Agronomia

O Programa de Pós-Graduação em Agronomia (PPGA) é o primeiro programa da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) que obteve conceito 5 pela Capes. Seu início foi em 2003, com o mestrado, e passou a ofertar doutorado em 2012.

Com o objetivo de qualificar profissionais para a docência e pesquisadores em sua área de concentração, Agricultura, o PPGA contribui com o desenvolvimento científico e tecnológico do país e da região dos Campos Gerais. O programa busca suprir a demanda por recursos humanos e diminuir as disparidades regionais em pesquisa, bem como disseminar conhecimentos sobre produção de grãos, frutas e hortaliças e expandir atividades agrícolas mais sustentáveis.

Diversas pesquisas e projetos desenvolvidos pelo programa, ou com sua participação, geram impacto na agricultura local, estadual e até mesmo nacional. Muitos deles também envolvem a participação e capacitação dos produtores rurais, até mesmo de outros países, como na área de matéria orgânica do solo, que capacitou produtores de países asiáticos e africanos. Os recursos recebidos pelo projeto, provenientes de um instituto francês, possibilitaram a construção do Laboratório de Matéria Orgânica do Solo.

Várias atividades do programa têm caráter socioambiental e de desenvolvimento rural. Há uma necessidade de formar profissionais, tanto pesquisadores quanto acadêmicos, que conheçam técnicas sustentáveis de manejo. Assim, as pesquisas buscam alternativas de produção para melhor aproveitamento do solo e de recursos, como a água. São estabelecidos metodologias e indicadores para mensurar as condições de sustentabilidade e técnicas para evitar e diminuir a degradação do solo.

O PPGA desenvolve pesquisas na área de fruticultura, voltadas ao aproveitamento de solos irregulares e como alternativa para pequenos produtores, considerando o mercado exportador. O controle de doenças em culturas agrícolas, especialmente em localidades úmidas e de temperaturas mais baixas (como a região dos Campos Gerais) é foco de outra pesquisa, que envolve treinamento de agricultores e pesquisadores para combatê-las. Outros destaques são o desenvolvimento de técnicas de calagem e sistema de plantio direto, que foram adotados em várias regiões do país, e o projeto para produção de sementes de milho nacionais, adaptadas às nossas condições climáticas e de solo.

Entre os projetos com participação dos estudantes do PPGA, mas não desenvolvidos pelo programa, estão o Entre Rios e o Agricultura de Baixo Carbono (ABC). O Entre Rios foi vislumbrado pelo Laboratório de Mecanização Agrícola (Lama) da UEPG e atua em conjunto com produtores rurais da região pela conservação de solos e recuperação de matas. O projeto atraiu a atenção da Companhia Paranaense de Energia (Copel), por disseminar técnicas que podem impactar na produção de energia elétrica. O ABC funciona em nível nacional, com objetivo de capacitar produtores para reduzir a emissão de gás carbônico, utilizando técnicas sustentáveis. O programa gera recursos e bolsas para estudantes de Mestrado e Doutorado.

“Há uma necessidade de formar profissionais, tanto pesquisadores quanto acadêmicos, que conheçam técnicas sustentáveis de manejo”

A internacionalização do programa, até o momento tem ocorrido graças ao trabalho independente dos professores, que organizam diversos intercâmbios, de pessoas e conhecimentos. Um grupo de Nottingham (Inglaterra) veio ao programa ministrar seminários, por exemplo, além de outras parcerias com universidades inglesas, que abrem portas para os estudantes interessados em pós-graduação sanduíche. Também há um intercâmbio entre grupos de pesquisa em matéria orgânica do solo, em cooperação com a Ohio State University (Estados Unidos). Muitos professores fizeram cursos e pós-doutorado no exterior, assim como alguns estudantes podem ter essa oportunidade.

Todos os professores do PPGA atuam na graduação, de forma que as atividades dos diferentes níveis de ensino estão interligadas. Os estudantes se envolvem com a pós-graduação através de projetos de pesquisa e iniciação científica, bem como de trabalhos de conclusão de curso (TCC). A integração também serve como incentivo à pesquisa e ao ingresso no programa, por parte dos graduandos.

Em médio e longo prazo, o programa pretende aumentar o número de professores permanentes, tendo em vista a aposentadoria de alguns membros do corpo docente. Outra necessidade é ampliar o espaço físico e melhorar a infraestrutura laboratorial, insuficiente para todos os equipamentos adquiridos. Um objetivo do PPGA é manter o conceito 5 e aumentá-lo futuramente, o que depende da realização das metas anteriores e do fortalecimento da internacionalização.

O corpo docente do programa é composto por 21 professores, dentre eles dois colaboradores. São quatro professores externos, dois da ESALQ/USP, um da Unicentro e um da Unioeste. Também conta com um pesquisador visitante, do Embrapa. O mestrado tem 35 alunos regulares, e o doutorado tem 28. Atualmente, todos os estudantes que não possuem vínculo empregatício são bolsistas.

A seleção do programa é feita semestralmente, com 15 vagas para o mestrado e 10 vagas para o doutorado. Podem se inscrever graduados (e mestres) em Agronomia e áreas afins. Os candidatos são avaliados por prova escrita, entrevista, análise do currículo Lattes e do histórico escolar e pré-projeto de pesquisa (doutorado). O PPGA oferta turmas semestrais e em período integral.

Linhas de pesquisa

Fisiologia, Melhoramento e Manejo de culturas

Esta linha estuda a fisiologia do crescimento e desenvolvimento de plantas, adaptação de cultivares exóticas e desenvolvimento de novas cultivares. Trabalha com manejo de culturas anuais produtoras de grãos, fibras e energia, culturas olerícolas, viveiros e pomares. Inclui tecnologia de produção de sementes e em produtos hortícolas.

Manejo fitossanitário

Pesquisa estratégias de manejo e controle fitossanitário de culturas anuais e perenes, no estabelecimento de uma agricultura rentável e de baixo impacto ambiental. Estudo das características edafoclimáticas e culturais na ocorrência e disseminação de pragas e doenças. Avaliação de métodos tradicionais e moleculares na detecção e no controle de patógenos e da eficiência dos produtos combatentes. Inclui estudo da qualidade sanitária de sementes.

Uso e manejo do solo

Linha de pesquisa que abrange estudos de calagem, uso de gesso, fertilização (mineral e orgânica), manejo de nutrientes e da matéria orgânica do solo em sistemas de produção, bem como sua eficiência. Inclui avaliação da fertilidade do solo e do estado nutricional das plantas, relações solo-água-planta-atmosfera e variabilidade espacial de atributos do solo.

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