Escola da Comunidade Evangélica Luterana de Imbituva

Escola da Comunidade Evangélica Luterana de Imbituva

O movimento migratório de grupos de alemães do Volga no final do século XIX teve como um de seus destinos os ‘Campos Geraes’ da então província paranaense. Algumas famílias se deslocaram até a região chamada ‘Cupim’, atual território pertencente à cidade de Imbituva.

Muitas dessas famílias possuíam membros pertencentes à igreja luterana e, enquanto tal, se organizaram para formar, nas localidades onde se instalaram, comunidades luteranas. Tal foi o caso de Imbituva, que para além de cemitério e igreja passou a contar com uma escola, a Escola da Comunidade Evangélica Luterana, construída em 1895 pelo pastor Johannes Dehmlow.

Todos estes espaços, serviram, dentre outros objetivos, para a manutenção de suas práticas culturais étnicas e religiosas: “sustentavam a germanidade e a maneira de ser alemã como características fundamentais de seu trabalho” (LANGE, 2017, p. 15), assim como, é claro, a religião luterana. Os agentes que lecionavam na escola assumiam o duplo papel de pastores-professores.

Durante o “Estado Novo”, sob governo de Getúlio Vargas, “devido à reação das medidas ‘nacionalizadoras’, muitas escolas foram fechadas e o ensino da língua alemã proibido em território nacional” (LANGE, 2017, p. 77). Nesse contexto conturbado, a instituição luterana que já havia sofrido sansões durante a Primeira Guerra Mundial, teve que se adequar à legislação estadual de 1946, mudando seu nome para Escola Rui Barbosa.`

REFERÊNCIAS

LANGE, Wanderley Maycon. A identidade nacional étnico-religiosa da comunidade luterana de Imbituva-PR e o Estado Novo. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, 2017.

Autor: Giuvane de Souza Klüppel

Acadêmico do 4° ano do curso de Licenciatura em História da UEPG

Ano: 2018

Revisão: 2019

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