização/montagem: Adriana Rodrigues Suarez, Davi Rafhael Mariano, Isabela Bryk de Ramos, Kauana Cristina da Silva, Leonardo Bueno Rasmussen e Nicole Kayanuma.
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MUITO OBRIGADA PELA VISITA!
Enquanto visita a exposição virtual "Tempo.Ilusão" dos Professores/Artistas do Curso de Licenciatura em Artes Visuais da Universidade Estadual de Ponta Grossa, aprecie a coletânea de trilhas sonoras ambiente - Doctor Who, do compositor inglês Murray Gold.
EXPOSIÇÃO
Texto Curatorial
A Exposição dos Professores Artistas do Curso de Licenciatura em Artes Visuais da Universidade Estadual de Ponta Grossa sugere a poética sobre o tempo pandêmico. A pandemia de Covid-19 mudou completamente nossas vidas. Novas experiências foram vividas, adaptações foram necessárias em todos os contextos das nossas práticas pessoais e profissionais. Em muitos momentos da pandemia perdemos a noção do tempo. Que dia é hoje? reflexo de que todos os dias se parecem, se misturam. Sensações que existe somente o ontem, o hoje e o amanhã. Perdemos nossa rotina típica, parece que o final de semana não divide mais o início e o fim da semana. E o tempo? aceleramos, desaceleramos, estruturamos, reestruturamos de várias maneiras. Quando se perde a rotina precisamos de mais energia mental para nos reorganizarmos. Desenvolvemos, por bem ou por mal, de maneira fácil ou difícil, a capacidade de estruturarmos, gerenciarmos e manipularmos o nosso tempo, construindo assim, novos ritmos e novas estruturas temporais. Neste tempo pandêmico nos tornamos multifuncionais, tudo acontece no mesmo lugar e muitas vezes, ao mesmo tempo, aumentando nossa carga cognitiva. A partir destas reflexões, questionamos sobre como cada um estruturou seu tempo? Qual seu novo ritmo em tempo pandêmico? O que o tempo representa para você?
O TEMPO é real ou uma ILUSÃO?
Adriana Rodrigues Suarez
Sandra Borsoi
OBRAS
Tempo de Luz, 2021
Tríptico 52cm X 41cm
Técnica: Fotografia e Colagem.
Luz de velas, devoção! Quem sabe... muitas dores, desesperos, perdas, morte. Cura, alívio, encontros, reencontros, vida...Devoção, Fé. Quantas pessoas aqui. Quantas vidas aqui. Sorrisos, Choros...Desespero e Fé. Minha vida aqui. Quanta fé, energia Santa nesta luz de velas. Tempo de luz. Só entende, quem passa por aqui. Energia de Luz. Velas. Quem acredita sabe do que a Fé é capaz. Minha devoção... Já pedi saúde, agradeci a cura. Já implorei serenidade, exaltei conquistas. Já chorei a perda de um ente querido, já sorri pelos meus filhos, já chorei pelos meus filhos. Quando alguém que amava morreu... me perdi e em seguida me encontrei. Pela luz das velas. Pela minha devoção. Como é difícil, mas não impossível. Só pela Fé, consigo explicar, ou melhor, sentir...pois acredito sem ver, somente sentir. Agora....continuarei. Sempre continuarei, pois aqui me encontro Sempre aqui, pedindo e agradecendo Luz de velas Energia e Tempo de luz. Minha Devoção!
Adriana Suarez
Pós- doutora em Educação - PPGE/UEPG (2022). Doutora em Educação Programa de Pós Graduação em Educação – PPGE/UEPG (2018); Mestre em Comunicação e Linguagens (Cinema)- TUIUTI (2013); Especialização em Arte Educação- IBPEX (2012); Licenciatura em Matemática -UEPG (2003); Licenciatura em Artes Visuais UEPG (2010) Atualmente professora adjunta vinculada ao Departamento de Artes e atua no Curso de Licenciatura em Artes Visuais- UEPG, Orientadora de Iniciação Científica/Extensão - PIBIC/PROVIC/BIC/PIBIS. Membro da Federação dos Arte- Educadores do Brasil- FAEB. Membro do Grupo de Pesquisa em Artes Visuais, Educação e Cultura- GEPAVEC/CNPq. Chefe da Divisão de Arte e Cultura- DAC/PROEX/UEPG E Vice coordenadora do Curso de Licenciatura em Artes Visuais.
Eu controlo o tempo e não o tempo que me controla, 2021
540p - 356mb (7.02 minutos)
Técnica: Vídeo Digital (https://youtu.be/N89aIndXpP0)
Na nossa atual sociedade somos constantemente esmagados pelo tempo, sem conseguirmos nos permitir alguma pequena pausa em nossos dias, livres do sentimento de culpa. Mas se o tempo é uma ilusão, como fazer para sermos menos Chronos e mais Kairós? Precisamos ser mais agentes do nosso próprio tempo e menos reféns de todas essas imposições sociais que tentam nos controlar e ditar o nosso ritmo, é importante criar brechas e fazer o tempo se dobrar a nosso favor.
Arthur Amador
Doutor e Mestre em Estética e História da Arte pelo Programa Interunidades em Estética e História da Arte - PGEHA pela Universidade de São Paulo e Bacharel em Artes Visuais pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Atualmente é Professor Colaborador na Universidade Estadual de Ponta Grossa e colaborador na Arteducação Produções. Integrou a equipe de coordenação da Cia Teatral UEINZZ e foi artista visual na Fundação Faculdade de Medicina, no departamento de Fono, Fiso e T.O. para coordenar o Coletivo Preguiça. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Artes Visuais, atuando principalmente nos seguintes temas: escultura e história da arte.
Qualquer tempo que passou já pertence à morte I, 2022
21cm X 29,7cm
Técnica: Tijolo sobre papel.
Qualquer tempo que passou já pertence à morte II, 2022
22cm X 22cm
Técnica: Pó de tijolo sobre papel.
Em uma de suas cartas à seu amigo Lucílio, o filósofo Sêneca diz que todas as coisas nos são alheias, só o tempo é nosso. Segundo ele, enquanto o adiamos, a vida se vai. Se observarmos o tempo escoar através dos grãos de areia de uma ampulheta, demarcando os segundos, minutos ou horas, veremos a representação do tempo em movimento: passado, presente e futuro, o tempo a morrer diante dos nossos olhos. Pois enquanto alguns consideram que a morte está no futuro, o autor nos diz que qualquer tempo que já passou, à morte pertence.
A obra “Qualquer tempo que passou já pertence à morte I”, é composta pelo desenho de uma paisagem árida. A rasura movida em linhas tortas e imprecisas, através da dureza tão sólida do tijolo sobre papel, surge do interesse em experimentar novamente alguns materiais utilizados na infância, quando havia o simples prazer gestual de deixar marcas pelo chão de cimento com cacos de tijolo.
Em busca de um outro tempo, um tempo cuja vida faça sentido, para acolher a morte diária ou para me permitir morrer todos os dias com mais leveza, para me fazer mais consciente da brevidade da vida e para ser menos dependente do amanhã, a minha travessia pessoal tem se dado em busca da recuperação do ser poético, do desenho, do traço e do gesto que ficaram perdidos em algum lugar da infância, nas paredes, nos muros e no chão das casas que habitei.
Em “Qualquer tempo que passou já pertence à morte II”, componho outra paisagem árida, agora apenas com o pó dos tijolos de paredes da casa onde resido atualmente, inspirada nas obras da artista Brígida Baltar. Se o tempo é também tambor de todos os ritmos, como cantou o poeta, ao passo acelerado em que nos encontramos, a terra lapidada e esculpida pelas mãos do tempo, “natureza tão sólida de tinta que o frágil atrito transporta”, a única coisa que restará será a ruína. Será possível então nutrir sonhos, eles que pertencem ao futuro, na aridez de um cenário desértico? Lembrar que do pó eu vim e ao pó retornarei, me fundir a essa paisagem, é tudo o que posso fazer para manter-me no aqui e agora.
Caroline Biassio
Graduada em Licenciatura em Artes Visuais pela Universidade Estadual de Ponta de Grossa (2016), e especialista em Educação Especial, com ênfase em deficiência intelectual, física e psicomotora pela Faculdade São Luís (2019). Atualmente é professora especialista de Artes Visuais no ensino básico, na etapa da Educação Infantil, em uma escola da rede privada de ensino da cidade de Ponta Grossa, e também é professora colaboradora do curso de Licenciatura em Artes Visuais, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (2020). Suas principais áreas de interesse são: Arte Educação, Educação Infantil e Cinema.
Oxum, 2021
40cm X 50cm
Técnica: Óleo sobre tela.
Xangô, 2021
40cm X 50cm
Técnica: Óleo sobre tela.
Iemanjá, 2021
40cm X 50cm
Técnica: Óleo sobre tela.
Oxóssi, Xangô e Iemanjá, três das sete pinturas que compõem a série Orixás, foram concebidas a partir de trabalhos em pontilhismo nos quais abordei a vontade de desenhar diante da possibilidade da morte. As preocupações geradas pela pandemia me fizeram retornar a um tempo quando desenhar ajudava a entender a vida. Mesmo acreditando na sobrevivência da alma após a morte do corpo físico, me apego à vida material com suas trocas afetivas e paisagens. Abstrações ou mandalas, os trabalhos que trago nesta mostra dão visibilidade a mundos que estão simultaneamente próximos e distantes de cada um de nós. O centro de cada pintura tem a cor de um Orixá: Oxóssi rege as matas, Xangô as pedreiras e Iemanjá é a rainha do mar. Os mitos primordiais, como os que existem no panteão afro-brasileiro, são cosmogonias que dilatam o tempo e criam pontes entre o sensível e o inteligível.
Cristina Mendes
Professora no curso de Licenciatura em Artes Visuais - UEPG e no PPG CINEAV - FAP – UNESPAR. Doutorado e Mestrado realizados no PPG COM – UTP; Especialização em História da Arte do Século XX e Bacharelado em Pintura na EMBAP. Foi docente do curso de Artes Visuais na UTP, onde coordenou o curso de pós-graduação lato sensu "Fotografia: Processos de Produção de Imagens". Coordena a pesquisa "Poéticas Artísticas: a criação da obra de arte e sua relação com a palavra escrita" e participa dos grupos de Pesquisa "Educação Estética, Trabalho e Sociedade" (UTP), "Interart - interação entre arte, ciência e educação: diálogos e interfaces com as Artes Visuais" (UEPG) e "Eikos: imagem e experiência estética" (UNESPAR).
Vontade, 1996 - 2022
Intervenção, Dimensões variáveis (detalhe)
Técnica: Monotipia e carimbos sobre papel japonês, gravação em metal e costura.
Vontade é uma intervenção não apenas no espaço expositivo, mas também no tempo. Composta por uma monotipia na técnica de “desenho pelas costas” sobre papel japonês, impressões de carimbos e uma pequena placa de metal gravada, produzidos entre os anos de 1996 e 2006, linha e agulha. A urdidura da memória que une suas diversas partes, contudo, é a do presente. A memória, é preciso lembrar, sempre se conjuga no aqui e agora, recolhendo lampejos e seus interstícios para os atualizar. “Onde está guardado aquele pensamento? Em que gaveta se abandona a si mesmo junto a seus planos? Onde trancafiam-se os desejos?”. Vontade é, portanto, uma colagem de diversas dimensões, nos lembrando que o tempo, fragmentário e não-linear, talvez seja apenas sua duração.
