Migrantes e refugiados visitam MCG

Andresa trabalhava em um centro cultural na Venezuela. O filho é violinista e, no Peru, cursou Fotografia, quando conheceu sua companheira. Ambos ficaram admirados com os acervos fotográficos do Museu Campos Gerais e estavam curiosos para saber mais sobre fotografia.

Denise ficou fascinada com a biblioteca de Wilson Martins em exposição. A migrante venezuelana diz que o gosto pela literatura foi uma porta de entrada para ela aprender português. Mãe de duas meninas, a mais velha apaixonada por Direito e a mais nova pela pintura, ela diz que o desejo das filhas é poder fazer o que amam em Ponta Grossa.

Ivan é formado em Gastronomia. Ele veio da Venezuela e achou a visita ao MCG muito interessante. Na sua opinião, lugares como o museu abrangem o conhecimento sobre a história da região e rompem com as imagens estereotipadas sobre o Brasil. Ele também gosta muito da cultura e da gastronomia brasileira.

A tarde de ontem (23) marcou a primeira vez de Onetti em um museu. Para a haitiana, uma amante da história, foi uma visita bastante especial, com aprendizado sobre as memórias entrelaçadas do Paraná e da região dos Campos Gerais.

E assim se misturam pelo salão do museu histórias e sotaques de países como Peru, Venezuela, Haiti, Bangladesh e Espanha.

Essas são histórias de migrantes e refugiados que buscam no Brasil uma nova morada e uma chance de recomeço. Alguns estão no país há poucos meses. O grupo foi organizado pela Caritas Diocesana de Ponta Grossa e fez visita especial ao museu histórico da UEPG nesta tarde.

A atividade integra a Semana dos Migrantes e dos Refugiados. A visita foi acompanhada pela assistente social da Caritas Diocesana, Erica Francine e pela assessora da Secretaria Municipal de Cultura de Ponta Grossa, Mariana Lacerda.

Visitantes foram recepcionados no MCG pela diretoria e equipe do museu. O diretor Niltonci Chaves conduziu o grupo pelas exposições após apresentar as principais ações desenvolvidas de interação institucional e cultural com a sociedade.

Chaves frisou que o museu está de portas abertas para outras visitas e ações conjuntas. “A diversidade que essas histórias de vidas migrantes representam enriquece a narrativa de qualquer museu público. Hoje demos uma escala continental e global para nossas Memórias Entrelaçadas graças a esse diálogo e a essa oportunidade”, pontuou em referência à principal exposição em cartaz.

 

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Apuração: Rayssa Petter, Luísa Camargo, Daphinne Pimenta, Loren Leuch e Mariana Borba (projeto Ações Culturais no MCG). Supervisão: Rafael Schoenherr.

 

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