Palestra debate o Brasil na história do Antropoceno

A humanidade deixou de ser alguém que apenas vive no planeta para ser um agente que interfere na história da Terra. Essa foi a premissa apresentada ontem (22) pelo professor José Augusto Pádua em palestra no auditório Brasil Pinheiro Machado, no Museu Campos Gerais.

Especialista em História Ambiental, o docente da Universidade Federal do Rio de Janeiro trouxe ao debate a ideia de Antropoceno. O termo, segundo ele, ocupa hoje um vácuo conceitual deixado pela insuficiência de conceitos como globalização e modernidade.

O pesquisador que participou da concepção do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, deixa claro sua preocupação com as mudanças de alta escala feitas pelo ser humano. A noção de Antropoceno dialoga dessa forma com o debate ambiental, com a Geologia e também com a Museologia.

De acordo com Pádua, é preciso localizar o caso do Brasil nesse processo, uma vez que o Antropoceno pode ser comum, afetando a todo o planeta, mas também diferenciado conforme cultura, país e região.

José Augusto Pádua é coordenador associado do Programa de Pós-Graduação em História Social da UFRJ. O professor tem pesquisa em andamento sobre História Ambiental comparada do território brasileiro e vincula-se ao Laboratório História e Natureza.

O docente esteve em Ponta Grossa a convite do Programa de Pós-Graduação em História da UEPG. Antes da palestra, Pádua aproveitou para conhecer as instalações do MCG e as obras de restauro da sede histórica.

(Informações: Karoline Fernandes; fotos de Tamires Limurci / projeto Ações Culturais no MCG).

 

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