Cristiane Silveira
Professora colaboradora do Departamento de Artes da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), na área de Teoria e História da Arte. Doutora em História pela Universidade Federal do Paraná (UFPR, 2016), Mestre em Filosofia pela mesma instituição (UFPR, 2010), Bacharel em Gravura pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP, 1997) e Licenciada em Artes Visuais pelo Centro Universitário Claretiano (2020). Atua nas áreas de Filosofia da Arte e Estética e História da Arte, com destaque para as teorias e a crítica das artes visuais. Atuou como professora colaboradora na UFPR (2006-2008), na UNESPAR/Embap, (2014-2015), na UTFPR (2015-2017) e como professora dos cursos de Artes Visuais da Uninter (2017-2020).
Inefável 01, 2022
97cm X 29cm
Técnica: Escultura em metal.
A presente obra, intitulada “Inefável 01”, parte do princípio da inefabilidade da obra de arte, quando a consideramos como sendo uma tentativa de representação tangível da subjetividade do artista. Assim como uma sonata que não busca representar nada daquilo que já existe, ou que já tomamos conhecimento, mas que o compositor nos brinda com o seu ineditismo e beleza, oriundos do seu eu mais profundo. Neste sentido, o período pandêmico, possibilitou-nos introspecção e profundas reflexões sobre a vida e sobre a nossa caminhada aqui na Terra, sobre as relações que estabelecemos com os outros e com a natureza. A professora e artista Fayga Ostrower afirma que:
[...] criar representa uma intensificação do viver, um vivenciar-se no fazer; e, em vez de substituir a realidade, é a realidade; é uma realidade nova que adquire dimensões novas pelo fato de nos articularmos, em nós e perante nós mesmos, em níveis de consciência mais elevados e mais complexos. Somos nós a realidade nova. Daí o sentimento do essencial e necessário no criar, o sentimento de um crescimento interior, em que nos ampliamos em nossa abertura para a vida (OSTROWER, 2010, p.28).
Neste sentido, a obra surge como resultado da externalização de uma força interior do artista, ou seja, a obra pode ser considerada como sendo a tentativa de materialização da potência de vida. Herbert Marcuse (2016, p.20) afirma que a arte apresenta um caráter afirmativo que diz respeito ao Eros, tratase de uma “afirmação profunda dos Instintos de Vida na sua luta contra a opressão instintiva e social” e, ainda, a arte quando autônoma carrega um imperativo categórico que diz: “as coisas têm de mudar”!
Diego Divardim
Professor no Curso de Licenciatura em Artes Visuais/UEPG, Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Educação PPGE/UEPG, Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Ponta Grossa/UEPG (2015), licenciado em Artes Visuais pela Universidade Estadual de Ponta Grossa /UEPG (2012), Pesquisador no Grupo de Pesquisa em Artes Visuais, Educação e Cultura-GEPAVEC/CNPq/UEPG. Neto do artista plástico pernambucano Décio Antônio de Oliveira, o qual lhe deu as primeiras orientações de desenho com lápis grafite, se considera um eterno pesquisador em busca do esclarecimento (Aufklärung).
Trajetos, 2022
1920 x 1080 px
Técnica: Vídeo.
De que forma nos conectamos com o espaço percorrido e percebemos o tempo em nossos trajetos cotidianos? A obra Trajetos (2022) convida a indagarmos sobre a variabilidade de nossas percepções sobre a linearidade do tempo nos trajetos percorridos: dos desconhecidos aos reconhecidos. Nossas presenças nos espaços e os olhares que lançamos sobre estes podem distorcer a percepção do tempo de duração de nossos percursos.
Fábio de Castilhos
Fábio de Castilhos Lima é doutorando em Geografia na Universidade Federal do Paraná, com pesquisa no campo das Artes Visuais. É mestre em Poéticas Visuais pela Bauhaus-Universitãt Weimar, especialista em História da Arte Moderna e Contemporânea pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná e Licenciado em Desenho pela mesma instituição. Atualmente é Professor colaborador da Universidade Estadual de Ponta Grossa, no colegiado de Artes Visuais. Seus trabalhos em poéticas visuais são, em geral, localizados na esfera pública, ou se referem diretamente a esta por meio de linguagens diversas.
Atmo da vida na relação espaço tempo, 2022
60cm X 60cm
Técnica: Objeto-arte elaborado com cubos de
acrílico, fotografias e espelhos.
A produção realizada iniciou-se a partir do tema TEMPO. A ideia foi construir um objeto-arte, tomando forma a partir de um hipercubo apresentado pelo astrofísico Carl Sagan na sua série COSMOS. A ideia concreta foi, então, a construção de uma caixa de acrílico: o cubo espaço-temporal.
O objeto escolhido se configura no espaço da 3ª dimensão (espaço D) que vivenciamos em nosso dia-a-dia. Buscamos, então, relacionar esse objeto ao tema TEMPO (T), transformando-o num cubo D x T.
Para representar essa relação elaboramos em um cubo menor e em cada uma de suas faces um período vivenciado (fotografia), da infância à idade adulta. Este cubo encontra-se suspenso no interior da caixa, sendo refletido em 5 espelhos (um no centro da face logo abaixo do cubo menor e os demais nos centros das faces laterais internas). Para o observador a noção espaço-temporal se dá pela visão múltipla das diferentes fases da vida posicionadas em espaços múltiplos.
Josie Silva
Professora do Departamento de Artes da UEPG. Graduada em Artes Visuais e Pedagogia. Mestre em Educação e Doutora em Educação para a Ciência e a Matemática. Atua no Programas de Pós-Graduação: Ensino de Ciência e Educação Matemática (PPGECEM) da UEPG e Educação para a Ciência (PCM) da UEM. Líder do Grupo de Pesquisa INTERART - Interação entre arte, ciência e educação: diálogos e interfaces nas Artes Visuais (CNPq). Desenvolve Projetos e Pesquisa com foco em Análise de Imagens e atua na tríade: Ensino, Pesquisa e Extensão com foco na relação entre Arte e Ciência.
Repositório de memórias, 2022
28,5cm X 33cm X 11cm
Técnica: Escultura em técnica mista.
Gosto de guardar fragmentos do passado comigo, de senti-los em mãos, de perceber os efeitos da vida em cada objeto. Então, coloco as flores secas de um buquê dentro de uma caixa, remetendo a beleza e a fragilidade da existência, bem como das relações que a preenchem. Sobre elas, repousa um boneco que possui seu âmago ligado à passagem do tempo. Por isso indago, esse passar me machuca ou preenche? Como não deixar que as memórias escapem?
Julia Souza
Mestre em Arte (UNESPAR), especialista em Habilidades e Competências Socioemocionais na Educação Básica (UP) e em Psicologia Educacional (FAVENI), licenciada em Artes Visuais (UEPG), com período sanduíche no curso de Estudos Artísticos (UC), por meio de bolsa concedida pelo programa Santander Universidades e graduanda em Pedagogia (UNINTER). Hoje, é professora colaboradora no curso de Licenciatura em Artes Visuais (UEPG) e também atua na educação básica na Escola Bom Pastor - Martinus. Seu foco de pesquisa está nas relações colaborativas e participativas da arte contemporânea, bem como nas metodologias de ensino de arte.
Recortes, 2022
44cm X 59cm
Técnica: Fotografia Digital.
A obra é composta por 21 fotografias digitais, recortadas, que representam recortes de cenas de um cotidiano, no qual a cor, a textura e a forma significam uma infinita fração de visões que se apresentam enquanto vivemos... no supermercado, num encontro social, na intimidade da casa, nos muros, nas paredes, no fundo de um copo azul, no universo de um aquário. Em qualquer lugar, em que a luz se revela num espectro de cores.
Nelson Junior
Nasceu em Ponta Grossa (PR), entre o final da década de 50 e início da década de 70, do século XX. Engenheiro Civil e Licenciado em Artes Visuais. Especialista em Educação, Mestre em Ciências Sociais Aplicadas e Doutor em Ensino de Ciência e Tecnologia. Publicou diversos artigos na área de Ensino de Artes Visuais e Cinema. Foi coordenador da Galeria de Artes da PROEX. Professor Adjunto do Departamento de Artes, da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Suas produções se concentram na Fotografia e na Cerâmica, em especial.
Gininha na coluna de comportamento social –
Fotonovela (1959), 2019
85cm X 60cm
Técnica: Colagem e inscrições à nanquim.
A obra “Gininha na coluna de comportamento social – Fotonovela (1959)” é resultante da colagem de uma foto de um rosto, que foi obtido em uma capa de revista de 1959. As inscrições, completam a obra, formando a silhueta do corpo feminino. Esses trechos, copiados da coluna de comportamento social, mostram a interlocução entre o colunista e Gininha, leitora dessa revista de fotonovela.
A ideia de construir a representação feminina, trazendo as inquietações comportamentais que marcaram a década de 1960, sugere refletir sobre os valores e os costumes atuais. O que mudou na identidade e no universo feminino com a instalação da pandemia (COVID-19)? O tempo social feminino é uma ilusão de questionamentos?
Patricia Camera
Professora de mestrado (PPGH) e Departamento de Artes (ambos na UEPG). Diretora da Seção Educativa do Museu Campos Gerais (2018-2022). Doutora em História (PUCRS) com pós-doutorado no Museu Paulista da USP. Mestre em Tecnologia e Sociedade (UTFPR). Possui graduação em Gravura pela EMBAP/ UNESPAR. Em 1996 iniciou seus estudos em fotografia na New England School of Photography (NESOP - EUA). Atua na área de história, museu, gravura e fotografia Participa de exposições individuais e coletivas. Recebeu o Prêmio João Pilarski de Artes Visuais em 2019.
Sem título, 2021
31,8cm X 14,2cm
Técnica: Fotografia.
Quando olhamos para uma porta, temos duas opções, uma é ficar do lado de fora e viver a vida com tudo que o mundo oferece, outra, é estarmos do lado de dentro e vivenciarmos o nosso mundo. Podemos dizer que o tempo de fora é diferente do tempo que ficamos do lado de dentro. No entanto, podemos inferir que o tempo é uma ilusão, pois, percebemos que ele é volátil e instável de acordo com o que vivenciamos. Essas portas, podem ser físicas ou psicológicas, podemos fazer uma analogia com o mundo interno que criamos e as vezes atravessamos portas e crescemos como pessoas e outras vezes, não ousamos abrir novamente uma porta que trancamos. Esta obra, é um convite à reflexão: O que e como você tem percebido o tempo dentro e fora das portas que você atravessa? Como você percebe cada mundo por traz das portas? Quais as portas que você tem batido para entrar?
Sandra Borsoi
Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (2016), Especialização: Criatividade Arte e Novas Tecnologias UNOCHAPECO (2009), Mestrado em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria (2004), e graduação em Educação Artística Habilitação em Artes Plásticas pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (2001). Diretora de Assuntos Culturais DAC/PROEX/UEPG. Experiência na área de Artes, com ênfase em Artes visuais, atuando principalmente nos seguintes temas: Artes Visuais, currículo em Artes Visuais, formação de professores em artes visuais, produções artísticas e Gestão Cultural.
Incomensurável, 2021
1m X 1m
Técnica: Impressão fotográfica sobre tecido.
“Incomensurável” trata sobre a dificuldade de aferirmos e/ou avaliarmos os caminhos que cada um teve que cerzir para criar novos processos de existência permeados pelas distorções temporais pandêmicas, principalmente durante o isolamento social mais acirrado. Tais distorções foram representadas tanto pela sobreposição da imagem em diferentes ângulos quanto pelo símbolo do infinito, remendado grosseiramente em uma junção não alinhada, evidenciando rupturas, dilatações e lapsos em meio a uma possível continuidade. O emaranhado de fios ao fundo anuncia um mar revolto no qual, por vezes, parecia que quase nos afogávamos e noutros momentos mergulhávamos e nadávamos com todas as forças por um período que aparentava ser infindável para darmos continuidade a nossa própria existência.
Valéria Metroski
Doutora e Mestra em Artes Visuais (UDESC). Graduada em Artes Visuais (Licenciatura e Bacharelado/UFPR). Atualmente leciona a disciplina de Arte na Secretaria do Estado da Educação (SEED/PR) e trabalha como professora colaboradora na UEPG no curso de licenciatura em Artes Visuais. Tem experiência com o Ensino Fundamental II, Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Ensino Superior. Tem interesse nas seguintes áreas/temas de pesquisa: formação do(a) professor(a) de arte, formação do formador, ensino de arte, artes visuais, políticas públicas educacionais e currículo. Esporadicamente atua como artista.
GALERIA DE OBRAS
(clicar sobre a imagem)
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> Facebook Oficial UEPG: https://www.facebook.com/oficialuepg
Curadoria: Adriana Rodrigues Suarez e Sandra Borsoi.
Organização/montagem: Adriana Rodrigues Suarez, Isabela Bryk de Ramos, Davi Rafhael Mariano e Nicole Kayanuma.
MUITO OBRIGADA PELA VISITA!
Enquanto visita a exposição virtual "Nas Asas das Emoções" dos artistas plásticos Douglas Migliorini e Paula Schamne, aprecie a coletânea de trilhas sonoras - Estúdio Ghibli, do compositor Joe Hisaishi.
EXPOSIÇÃO
NAS ASAS DAS EMOÇÕES
Texto Curatorial
Vivemos recentemente um dos momentos mais difíceis e atípicos da vida. Enfrentamos um inimigo invisível, minúsculo, mas forte e, algumas vezes, invencível. Viver a e sobreviver à pandemia do coronavírus foi e continua sendo um desafio árduo e de muita luta. Além da doença, este momento nos mostrou o quanto somos frágeis e quanto nossas emoções nos dominam. Trabalhar com perdas, com o medo, com a insegurança, com a ansiedade e a angústia foram e são alguns dos desafios que enfrentamos ao longo desse período. E, na busca por paz e um pouco de lucidez, a arte se tora uma aliada, um oásis neste caos.
Fotografar tornou-se uma luta silenciosa de autocontrole, de busca pelo equilíbrio e pela lucidez. Tornou-se o caminho para minimizar os impactos desse momento e diminuir a sensação de impotência e de solidão que o isolamento provocou. Foi um momento de sentir as emoções através dos cliques, do olhar para o mundo, para a natureza. Captar e traduzir emoções na fotografia foi o grande objetivo desse trabalho.
Emoções captadas pelas lentes da câmera. Mais do que fotografias, estas imagens são a captação do próprio sentimento, a tradução das emoções. Fotografar é expor a alma. Fotografar é capturar a alma do ser fotografado. Desejamos que, neste passeio, possa refletir sobre suas próprias emoções e também te ajude a expressá-las. ‘Nas Asas das Emoções’ é um trabalho realizado ao longo da pandemia, entre 2019 e 2021, de captura de imagens das aves que habitam os Campos Gerais, especialmente na região de Itaiacoca, buscando contemplar e refletir as próprias emoções. Traduzir os sentimentos que me envolviam no momento da captura. Expressar as emoções através da fotografia foi um exercício de combate ao isolamento, distanciamento, de combate à preocupação e ao medo. É a terapia que a natureza nos oferece diariamente, da janela de casa.
ARTISTAS
Douglas Wellington Migliorini
Biografia:
Natural de Ponta Grossa, onde mora e trabalha desde sempre. Fotógrafo profissional desde 2013. Agente universitário da UEPG desde 1999. Graduando de Publicidade e Propaganda, na Faculdade Uninter. Trabalha na cobertura de provas do Rally Paraná desde 2018. Especialista em cobertura de competições de OFF Road. Cursou Fotografia no Centro Europeu em 2019. Participou do Concurso da Expoflor em 2019, Concurso de Fotografia da Polícia Militar em 2019. Participou do 14° Prêmio New Holland de Fotografia em 2021. Participou do Concurso de Fotografia Labtan, da UEPG, em 2021.
Paula Juliana Schamne
Biografia:
Jornalista formada pela UEPG em 2007. Mestranda em Jornalismo, também pela UEPG. Graduanda em Publicidade e Propaganda pela Uninter. Natural de Ponta Grossa, cidade onde atua e trabalha desde sempre. Estudante de Dramaturgia Teatral pelo Atteliê Criativo. Participou da Oficina de Cinema Cine Tela Brasil, na qual participou da produção do curta metragem “Estilingue”, participante do Festival CineCufa, em 2004. Participou do Concurso de Fotografia da Polícia Militar em 2019. Participou do Concurso de Fotografia Labtan, da UEPG, em 2021.
OBRAS
Surpresa, 2021
Técnica: Fotografia.
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300mm.
Estranhamento, 2019
Técnica: Fotografia.
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300mm.
Medo, 2019
Técnica: Fotografia.
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300mm.
Indecisão, 2019
Técnica: Fotografia.
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300mm.
Solidão, 2019
Técnica: Fotografia.
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300mm.
Nostalgia, 2019
Técnica: Fotografia.
Câmera NIKON D7500 e Lente NIKON 18-55mm.
Resiliência, 2019
Técnica: Fotografia.
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300mm.
Propósito, 2019
Técnica: Fotografia.
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300mm.
Empatia, 2019
Técnica: Fotografia.
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300mm.
Inclusão, 2019
Técnica: Fotografia.
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300mm.
Amor, 2019
Técnica: Fotografia.
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300mm.
União, 2019
Técnica: Fotografia.
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300mm.
Confiança, 2020
Técnica: Fotografia.
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300mm.
Desejo, 2019
Técnica: Fotografia.
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300mm.
Liberdade, 2019
Técnica: Fotografia.
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300mm.
GALERIA DE OBRAS
(clicar sobre a imagem)
Entre poéticas e narrativas...
por Douglas Migliorini e Paula Schamne
Surpresa, 2021
Técnica: Fotografia.
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300mm.
Foi em dezembro de 2019 que uma notícia mudaria para sempre nossas vidas. Um microrganismo minúsculo, invisível mudaria para sempre nossas vidas. E quem imaginava o que enfrentaríamos?
Estranhamento, 2019
Técnica: Fotografia.
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300mm.
A vida nos levou a nos afastarmos de quem mais amamos. Em um dia, todo mundo junto. No outro, o vazio, a solidão, o isolamento. Para alguns, provisório. Para outros, perene. Que falta faz um abraço!
Resiliência, 2019
Técnica: Fotografia.
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300mm.
Ao longo de dois anos, vivemos sentimentos muito complexos e até, em alguns casos, desconhecidos. Como seres humanos, o esgotamento nos consumiu, mas também fomos transformados. Acabamos nos descobrindo mais fortes do que pensávamos ser. A vida pede passagem, apesar das dificuldades. E seguimos. Aqui estamos, prontos para recomeçar. A vida nos espera a cada amanhecer. Ressignificar tudo o que vivemos é nossa missão.
Liberdade, 2019
Técnica: Fotografia.
Câmera NIKON D7500 e Lente SIGMA 70-300mm.
Nunca mais seremos os mesmos. As marcas das experiências vividas nos acompanharão para sempre. Ressignificá-las é nossa missão. Valorizar as pequenas coisas, o dia a dia, os pequenos prazeres presentes em nossa rotina, muitas vezes engolidos pela correria. Repensar nossa vida, nossos valores, o que nos é importante é o que fica. Ouvir, sentir e compreender nossas emoções é nosso maior aprendizado. E para você, o que esse momento trouxe de ensinamentos? De tudo o que você viveu, o que fica?
Divulgação:
> Site oficial da UEPG:
> Facebook Galeria DAC/PROEX: https://www.facebook.com/PROEXUEPG
> Facebook Licenciatura em Artes Visuais UEPG: https://www.facebook.com/Licenciatura-em-Artes-Visuais-UEPG-114874710206486
> Facebook Oficial UEPG: https://www.facebook.com/oficialuepg
Curadoria: Adriana Rodrigues Suarez e Sandra Borsoi.
Organização/montagem: Isabela Bryk de Ramos e Davi Rafhael Mariano.
MUITO OBRIGADA PELA VISITA!
Enquanto visita a exposição virtual "Paisagens Noturnas" do artista plástico Renato Torres, aprecie a coletânea de lofi hiphop e jazzhop dos musicistas Kendall Miles, Didi Crazz, Samwise e Johto.
EXPOSIÇÃO
PAISAGENS NOTURNAS
Texto Curatorial
A exposição intitulada: “Paisagens Noturnas”, tem como proposta refletir sobre o conceito de paisagem urbana através de um conjunto de obras de arte, desenvolvidas em diversas técnicas, como: pintura, linóleo, xilogravura, serigrafia, água tinta, entre outras.
De acordo com Nelsom Brissac Peixoto, nas paisagens urbanas, “tudo é abarrotado, as superfícies profusamente ocupadas, os espaços tomados por objetos esparramados e quebrados. Como se houvesse o temor de que do vazio pudesse surgir uma ameaça” (PEIXOTO, 2004, p. 175). Nesse sentido, trabalhar com tal temática se coloca como um desafio para a atualidade. Não sendo apenas questões estéticas, a paisagem urbana abrange indagações políticas, sociais e psicológicas. Assim, a organização espacial de uma cidade reflete sua estrutura social.
A opção por paisagens noturnas implica no enfrentamento de certa ambiguidade da imagem. A luz que encanta está ao lado da escuridão que gera medo. Portanto, a percepção das imagens pode ocasionar tanto o deslumbramento quanto a insegurança.
Soma-se a essas questões as decisões tomadas durante o processo de criação, que em diversos momentos flerta com a abstração, ou melhor, com composições desvinculadas de uma representação fiel da realidade e comprometidas com a construção de uma linguagem estética própria, que simplifica as imagens e gera, em alguns momentos formas ficcionais, resultando em espaços urbanos imaginários.
Decorrente desse processo, a luz se destaca em contraste ao preto predominante das imagens, induzindo o observador a encontrar espaços entre a opacidade das formas. O olhar precisa percorrer todos os trabalhos para descobrir detalhes, ângulos, perspectivas, vazios, solidão e talvez ... um pouco de afeto ... em um constante diálogo com questões latentes na contemporaneidade.
ARTISTA
Renato Torres
Biografia:
Atualmente vive e trabalha na cidade de Curitiba/PR. Em sua formação acadêmica é formado em Licenciatura em Desenho, Escola de Música e Belas Artes do Paraná - UNESPAR (1997), Bacharelado em Gravura, Escola de Música e Belas Artes do Paraná - UNESPAR (2000), Mestrado em Educação - Universidade Tuiuti do Paraná (2008) e Doutorado em Educação - UFPR. Além disso participou em exposições individuais como: "Paisagem (Des)Construída" - Galeria Iberê Camargo (2008), Porto Alegre/RS, "Paisagens Construída" - Pinacoteca do Clube Curitibano (2006), Curitiba/PR, "Pausa" - Museu Metropolitano da Arte (2005), Curitiba/PR, "Pausa" - Museu de Arte de Joinville (2005), Joinville/SC, "Incisões" - Fundação de arte de Montenegro (2004), Montenegro/RS. E coletivas: "Exposição Internacional Objetos que aproximam: Dentro de casa, mostra virtual" - Museu das coisas banais (2020), Pelota/RS, "Exposição Internacional Coletiva do Clube de Gravadores" - Museu Florestal Octávio Vecchi (2019), São Paulo/SP, "Intercâmbio Portfólio" - Museu da Gravura Cidade de Curitiba (2018), Curitiba/PR, "Biennale Internazionale per l’Incisione 2011" - Participação na bienal internacional de gravura - “Premio Acqui” - X Edizione, Acqui Terme/Itália, "Autorretrato" - Casa Andrade Muricy (2010), Curitiba/PR, "Planos Espaços" - Museu de arte Contemporânea do Paraná (2004), Curitiba/ PR.
Obras em acervos:
Centro Estadual de Capacitação em Artes Guido Viaro - Curitiba/PR, Museu Casa da Xilogravura - Campos de Jordão/SP, Museu de arte da UFPR- MUSA - Curitiba/PR, Museu de arte de Joinville - MAJ- Joinville/SC, Museale del Comune di Acqui Terme, Castelo dei Paleologi - Acqui Terme/Italia, Intercultural Galeria de Arte - Curitiba/PR, Fundação Cultural de Ponta Grossa, Estação Arte - Ponta Grossa/PR e Galeria da PROEX, Universidade Estadual de Ponta Grossa - Ponta Grossa/PR.
OBRAS
AS04817, 2017
50cm X 65cm
Técnica: Nanquim sobre papel.
AS00917, 2017
50cm X 65cm
Técnica: Nanquim sobre papel.
AP03317, 2017
50cm X 65cm
Técnica: Nanquim sobre papel.
AP13417, 2017
50cm X 65cm
Técnica: Nanquim sobre papel.
São Paulo, 2018
75cm X 119cm
Técnica: Nanquim sobre papel.
Cidade Pulsante, 2019
160cm X 315cm
Técnica: Látex sobre Brim.
AP100621, 2021
50,2cm X 64,8cm
Técnica: Linóleo.
Noite Adentro, 2021
42cm X 59,5cm
Técnica: Serigrafia.
Linhas de Luz, 2021
21,3cm X 15cm
Técnica: Linóleogravura.
Luz e sombra no atelier, 2021
75cm X 110cm
Técnica: Serigrafia sobre Nanquim.
Fim de tarde na Estação das Docas, 2021
59,4cm X 41,9cm
Técnica: Serigraifa.
Paisagem interna, 2021
25cm X 22cm
Técnica: Serigrafia.
Entre Luzes, 2022
30cm X 55cm
Técnica: Água Tinta.
AS10017, 2017
78cm X 2017cm
Técnica: Nanquim sobre papel.
LÁ, 2017
50cm X 65cm
Técnica: Nanquim sobre papel.
GALERIA DE OBRAS
(clicar sobre a imagem)
Entre poéticas e narrativas...
por Renato Torres
Cidade Pulsante, 2019
160cm X 315cm
Técnica: Látex sobre Brim.
As obras que compõem a série “Apanhador de sonhos”, surgiram de caminhadas por montanhas. Vocês já tiveram a oportunidade de ver a cidade à noite de um local alto? A cidade transforma-se em pequenos pontos de luz. Um mirante, um voo noturno, um prédio alto ou mesmo o pernoite em uma montanha? E foi assim... Sentindo o vento no rosto, o cheiro do mato e a empolgação por chegar ao cume das montanhas que fizeram a caminhada ganhar um lugar especial em minha vida. Na obra “Cidade pulsante” procurei pensar um espaço urbano que não para, que tem sucessos e desencantos e ao mesmo tempo se reinventa. Qual sua percepção da paisagem noturna? Qual lugar chama sua atenção? O que você sente quando está em meio a escuridão? Você percebe as formas que as luzes estão organizadas? O momento de descanso seria também um momento de perigo? Todas essas questões se apresentam no momento da criação das imagens. O contraste entre o branco e o preto podem também induzir à reflexões sobre a urbe, em especial sobre as oportunidades que a cidade nos oferece.
São Paulo, 2018
75cm X 119cm
Técnica: Nanquim sobre papel.
A segunda obra que trago pra reflexão é a obra “São Paulo”. Aqui eu entro na cidade. Em meio à noite, observo tudo que me rodeia. Faço parte dela, mas tento entender como funciona. Olhar pela sacada é também assumir um papel crítico. Você já teve a oportunidade de pensar sobre o fluxo de pensamentos que movem uma cidade como São Paulo? Durante a elaboração desse trabalho, procurei imagens das cidades mais populosas do mundo. Contudo, tendo acabado de chegar da capital paulista, não conseguia esquecer o que tinha vivenciado. Ruas largas, confusas, movimentadas. Prédios altos, residenciais e comerciais, elegantes e abandonados, uma realidade ambígua e diversa. Percebi também que durante a noite as cores sumiam e aos poucos tudo se tornava parecido, virando só luz e escuridão. Em um olhar distante, precisava de um tempo para reconhecer cada prédio. O olhar percorria os volumes e as formas urbanas. Nessa busca, as irregularidades das luzes deixavam a paisagem noturna muito mais atraente.
Divulgação:
Site oficial UEPG: https://www.uepg.br/exposicao-paisagens-noturnas/
Galeria DAC/PROEX: https://www.facebook.com/PROEXUEPG
Facebook Licenciatura em Artes Visuais UEPG: https://www.facebook.com/Licenciatura-em-Artes-Visuais-UEPG-114874710206486
Facebook Oficial UEPG: https://www.facebook.com/oficialuepg
Curadoria: Adriana Rodrigues Suarez e Sandra Borsoi.
Organização/montagem: Isabela Bryk de Ramos e Davi Rafhael Mariano.
MUITO OBRIGADA PELA VISITA!
Enquanto visita a exposição virtual "Etnobotânica" do artista plástico Adilson Lopes, aprecie a música: "Inquietação Constante - Música Relaxante Para Acalmar as Angústias e Tranquilizar o Espírito". (https://www.youtube.com/watch?v=yQqjZAqNf9Y)
EXPOSIÇÃO
ETNOBOTÂNICA
Texto Curatorial
MERGULHO NO BRASIL PROFUNDO
Adilson Lopes, no Projeto Etnobotânica, volta seu olhar para desenhos sobre tela e papel como formas de expressão caracterizadas pelo desenvolvimento de uma inteligência peculiar na maneira de olhar para o mundo. O nome da exposição lida com três instâncias complementares nos trabalhos realizados: as plantas, as pessoas e o mundo. Assim a técnica, aliada ao pensamento, oferece a discussão de problemas tanto estéticos como existenciais. Seus trabalhos envolvem uma atitude perante a própria arte. Cada um manifesta, à sua maneira, um gesto, uma marca digital, um movimento da mão e uma visão de mundo.
O artista apresenta um raciocínio visual que pode assumir as mais diversas características e dialoga com os mais variados materiais. O uso do preto e branco aponta para questões plásticas relacionadas com a luz, e as formas conduzem o desenho ao não-lugar em que a arte se realiza como espaço de diversos mistérios e de saberes criativos.
As riquezas dão-se no jogo visual e em um progressivo adensamento da consciência do uso do espaço. O essencial está no êxito de desenvolver uma pesquisa visual que exija do observador reflexão atenta sobre como são utilizadas e trabalhadas as linhas, as formas, as cores e as suas tonalidades. Não há, nesse processo, certo ou errado, mas indagações internas constantes. As imagens do artista se debruçam sobre microcosmos que, justamente por terem como foco o detalhe, permitem a ampliação das relações que levam a uma visão mais completa e complexa daquilo que constitui cada ser humano, o ambiente natural e o universo como um todo.
Pesquisar o que é intrínseco a uma planta conduz a um mergulho nos seus usos na alimentação e na medicina tradicional. Significa penetrar em uma jornada simbólica pela ancestralidade do artista e suas matrizes indígenas e africanas. O projeto perscruta assim um Brasil profundo, mergulhado em histórias, narrativas e tradições muitas vezes sepultadas.
Escrito por Oscar D’Ambrósio (Pós-Doutor e Doutor em Educação, Arte e História da Cultura, Mestre em Artes Visuais, jornalista e crítico de arte).
ARTISTA
Adilson Lopes
Biografia: Atualmente vive e trabalha na cidade de São Paulo/SP. Em sua formação acadêmica é formado em Artes Visuais pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo e estudou desenho com os seguintes artistas: Evandro Carlos Jardim, Dudi Maia Rosa e Edith Derdyk. Além disso participou em exposições coletivas e individuais como: Museu de Arte Contemporânea MAC/USP – Pavilhão da Bienal – São Paulo /SP, SESC Pompéia/SP, Galeria da Universidade de Ponta Grossa - Divisão de Artes Visuais/PR; Galeria da Universidade Estadual de Londrina - Divisão de Artes Visuais/PR, Museu de Arte de Londrina/PR; Museu de Arte de Blumenau/SC, Fundação Cultural de Ubatuba/SP, Museu de Arte Contemporânea – Jataí/ GO, Museu de Arte de Santa Maria/RS, Galeria Augusto/Augusta – SP, entre outras.
Obras em acervos: Fundação Bradesco, Museu de Arte Contemporânea – Jataí/GO, Museu de Arte de Marília – SP e Museu de Arte de Londrina – PR.
OBRAS
Desenho X, 2020
110cm X 180cm
Técnica: Caneta permanente s/tela.
Desenho XIX, 2020
55cm X 74cm
Técnica: Caneta Permanente s/papel.
Desenho III, 2020
55cm X 74cm
Técnica: Caneta Permanente s/papel.
Desenho VIII, 2020
55cm X 74cm
Técnica: Caneta Permanente s/papel.
Desenho XXII, 2020
94cm X 130cm
Técnica: Caneta Permanente s/tela.
Desenho II, 2020
55cm X 74cm
Técnica: Caneta Permanente s/papel.
Desenho V, 2020
55cm X 74cm
Técnica: Caneta Permanente s/papel.
Desenho XVI, 2020
55cm X 74cm
Técnica: Caneta Permanente s/papel.
Desenho XXV, 2020
83cm X 115cm
Técnica: Caneta Permanente s/tela.
Desenho IV, 2020
55cm X 74cm
Técnica: Caneta Permanente s/papel.
Desenho XIII, 2020
55cm X 74cm
Técnica: Caneta Permanente s/papel.
Desenho VII, 2020
55cm X 74cm
Técnica: Caneta Permanente s/papel.
Desenho XXIV, 2020
60cm X 70cm
Técnica: Caneta Permanente s/papel.
Desenho VI, 2020
55cm X 74cm
Técnica: Caneta Permanente s/papel.
GALERIA DE OBRAS
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Entre poéticas e narrativas...
por Adilson Lopes
Desenho XIX, 2020
55cm X 74cm
Técnica: Caneta Permanente s/papel.
"Quando criança, eu ajudava minhas avós, a recolher folhas de diversas plantas, que eram utilizadas para propósitos ritualísticos e uso medicinal. As minhas memórias afetivas de infância e a observação de células, maximizadas por microscópio, levaram a criação de um vocabulário visual ou um ecossistema imaginário. A minha pesquisa formal, está voltada para a linha como elemento estruturante do desenho, bem como a utilização do preto e branco como estratégia para captar e revelar a luz. Algumas questões estão presentes em meu trabalho, como a ligação entre o homem e a natureza, bem como a importância da nossa ancestralidade." (LOPES, A., 2022)
Divulgação:
Site oficial UEPG: https://www.uepg.br/exposicao-virtual-apresenta-um-olhar-sobre-a-ligacao-entre-o-homem-e-a-natureza/
Facebook Galeria DAC/PROEX: https://www.facebook.com/PROEXUEPG
Facebook Licenciatura em Artes Visuais UEPG: https://www.facebook.com/Licenciatura-em-Artes-Visuais-UEPG-114874710206486
Facebook Oficial UEPG: https://www.facebook.com/oficialuepg
Curadoria: Adriana Rodrigues Suarez e Sandra Borsoi
Organização/montagem: Isabela Bryk de Ramos
MUITO OBRIGADA PELA VISITA!
Enquanto visita a exposição virtual "Memórias Poéticas" do acervo da Galeria DAC/PROEX/UEPG, aprecie a música: Chopin - Nocturne op.9 No.2 (https://www.youtube.com/watch?v=9E6b3swbnWg)
EXPOSIÇÃO
MEMÓRIAS POÉTICAS
Texto Curatorial
A Exposição Memórias Poéticas, exposição coletiva do Acervo da Galeria DAC/PROEX, reúne obras de arte que representam situações cotidianas, memórias, culturas, lugares, através da perspectiva do olhar de cada artista.
Independentemente do que a obra nos revela materialmente, ou técnica usada, a póiesis do artista junto com a práxis é um dos meios vistos dentro de uma curadoria de arte, que revela a imensidão do sentido/significado do objeto arte para com o contemplador.
Cada detalhe, visto, pensado, organizado e vislumbrado nas obras, nos faz ir além do tempo vivido. Podemos viajar ao passado, ao presente ou ao futuro. Viajar na história, na memória, simplesmente viajar. O conjunto de obras presente nesta exposição, remete ao conceito de ser e estar, ao conceito de espaço e lugar, do particular e do compartilhado, através de traços marcados, outros nem tanto, com imagens abstratas, outras impressionistas, a representação objetiva e subjetiva das composições.
Poéticas vividas, poéticas criadas, poéticas sonhadas, poéticas...
Encontramos na Arte diversas formas de interpretações, a partir da leitura imagética chegamos mais próximos das reflexões críticas sobre o que observamos, sobre o que sentimos, vivemos e sobre o que desejamos.
Ao contemplar estas obras, recordamos o que Berger (1999) declara: “A maneira como vemos as coisas é afetada pelo que sabemos ou pelo que acreditamos [...] Só vemos aquilo que olhamos. Olhar é um ato de escolha.”
Olhar é um ato de escolha?
Sim... Permita-se!
Pense em suas memórias, pense em sua história...
Converse com as imagens, escute-as, questione-as, provoque-as, contemple-as.
“Voe” em seus pensamentos, a liberdade nos permite ir até onde nosso coração nos levar.
Profª Drª Adriana Rodrigues Suarez
Profª Sandra Borsoi
É na arte, por meio de sua enorme diversidade e abertura, que a possibilidade de expressão e transmissão dos sentimentos aflora naqueles que se permitem expressar e sentir. A composição, suas formas, linhas e cores são as oportunidades de abrirmos aos olhos e as mentes dos contempladores para suas vivências e memórias. É por isso, que a exposição do acervo da galeria DAC propõe o encontro do contemplador com os mais variados temas, estilos, ideias e técnicas. Permeando entre movimentos artísticos, entre eles o impressionismo, o abstracionismo e o realismo, entre outros. Pinturas, esculturas e fotografias compõem toda a exposição “Memórias Poéticas”, a qual busca desenvolver habilidades sensoriais, fruições e a educação visual do visitante. Basta apenas que você, leitor imagético e observador, permita-se preencher e transbordar todas suas expressões junto da arte.
Escrito por Isabela Bryk de Ramos
OBRAS
sem nome, 2009
Lina Iara
sem nome, 2010
Lina Iara
Visões de Sinhara I, s/ data
Fabiana Guedes
Fotografia (20x30)
Visões de Sinhara II, s/ data
Fabiana Guedes
Fotografia (20x30)
A Ferro e a Fogo, 2001
Aidê Zorek
Técnica Mista (80x100)
Passagens, 2010
Aidê Zorek
Técnica Mista (80x100)
Sem nome, 1994
Luisiana Pellizzari
Óleo sobre Tela (150x200)
Cama, 2010
Emerson Persona
Acrílica sobre Tela (120x145)
Espera, 1976
Suzana Villela
Óleo sobre Tela (90x108)
Represa de Alagados, 1962
Horst Schenepper
Óleo sobre Tela (65x120)
Arredores de Curitiba, 2005
Laura Tereza Mercer
Óleo sobre Tela
Vila Velha, na Rota dos Tropeiros, 2008
Veraliz Regina Cominato
Óleo sobre Tela (70x100)
Rua Balduíno Taques, 2018
Saulo Pfeiffer
Óleo sobre Tela (55x65)
Série "Ipês", s/ data
Ruth Yumi
Infogravura
Marinha com pintor, crianças e gaivotas, 2019
Zunir de Andrade
Óleo sobre Tela (40x60)
GALERIA DE OBRAS
(clicar sobre a imagem)
Entre poéticas e narrativas...
Sem nome, 1994
Luisiana Pellizzari
Óleo sobre Tela (150x200)
“[...] século XX – aparecimento de uma nova síntese, início do emprego dos elementos. Avaliação cada vez mais consciente das forças intrínsecas da imagem, tensões. A materialização da imagem é considerada portadora de uma força interior e digna de um novo raciocínio. A força só é importante e significativa vista deste ângulo” (KANDINSKY. 1987, 37).
E ainda nesse mesmo contexto
arte é um emocional que altera um referencial, um referencial alterado por um emocional que produz um objeto estético (ECO, H. 1982, 286).
A materialização de uma forma através do abstrato, nos revela o mais íntimo do íntimo de um artista. Pois ali está estampado os
pensamentos, cores e formas que ele nos proporciona diante de um contexto existente. Podemos ter diversas formas e elementos estampados na pintura onde o artista buscou defini-las, estas formas, como tinha em mente, e que, de acordo com a nossa observação vamos enxergando o que queremos, o que desejamos e o que procuramos encontrar.
O porquê não fazer da arte um modo de proximidade a imaginação?
Sendo que essa é uma das funções da arte.
Ao observar esta obra:
Considera a Arte Abstrata como algo estranho?
Você gosta de Arte Abstrata?
Quando contempla uma imagem abstrata, você busca um reconhecimento imagético?
Quais formas consegue “achar” nesta obra?
E a composição das cores? O que te representa?
“O artista deve treinar não apenas seus olhos, mas principalmente sua alma.” (Wassily Kandinsky)
A Ferro e a Fogo, 2001
Aidê Zorek
Técnica Mista (80x100)
Passagens, 2010
Aidê Zorek
Técnica Mista (80x100)
O senso comum talvez pense inicialmente: “pintura cheia de rabiscos” ou até mesmo “nossa, desta arte até eu faço” e se questionará “isto é arte”.
SIM, isto é arte!
Independentemente do que a obra nos revela materialmente, ou técnica usada, a poiesis do artista junto com a práxis é um dos meios vistos dentro de uma curadoria de arte, que revela a imensidão do sentido/significado do objeto arte para com o público.
O abstracionismo, que usa as formas abstratas em detrimento das figuras, vem de encontro a forma mais humana de interagir com o material, seja pintura, escultura, gravura, entre outras artes.
O artista expressa suas emoções diante da tela sem estar completamente focado nas formas reais, mas, com princípios e argumentos para a criticidade da obra. A imagem desconstruída do abstracionismo, arte “não representacional”, faz parte do sentir, trazendo a subjetividade e permitindo ao expectador, liberdade de “ver” aquilo que seus anseios procuram. O Abstrato é um movimento que apresenta uma ruptura artística, tendo como precursor o artista russo Wassily Kandisnky. Pintor interessado em estudar os efeitos da cor e da criação aliada à música. Surge no final do século XIX. (STANGOS, 2000)
Abstração, abstrato, abstracionismo são termos que designam o intangível, o incompreensível, o indefinido. Na pintura e na escultura, se acumula à essas qualidades o sentido de abstrair enquanto subtrair, retirar, da figura. A arte abstrata surge como desdobramento e/ou ruptura com a arte figurativa.
Podemos, então, olhar para as aproximações ou para os distanciamentos entre o figurativismo e o abstracionismo.
Contemplando uma obra Abstrata, tente fruir:
O que você enxerga nestes “rabiscos”?
Você é capaz de fazer uma obra abstrata?
Você se acha expressivo?
Compreende o que abstracionismo tenta nos revelar?
O que consegue ver? Sentir? Contemplar numa obra que desconstrói as imagens?
Você tem facilidade para enxergar a subjetividade da obra?
As cores e os movimentos das pinceladas das obras abstratas, desperta em você, sentimentos?
Espera, 1976
Suzana Villela
Óleo sobre Tela (90x108)
Para Aumont (2004), aprender olhando, aprender a olhar é o tema da descoberta do visual por meio da arte, da similitude entre ver e compreender. Com isso, precisamos cada vez mais aprender a ver, compreendendo aquilo que vemos a nossa frente.
Nossos sonhos, nossa realidade, nossas emoções, nossas indignações diante do mundo em que vivemos podem ser resultados de uma vida constante em que desejamos ter ou que já temos. As diferenças que nos movem e que nos tiram de uma realidade constante e acomodada faz ressurgir emoções que há tempos não sentíamos.
Vamos observar juntos a obra Espera, da artista Suzana Villela do ano de 1976.
Quais as cores conseguem observar na obra?
E as expressões destas mulheres, o que consegue sentir?
Seria a mesma mulher, ou seriam três mulheres?
Quais os sentimentos podem decifrar ao contemplar a obra?
E como ela se comporta diante da sua visão/observação?
O que será que a obra Espera, pode representar atualmente?
Você acha realmente que a espera traz emoções corporais que você há tempo não sentia?
Será que nossa espera, diante aos acontecimentos da vida, pode resultar em algo bom para o nosso crescimento?
Série "Ipês", s/ data
Ruth Yumi
Infogravura
Você já teve a sensação de estar num lugar ermo e silencioso, onde parece ser o único lugar que você já esteve, talvez em outras vidas?
Aquele lugar que te deixa calmo, alegre e ao mesmo tempo pensante sobre o que acontece depois que partirmos desta vida?
Para você, a sensação é de solidão? ou mesmo tendo a árvore como vida, apresenta uma solidão, um silêncio que pode nos causar uma série de reflexões.
O que somos, como nos comportamos e para onde vamos?
Quando algo não dá certo em nossa vida, temos sempre uma "árvore" que nos iluminará com suas gamas de cores e deixará nosso caminho mais belo?
São apenas algumas reflexões...
Causar sentimentos e emoções perante a observação e leitura de uma imagem, seja ela qual for é um fator relevante para que o fazer artístico se torne significativo. O artista tem, muitas vezes, a intenção de alcançar pessoas que observem sua obra e assim tenham a vontade de expressar o que sentem. A obra fala por si só, mas o fruidor tem o direito de expressar seus sentimentos e emoções.
Não existe o certo ou o errado na leitura de uma imagem.
Existe um diálogo entre o fruidor e a imagem.
Na obra Série Ipês, temos uma absorção total de 2 cores que se complementam diante das paisagens. O cinza com suas variações de tonalidades, sejam elas do mais claro para o mais escuro, apresentam um degradê. O amarelo em destaque, dá alusão de que a árvore é o principal elemento da obra. A Série é uma Infogravura técnica de ir além da gravura, junção de materiais e técnicas que enriquecem o trabalho, como xilogravura, metal e litogravura.
“Por meio da Arte é possível desenvolver a percepção e a imaginação, aprender a realidade do meio ambiente, desenvolver a capacidade crítica, permitindo ao individuo analisar a realidade percebida ao desenvolver a criatividade de maneira a mudar a realidade que foi analisada.” (BARBOSA, A. M. Inquietações e Mudanças no Ensino da Arte. - 2. Ed. – São Paulo: Cortez, 2003, cap 1o)
Você lê uma imagem?
Quais são suas cores preferidas? O que elas representam para você?
Se você fosse o artista, com quais elementos você completaria a composição?
Ao contemplar esta obra você lembra de algum lugar que já esteve?
Represa de Alagados, 1962
Horst Schenepper
Óleo sobre Tela (65x120)
No Acervo DAC/PROEX/UEPG têm muitas obras interessantes, para que juntos possamos fruir sobre elas. A fruição é a capacidade de interpretar a partir do olhar individual. Sentimentos que devem ser despertados, isto é, quando o expectador se permite “viajar” pela criação artística.
Nossa visão está continuamente ativa, em movimento, captando coisas num círculo à sua própria volta. Toda imagem incorpora uma forma de ver. (BERGER, 1999)
Observem esta pintura de paisagem, feita a algumas décadas atrás retratando o Alagados de Ponta Grossa, mais precisamente, o interior do Paraná...observem sua textura, a luminosidade entre as Araucárias, o último plano.
No seu ponto de vista esta obra representa o amanhecer ou entardecer?
Quais elementos você observa na obra?
Quais as cores que identifica na obra? Gosta de estar em lugares como este?
Artista HORST SCHNEPPER
Natural de Curitiba, começou a dar vazão aos seus impulsos vocacionais aos oito anos de idade, quando pela primeira vez reproduziu uma paisagem em aquarela. Aos treze anos seus trabalhos passaram a ser feitos a óleo e desde então a arte tem sido constante em sua vida. Autodidata, passou a optar pela tinta acrílica, com a qual retrata e se identifica, principalmente com temas regionais. Suas telas vêm alcançando grande aceitação pública, não só no Brasil como em outros países, como: Estados Unidos, Canadá, Holanda, Alemanha e Japão, para onde são vendidas grande parte de suas obras. Em 1972 realizou sua primeira exposição individual na Galeria DAC/PROEX em Ponta Grossa, ocasião em que vendeu todas as telas expostas. A partir daí, a aceitação de seus quadros foi crescendo a ponto de hoje ter mais de seis mil telas espalhadas em nossa Cidade
Vila Velha, na Rota dos Tropeiros, 2008
Veraliz Regina Cominato
Óleo sobre Tela (70x100)
Segundo Manguel (2001), as imagens como a história nos informam, por isso a importância de saber “ler imagens”. Nossa existência se passa em um rolo de imagens que se desdobra continuamente, imagens capturadas pela visão e realçadas ou moderadas pelos outros sentidos.
Imagens cujo significado varia constantemente, configurando uma linguagem feita de imagens traduzidas em palavras e de palavras traduzidas em imagens, por meio das quais tentamos abarcar e compreender nossa própria existência.
Para ler uma imagem precisamos “resgatar” nossas memórias, ativando nosso (s) olhar (es), provocando nossos sentimentos, e assim, permitir a nossa fruição estética. Portanto, quando nos deparamos com lugares diferentes em nossa vida, podemos sentir sensações diferentes dependendo do contexto em que nos encontramos.
Reconhecer lugares onde passamos e onde ainda passaremos, nos serve intrinsicamente, como evolução do nosso ser e dos nossos sonhos que poderemos ter. Ver a imagem de lugares que conhecemos e pensando sobre estes “lugares” que já passamos, moramos, nascemos e até sonhamos, e que nos marcam, pensemos por um minuto:
Quais lugares interessantes você conhece?
Ou sonha em conhecer?
Quais lugares desperta em você, sensações boas e tranquilas?
Entre tantos lugares que já passou, conheceu, qual gostaria de
voltar?
Se você fosse um artista, qual lugar você representaria em sua
obra de arte?
Observe o quadro: Vila Velha, na Rota dos Tropeiros, da artista Veraliz Regina Cominato.
Você conhece este lugar?
Conhece o Parque de Vila Velha, em Ponta Gossa/Paraná?
Será que a viagem dos tropeiros foi tranquila e calma como representada na obra pictórica, Vila Velha, na Rota dos Tropeiros de
2008?
Qual sua narrativa sobre esta imagem?
Divulgação:
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Curadoria: Adriana Rodrigues Suarez, Alberto Mikoski, Sandra Borsoi, Isabela Bryk de Ramos, Mario Opuchkevitch Junior.
Organização: Adriana Rodrigues Suarez, Alberto Mikoski, Sandra Borsoi, Isabela Bryk de Ramos, Mario Opuchkevitch Junior.
Enquanto visita a exposição virtual "Vermelho, o recorte" do artista plástico Emerson Persona, aprecie a música: The Phantom of The Opera' Sarah Brightman & Antonio Banderas (https://www.youtube.com/watch?v=j9qLfyLowjg)
EXPOSIÇÃO
VERMELHO, o recorte.
Texto curatorial
O que está acontecendo? Para onde iremos? O que este tempo pandêmico causou em nós? Tantas perguntas... algumas, sem respostas! Diante do novo cenário que se apresentava, tivemos que pensar e nos reprogramar, olhar e buscar novos caminhos. Precisamos organizar nossas emoções, para que pudéssemos sobreviver. A experiência de confinamento e o instinto de sobrevivência nos fez enxergar coisas que não tínhamos tempo para enxergar. Olhávamos, mas não enxergávamos...E os artistas? E a Arte? Quais são seus olhares? Na exposição “Vermelho, o recorte”, do artista curitibano Emerson Persona percebemos uma explosão de cores, de formas desconstruídas ou quem sabe, construídas, de figuras irreais que por um momento intriga, e no outro acolhe. Cores, figuras, colagens que representam a experiência do olhar do artista em seus momentos de devaneios provocados pela Pandemia COVID19. Ao contemplar a produção do artista, podemos nos questionar de “como pensam essas imagens?”, portadoras de pensamentos, carregadas de emoções. Neste caso, o pincel deslizou sobre uma superfície, incorporou pensamentos, fantasias, delírios, devaneios, vertentes que, enquanto fruidores, nos levam e nos conduzem a outros horizontes, aos territórios da memória, afinal, toda imagem é a memória de memórias. Ao contemplar estas obras, recordamos o que Berger (1999) nos declara que, “A maneira como vemos as coisas é afetada pelo que sabemos ou pelo que acreditamos [...] Só vemos aquilo que olhamos. Olhar é um ato de escolha.” Esta citação vem de encontro com a proposta do artista Emerson Persona em sua produção artística, quando retrata uma Arte carregada de medos, angústias, solidão e as violências vividas, materializando seus pensamentos sobre o mundo, sobre as pessoas, sobre as coisas, no período do isolamento.
Adriana Rodrigues Suarez
Sandra Borsoi
Contemple... se permita fruir!
Construa seus devaneios!
Adriana Rodrigues Suarez
Sandra Borsoi
ARTISTA
Emerson Persona
Este recorte virtual apresenta alguns trabalhos que farão parte da Mostra “VERMELHO”, a qual será apresentada no MUMA - Museu Municipal de Arte em Curitiba no segundo semestre de 2022. A Exposição virtual: "Vermelho, o recorte" traz trabalhos intrinsicamente relacionados com a experiência do artista Emerson Persona, dentro do processo pandêmico a que estamos acometidos desde 2020. Para Persona "0 isolamento, a solidão, o medo, as angústias e as violências são algumas das sensações a partir das minhas reflexões dentro da pandemia ou a partir dos relatos de pessoas na internet, fazem parte dos “temas” ou “motivos” para produzir alguns dos objetos aqui apresentados."
Biografia: Graduação em Superior em Pintura e Especialização em História da Arte Moderna e Contemporânea, ambas pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná (2009). Possui Mestrado em Tecnologia e Sociedade pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (2017). Doutorando em Tecnologia e Sociedade pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
Persona busca transformar e recombinar as relações da representação do corpo no espaço resultando em imagens flutuantes. O artista tem como interesse a representação do corpo em grandes formatos na pintura e no desenho e na colagem fazendo uso de figuras de animais e plantas no tamanho A4, A3 e A2. Nos desenhos e nas colagens, as relações se estabelecem entre o claro e o escuro, em figuras com corpos moles e fragmentados, com imagens de animais e rostos construídos com cores buscando a gestualidade do traço. Os trabalhos surgem durante o processo do artista, gerando espaços híbridos, em que diversas ideias são misturadas, trazendo narrativas que não se apresentam inteiramente, propondo um jogo simbólico ao observador. Participou de exposições como: Bienal Internacional de Curitiba – 25 anos 2018, “Gama”, Soma Galeria, Curitiba, 2018; “Na diferença se constitui” – MuMA, Curitiba 2018; “O poder de dar nome às coisas”, Musa, 2016; “Under Construction”, na Casa Andrade Muricy, 2013; “Então...” no Paço da Liberdade, 2013; “Under Construction”, no Museu Alfredo Andersen, 2012; “1º Salão de Arte Contemporânea SESI Cultural”, 2011; “Divíduo”, Espaço Cultural BRDE, 2010 entre outras.
OBRAS
sem nome, 2020
A3 (29,7cmX42cm)
pintura (acrílico/guache sobre papel), colagem.
sem nome, 2020
A3 (29,7cmX42cm)
pintura (acrílico/guache sobre papel), colagem.
sem nome, 2021
A3 (29,7cmX42cm)
pintura (acrílico/guache sobre papel), colagem.
sem nome, 2020
A3 (29,7cmX42cm)
pintura (acrílico/guache sobre papel), colagem.
sem nome, 2020
A2 (42cmX59,4cm)
pintura (acrílico/guache sobre papel), colagem.
sem nome, 2020
A3 (29,7cmX42cm)
pintura (acrílico/guache sobre papel), colagem.
sem nome, 2020
A3 (29,7cmX42cm)
pintura (acrílico/guache sobre papel), colagem.
sem nome, 2020
A3 (29,7cmX42cm)
pintura (acrílico/guache sobre papel), colagem.
sem nome, 2020
A3 (29,7cmX42cm)
pintura (acrílico/guache sobre papel), colagem.
sem nome, 2020
A3 (29,7cmX42cm)
pintura (acrílico/guache sobre papel), colagem.
sem nome, 2020
A3 (29,7cmX42cm)
pintura (acrílico/guache sobre papel), colagem.
GALERIA DE OBRAS
(clicar sobre a imagem)
Entre poéticas e narrativas...
por Emerson Persona
sem nome, 2020
A2 (42cmX59,4cm)
pintura (acrílico/guache sobre papel), colagem.
Segundo o artista Emerson Persona (2020) "a imagem propõe uma reflexão sobre os processos de violência e achatamento dos corpos, a partir dos espaços de confinamento, onde estes corpos não se reconhecem mais íntegros, completos e em total desconforto.
Live de Abertura da Exposição Virtual
https://www.youtube.com/watch?v=jSGQgz4GHaw
Divulgação
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https://www.uepg.br/vermelho-o-recorte/
> Convite para a Live de Abertura da Exposição Virtual "Vermelho, o recorte"
Curadoria: Adriana Rodrigues Suarez, Alberto Mikoski, Sandra Borsoi
Organização: Adriana Rodrigues Suarez, Alberto Mikoski.
Enquanto visita a exposição virtual "Say Hai, Retrospectiva" da artista plástica Sandra Hiromoto, aprecie a música: Human Kind, da musicista Fernanda Takai.
EXPOSIÇÃO
SAY HAI, RETROSPECTIVA
Texto Curatorial por Walkyria Novais
(@walknovais)
“Sandra Hiromoto explora as cores e com pinceladas gestuais, fortes, carregadas de emoção cria um fundo onde, sobreposto a ele tudo é possível. Linhas, estêncil, desenhos, colagens e digital print. Ainda com seus estênceis aplica letras que, aparentemente desconexas, são cuidadosamente dispostas, em perspectiva ou subvertidas em sua função de legibilidade. Reproduzidas em módulos, encontram-se num espaço em que todos os elementos travam um diálogo visual. A doçura e a delicadeza ficam por conta do elemento floral que vai surgindo despretensiosamente, e aos poucos vai marcando presença. A flor é por si só o símbolo de renascimento e renovação e sinaliza a intenção da artista, nessa eterna primavera, Hiromoto convida o expectador a transitar por suas memórias. E junto com elas também florescemos. Um paradoxo entre a manipulação da fotografia digital com as suas pinceladas vigorosas, expressivas, intuitivas. Essa inquietação é também no seu processo criativo, onde a artista lança novos paradigmas ao mesclar a pintura de cavalete com a stencil art, apropriada da arte urbana, criando com isso uma pintura hibrida onde a cor vibrante é uma cor provocativa. Com o seu olhar sobre o seu mundo intimo e suas memórias, transforma raízes e ancestralidade em cor e beleza num traço firme e decidido, reafirmando sua identidade e suas origens. Nessa mescla entre as tradições nipônicas milenares e o Japão contemporâneo, Sandra ancora sua narrativa artística com tanta brasilidade”. Walkyria Maia Novais é artista visual e curadora, formada em Comunicação pela UFPR e Artes Plásticas pela UFSM e Especialista em Poéticas Contemporâneas (UTP), História da Arte e Curadoria (PUCPR). (NOVAIS, W.)
SANDRA HIROMOTO
De formação acadêmica heterogênea, que passa pelo desenho industrial, o marketing e por poéticas no ensino da arte, suas pesquisas relacionam-se com práticas de intervenções urbanas e instalações baseadas na técnica da pintura. A estreita ligação com a cultura japonesa aliada à apropriação de elementos da street art fazem da expressão de Sandra Hiromoto um espaço único de experimentos e sensações. Entre os destaques de sua trajetória está a exposição individual “Heart” no Brazilian Art Festival, no Japão; a premiação na Biennale d’Art Contemporain Brésilian, na França; Fernanda Takai live + Sandra Hiromoto art em Toyohashi no Japão; intervenção e exposição coletiva no Museu Oscar Niemeyer, no Mac/PR, a participação na novela Sol Nascente da Rede Globo, a obra que está no acervo do Palácio Imperial de Tokio; a identidade visual do Festival Internacional de Cinema – Olhar de Cinema; entre tantos outros. De espírito inquieto, flerta com diferentes atividades e linguagens. Fernando Bini afirma que: “Entre o design e a arte, entre o tecnológico e o espiritual, tudo é interligado e necessário para o nosso autoconhecimento. Todas as coisas do universo são conectadas. Ela se apropria dos meios tecnológicos e práticos à sua disposição, a fotografia digital, o estêncil, o spray e a pintura, para realizar essa conversa com os objetos e seu entorno. O que ela pretende é desencadear no espectador um despertar, a partir dos objetos do nosso cotidiano, propondo um jogo cuja experiência se realizará no espírito de ambos.” Bini ainda ressalta: “É por essas razões que ela também se serve das palavras, pois elas estão em nosso cotidiano e reforçam o aspecto plano do seu trabalho. Roland Barthes, depois de sua viagem ao Japão, afirmou: “A língua desconhecida, da qual capto no entanto a respiração, a aeração emotiva, numa palavra, a significância pura, fora à minha volta, à medida que me desloca, uma leve vertigem, arrasta-me em seu vazio artificial, que só se realiza para mim: vivo no interstício, livre de todo sentido pleno” (BARTHES, O Império dos Signos). Como num cordel, Sandra afirma: “Dentro do/ Possível/ Vou entrar/ nos seus pensamentos... “, “Nem ferir, nem preferir, o êxtase é efêmero”. Esse aparente formalismo, a qualidade do seu fazer artístico, a sutil reminiscência, as alusões, às “colagens, às repetições, às reinterpretações formam a memória de fundo de seu trabalho. São o que fundamenta a qualidade de sua relação com a tradição. Não é possível falar de Sandra Hiromoto sem pensar em Bachelard, para quem “é preciso que ele [o olho] seja belo para ver o belo. É preciso que a íris do olho tenha uma bela cor para que as belas cores entrem em sua pupila” (Bachelard), A água e os sonhos). Temos que preparar nossos olhos para a aventura que ela nos propõe: a do “Percurso do olhar”. Trecho extraído do livro “O Percurso do Olhar” do qual a artista faz parte.
ENTRE NARRATIVAS E POÉTICAS...
por Sandra Hiromoto
SAY HAI, O PRINCÍPIO
"Foi em 2008 que fui convidada, como artista revelação, a participar da exposição coletiva “100 anos de Trajetória dos Artistas Plásticos Nikkeis no Brasil” em Kobe, Yokohama, Ehime e Kumamoto no Japão. Essa mostra seria uma grande retrospectiva dos principais artistas descendentes de japoneses no Brasil. Eu havia participado de um intercâmbio cultural no ano de 2008, na cidade de Okayama, mas ao retornar após vinte anos, tanta coisa havia mudado. Me encantei com a delicadeza das mulheres japonesas em seus kimonos e o uso intenso do celular em filas de mêtro e lojas. Ao retornar ao Brasil, com inúmeras fotos, me apropriei dessas imagens, e criei a primeira pintura da série Say Hai. Presente até hoje, com alguns desdobramentos, essa série além da pintura em tela, aparece também em instalação de tambores, exposta no Museu Oscar Niemeyer, 2016, Olhar InComum - Japão Revisitado e em intervenções urbanas como na Galeria de Arte Urbana Julio Moreira, Fundação Cultural de Curitiba, ou Teatro Ave Lola, Casa Cor, etc. Nasci em Assis Chateaubriand no Paraná, e cresci em uma grande comunidade japonesa, onde frequentava a escola e o clube. Lá além da lingua e da escrita, viviamos intensamente a cultura, com danças, gastrônomia, esportes, artes visuais e música [...]
Say Hai, 2009
100 x 100 cm
Say Hai, 2009
100 x 100cm
Say Hai Again, 2012
diptico 160 x 120cm
Deixa a gueixa, 2014
130 x 100cm
say hai, 2015
200 x 100cm
Sai hai, 2016
130 x 100cm
Nem toda nudez, 2017
Nenhuma nudez quer ser vestida, 2017
105 x 105cm
Say Hai, 2017
100 x 100cm
Say Hai, 2017
120 x 50cm
Say Hai Flowers 2, 2017
130 x 100cm
Say Hai Flowers, 2017
130 x 100cm
Message Song, 2018
160 x 95cm
Nenhuma nudez quer ser vestida 2, 2018
130 x 130cm
Say Hai Flowers, 2019
220 x 160cm
Nova Estação, 2020
200 x 100cm
Nova Estação, 2020
200 x 100cm
[...] Say Hai representa essa vivência num resgate e percurso da minha memória como também o meu olhar sobre o Japão contemporâneo. Muitas pinturas foram elaboradas a partir da apropriação da gravura tradicional japonesa Ukiyo-e e que me fizeram conectar com as minhas raízes." (HIROMOTO, Sandra, 2020)
GALERIA DA EXPOSIÇÃO
GALERIA COM OBRAS DA ARTISTA SANDRA HIROMOTO
Curadoria: Adriana Rodrigues Suarez, Alberto Mikoski, Sandra Borsoi, Walkyria Novais.
Organização: Adriana Rodrigues Suarez, Alberto Mikoski.
Site- https://www.sandrahiromoto.com.br/
Instagram - https://www.instagram.com/sandrahiromoto/
Facebook- https://www.instagram.com/sandrahiromo
DIVULGAÇÃO
MUITO OBRIGADA PELA VISITA!
Enquanto visita a exposição virtual "Estar-no-mundo" da artista plástica Julia Ishida, aprecie a música: Ameno- Era (https://www.youtube.com/watch?v=RkZkekS8NQU)
EXPOSIÇÃO
ESTAR-NO-MUNDO...
Texto Curatorial por Nelson Silva Junior
"A intensidade visual da obra da artista Julia Ishida está na relação que essa estabelece com a força do objeto representado; com as possibilidades de nos vermos como elementos transitórios diante dessas obras. A Pintura e o Desenho tomam o lugar da natureza com tal propriedade que em alguns momentos as sensações extrapolam a visualidade e atingem outros de nossos sentidos, fazendo-nos emergir para a libertação e a transformação do espaço limitado pelas paredes, pelo corpo, pelas molduras ou pelas telas. A representação de uma paisagem, muito particular, a partir das pedras de Julia, nos leva a uma reflexão das paisagens enquanto cenários ocupados por seres culturais, sociais, políticos, antagônicos e passionais. O conjunto de obras, que nos remete ao conceito de ser e estar, ao conceito de espaço e lugar, do particular e do compartilhado, não poderia encontrar melhor representação do que nos traços, nas pinceladas e nas cores de Ishida, que ao representar a pedra, se representa e representa-nos. Em cada olhar, que suas pinturas e seus desenhos, nos proporcionam, podemos ter a percepção do lugar no mundo que cada coisa, que cada ser, que cada objeto, ocupa. A presença é o espaço, é esse lugar no mundo, real ou das representações. A ausência é o vazio que produzimos quando deixamos de perceber o outro e nos perceber, ora como pedra, ora como solo que sustenta a pedra, ora como água que corre entre as pedras e as modifica, lenta e constantemente. A obra de Julia Ishida que aqui apresentamos tem o sentido do tempo que passa pela pedra; do espaço que essa pedra ocupa, da sensação de efemeridade que temos diante dessa mesma pedra e em especial: a pedra que representamos no mundo sensível do qual fazemos parte." (SILVA, NELSON, JR.)
JULIA ISHIDA
Bacharel em Pintura pela Escola de Música e Belas Artes do PR - 2000, pós-graduada em História da Arte do Século XX – EMBAP em 2001. Foi professora colaboradora no curso de Licenciatura em Artes Visuais na Universidade de Ponta Grossa - UEPG - PR, e Faculdades de Artes do Paraná - FAP/UNESPAR, no período de 2009 a 2013. Principais exposições que participou: MON - Museu Oscar Niemeyer – Olhar Incomum em Curitiba (2016), Memória e Momento, Museu Oscar Niemeyer (2017) , MAC - Museu de Arte Contemporânea do Paraná em Curitiba (2000 e 2013), Bienal Internacional de Curitiba (2015 e 2017), Solar do Barão (2003) na Fundação Cultural de Curitiba (2001), Museu Alfredo Andersen em Curitiba (2004 e 2014), Secretaria do Estado da Cultura de Curitiba (2004), Fundação Cultural da Caixa Econômica Federal de Curitiba (2001), Caminhos da História e da Arte em Castro- PR, Telemaco Borba–PR e Brasília (2009 e 2010). Dentre seus prêmios, destacam-se: 57º Salão Paranaense, Museu de Arte Contemporânea do Paraná, Curitiba (2000), 10o. Salão do Mar em Antonina (2001), artista selecionada pelo curador e crítico de arte Agnaldo Faria, no projeto 8 Semanas de Arte (2004). Possui obras no acervo do Museu de Arte Contemporânea, Museu de Antonina, e no Palácio Imperial do Japão.
OBRAS
sem título, 2011
0,70 x 0,70 cm
óleo sobre tela
sem título, 2015
1,00 x 1,00 m
óleo sobre tela
sem título, 2013
100 x 0,80 cm
óleo sobre tela
sem título, 2016
1,60 x 5,60m políptico
Técnica e materiais utilizados: óleo sobre tela
sem título, 2018
2,00 x 3,20m políptico
Técnica e materiais utilizados: óleo sobre tela
sem título, 2013
1,60 x 5,00m políptico
óleo sobre tela
sem título, 2017
0,46 x 0,60cm
desenho grafite sobre canson
sem título, 2017
0,36 x 0,49cm
desenho lápis de cor sobre canson
sem título, 2017
0,46 x 0,60cm
desenho grafite sobre canson
sem título, 2017
0,46 x 0,60cm
desenho grafite sobre canson
sem título, 2018
1,00 x 0,70cm
desenho grafite sobre canson
sem título, 2020
0,43 x 0,58cm
desenho caneta esferográfica sobre canson e folha de ouro
sem título, 2018
0,60 x 1,20cm
desenho grafite sobre canson
sem título, 2018
0,80 x 1,25cm , poliptico
desenho grafite sobre canson
"Investigo dentro da poética visual especificamente, a linguagem do desenho e da pintura dentro da Arte Contemporânea, a partir da percepção reflexiva de signos e elementos como as pedras. Através destas obras emergem propostas em torno da produção: o espaço e o vazio. Vislumbram e revelam o engajamento do universo simbólico da tradição cultural dos antepassados, de forma mais espiritual, como uma consciência de transitoriedade das coisas. A pedra foi elemento utilizado para a representação da paisagem, através de desenhos em grafite sobre papel canson. Nesta produção existe um traçado, um caminho solitário, meditativo, renunciando ao ser e ao mundo subjetivo para assim conquistar uma imagem que existe além da apreensão e compreensão comum da realidade, buscando uma sensação de libertação e transformação. Interpretações onde o interno e o externo se confundem, estimulando a integração do corpo e da mente, despertando nossa consciência para estar-no-mundo sensível..." (ISHIDA, Julia, 2020)
GALERIA DE FOTOS
ENTRE NARRATIVAS E POÉTICAS...
por Julia Ishida
A produção da pintura é percebida como uma réplica da cópia simulada, do duplo, com variação entre diferenças e identidades, inspirada à partir de uma única imagem fotográfica (figura 1). A obra foi pensada como um mecanismo de apreensão da paisagem para um procedimento artístico, criando e produzindo a arte proposta, um processo de manipulação como um ponto de trânsito entre o desenho e a pintura.
Represento as imagens em duas formas, sendo que a primeira utilizo a imagem fotográfica enquanto cópia, que possui um grau mais próximo da semelhança com a paisagem original, enquanto que na segunda forma o desenho seria a cópia semelhante, ou a ideia como uma imagem transposta da cópia da imagem original.
Repetição da mesma imagem, pintada uma a uma, iguais, mas, diferentes. O tempo e o espaço diferem a cada trabalho, a diferença reside na intensidade, o repetitivo faz com que o olhar se transfigure como uma mudança de estado do movimento repetitivo. O olhar sobre a pintura sugere na constante repetição, uma nova maneira de perceber, uma nova sensibilidade e um novo sentimento, algo novo acontece nos intervalos daquilo que é repetido, e é neste intervalo, ou entre, que podemos encontrar uma transformação sobre o que aparenta ser igual, tanto no processo de construção quanto na observação.
Curadoria: Adriana Rodrigues Suarez, Alberto Mikoski, Sandra Borsoi, Nelson Silva Junior.
Organização: Adriana Rodrigues Suarez, Alberto Mikoski.
MUITO OBRIGADA PELA VISITA!
Enquanto visita a exposição do artista Emanuel Sansana, escute a música: Someone You Loved (Piano/Cello) Charity & Andres Farewell Dance - The Piano Guys (https://www.youtube.com/watch?v=qMG1BXo8Asg)
Exposição
"O PASSADO E O PROGRESSO: A REGIÃO DOS CAMPOS GERAIS ENTRE IMAGINAÇÃO, PINCEL E TINTA"
Ao iniciar esse texto curatorial, acreditamos que se faz necessário destacar um ponto importante sobre o olhar, escrito por John Berger (1999) : “Ver precede as palavras [...] A maneira como vemos as coisas é afetada pelo que sabemos ou pelo que acreditamos. Para o apaixonado, a visão da pessoa amada possui uma completude com a qual nenhuma palavra ou abraço pode competir [...] Só vemos aquilo que olhamos. Olhar é um ato de escolha...” As palavras do escritor nos faz pensar que, se aquilo que olhamos, estamos contemplando? Nos permitimos ir além da imagem vista? Esta imagem fala realmente mais que mil palavras? Questões que podemos ficar horas e horas analisando para então perceber que precisamos, cada vez mais, estimular nosso olhar. Permitir que realmente essas imagens falem conosco, e que num diálogo, possamos ir além da imagem vista. Na verdade, estamos falando de uma alfabetização visual. Perfeito!
Ao organizarmos a curadoria da exposição virtual de Emanuel Sansana, percebemos que muito disso que descrito acima se faz necessário, para que em sua plenitude, possamos contemplar as obras aqui apresentadas. Obras que nos remetem as situações cotidianas, memórias, cultura, lugares, releituras, através da perspectiva do olhar do artista. Cada detalhe, visto, pensado, organizado e vislumbrado em uma obra. Obras que podemos ir além, ir além da imagem vista, viajar...nos permitirmos, só assim poderemos fruir sobre cada pincelada, cada obra do artista.
Ao visitar a exposição virtual: "O Passado e o Progresso: A região dos Campos Gerais entre Imaginação, Pincel e Tinta" você poderá vislumbrar paisagens, história, costumes da região dos Campos Gerais a partir do olhar iluminado do artista, levemente suave como a relva que cobre os campos. As obras permitem que o observador traga um pouco da poesia presente no campo, um pouco do saudosismo campeiro com araucárias frondosas. Nos propõe um encontro com nossa história, memórias de uma vida presente quase que banhada pela nostalgia, porém, as pinceladas e cores furtadas pelo encantamento dos Campos Gerais nos propõe uma bela viagem.
Sinta-se apaixonado, como nos diz Berger (1999), na completude da sua visão, se apaixone
Boa viagem!
Curadoria: Adriana Rodrigues Suarez, Sandra Borsoi
Emanuel Sansana
Artista plástico autodidata Pontagrossense, demonstrou muita habilidade com o desenho desde a infância, mas somente em 2019 pintou sua primeira tela com tinta acrílica, técnica qual mais se identifica e colocou como meta se tornar um grande mestre. Como o feedback recebido pelas suas pinturas se tornou cada vez mais positivo, chegou a inscrever seu trabalho na galeria People and Paintings em Nova Iorque no ano de 2020, o que resultou em seu primeiro prêmio de arte, sendo o único brasileiro selecionado e recebendo o prêmio Internacional na categoria da escolha popular. Bacharel em Administração pela UEPG. Formado em Capelania pela UCEBRAS e Mestre em Teologia pelo SETEPE.
CURRÍCULO
Coletivas:
2020 – Emotions in Painting Exhibition, People and Paintings Gallery. New York - USA
2020 – Forks in the Road Exhibition, People and Paintings Gallery. New York - USA
Individuais:
2020 – Exposição Virtual “Tesouros da Nossa Terra” pela Fundação Municipal de Cultura de Ponta Grossa.
2020 - Exposição Outono-Inverno, Clínica Dynamus Psicologia e Psicanálise. Ponta Grossa – PR
Prêmios e Homenagens:
- “The People´s Choice Prize”. Primeiro lugar com a obra “Os Tropeiros estão Chegando” na exibição “Emotions in Painting” pela People and Paintings Gallery. New York – USA.
- “People´s Choice Prize”. Primeiro lugar com a obra “Folhas de Outuno” na exibição “Forks in the Road” pela People and Paintings Gallery. New York – USA.
- Moção de Aplauso pelo Vereador Vinícius Camargo, na Câmara Municipal de Ponta Grossa – Setembro de 2020
- Moção de Aplauso pelo Vereador Ezequiel Bueno, n. 503/2020 pela Câmara Municipal de Ponta Grossa – Agosto de 2020
Obras:
01) Circuito das Águas (2020)
Acrílica sobre tela, 40x50
"Um pouco desse lugar que mais parece um sonho na terra, em forma de obra de arte." (SANSANA, 2020)
02) Foggy Morning (releitura de Victor Yushkevich) (2019)
Acrílica sobre tela, 50x70
"Luzes da manhã e o voo dos pássaros que encantam." (SANSANA, 2020)
03) Abrigo (2020)
Acrílica sobre tela, 20x20
"Um lar, um refúgio. Nosso habitat, um lugar especial, principalemente nessa época que
estamos vivendo." (SANSANA, 2020)
04) Voltando para casa (2020)
Acrílica sobre tela, 60x120
"A Araucária e um panorama da cidade de Ponta Grossa. Uma obra muito especial para qualquer que ame as coisas da nossa terra.
05) A Velha Locomotiva (2020)
Acrílica sobre tela, 80x60
"Uma obra pra deixar qualquer aficionado por ferrovias e locomotivas muito satisfeito." (SANSANA, 2020)
06) Giverny (2020)
Acrílica sobre tela, 40x60
"Os jardins de Monet ainda serão fonte de inspiração por muito tempo." (SANSANA, 2020)
07) Pousada dos Tropeiros (2020)
Acrílica sobre tela, 40x60
"Saudosismo, amor a tradição tropeira traduz os sentimentos quando realizei esse trabalho." (SANSANA, 2020)
08) Churrasqueada de noitinha (2020)
Acrílica sobre tela, 40x40
"Mais um trabalho retratando as coisas simples da nossa terra, um amor especial pelo tradicionalismo pontagrossense." (SANSANA, 2020)
09) Invernada (2020)
Acrílica sobre tela, 70x90
"A sensação de vazio evoca sentimento de solidão, mas a cor da luz do sol rompendo a neblina nos lembra que sempre devemos ter esperança." (SANSANA, 2020)
10) O que se vê pela janela (2020)
Acrílica sobre papel, Canson A3
"O brilho do sol entrando pela janela é capaz de nos energizar e transformar nosso dia." (SANSANA, 2020)
11) Estação Paraná - 2020
Acrílica sobre tela, 70x100
"Uma tela que conta um pouco da história da cidade de Ponta Grossa. A imgem retrata a década de 30, uma época em que grandes avanços foram feitos e que marcaram para sempre a arquitetura da cidade." (SANSANA, 2020)
*Obra realizada como homenagem aos 197 anos da cidade de Ponta Grossa em 15 de Setembro de 2020.
OBRAS PREMIADAS:
12) Folhas de Outono (2020)
Acrílica sobre tela, 60x80
"Estive com o pensamento no outono dando o seu adeus com a queda das folhas e a vinda do inverno. Imagine-se
andando pelo caminho ao som do vento e das folhas quebrando sob seus pés." (SANSANA, 2020)
*Obra vencedora do prêmio internacional pela People and Paintings Gallery em Nova Iorque.
13) Os Tropeiros estão chegando (2020)
Acrílica sobre tela, 80x70
"Uma obra que tive muito apego. As coreS despertam sensação de nostalgia, seja poeira ou névoa, a paleta limitada gera todo um ambiente interessante." (SANSANA,2020)
*Obra vencedora do prêmio internacional pela
People and Paintings Gallery em Nova Iorque
GALERIA DAS OBRAS: (clique na imagem)
GALERIA DAS OBRAS PREMIADAS: (clique na imagem)
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